Fanfic: Herança Fatal - Portiñon | Tema: Adaptada
A campainha da porta tocou, despertando-as. Helen apanhou um robe de seda e enrolou-se nele, olhando para Dulce, que a fitava assustada.
-- Vou atender. Fique aí.
Correu para a porta e abriu-a, deixando a corrente de segurança. Um homem alto e magro, vestido com um terno impecável, lhe sorriu. Trazia uma pasta de couro na mão.
-- Senhorita Dulce Maria Savinõn? Sou Mark Ford, advogado. Posso falar com a senhorita um instante?
Helen tirou a corrente e abriu a porta completamente, fazendo um gesto para ele entrar. Ele passou por ela e parou no meio da sala. Helen fechou a porta e voltou-se para ele.
-- Não sou Dulce, ela está dormindo. Um momento. Vou chamá-la.
Ele sorriu, assentindo.
Helen voltou ao quarto e fechou a porta. Aproximou-se de Dulce, que sentara na cama, completamente nua.
-- Um advogado, Mark Ford, deseja falar com você. Está esperando na sala. Você o conhece? – Cochichou.
Dulce franziu o cenho.
-- Não.
-- Ele não me é estranho. Acho que o vi na empresa.
-- Ah! Deve ter vindo trazer a minha destituição! – Disse, levantando-se – Mas como ele soube que eu estava aqui?
-- Não sei, somente eu e Phil Scott sabemos.
Dulce vestiu suas roupas que estavam sobre a poltrona, rapidamente. Passou as mãos pelos cabelos revoltos e foi para a sala, junto com Helen.
Mark Ford continuava no mesmo lugar. Ele lhe estendeu a mão, sorrindo.
-- Senhorita Saviñon, muito prazer. Sou Mark Ford, advogado.
Dulce apertou a mão dele e fez um gesto para ele sentar, sentando-se no sofá. Ele sentou ao seu lado.
-- Estou curiosa sobre o motivo de sua visita, Mr. Ford.
Helen avisou que ia fazer um café e saiu da sala.
Ford abriu a pasta que trazia e retirou duas folhas de papel, explicando:
-- Venho da parte de Wilfred Thompson, o tabelião depositário de Anahi Portilla. Estamos notificando as pessoas contempladas para a abertura do testamento, que será amanhã. Há vários dias estamos tentando encontrá-la, senhorita. Fui ao apartamento que residia na Quinta Avenida, mas disseram que não estava mais lá.
-- Como conseguiu localizar-me?
-- Recebemos um telefonema, dizendo para procurá-la neste endereço.
-- Um telefonema? De quem?
-- A pessoa não quis identificar-se. Era um homem.
Dulce estava surpresa e assustada. Quem sabia onde ela estava? Somente Phil Ascott sabia, e prometera sigilo. E por que o homem não havia se identificado? E agora, aquela notícia sobre a leitura do testamento! Não era parente de Anahi, sabia que somente as pessoas da família ou citadas em um testamento, eram convidadas para a abertura do documento. E Mark Ford dissera que ela era uma das contempladas!
Ele estendeu as duas folhas de papel e uma caneta.
-- Por favor, assine as duas vias.
Dulce olhou o documento. Era um convite para comparecer à leitura do testamento, na residência dos Portilla, às cinco da tarde do dia seguinte. A convocação era do tabelião Wilfred Thompson.
Assinou com a mão trêmula, pensando no que a esperava. Entregou os papéis ao advogado. Ele devolveu-lhe a primeira via, dizendo:
-- Esta via é sua, para apresentar-se no local.
Levantou-se, estendendo a mão.
-- Foi um prazer conhecê-la, senhorita Saviñon. Até amanhã.
Dulce apertou a mão dele e levou-o até a porta. Ele se foi e ela fechou a porta, suspirando. Não sabia o que pensar daquilo.
Helen veio da cozinha, com duas xícaras numa bandeja e a fitou surpresa.
-- Ele já foi? O que ele queria?
Dulce a fitou com preocupação no olhar.
-- Veio trazer uma convocação para a abertura do testamento de Michelle.
Ela a fitou sombriamente.
-- Sabe o que isso significa, não?
-- Até certo ponto. Devo ser citada no testamento, como o advogado disse.
-- Alguma coisa Anahi deixou para você. Senão, não seria convocada. É... Ela a amava mesmo. . .
Essa observação irritou Dulce, que já estava nervosa com a visita do advogado. Olhou para Helen friamente.
-- Você tinha dúvidas disso? Claro que Anahi me amava! Eu sentia isso! Era tão carinhosa, tão. . .
-- Chega, Dulce! – Gritou Helen, depositando a bandeja na mesinha e a fitando com ciúmes – Não agüento mais ouví-la falar de Anahi!
Helen se descontrolou. Depois de uma noite de amor, não esperava ouví-la falar de Anahi. E lá estava ela, desmanchando-se em elogios à falecida amante!
