Fanfic: Herança Fatal - Portiñon | Tema: Adaptada
Guardou o extrato e saiu do banco. Tomou um táxi e deu o endereço de Helen. Foi pensando que havia algo que não entendia naquela estória: o cartão do apartamento, o bilhete com a estranha mensagem e aquele dinheiro na sua conta.
Foi uma Helen transtornada que lhe abriu a porta, quando chegou. Havia apertado a campainha, porque estava sem a chave.
Ela a olhou com os olhos vermelhos de chorar, os cabelos revoltos, se jogando em seus braços, trêmula e apertando-a .
-- Dulce! Graças à Deus, você voltou! – Disse, com voz trêmula – Perdoe-me, Dulce. . . perdoe-me. . .
Dulce sentiu sua mágoa esvair-se, ao vê-la tão desesperada. Empurrou-a delicadamente e entrou, fechando a porta.
Ela tornou a abraçá-la, pousando a cabeça no seu ombro.
-- Dulce. . . como estou arrependida do que fiz! Oh, como sofri, pensando que não voltasse mais!
Dulce sorriu, com a mão livre alisando os cabelos dela.
-- Calma, Helen. . . já estou aqui. Controle-se. . .
Ela afastou-se e a fitou aflita.
-- Diga que me perdoa, Dulce. . . nunca mais vou agredi-la.
-- Isso discutiremos depois. Tenho coisas mais importantes para falar com você – Disse, passando por ela e dirigindo-se para o quarto. Chegou lá e colocou a valise sobre a cama. Sentou-se e olhou para Helen. Ela olhava para a valise, notando-a finalmente.
-- Onde esteve, Dulce? De quem é essa valise?
Dulce falou com firmeza:
-- Minha. Estive no apartamento de Anahi. Apanhei alguns objetos meus.
Uma crispação passou pelo rosto de Helen. Mas não disse nada.
-- Venha cá. Veja o que me entregaram na portaria. – Disse, tirando do bolso o envelope com o bilhete e o cartão.
Helen leu o bilhete. Olhou-a com o cenho franzido.
-- Que mensagem boba! Quem escreveu isso? E esse cartão, de onde é?
-- O porteiro do edifício avisou-me que havia uma correspondência para mim. Era esse envelope com o bilhete e o cartão magnético que abre o apartamento de Anahi. O recepcionista disse que foi um garoto quem entregou na portaria. E eu tenho certeza que este cartão estava no apartamento, quando fui para o rancho.
Helen sentou-se na cama, em frente à Dulce, olhando-a intrigada.
-- Que estranho! Como esse cartão chegou às mãos desse remetente? E quem será ele?
-- São essas as minhas perguntas. A família de Anahi jamais faria isso para mim. Quem mais teria acesso ao apartamento? E o que quer dizer essa frase no bilhete? Para eu ter esperança? Em quê?
Helen sacudiu a cabeça.
-- Realmente, é intrigante. Você não notou nada mexido no apartamento? Nada de diferente ?
-- Não, estava tudo como antes, pelo que pude perceber. Apanhei roupas para ir amanhã na casa dos Portilla, meus documentos e talão de cheques. Fui ao banco tirar algum dinheiro, e sabe o que descobri? Que haviam depositado duzentos e cinqüenta mil dólares em minha conta!
Helen arregalou os olhos, assombrada.
-- Depositaram isso em sua conta?! É muito dinheiro, Dulce! Quem teria feito isso?
-- Desconfio que foi Anahi. O depósito foi feito um dia antes dela ser assassinada. Quem mais iria presentear-me com tanto dinheiro?
Helen baixou a cabeça, triste.
-- Com tanto dinheiro, você não precisa mais de mim. Pode até comprar um excelente apartamento.
Dulce sorriu, segurando as mãos dela entre as suas.
