Fanfics Brasil - Capitulo 39 Herança Fatal - Portiñon

Fanfic: Herança Fatal - Portiñon | Tema: Adaptada


Capítulo: Capitulo 39

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Wilfred tirou um envelope lacrado da pasta e começou a abri-lo, assistido pelo seu assistente.


 


Dulce olhou para os Portillas, dando uma tragada em seu cigarro. Seu olhar se fixou em April.O seu novo modo cínico e revoltado de encarar a vida a fez olhar a mulher como um brinquedo para divertir-se. A outra Dulce sincera e desinteressada estava afogada numa onda de revolta.


 


Que mulherão, April Portilla! – Pensou. Desde que conhecera Anahi, não se impressionava tanto com a beleza de uma mulher. Ela tinha uma beleza invulgar.


 


April, como que atraía pelo seu olhar, voltou a cabeça lentamente e a olhou. Dulce a fitou também, imperturbável, sem demonstrar nenhuma reação àquele olhar furtivo que a percorreu. Ela voltou a cabeça, deixando de olhá-la. Dulce teve vontade de rir, ao pensamento que lhe veio: e se April Portilla se interessasse por ela? Seria engraçado, no mínimo. Sua adversária. Ela devia saber de seu caso com Anahi, evidentemente. Só o fato dela estar ali, sem fazer parte da família, já comprovava isso.


 


Wilfred pigarreou e disse, erguendo a voz:


 


-- Vamos dar início à leitura do testamento que Anahi Giovana Puente Portilla ditou-me em seu gabinete na Portilla Corporation, no dia dois de junho de dois mil e quatro.


 


Todos olharam para o tabelião. Ele tomou fôlego e começou, com voz sem entonação:


 


“-- Eu, Anahi Portilla, com vinte e nove anos de idade, solteira, em total uso de minhas faculdades mentais e físicas, perante o tabelião Wilfred Thompson, decido de livre e espontânea vontade fazer de minha herdeira Dulce Maria Saviñon, solteira, trinta anos, escritora, de  60% das  minhas ações da Portilla Corporation.“


 


Uma exclamação de surpresa interrompeu a leitura. Dulce olhou. A mãe de Anahi se pusera de pé, junto com o filho. Ambos olharam para o tabelião, furiosos.


 


-- Isso é uma brincadeira ! – Gritou Mary Portilla – Minha filha estava louca!


 


Antony Portilla olhou para Dulce, apontando-a . Ela o fitou imperturbável. Mas por dentro, tremia.


 


-- Essa vagabunda seduziu a minha irmã! E agora vemos o que queria!


 


O tabelião fitou-os, imperturbável. Ele devia estar  acostumado com essas cenas em leituras de testamento.


 


-- Posso prosseguir a leitura? – Perguntou, calmamente.


 


Antony hesitou, mas tornou a sentar-se, puxando a mãe pelo braço. Ela sentou-se com uma expressão de ódio.


O tabelião  pigarreou novamente e prosseguiu:


 


“ – Ressalvo que os dez por cento das ações restantes do total de setenta por cento, faço doação de cinco por cento à minha mãe, Mary Portilla, e os outros cinco por cento ao meu irmão, Antony Portilla. Quanto aos meus bens imóveis, tais como: um apartamento na Quinta Avenida, uma casa na praia de Malibu, faço deles herdeira Dulce Maria, com tudo que neles se encontra, desde móveis à obras de arte. Esclareço que faço essas doações à Dulce pela dedicação, apoio e afeto manifestados em vários momentos de dificuldades que passei, contra quem repudio qualquer ação que venha frustrá-la de receber essas doações. Minhas jóias, abaixo discriminadas, lego à minha mãe:  um colar de pérolas cultivadas no valor de cem mil dólares...”


 


O tabelião continuou a descriminar as jóias com voz sem entonação. Mas parecia que ninguém prestava mais atenção ao velho, todos olhando para Dulce. Ela recebera o filé da herança. Mary Portilla e o filho, as migalhas.


 


Dulce notou o olhar de ódio de Mary. Ficou com o  rosto impenetrável, sem mover um músculo sequer. Mas dentro de si, aquela herança que Anahi lhe legara fazia sua cabeça dar voltas. Era muito dinheiro e poder. Conseguiria manobrar tudo aquilo? Tinha até medo. E agora ela seria a principal suspeita da morte de Anahi. Estava claro que todos iam pensar que matara ela por causa daquele testamento. Ninguém acreditaria que o desconhecia.


 


Antony também a olhava com ódio. Até o entendia. Afinal, a herança da família ir parar em mãos estranhas, era uma coisa difícil de engolir. E ele estava furioso com a migalha que recebera. Queria mais.


 


April olhou mais uma vez para Dulce, que leu naqueles olhos um interesse furtivo. Claro, ela sabia de sua preferência sexual e agora que era a herdeira principal da empresa, tornara-se importante aos olhos dela.


 


Olhou-a com um olhar cínico, encarando-a nos olhos. Ela enrubesceu e desviou o olhar.


 


Gary Miller, o gigolô de Mary, a fitava com ar de conquistador. Para ele, as mulheres deviam ser uma fonte de renda.


