Fanfics Brasil - Capitulo 34 Herança Fatal - Portiñon

Fanfic: Herança Fatal - Portiñon | Tema: Adaptada


Capítulo: Capitulo 34

842 visualizações Denunciar


-- Vejo que chegou a hora da verdade. Vejo que já sabe. Sim, Dulce, eu a amo. Desde que a vi lá na empresa, sentí-me atraída por você e com o passar dos dias, apaixonei-me. Mas nunca falei à você deste amor, nunca pedi nada a você!


-- E não vai pedir nunca?


 


A voz de Dulce soou rouca.


 


-- Não. Sei que não me ama, sei que é apaixonada por uma mulher morta – Disse, com amargor – Mas não pode querer impedir-me de sentir o que sinto. O que quer? Humilhar -me, tripudiar sobre os meus sentimentos? Dizer que nunca sentiria por mim o mais ínfimo desejo, porque não chego aos pés de  sua amada?


 


Dulce a segurou pelos ombros, com um olhar firme.


 


-- Helen! Jamais faria isso! É o que pensa de mim? Que sou uma mulher fria e cruel, que teria prazer em humilhá-la? Não, Helen. Não sou assim. Seu amor me comove, você é uma mulher maravilhosa. Mas não posso amá-la, porque meu coração ainda é de Anahi. Helen, o que gostaria de mim, não posso dar.


 


Helen a fitou com olhos brilhantes.


 


-- Você me deseja, Dulce? Diga! Sente pelo menos desejo por mim?


 


-- Você é uma bela mulher, Helen. Mas eu estou arrasada, cheia de sofrimento, sem nenhum objetivo na vida, incapaz de amar outra mulher, entende?


 


Helen sacudiu a cabeça negativamente, com olhar suplicante. Os olhos cheios de lágrimas, o peito ofegando de emoção.


 


-- Dulce! Será que não entende que eu a amo tanto, que me contentaria com o que pudesse dar-me? Dulce, só quero poder amá-la, poder mostrar à você o meu amor, ser sua! Se sente desejo por mim, saiba que eu me daria à você sem pedir nada além disso!


 


Dulce a fitou com fria revolta.


 


-- Helen, respeite meu sofrimento! Eu perdi o amor de minha vida, Helen! Ninguém me fará esquecer Anahi! Eu não posso prender-me a ninguém, será que não percebeu que   estou como uma folha morta, sem rumo na vida? Quem se aproximar de mim sentimentalmente, vai se ferir!


 


-- Nada importa, se posso ser sua! – Disse, arrebatada, jogando-se nos braços de Dulce – Tudo valerá à pena, para ter você, Dulce!    Eu a quero desesperadamente, quero ser sua, mesmo que me tenha só por desejo! Sem pressões, sem cobranças!


 


Helen apertava-se contra ela, soluçando. Seu corpo tremia, as mãos apertaram o rosto de Dulce e subiram para os cabelos, enterrando os dedos neles, nervosas e suplicantes.


 


Dulce fechou os olhos e a apertou contra o corpo, contagiada com a paixão que explodia na voz de Helen. Ela sentia-se tão perdida e revoltada! Revoltada contra o destino que lhe havia arrebatado a pessoa que mais amava.  O maldito destino, que agora jogava em seus braços outra mulher cheia de paixão, oferecendo-se à ela. O que devia fazer? Repudiá-la e sair dali e mergulhar na escuridão de  seu sofrimento? Ou aceitar a mão que se estendia para ela com uma oferta de carinho e esperança? Ela estava afogando-se em sofrimento quando Helen surgiu em seu caminho como  um raio na escuridão, fazendo-a reagir e tentar voltar a viver. E a gratidão a engolfou e a fez cometer um erro: subjugou-se à paixão de Helen.


 


Helen ergueu o rosto para ser beijada, a boca entreaberta, os olhos suplicando.


 


Dulce desceu o rosto e esmagou a boca contra a outra que tremia. E a língua dela invadiu sua boca como  que uma súplica de desejo. Sugou sua saliva, com as mãos trêmulas apertando-a, o corpo tremendo de emoção pelo desejo concretizado.


 


Dulce desceu as mãos, alisando e explorando  as curvas e reentrâncias do corpo que se oferecia com loucura. A boca  de Helen a sugava com ímpeto, como se quisesse sugá-la  toda para si. Dulce se sentia perdida no mar de paixão que era o corpo de Helen se entregando, ela se grudava em seu corpo como se tivesse medo de Dulce a deixar.


Ah, se ela fosse Anahi! Como ficaria feliz, cheia de desejo!


 


Não foi preciso muito para sua mente desesperada formar a ilusão. De olhos fechados, não foi difícil imaginar que era Anahi quem a beijava, quem a apertava nos braços, que lhe sussurrava palavras de amor.


 


Dulce a puxou para a cama.   Suas bocas se desgrudaram mas logo  Helen a beijou pelo rosto todo, ofegando:


 


-- Meu amor. . . meu amor. . . amo-a . . amo-a . . .


 


A mão de Dulce alcançou o interruptor da luz, ao lado da cama. No escuro era mais fácil pensar que estava com Anahi. Helen ergueu-se para se despir rapidamente e voltar para a cama nua e quente, caindo nos braços de Dulce.


