Fanfic: Herança Fatal - Portiñon | Tema: Adaptada
No dia seguinte, quando estava trabalhando, teve uma surpresa. O telefone de linha direta do escritório tocou por volta de onze horas. Atendeu apressada, pensando ser April. Mas foi uma voz masculina quem lhe falou com cordialidade:
-- Bom dia, senhorita Saviñon.
-- Bom dia, com quem falo? – Respondeu Dulce, franzindo o cenho.
-- Antony Portilla. Estou à par de sua resposta à minha reivindicação, mas não fiquei com raiva da recusa. Eu entendo a sua mágoa com a minha família. Sei que a tratamos mal e fomos até injustos em julgá-la. Mas é que estávamos cheios de prevenções, que não se confirmaram. Se Anahi gostava de você, tínhamos que entender isso e não nos meter na vida dela. Mas isso é passado. Reconheço que está fazendo uma boa gestão na Portilla Corporation e queria que nos visse como pessoas amigas, que querem consertar um julgamento precipitado. Afinal, temos uma empresa em comum.
Dulce não acreditou em uma só palavra dele. Mas deixou-o falar. Ele estava lhe oferecendo uma chance e ia pegá-la.
-- Fico muito satisfeita que pense assim, Antony. Já esqueci o que houve e entendi a posição de vocês. Quanto ao empréstimo, podemos conversar sobre isso.
-- Esqueça isso, não quero mais tocar nesse assunto. Já consegui o dinheiro em um banco. Ouça: está convidada a passar um fim de semana comigo e minha mulher em Newport. Temos uma casa lá e será uma satisfação recebê-la. Pode ir nesse fim de semana?
Aquilo era demais. Tinha que pensar. E não se mostrar por demais ansiosa para fazer amizade com ele. Antony podia desconfiar de sua pronta aceitação. O peixe estava mordendo a isca, mas ainda não podia puxá-la.
-- Infelizmente, esse final de semana já tenho compromisso, Antony. Mas quando tiver um final de semana livre, falarei com você.
-- Oh, que pena. . . mas sei que não faltará oportunidade de nos conhecermos melhor. Sabe o telefone de minha residência, não é? Ligue para April, quando quiser marcar sua visita. É que eu não tenho parado muito em casa, resolvendo negócios.
-- Tudo bem, Antony. Ligarei para ela.
-- Ótimo! Tenha um bom dia de trabalho, Dulce.
Ele desligou e Dulce ficou pensativa. Antony não a enganava. Devia estar em um beco sem saída e estava tentando essa cartada. Ótimo. Quanto mais pressionado, mais rápido ele iria abrir o jogo.
O telefone tornou a tocar, quinze minutos depois. Dulce o atendeu, saindo de suas cismas.
-- Alô.
-- Dulce, é April.
Dulce sorriu, contente. Até que enfim, algo de bom naquele dia!
-- April, que surpresa agradável!
Ela riu.
-- Gostou? Que bom! Pensei que ia interrompê-la em alguma coisa importante. Quer almoçar comigo?
-- Seria ótimo. Onde?
-- Conhece o JG Melon, na Amsterdam Avenue?
-- Sim. Dizem que a comida de lá é ótima, mas nunca fui. Só passei na porta, uma vez.
-- Ah, então vai provar o melhor filé com batatas grelhadas!
-- Tudo bem. A que horas?
-- São onze e vinte. Estou saindo. A primeira que chegar, espera.
-- Ok. Até logo.
Dulce desligou e correu até o banheiro. Vistoriou sua roupa. Estava bem, de blazer e calça azul-marinho, com blusa branca de seda. O cabelo estava penteado, o batom permanecia. Saiu apressada.
June e Helen a olharam curiosas. Era a primeira vez que saia para almoçar. Comia sempre na empresa.
-- June, vou sair e talvez não volte hoje – avisou, saindo.
Dulce pegou um táxi na calçada. Sabia como era difícil estacionar perto daquele restaurante e não queria perder tempo. Em vinte minutos estava diante do restaurante. Pagou ao motorista e entrou.
Era cedo e havia pouca gente. O maitre a levou até uma mesa no canto e Dulce explicou que estava aguardando uma pessoa, para fazer os pedidos. Pediu um martini.
Estava nervosa e ansiosa. Seria sua carência falando mais alto que a lembrança de Anahi? Mas reconheceu que April deixaria qualquer um assim, esperando-a. Era um mulherão, fina, belíssima. Afinal, ainda sabia apreciar uma bela mulher.