 


Voltou a olhar para April, esperando novo olhar. Mas ela não voltou a fitá-la. Dulce não conseguiu prestar mais atenção à leitura do testamento. Aquela bela loura a atraía. Olhava para as longas  pernas cruzadas, de meias finas, e sentia-se invadida por pensamentos de luxúria.


 


O tabelião encerrou a leitura e ergueu-se. Distribuiu cópias do testamento para Mary e o filho, entregando o original a Dulce. Sorriu para ela e disse baixinho:


 


-- Parabéns, senhorita Saviñon.


 


Dulce ergueu-se. Nada mais tinha a fazer ali. Todos já estavam de pé, com a família Portilla discutindo acidamente o testamento. Somente April se mantinha calada, ouvindo-os com um rosto impenetrável. O olhar dela pousou mais uma vez em Dulce, que sustentou-o. Ela tornou a desviar os olhos.


 


Mary aproximou-se de Dulce, com ódio no olhar.


-- Peço que agora se retire de minha casa. Sua presença é um insulto para nós. – Disse, com voz contida.


 


Dulce sorriu com cinismo, fitando-a nos olhos.


 


-- É  o melhor convite que me fez. Sua casa me faz mal.


 


Foi até o tabelião, cumprimentou-o, cumprimentou o assistente e dirigiu-se para a saída com passos provocantes, não sem antes olhar de soslaio para April. Ela a seguiu com o olhar até sair.


Pegou o seu carro e saiu em disparada. Estava com uma sensação de irrealidade. Aquilo era um sonho? Não. O testamento no banco ao lado comprovava os acontecimentos.


Ela agora era uma mulher rica, com poder. Possuía sessenta por cento da Portilla Corporation!


 


Mas essa idéia não a alegrava. Aquilo significava que arranjara inimigos e o assassino de Anahi agora se voltaria contra ela. E a polícia iria considerá-la com um bom motivo para ter assassinado Anahi. Que ironia do destino! Ela, que amava Anahi verdadeiramente, seria a suspeita principal da morte dela.


 


Devolveria de bom grado aquela herança, se a morte de Anahi tivesse ocorrido em circunstâncias normais. Não tinha sede de poder e de muito dinheiro. Já achara aqueles duzentos e cinqüenta mil dólares dinheiro demais, para suas ambições. Aquela herança traria em seu rastro muita dor de cabeça e perigo. Mas queria respeitar a decisão de Anahi. Se ela havia decidido que a mãe e o irmão não a mereciam, é porque sabia de algo que não os tornavam merecedores desse prêmio. Tinha que respeitar a decisão dela e tentar descobrir o responsável pelo seu assassinato. Aí, tomaria uma decisão sobre a herança.


 


Do dinheiro que ela depositara em sua conta, comprara aquele carro. Ainda tinha o bastante para comprar um bom apartamento em New York.


O que faria com o apartamento da Quinta Avenida? Morar lá? Não, não teria coragem. Nem de vendê-lo, estava cheio de recordações de Anahi. Ela o havia decorado, haviam morado juntas, tinha roupas e objetos pessoais dela. Deixaria fechado, até resolver o que fazer.



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Autor(a): lunaticas

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E a casa em Malibu? Não a conhecia, nem estava interessada em conhecer. Tinha muito a fazer em New York. E a primeira providência era contratar um bom advogado de sua confiança. Tinha certeza que Mary Portilla iria contestar o testamento na justiça. E provavelmente, acusá-la de haver assassinado Anahi, sabendo da existência do testamen ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 29



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  • flavianaperroni Postado em 07/08/2015 - 03:02:46

    Super perfeita sua web,acabei de ler ela,amei de paixão,Você é uma otima escritora Parabéns

  • Postado em 07/08/2015 - 03:00:17

    Eii parabéns pela web,muito perfeita,esta realmente de parabéns,você é uma boa escritora

  • kaahs Postado em 17/09/2014 - 01:34:16

    Nossa, muito lindo esse final! *-*

  • anahivida Postado em 10/09/2014 - 23:25:58

    Final perfeito pra uma web perfeita. Amei S2

  • angelr Postado em 10/09/2014 - 23:20:55

    Ai que final lindo <3

  • angelr Postado em 09/09/2014 - 00:54:02

    hahaha ainda bem que a Anahi tava viva *__*

  • portion__laliter Postado em 08/09/2014 - 01:25:31

    posta mais na melhor parte vc não posta acho que isso foi tudo um plano da anahí desmascarar april e gary acho que ela não morreu e espero que seja ela pq se a web é portinon tem que acabar portinon

  • angelr Postado em 03/09/2014 - 23:22:54

    Nossa sua ordinaria kkkk posta mais hahaha para mim foi a Anahi nao aceito a morte dela ate agora acho q nao morreu

  • anahivida Postado em 03/09/2014 - 22:56:36

    Eu acho que quem ajudou a Dulce foi a Any... posta mais por favor!!!

  • angelr Postado em 31/08/2014 - 22:53:55

    Nossa que mulher ordinaria


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