-- Você pensa que sou uma pessoa muito fria, não é? Não, Helen. Vou ficar aqui, pelo menos por enquanto. Como disse antes, não vou ficar aqui para sempre, mas esse dinheiro não vai mudar minha decisão de ficar por algum tempo. Pelo menos, até que tudo isso acabe.
Ela ergueu o rosto, fitando-a.
-- Tudo isso, o quê?
-- Esse mistério. Vou descobrir quem matou Anahi, nem que seja a última coisa que faça na vida.
-- Dulce! Você não é detetive, não vá meter-se nisso! É perigoso, podem tentar matá-la também!
Dulce olhou-a com decisão.
-- Eu sei, mas vou tentar descobrir . Não tenho medo. Quem deve ter é esse assassino covarde, que matou uma mulher indefesa! Vou tentar tudo para isso, Helen.
Helen debruçou-se para ela, soltando as mãos e espalmando-as em seu rosto, fitando-a preocupada.
-- Dulce, não quero que nada de mal lhe aconteça. Eu não sei o que faria, se algo grave acontecer à você.
Dulce sorriu e a puxou pelos ombros, beijando-a, comovida pela preocupação dela. Helen correspondeu com toda emoção, tremendo. Sem parar de beijá-la, Helen levantou e sentou em seu colo, abraçando-a pelo pescoço, apertando-se contra seu corpo. Dulce hesitou. Não queria prosseguir com aquilo. Não devia alimentar a paixão de Helen. Mas ela sussurrou em seu ouvido, com voz embargada de emoção:
-- Dulce, tive tanto medo de você não voltar, de não me querer mais! Possua-me! Oh, possua-me!
Dulce sentiu-se mais uma vez contagiada pelo desejo de Helen. Um desejo animal, ditado pela sua necessidade de sexo, onde o amor não tinha vez. Ela era uma bela mulher e a queria desesperadamente. E Dulce mais uma vez fraquejou, na ânsia de esquecer o seu sofrimento. Helen era como uma droga à sua dor. Possuindo-a, não sofria tanto, usando a ilusão de estar com Anahi. Era tão fácil, bastava fechar os olhos e deixar a imaginação voar. Deslizou as mãos pelo corpo dela, introduzindo uma entre as coxas, acariciando o sexo dela por cima da calcinha. Helen contorceu-se, a boca sugando a sua alucinada.
Dulce possuiu Helen com desespero. Em sua mente, era Anahi quem estava em seus braços e isso a fez fazer loucuras. Sentiu o orgasmo tomar seu corpo e gritou, estremecendo violentamente. Abriu os olhos e a realidade a atordoou, vendo a cabeça loura de Helen entre suas pernas.
-- Não... – Disse, com voz rouca.
Sentou na cama, sentindo as pernas fracas. Mas Helen continuou, até que gozou mais uma vez. Então, deitou para trás e a puxou pelos cabelos. Helen veio rastejando pelo seu corpo, lambendo-a. toda. Deitou-se sobre ela, remexendo-se alucinada, gemendo. Dulce introduziu a mão por entre os corpos e aprofundou os dedos no sexo dela, movendo-os com dificuldade, sob a pressão que Helen fazia. Ela atingiu o orgasmo recurvando o tórax para trás, gritando abafadamente. Depois, deitou ao seu lado com os olhos fechados e uma expressão de plenitude celestial.
Dulce fechou os olhos. Sentiu-se culpada por mais uma vez ter cedido ao desejo. Sexo sem amor, uma fuga da realidade. Tão diferente de quando tinha sexo com Anahi! Com ela era uma entrega total, de corpo e alma. Com Helen, apenas uma tentativa de esquecimento, nos braços de uma mulher fogosa.
A lembrança de Anahi a atordoou. Ela também era fogosa. Tanto ou mais que Helen. Lembrou do dia em que foram ao cinema e tiveram que interromper o ato sexual no banheiro. Como Anahi ficara louca, até chegar em casa e entregar-se alucinadamente.
Ergueu-se da cama. Helen a chamou, abrindo os olhos. Dulce voltou-se, olhando-a calmamente. O desejo passara, só restando indiferença. Não a amava.
-- Que é?
-- Fique aqui comigo amor.
-- Vou tomar um banho – Disse, dirigindo-se para o banheiro.
Entrou no banheiro e abriu o chuveiro. Tomou um banho longo, pensando como agiria na casa dos Portilla. Seria fina, indiferente e fria. Se a insultassem, simplesmente os olharia com desprezo. Enxugou-se, completamente desligada de Helen.
Quando voltou ao quarto, envolta em um roupão, encontrou Helen à sua espera. Ela sorriu, estendendo a mão.
-- Como demorou, amor. Venha para junto de mim. . .
Dulce olhou-a com indiferença. Não estava mais com vontade. Mas, como dizer isso a ela? Não queria magoá-la. Nisso residia a diferença entre amar e desejar somente, pensou. Com Anahi, mesmo depois de se saciarem sexualmente, ficava horas inteiras beijando-a e acariciando-a . Cansada, mas cheia de amor. Com Helen, não. Acabava de saciar o desejo e não restava mais nada, de sua parte. O encanto acabava. Não sentia mais vontade de tocá-la. E era horrível fingir um carinho que não sentia.
Sentou-se na cama, sorrindo.
-- Não quer tomar um banho? Está fazendo calor.
Helen puxou-a num abraço, olhando-a com carinho. Beijou-a longamente. Dulce correspondeu, para ela não perceber sua indiferença. Ela afastou-se e a olhou apaixonadamente.
-- Amo-a Dulce. Por mim, ficaria o dia inteiro com você na cama. Hoje nem fui trabalhar, preocupada com você.
Dulce sorriu, erguendo-se.
-- Ficaria o dia inteiro na cama, e eu morreria de fome! Sabe que não comi nada até agora?
Helen ergueu-se, olhando-a surpresa.
-- Oh! Não sabia! Vou preparar uma boa refeição para você! Também não comi nada, não tive cabeça para isso.
-- Vamos lá, vou ajudá-la – Disse Dulce, com uma ponta de remorso pelo pretexto que usou para tirá-la da cama. Mas não agüentaria voltar para a cama com Helen, pelo menos nesse dia.
Oh, Any... – Pensou – Se fosse você quem estivesse aqui, eu ficaria amando-a o dia e a noite inteira!
Autor(a): lunaticas
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 29
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flavianaperroni Postado em 07/08/2015 - 03:02:46
Super perfeita sua web,acabei de ler ela,amei de paixão,Você é uma otima escritora Parabéns
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Postado em 07/08/2015 - 03:00:17
Eii parabéns pela web,muito perfeita,esta realmente de parabéns,você é uma boa escritora
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kaahs Postado em 17/09/2014 - 01:34:16
Nossa, muito lindo esse final! *-*
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anahivida Postado em 10/09/2014 - 23:25:58
Final perfeito pra uma web perfeita. Amei S2
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angelr Postado em 10/09/2014 - 23:20:55
Ai que final lindo <3
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angelr Postado em 09/09/2014 - 00:54:02
hahaha ainda bem que a Anahi tava viva *__*
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portion__laliter Postado em 08/09/2014 - 01:25:31
posta mais na melhor parte vc não posta acho que isso foi tudo um plano da anahí desmascarar april e gary acho que ela não morreu e espero que seja ela pq se a web é portinon tem que acabar portinon
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angelr Postado em 03/09/2014 - 23:22:54
Nossa sua ordinaria kkkk posta mais hahaha para mim foi a Anahi nao aceito a morte dela ate agora acho q nao morreu
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anahivida Postado em 03/09/2014 - 22:56:36
Eu acho que quem ajudou a Dulce foi a Any... posta mais por favor!!!
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angelr Postado em 31/08/2014 - 22:53:55
Nossa que mulher ordinaria