Estava na metade do martini quando a viu entrar. April a viu e aproximou-se com um sorriso luminoso. Dulce ficou imóvel, olhando-a.
April vestia uma blusa decotada verde-água, com os dois lados transpassados na cintura fina, se abotoando por trás. Uma saia curta negra, de tecido maleável, deixava à mostra as coxas e pernas perfeitas e douradas, um tom raro em New York. Os cabelos soltos caíam em fios louríssimos, quase brancos, pelas espáduas bem delineadas. Ela era uma mulher linda e sabia disso, mostrando orgulho no queixo erguido e olhos claros.
Ela parou diante de Dulce e a fitou nos olhos.
-- Não vai convidar-me para sentar?
Dulce sorriu, fazendo um gesto com a mão.
-- Sente-se. Você aturdiu-me, com sua chegada – Disse, sem pensar.
Ela riu e sentou diante de Dulce, olhando-a nos olhos.
-- Você é muito gentil, Dulce. Acho que isso foi um elogio, não?
Dulce procurou conter seu entusiasmo. Não queria assustá-la.
-- É, foi um elogio. É um prazer revê-la, April. Gostaria de beber o quê?
-- Acompanho-a no martini.
Dulce chamou o garçom. Pediu mais um martini. Olhou para April. Ela a olhava atentamente, como que analisando-a.
-- E como foi ontem? – Perguntou Dulce – Antony ficou muito aborrecido com a minha recusa ao empréstimo?
Ela sorriu, acendendo um cigarro.
-- Ficou furioso. Acho que ele vai insistir.
-- Já insistiu, não sabe? Telefonou-me hoje, pouco antes de você. E convidou-me para passar o fim de semana com vocês em Newport.
Ela franziu o cenho, olhando-a surpresa.
-- Ele havia dito ontem, quando cheguei em casa e contei que você havia recusado o empréstimo, que você acabaria cedendo se eu me tornasse sua amiga. Achei até graça, mas não o levei à sério. Meu Deus! Tony deve estar muito desesperado, para chegar ao ponto de telefonar para você e convidá-la para ir em nossa casa.
-- Ele não a consultou antes de fazer o convite que me fez?
-- Não. Tony sempre decide coisas sem consultar-me. E você aceitou o convite?
-- Dei uma desculpa. Não sei se devo aceitar um convite desses. Tenho que pensar – mentiu, sem arriscar-se a dizer as suas verdadeiras intenções.
Autor(a): lunaticas
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April era linda e desejável, mas era a mulher de Antony. Será que ficaria contra o marido, à favor dela? Não acreditava nisso. Tinha que fazer o jogo dela, para ver até onde ela iria. Ela a fitou com ar preocupado. -- A decisão é sua, Dulce. Não quero meter-me nisso mais do que fiz. -- Uma coisa est&a ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 29
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flavianaperroni Postado em 07/08/2015 - 03:02:46
Super perfeita sua web,acabei de ler ela,amei de paixão,Você é uma otima escritora Parabéns
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Postado em 07/08/2015 - 03:00:17
Eii parabéns pela web,muito perfeita,esta realmente de parabéns,você é uma boa escritora
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kaahs Postado em 17/09/2014 - 01:34:16
Nossa, muito lindo esse final! *-*
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anahivida Postado em 10/09/2014 - 23:25:58
Final perfeito pra uma web perfeita. Amei S2
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angelr Postado em 10/09/2014 - 23:20:55
Ai que final lindo <3
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angelr Postado em 09/09/2014 - 00:54:02
hahaha ainda bem que a Anahi tava viva *__*
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portion__laliter Postado em 08/09/2014 - 01:25:31
posta mais na melhor parte vc não posta acho que isso foi tudo um plano da anahí desmascarar april e gary acho que ela não morreu e espero que seja ela pq se a web é portinon tem que acabar portinon
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angelr Postado em 03/09/2014 - 23:22:54
Nossa sua ordinaria kkkk posta mais hahaha para mim foi a Anahi nao aceito a morte dela ate agora acho q nao morreu
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anahivida Postado em 03/09/2014 - 22:56:36
Eu acho que quem ajudou a Dulce foi a Any... posta mais por favor!!!
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angelr Postado em 31/08/2014 - 22:53:55
Nossa que mulher ordinaria