Foi um ato cheio de desespero, cada uma pensando no que seria depois que a realidade voltasse.


O êxtase final. As duas se deixaram ficar imóveis, esgotadas, sentindo o cansaço do ato produzindo um delicioso relaxamento.


 


Dulce não sentiu remorso por ter usado Helen para fabricar sua ilusão.  Ela não  havia mentido, havia sido honesta com Helen sobre o que sentia. Se ela aceitava uma relação assim, o risco dela era consciente.


Depois de um longo silêncio, Helen falou, com sua voz cheia de felicidade:


 


-- Dulce, como me fez feliz! Sinto-me como se estivesse nas nuvens. . .


 


-- Cuidado para não cair dessas nuvens, Helen – Respondeu Dulce, voltando o rosto para ela - Lembre-se que não prometi nada à você. Um dia irei embora e se você iludir-se comigo, vai sofrer muito.


 


-- Dulce... com  o  tempo, não  poderia  amar-me ? Sou  tão  inferior  à Anahi, assim? – Perguntou, humildemente, fitando-a com ansiedade.


 


-- Que complexo é esse, Helen? -- Perguntou, surpresa – Você não é inferior à Anahi, nunca disse isso! Você é linda, uma mulher inteligente, desejável, amiga. . . mas eu não a amo. Essa é a diferença entre Anahi e você, para mim. Quando amamos uma pessoa, a vemos por uma ótica mágica, em que ela se torna perfeita.


 


-- Mas então, essa mágica pode repetir-se entre nós.


-- Não acredito, Helen. Pra mim, o amor é à primeira vista. Quando vi Anahi, apaixonei-me instantaneamente. O amor se manifesta quando olhamos a pessoa desejada.  Sentimos logo que vai ser diferente das outras relações. Ficamos dominados por um fascínio mágico. Quem diz que amou aos poucos, conhecendo a pessoa, está confundindo admiração pelo que essa pessoa é com amor. O amor não tem lógica, amamos mesmo se o caráter da pessoa for o pior possível, porque não vemos os defeitos que os outros percebem, envolvidas na magia.


 


-- Discordo. Quanta gente reconhece que a pessoa amada não presta, e continua amando-a!


 


Dulce sorriu.


 


-- Isso não é amor, é uma paixão doentia.


 


-- Então, acha que nunca poderá amar-se porque não aconteceu essa magia que diz entre nós?


 


-- Sim. Não espere isso de mim, Helen. Só posso sentir por você desejo.


 


Ela a abraçou com a paixão luzindo nos olhos.


 


-- Pois que seja! Quero-a de qualquer jeito, Dulce! Eu a amo e não vou privar-me da felicidade de tê-la, mesmo que isso não dure muito tempo! Viver é um risco, Dulce. E ser feliz, também.


 


Dulce a fitou com admiração, abraçando-a também.


 


-- Disse uma coisa certa, Helen. A felicidade é um risco que corremos, porque não dura para sempre. Veja o que aconteceu comigo e Anahi. Nossa felicidade era tão grande, e não durou muito. Tem razão. Viva o presente, que o futuro é incerto. Mas agora, vamos dormir.


 


Helen aconchegou-se em seus braços e fechou os olhos. Dulce permaneceu acordada, pensando:


 


-- Meu Deus, o que fiz? Any... oh, Deus... eu a traí...



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): lunaticas

Este autor(a) escreve mais 6 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

A campainha da porta tocou, despertando-as. Helen apanhou um robe de seda e enrolou-se nele, olhando para Dulce, que a fitava assustada.   -- Vou atender. Fique aí.   Correu para a porta e abriu-a, deixando a corrente de segurança. Um homem alto e magro, vestido com um terno impecável, lhe sorriu. Trazia uma pasta de couro na mão. & ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 29



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • flavianaperroni Postado em 07/08/2015 - 03:02:46

    Super perfeita sua web,acabei de ler ela,amei de paixão,Você é uma otima escritora Parabéns

  • Postado em 07/08/2015 - 03:00:17

    Eii parabéns pela web,muito perfeita,esta realmente de parabéns,você é uma boa escritora

  • kaahs Postado em 17/09/2014 - 01:34:16

    Nossa, muito lindo esse final! *-*

  • anahivida Postado em 10/09/2014 - 23:25:58

    Final perfeito pra uma web perfeita. Amei S2

  • angelr Postado em 10/09/2014 - 23:20:55

    Ai que final lindo <3

  • angelr Postado em 09/09/2014 - 00:54:02

    hahaha ainda bem que a Anahi tava viva *__*

  • portion__laliter Postado em 08/09/2014 - 01:25:31

    posta mais na melhor parte vc não posta acho que isso foi tudo um plano da anahí desmascarar april e gary acho que ela não morreu e espero que seja ela pq se a web é portinon tem que acabar portinon

  • angelr Postado em 03/09/2014 - 23:22:54

    Nossa sua ordinaria kkkk posta mais hahaha para mim foi a Anahi nao aceito a morte dela ate agora acho q nao morreu

  • anahivida Postado em 03/09/2014 - 22:56:36

    Eu acho que quem ajudou a Dulce foi a Any... posta mais por favor!!!

  • angelr Postado em 31/08/2014 - 22:53:55

    Nossa que mulher ordinaria


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais