Fanfics Brasil - Capitulo 38 Herança Fatal - Portiñon

Fanfic: Herança Fatal - Portiñon | Tema: Adaptada


Capítulo: Capitulo 38

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O novíssimo Lexus preto parou diante da mansão dos Portillas e Dulce desceu, batendo a porta. A tarde estava fria e nevoenta, com a aproximação do outono. Bem própria para a leitura de um testamento, pensou Dulce, com um sorriso amargo.


 


Ela estava elegantíssima em seu conjunto de blazer e saia justa escuros, que destacavam sua pele clara e cintilante. Os lábios polpudos e sensuais estavam pintados de um vermelho escuro, contrastando com os olhos castanhos cintilantes, lhe dando um ar de mulher fatal. As meias de nylon e os scarpins negros de salto agulha  realçavam suas pernas longas e esculturais.


Dulce olhou em volta, percebendo os três carros de luxo estacionados. Um Audi cinza, um BMW preto e uma Ferrari vermelha.


Sorriu com sarcasmo. A família estava toda ali, ávida para botar as mãos na herança de Anahi. Uma herança fatal, motivo de sua morte. Abutres!


 


Dulce era agora uma outra mulher, revoltada com o mundo, que lhe havia arrebatado a única pessoa que amara inteira e verdadeiramente. Para ela, a humanidade era podre, com pessoas se matando, traindo e mentindo por dinheiro e poder.  Não confiava em mais ninguém, nem em Helen, que a ajudara, mas  com interesse em ter seu amor. Era tudo um jogo de interesses!


 


Sua revolta com o mundo fez emergir das profundezas de seu desespero uma Dulce cínica e fria, disposta a reverter o jogo: Seu coração seria eternamente de Anahi, fechado para novo amor. Sua necessidade de sexo seria saciada sem nenhum outro sentimento além de desejo. Ninguém mais a faria sofrer por perder a quem amava. Não suportaria passar por isso novamente.


 


Ela respirou fundo e caminhou em passos decididos para a porta principal de entrada, onde um segurança estava postado. Abriu a carteira de couro negro e retirou a convocação do tabelião. Parou diante do homem e estendeu o documento, dizendo:


 


-- Sou Dulce Maria Saviñon. Fui convocada para a leitura do testamento.


 


O segurança leu o papel e o devolveu, abrindo a porta para ela entrar.


 


-- Queira entrar, senhorita.


 


Dulce passou por ele e entrou. Do vestíbulo, viu as pessoas no salão se voltarem para ver quem chegara.


A ruiva se adiantou, olhando-os com  o queixo erguido orgulhosamente. Cinco homens e duas mulheres. Todos a olhando avaliadoramente, com expressões inexpressivas escondendo suas reais emoções.


Um dos homens adiantou-se ao encontro dela. Era um velho meio encurvado, mas de olhos ágeis e vivos. Estendeu a mão, sorrindo.


-- Senhorita Saviñon? Sou o tabelião Thompson. Muito prazer em conhecê-la.


 


Dulce deu um meio sorriso, apertando a mão do velho. Ele, pelo menos, era cordial. Talvez, o único sem interesse pelo conteúdo do testamento e do desfecho daquela reunião.


 


-- Muito prazer, senhor Thompson.


 


-- Só estávamos à sua espera, para a abertura do testamento.


 


-- Cheguei pontualmente. São cinco horas da tarde.


 


Ele sorriu, pegando-a pelo braço e a conduzindo em direção ao grupo, que a olhava em silêncio.


 


-- Sei disso, senhorita. Mas as pessoas aqui estão ansiosas. Venha, vou apresentá-la, pois soube que não conhece a  todos.


 


O tabelião parou diante de um homem grisalho e magro, que sorriu para Dulce cortesmente.


 


-- Willian Kauffman, meu assistente.


 


Dulce apertou a mão do homem, que inclinou-se levemente. Fino, pensou.


 


-- Alfred Simpson, advogado da senhora Portilla.


 


O homem apertou sua mão com um olhar frio. Um adversário.


 


-- Antony Portilla, filho da senhora Portilla.


 


Um homem bonito, mas de olhar orgulhoso e duro. Alto,  cabelos castanhos, olhos azuis e lábios finos, que não sorriram. Não lhe estendeu a mão. Adversário frio, classificou Dulce.


 


-- Gary Miller, marido da senhora Portilla.


