Fanfics Brasil - Capitulo 42 Herança Fatal - Portiñon

Fanfic: Herança Fatal - Portiñon | Tema: Adaptada


Capítulo: Capitulo 42

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Dulce sorriu. Ergueu também a taça e bebeu um gole. April a olhava com atenção, notando seus mínimos gestos.


 


-- Por que me chamou aqui, April? Foi  Antony quem a mandou? O que deseja de mim?


 


Ela sorriu com admiração.


 


-- Eu imaginava que você era muito inteligente. Não me enganei.


 


-- Sei muito bem que esse rodeio todo está fazendo esconde um motivo maior, para ter-me convidado para vir aqui. Seja direta. Economizará tempo e palavras - Disse, com voz fria.


 


Ela a olhou ofendida.


 


-- Não está apreciando a minha companhia?


 


Dulce debruçou-se para frente, olhando-a nos olhos com firmeza.


 


-- Você é uma mulher linda, April. Muito desejável. Sabe bem o que gosto e não preciso disfarçar. Mas apreciaria a sua companhia se estivéssemos aqui por atração mútua, mas não é esse o caso. Portanto, seja direta.


 


April baixou os olhos. Quando os ergueu novamente, seu olhar havia mudado. Agora estava sombrio como um lago escuro.


 


-- Tony precisa de um empréstimo de três milhões de dólares – declarou, com voz tensa – e a Portilla Corporation pode emprestar esse dinheiro, mas o liberará somente se a presidente autorizar.


 


Dulce sorriu com ironia.


 


-- Então, é isso. . . e ele sabe que não conseguiria essa autorização de mim e enviou  você para convencer-me. . . porque sabe do que eu gosto e mandou a mulher, bela e atraente, certo que eu não negaria, envolvida pelo seu charme. . .


 


April, dessa vez, enrubesceu violentamente. Mas continuou, como se não tivesse ouvido seu comentário:


 


-- Ele pagaria essa quantia em três vezes, com juros.


 


-- E as garantias?


 


-- Ele é acionista da empresa. Parte das ações entrariam como garantia.


 


Dulce sorriu. Tomou outro gole de martini. Olhou-a com um olhar especulativo, percorrendo os olhos, a boca, desceu para os seios, as mãos. Voltou para o rosto. April estava vermelha, fitando-a com certo embaraço.


 


-- Você está incluída no pacote?


 


Ela a fitou confusa.


 


-- Como assim?


 


Dulce sorriu maliciosamente, olhando-a nos olhos.


 


-- Perguntei se você faz parte do trato. Claro, para eu concordar com isso, tenho que ter minha compensação.


 


Ela dessa vez, ficou pálida. Os olhos a fitaram acesos como duas tochas.


 


-- Eu não estou à venda! – Disse, em tom indignado – Não sou objeto de prazer, Dulce Maria!


 


Dulce ergueu as sobrancelhas.


 


-- Ah, não? Que pena! Mas penso que seu marido acha isso. E canalha como é, enviou-a como isca, mesmo sabendo que eu poderia querer algo mais com você. Minha resposta é não, April. Não liberarei um centavo para Antony  Portilla. E você, perdeu seu tempo e jogou charme à toa.


 


April ficou olhando-a uns instantes em silêncio, assimilando suas palavras. Então, surpreendentemente, começou a rir. Dulce olhou-a sem entender. Julgava que ela depois do não, se levantaria furiosa e iria embora. Mas ali estava ela, rindo e olhando-a até mais descontraída.


 


-- Não estou entendendo – confessou Dulce – Não está com raiva?


 


Ela  fitou-a, ainda rindo.


 


-- Não! Você é mesmo uma mulher admirável, Dulce!


 


-- Por quê? – Perguntou suspeitosamente.


 


Ela parou de rir e a encarou com amistosidade.


 


-- Porque não é uma idiota, que cai na conversa de uma mulher bonita. Você teve a mesma reação que eu teria. Não gostei de Tony usar-me para tentar tirar-lhe esse empréstimo, mas ele insistiu tanto que resolvi atendê-lo. Também, tenho os meus motivos secretos.


 


-- Motivos secretos? Quais, posso saber?


 


Os olhos de April mergulharam nos seus.


 


-- Queria conhecê-la melhor. Naquele dia, na mansão, você impressionou-me muito. Você entrou com toda dignidade, com um ar de desafio que os fez calar. Mostrou sua personalidade forte e corajosa. Eu, no seu lugar, teria mandado um representante ou um procurador. Não teria coragem de encarar a todos, como fez, sabendo o que eles pensavam de você.


 


Dulce sorriu, olhando-a com admiração.


 


-- Estou começando a apreciar sua companhia – disse – estou vendo que você é bem diferente de Mary e Antony.


 


April lhe sorriu.


 


-- Então, peça outro martini.


 


Conversaram um longo tempo. April contou que havia se casado com Antony muito jovem, movida pela paixão. Mas, com o tempo, foi se decepcionando com ele. No início o achava o máximo, mas com a convivência, descobrira que ele era um homem frio e profundamente egoísta. Era viciado em jogo e muitas vezes a deixava sozinha para ir para Las Vegas jogar e farrear. Estava precisando daquele empréstimo para pagar dívidas de jogo. Vivia com ele ainda porque não tinha mais os pais e não saberia viver sozinha. Na verdade, acomodara-se à situação.


