Fanfics Brasil - Capitulo 4 Herança Fatal - Portiñon

Fanfic: Herança Fatal - Portiñon | Tema: Adaptada


Capítulo: Capitulo 4

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Ela a fitou com certa tristeza.


 


-- Felizarda... não posso dizer o mesmo, no sentido de já ter tido alguém que me amasse de verdade. Já tive muitas decepções.


 


-- Isso é surpreendente, numa mulher como você - Disse Dulce, impulsivamente.


 


Ela a fitou sem entender.


 


-- Surpreendente? Por quê?


 


-- Porque você é muito atraente...


 


Ela sorriu, radiante.


 


-- Acha mesmo? Não está falando isso para agradar-me?


 


Dulce a fitou com calor. Inconscientemente, seu olhar revelou toda a admiração que ela lhe provocava.


 


-- Não, é o que vejo. Você é uma mulher muito bonita. Tem tudo para agradar um homem.


 


Ela corou e baixou os olhos. Tornou a fitá-la, sorrindo encantadoramente.


 


-- Obrigada, Dulce. Nunca ouvi alguém dizer-me isso, assim.


 


Dulce sorriu.


 


-- Assim, como?


 


Ela a fitou nos olhos.


 


-- Com tanto calor e sinceridade. Sinto isso em você.


 


A ruiva olhou-a, pensando se não tinha deixado transparecer demais a sua admiração. Destampou a panela e viu que a sopa já estava cozida. Apagou o fogo e olhou-a com menos calor.


 


-- A sopa está pronta. Vamos comer, estou morrendo de fome.


 


Serviu a sopa para Giovana e serviu-se. Apanhou pão e mostarda e sentou   diante dela, que a fitava atentamente. Começaram a comer. Um silêncio incômodo  caiu sobre elas. Dulce sentia o olhar de Giovana sobre si, insistente.  Parecia estar analizando-a. Ergueu os olhos do prato e encontrou os olhos azuis fixos nela. A loira lhe sorriu.


 


-- A sopa está uma delícia - Disse ela, olhando-a nos olhos.


 


-- Obrigada. Mas sei que não sou uma boa cozinheira. Só sei fazer coisas simples. Decididamente, cozinhar não é minha função preferida.


 


-- E o que gosta de fazer, além de escrever?


 


-- Ver tv, ler, dançar. Estar com os amigos, fazer esportes. Pratico natação três vezes por semana em um clube na Filadélfia.


 


-- Ah!... notei que tem um corpo de atleta - Sorriu Giovana - Está explicado.


 


Dulce riu da observação. Ergueu uma sobrancelha, intrigada.


 


-- Corpo de atleta? Como assim?


 


-- Seu corpo transmite força e vitalidade.


 


-- Hum... deve ser por causa de minha altura.


 


Giovana a fitou pensativa.


 


-- Não é só por isso. É algo que não sei definir.


 


Dulce sorriu, sem ter o que dizer.


 


-- Tem muitos amigos, Dulce?


 


-- Alguns. Uma meia dúzia.


 


-- Escritores como você?


 


-- Não.


 


Dulce deu uma resposta curta, não querendo se estender sobre isso. Não queria expor sua vida muito. Não sabia quase nada de Giovana. Olhou-a pensativa. Ela era esperta. Fazia perguntas, ao invés de responder. Era uma tática astuciosa. Não lhe deixava chance de fazer suas perguntas. Mas ia mudar aquilo. Se Giovana era esperta, ela também era.


 


-- O que faz da vida, Giovana? Disse-me que estava de férias.


 


Ela sorriu, meio confusa.


 


-- Oh! Você ainda não sabe nada de mim! Desculpe-me... estou de férias do trabalho. Sou... secretária.


 


-- É mesmo? E gosta do seu trabalho?


 


-- Um pouco... é cansativo.


 


-- Mora só, ou com a família?


 


-- Moro com minha família. Minha mãe, meu padastro, meu irmão e sua mulher.


 


- -E o que faz para divertir-se?


 


-- Oh... gosto de esquiar, de equitação, de ler bons livros, de ir a concertos de jazz , ir ver apresentações de balé e viajar.


 


Dulce a olhou surpresa.


 


-- Caramba! Seus divertimentos são caros! Para quem mora em Nova Iorque, é preciso ter muita grana para fazer tudo isso!


 


Ela a fitou confusa e ruborizada.


 


-- É mesmo? Eu... acho tão comum...


 


-- Bem, se seus pais têm posses, isso é possível.


 


Giovana ergueu-se e se espreguiçou, parecendo uma gata.


 


-- Estou cansadíssima, Dulce. Onde poderei dormir? A casa só tem um quarto, não?


 


-- Sim, mas posso fazer sua cama no sofá da sala. É bem espaçoso.


 


Ela a fitou com um súbito medo no olhar.


 


-- Sozinha na sala?! Não, por favor, Dulce!


 


Dulce sorriu, divertida com o medo dela.


 


-- Tem medo? Aqui não tem fantasmas ou ladrão, não se preocupe.


 


Ela a fitou suplicante. Dulce notou que ela realmente estava com muito medo.


 


-- Não brinque, por favor! Dulce, deixe-me dormir em seu quarto, com você! Eu durmo no tapete, não vou incomodá-la!


 


Dulce ergueu-se, olhando-a surpresa. Ela parecia uma criança pedindo ajuda, em meio a um pesadelo. Aproximou-se dela, segurando-a pelos ombros. Os olhos medrosos a fitavam com ansiedade.


 


-- Calma, Giovana. Por que esse medo todo? Está bem, você vai dormir comigo. A cama é espaçosa. Apenas pensei que preferiria o sofá a dormir com uma  estranha.


 


Ela acalmou-se e a fitou nos olhos, intensamente.


 


-- É estranho... mas parece que eu a conheço há muito tempo... você me transmite confiança. Um modo simples de ver as coisas, sem dramas... um calor humano que nunca senti em alguém.


 


Dulce sorriu. Afastou-se e começou a recolher os pratos da mesa. Nem haviam tocado nos hamburgueres. Guardou-os na geladeira e lavou os pratos e talheres, enxugou as mãos e pendurou o avental. Voltou-se para Giovana. Ela a observava atenta, prestando atenção aos seus menores gestos.


 


-Acabei. Também estou exausta. Vamos dormir.


 


Subiram as escadas, depois de apagarem as luzes da sala e da cozinha. Giovana a seguiu em silêncio. Abriu a porta do quarto, acendeu a luz e fez um gesto para a loirinha entrar. Então, lembrou do quadro. Mas era tarde demais. Devia tê-lo tirado da parede antes de Gioavana entrar ali. A loirinha entrou no quarto e olhou em volta, curiosa.


 


O quarto era espaçoso, com as paredes forradas com papel cinza e flores azuis. Em uma parede, os armários embutidos. Na outra, atrás da cama de ferro batido, um quadro de um metro e meio de largura, representando duas mulheres nuas se beijando. Dulce olhou para Giovana, rubra de embaraço. Fora um presente de uma mulher que tivera. Ela a presenteara com o quadro dizendo que as mulheres pareciam com elas, uma loura e outra ruiva. A loirinha olhou em volta e seus olhos se prenderam no quadro. Fitou-o demoradamente, inclinando a cabeça para o lado. Não pareceu chocada, como Dulce esperava. Olhou finalmente para a ruiva e sorriu. Os olhos se desviaram para o tapete azul, para a poltrona de veludo e voltaram a fitá-la.


 


-- É um quarto muito aconchegante e confortável, Dulce. Gosto da cor azul.


 


Dulce desviou-se para o armário, apanhando dois cobertores e lençóis. Puxou a colcha que forrava a cama, dobrou-a, estendeu os lençóis, os cobertores, e apanhou travesseiros e forrou-os, colocando-os na cama. Giovana a observava em silêncio.


 


-- Tenho pijamas que servirão em você - Avisou, olhando-a.


 


-- Não tem camisola? - Perguntou ela, com um sorriso. Dulce enrubesceu.


 


-- Não. Prefiro pijamas. E o clima daqui é sempre frio.


 


A lorinha sorriu candidamente.


 


-- Dê-me somente a parte superior do pijama. Não sinto frio nas pernas.


 


-- Tudo bem.


 


Apanhou um pijama de flanela cinza e uma camisa de outro, de seda azul. Estendeu-o para Giovana.


 


-- Acho que este dará em você.


 


A loirinha o pegou e colocou sobre a cama. E começou a tirar a roupa. Tirou a blusa, descobrindo os seios perfeitos, puxou a calça comprida, sentando-se na cama para acabar de tirá-la. De calcinha apenas, estendeu a mão para a blusa do  pijama.


 


Dulce a olhava paralizada, em estado de choque. A naturalidade de Gioavana a pegara desprevinida. Aquela nudez, a visão inesperada daqueles seios perfeitos, do estômago bem definido e coxas fortes, deixara seu coração aos pulos no peito. Ela a encarou, vestindo a blusa do pijama. Tinha um ar divertido nos olhos e na boca, como se estivesse se divertindo com sua reação à sua nudez.


 


-- E você, não vai trocar de roupa? - Perguntou, com voz suave.


 


Dulce engoliu em seco. Olhou-a confusa.


 


-Oh, claro... vou, sim...


 


Foi saindo para o banheiro, quando ela a chamou. Voltou-se. Giovana se erguera e abotoava o pijama, olhando-a com um ligeiro sorriso.


 


-- Está com vergonha de mim? Vai trocar-se no banheiro?


 


Dulce parou, olhando-a. Imaginou se Giovana estava percebendo o seu embaraço e se divertindo com ele. Resolveu agir naturalmente.


 


-- Eu, com vergonha? Absolutamente!


 


A loirinha acabou de abotoar o pijama e meteu-se na cama, embaixo das cobertas, olhando-a em expectativa. Dulce respirou fundo. Não iria fazer papel de idiota. Tirou a blusa e  a calça rapidamente. Apenas de calcinha, apanhou o pijama e o vestiu, olhando para Giovana. Ela a olhava atenta. O sorriso sumira de seus lábios sensuais. Dulce apagou a luz e deitou ao lado dela, evitando tocá-la.


 


-- Dulce...


 


-- Sim...


 


-- Posso continuar aqui por alguns dias? Não vai mandar-me embora amanhã?


 


A voz soou medrosa.


 


-- Depende...


 


Ela voltou-se para seu lado. O joelho dela encostou na coxa de Dulce, quente e macio.


 


-- Depende de quê?


 


-- De você não se importar de ter como companhia uma pessoa que passa a maior parte do tempo escrevendo.


 


-- Oh, claro que não! Então, posso ficar?


 


-- Pode...


 


Dulce sentia aquele joelho queimar em sua coxa. Afastou-se disfarçadamente.


 


-- Oh, Dulce, que bom! - Disse Giovana, estendendo a mão e apertando a sua. A ruiva estremeceu ao contato daquela mão quente e macia.


 


-- O que foi? - Perguntou Giovana.


 


-- Tive um arrepio de frio - Mentiu.


 


Ela soltou sua mão. Ficaram em silêncio. O coração de Dulce batia descompassado. Estava imóvel, com medo de encostar em Giovana. Não sabia o que poderia acontecer, se isso ocorresse. Nunca lhe acontecera aquilo. Dormir com uma mulher desejável, sem poder tocá-la. Era uma tortura o desejo que sentia de  agarrá-la.


 


Finalmente, ouviu o suave ressonar de Giovana. Voltou-se de costas para ela, tentando não pensar na presença dela. Mas era difícil. O suave perfume dos cabelos dela, o calor que emanava daquele corpo, tudo a fazia sentir aquela proximidade excitante. Custou a dormir, mas finalmente o cansaço a venceu. Dormiu profundamente e sonhou que olhava para Giovana e a via transformar-se em uma outra mulher, a qual não conseguia ver o rosto. Ela lhe   estendia a mão e não conseguia alcançá-la, então gritava.



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Autor(a): lunaticas

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  Dulce acordou com uma claridade em  seu  rosto.  Abriu  os  olhos  e  viu  Giovana com a cabeça apoiada na mão, fitando-a pensativa. Ela lhe sorriu suavemente.   -- Bom dia. Estava observando-a dormir - Disse, baixinho - Você fica com uma expressão de tan ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 29



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  • flavianaperroni Postado em 07/08/2015 - 03:02:46

    Super perfeita sua web,acabei de ler ela,amei de paixão,Você é uma otima escritora Parabéns

  • Postado em 07/08/2015 - 03:00:17

    Eii parabéns pela web,muito perfeita,esta realmente de parabéns,você é uma boa escritora

  • kaahs Postado em 17/09/2014 - 01:34:16

    Nossa, muito lindo esse final! *-*

  • anahivida Postado em 10/09/2014 - 23:25:58

    Final perfeito pra uma web perfeita. Amei S2

  • angelr Postado em 10/09/2014 - 23:20:55

    Ai que final lindo <3

  • angelr Postado em 09/09/2014 - 00:54:02

    hahaha ainda bem que a Anahi tava viva *__*

  • portion__laliter Postado em 08/09/2014 - 01:25:31

    posta mais na melhor parte vc não posta acho que isso foi tudo um plano da anahí desmascarar april e gary acho que ela não morreu e espero que seja ela pq se a web é portinon tem que acabar portinon

  • angelr Postado em 03/09/2014 - 23:22:54

    Nossa sua ordinaria kkkk posta mais hahaha para mim foi a Anahi nao aceito a morte dela ate agora acho q nao morreu

  • anahivida Postado em 03/09/2014 - 22:56:36

    Eu acho que quem ajudou a Dulce foi a Any... posta mais por favor!!!

  • angelr Postado em 31/08/2014 - 22:53:55

    Nossa que mulher ordinaria


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