 


Dulce lembrou o que Anahi dissera sobre ele. Era mesmo bem mais novo que Mary Portilla. Podia ser filho dela. Era alto e louro, com cara de conquistador. Olhou-a com evidente admiração, mas não sorriu nem apertou sua mão. Dissimulado, pensou Dulce.


 


-- Mary Portilla, a mãe de Anahi Portilla.


 


Ela olhou para Dulce com ódio.


 


-- Já nos conhecemos, Wilfred – Disse, com frieza.


 


-- Ah, sim, esqueci-me. . . bem, senhorita Saviñon, só falta apresentar-lhe April Portilla, esposa de Antony Portilla.


 


Dulce olhou para April, procurando não externar a sua surpresa. April Portilla era belíssima. Uns olhos verdes como jóias raras, brilhantes, lindos, fitando-a curiosamente. Traços perfeitos, uma boca que parecia estar sempre pronta para beijar, cabelos louríssimos caindo pelos ombros em ondas refulgentes. O corpo escultural com um vestido branco que realçava suas formas perfeitas. Alta, quase da altura de Dulce, não precisou erguer o rosto para olhá-la nos olhos. Não estendeu a mão e não lhe sorriu. Outra adversária.


 


O tabelião olhou em volta sorrindo, talvez procurando quebrar aquela tensão que a presença de Dulce causava. Ele fizera o possível, apresentando-a à cada um. Não adiantara.


 


-- Bem, vamos abrir o testamento. Todos os interessados estão aqui.


 


Mary Portilla falou secamente:


 


-- Passemos à biblioteca, Wilfred.


 


Ela adiantou-se e todos a seguiram. Dulce foi por último, pronta para rebater qualquer agressão verbal.


Entraram na biblioteca e Wilfred sentou-se na cabeceira da enorme mesa de mogno, pousando a pasta que trazia sobre a mesa. O assistente dele sentou ao seu lado e os demais sentaram nas cadeiras restantes, com exceção à Dulce, que sentou em uma poltrona afastada da mesa. Dali, podia ver a todos e se eles quisessem falar com ela, teriam que voltar o rosto. Cruzou as pernas e acendeu um cigarro. Raramente fumava, só quando estava nervosa, para relaxar. E ali sentia-se nervosa, mas o seu nervosismo era interior. Na aparência, seu olhar era frio e suas mãos estavam firmes.



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Autor(a): lunaticas

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Wilfred tirou um envelope lacrado da pasta e começou a abri-lo, assistido pelo seu assistente.   Dulce olhou para os Portillas, dando uma tragada em seu cigarro. Seu olhar se fixou em April.O seu novo modo cínico e revoltado de encarar a vida a fez olhar a mulher como um brinquedo para divertir-se. A outra Dulce sincera e desinteressada estava afogada nu ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 29



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  • flavianaperroni Postado em 07/08/2015 - 03:02:46

    Super perfeita sua web,acabei de ler ela,amei de paixão,Você é uma otima escritora Parabéns

  • Postado em 07/08/2015 - 03:00:17

    Eii parabéns pela web,muito perfeita,esta realmente de parabéns,você é uma boa escritora

  • kaahs Postado em 17/09/2014 - 01:34:16

    Nossa, muito lindo esse final! *-*

  • anahivida Postado em 10/09/2014 - 23:25:58

    Final perfeito pra uma web perfeita. Amei S2

  • angelr Postado em 10/09/2014 - 23:20:55

    Ai que final lindo <3

  • angelr Postado em 09/09/2014 - 00:54:02

    hahaha ainda bem que a Anahi tava viva *__*

  • portion__laliter Postado em 08/09/2014 - 01:25:31

    posta mais na melhor parte vc não posta acho que isso foi tudo um plano da anahí desmascarar april e gary acho que ela não morreu e espero que seja ela pq se a web é portinon tem que acabar portinon

  • angelr Postado em 03/09/2014 - 23:22:54

    Nossa sua ordinaria kkkk posta mais hahaha para mim foi a Anahi nao aceito a morte dela ate agora acho q nao morreu

  • anahivida Postado em 03/09/2014 - 22:56:36

    Eu acho que quem ajudou a Dulce foi a Any... posta mais por favor!!!

  • angelr Postado em 31/08/2014 - 22:53:55

    Nossa que mulher ordinaria


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