 


Dulce falou de algumas coisas de sua vida, antes de conhecer Anahi. Coisas superficiais, que não a comprometiam. Trocaram números de seus celulares. April disse que gostaria que se tornassem amigas. Dulce desconfiou dessa desculpa, mas aceitou o jogo. Não tinha nada a perder, se ficasse alerta.


Cinco martinis depois, April olhou para o relógio de ouro e lhe sorriu.


 


-- Tenho que ir. Tony está esperando-me.


 


Dulce percebeu que o tempo tinha passado com rapidez. Eram oito horas. Há muito tempo não apreciava tanto uma companhia. Porém, não insistiu para ela ficar mais. Chamou o garçom e pagou a conta , deixando uma generosa gorjeta. April ergueu-se e ela também. Caminharam para a saída lado a lado. April a fitou sorrindo.


 


-- Você é tão alta, Dulce! É a primeira mulher que conheço que é mais alta que eu. E é também muito elegante. As roupas lhe caem bem.


 


-- Obrigada. Está de carro?


 


-- Sim.


 


-- É uma pena. Poderia levá-la em casa.


 


Pararam na calçada. Ela a olhou com um sorriso sensual.


 


-- Posso telefonar-lhe para sairmos outra vez?


 


Dulce sorriu.


 


-- Claro. Ficarei esperando.


 


-- Gostei de conversar com você, Dulce. Não é como me falaram. Até outro dia.


 


Ela se afastou caminhando pela calçada. Dulce ficou olhando-a até ela dobrar a esquina. Então,  foi buscar seu carro com um sorriso no rosto.


Foi para casa, um bom apartamento que havia alugado no  Soho. Sentia-se só, naquele apartamento enorme. Em New York não tinha amigos, nem uma mulher para trocar uma palavra. Anahi lhe fazia tanta falta! Seus carinhos, seus beijos quentes, sua loucura sexual.


 


Chegou em casa e tomou um banho, vestiu um pijama e colocou no microondas um souflê de legumes. Quando ficou pronto, colocou no prato e foi comê-lo com suco de laranja diante da televisão.


Suspirou, entediada. Então, era aquela a sua vida agora! Trabalhar, cheia de responsabilidade, e ir para casa sozinha e ficar vendo tv. Cheia de dinheiro e com uma vida vazia. Iria ficar louca,  aquela solidão estava deixando-a deprimida. E se telefonasse para Helen, dizendo que a queria novamente? Tinha certeza que aquele ódio se transformaria em amor.


Não. Não iria dar esperanças à ela só por causa de sua carência.


 


Pensou em April. Era belíssima, inteligente, agradável. Ela a atraía muito. Mas não era amor. Não acontecera aquele encantamento quando vira Anahi. Ela seria apenas uma mulher gostosa para possuir, matar seu desejo. Ah, Any... será que um dia conseguiria esquecê-la?


 


Pensou em Antony. Ali estava a chave do enigma da morte de Anahi. Ele parecia estar desesperado por causa de dinheiro. Chegara a mandar a mulher falar com ela. Será que havia sido ele quem mandara raptar Anahi? E como não havia dado certo, havia mandado matá-la, pensando em receber uma boa parte da herança.


Maldição, tinha que descobrir se ele era o assassino ou o mandante. E para isso, teria que aproximar-se da família Portilla. E April poderia ser útil para isso.


 


Foi dormir pensando mil coisas. Mas com uma só certeza: usaria April para saber de alguma coisa que lhe desse outras pistas sobre a morte de Anahi. Uma, já tinha: Antony  era um jogador que perdia fortunas no jogo e estava com uma dívida enorme. Esse podia ser o motivo do crime.



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Autor(a): lunaticas

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No dia seguinte, quando estava trabalhando, teve uma surpresa. O   telefone de linha direta do escritório tocou por volta de onze horas. Atendeu apressada, pensando ser April. Mas foi uma voz masculina quem lhe falou com cordialidade:   -- Bom dia, senhorita Saviñon.   -- Bom dia, com quem falo? – Respondeu Dulce, franzindo o ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 29



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  • flavianaperroni Postado em 07/08/2015 - 03:02:46

    Super perfeita sua web,acabei de ler ela,amei de paixão,Você é uma otima escritora Parabéns

  • Postado em 07/08/2015 - 03:00:17

    Eii parabéns pela web,muito perfeita,esta realmente de parabéns,você é uma boa escritora

  • kaahs Postado em 17/09/2014 - 01:34:16

    Nossa, muito lindo esse final! *-*

  • anahivida Postado em 10/09/2014 - 23:25:58

    Final perfeito pra uma web perfeita. Amei S2

  • angelr Postado em 10/09/2014 - 23:20:55

    Ai que final lindo <3

  • angelr Postado em 09/09/2014 - 00:54:02

    hahaha ainda bem que a Anahi tava viva *__*

  • portion__laliter Postado em 08/09/2014 - 01:25:31

    posta mais na melhor parte vc não posta acho que isso foi tudo um plano da anahí desmascarar april e gary acho que ela não morreu e espero que seja ela pq se a web é portinon tem que acabar portinon

  • angelr Postado em 03/09/2014 - 23:22:54

    Nossa sua ordinaria kkkk posta mais hahaha para mim foi a Anahi nao aceito a morte dela ate agora acho q nao morreu

  • anahivida Postado em 03/09/2014 - 22:56:36

    Eu acho que quem ajudou a Dulce foi a Any... posta mais por favor!!!

  • angelr Postado em 31/08/2014 - 22:53:55

    Nossa que mulher ordinaria


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