Dulce a fitou surpresa com seu desabafo. Sua irritação aumentou. Olhou-a com provocação.
-- Vai agora proibir-me de falar em Anahi? Já se julga dona de mim? Está enganada! Eu avisei que sexo não teria nada a ver com meus sentimentos! Eu amo, adoro Anahi! Para mim, ela continua viva! E não será você quem vai impedir-me de falar nela.
Helen reagiu impulsivamente. Ergueu a mão e esbofeteou Dulce com força, louca de ciúmes e raiva.
A cabeça de Dulce virou para o lado, com o golpe. Ela voltou-se novamente e olhou-a com olhos flamejantes, as marcas dos dedos de Helen impressos em seu rosto.
Helen a fitava paralisada, percebendo que agredira Dulce e arrependida do ato. Ela a olhava em um misto de mágoa e raiva.
Dulce voltou-se e em passadas largas, abriu a porta e saiu, batendo-a com força. Helen começou a soluçar, jogando-se no sofá, murmurando:
-- Oh, Dulce. . . perdoe-me. . . oh, Deus!
Dulce não esperou o elevador. Desceu pelas escadas, dominada pelo desejo de ir para bem longe dali. Chegou à rua e olhou para os lados, indecisa. Mas logo tomou a direita, andando apressada. Queria distância de Helen! Ela a havia agredido! O que pensava ela? Que já a tinha nas mãos? Ela ia ver como estava enganada!
Meteu a mão no bolso do casaco. Tinha uma nota no bolso. Tirou-a e olhou. Dez dólares, não dava para muita coisa. Mas continuou andando. Andou alguns quarteirões de cabeça baixa, indiferente aos trausentes que passavam. Aos poucos, foi se acalmando. Mas a mágoa contra Helen permaneceu. Nunca mulher alguma ousaria agredi-la! Como ela pudera fazer isso? Bem, tinha que reconhecer que também a havia provocado. Uma mulher apaixonada como Helen estava, só poderia ter aquela reação, ao ouvi-la falar de Anahi daquele jeito. Mas não admitia agressões!
Inconscientemente, dirigiu-se para a Quinta Avenida. Quando percebeu, estava diante do edifício que morara com Anahi. Parou, olhando para a entrada, sentindo uma saudade dolorosa daqueles dias felizes. Ah, Anahi! Seria tão bom se ela estivesse lá, à sua espera!
O porteiro a reconheceu e veio até a porta, sorridente.
-- Senhorita Saviñon! Que prazer, tornar a vê-la! Vai subir?
Ela o fitou desajeitada.
-- Não. Não moro mais aqui. Nem tenho o cartão que abre a porta do apartamento.
-- Mas foi bom ter vindo aqui. Tenho uma correspondência para a senhorita.
Dulce o fitou surpresa.
-- Correspondência para mim? Onde está?
-- No escaninho de correspondência da senhorita Portilla. Pode pedir ao recepcionista.
Dulce agradeceu e entrou, ansiosa. O recepcionista a olhou educadamente.
Autor(a): lunaticas
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-- Bom dia, senhorita Saviñon. -- Bom dia. O porteiro avisou-me que há uma correspondência para mim no escaninho de Anahi Portilla, em nome de Dulce Saviñon. É o apartamento da cobertura. -- Um momento. Ele abriu o escaninho e retirou um envelope pardo, estendendo-lhe sorrindo. -- Aqui está . Endere ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 29
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flavianaperroni Postado em 07/08/2015 - 03:02:46
Super perfeita sua web,acabei de ler ela,amei de paixão,Você é uma otima escritora Parabéns
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Postado em 07/08/2015 - 03:00:17
Eii parabéns pela web,muito perfeita,esta realmente de parabéns,você é uma boa escritora
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kaahs Postado em 17/09/2014 - 01:34:16
Nossa, muito lindo esse final! *-*
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anahivida Postado em 10/09/2014 - 23:25:58
Final perfeito pra uma web perfeita. Amei S2
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angelr Postado em 10/09/2014 - 23:20:55
Ai que final lindo <3
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angelr Postado em 09/09/2014 - 00:54:02
hahaha ainda bem que a Anahi tava viva *__*
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portion__laliter Postado em 08/09/2014 - 01:25:31
posta mais na melhor parte vc não posta acho que isso foi tudo um plano da anahí desmascarar april e gary acho que ela não morreu e espero que seja ela pq se a web é portinon tem que acabar portinon
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angelr Postado em 03/09/2014 - 23:22:54
Nossa sua ordinaria kkkk posta mais hahaha para mim foi a Anahi nao aceito a morte dela ate agora acho q nao morreu
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anahivida Postado em 03/09/2014 - 22:56:36
Eu acho que quem ajudou a Dulce foi a Any... posta mais por favor!!!
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angelr Postado em 31/08/2014 - 22:53:55
Nossa que mulher ordinaria