Fanfic: Herança Fatal - Portiñon | Tema: Adaptada
April era linda e desejável, mas era a mulher de Antony. Será que ficaria contra o marido, à favor dela? Não acreditava nisso. Tinha que fazer o jogo dela, para ver até onde ela iria.
Ela a fitou com ar preocupado.
-- A decisão é sua, Dulce. Não quero meter-me nisso mais do que fiz.
-- Uma coisa está me intrigando, April.
-- O quê?
-- Se ele possui uma casa em Newport, por que não a vende para conseguir o dinheiro? Deve ser uma casa que vale essa quantia.
-- A casa de Newport é minha, assim como o barco que temos lá. Herdei de meu pai.
-- Ah!... Mas April, ele está devendo três milhões de dólares só em dívidas de jogo? É uma quantia muito alta, para se perder desse modo.
Ela tomou um gole do martini que o garçom depositou em frente à ela.
-- Não, ontem ele contou-me que a dívida de jogo é apenas uma delas. Dois milhões de dólares foi perdido em um mal negócio que fez. Comprou ações de uma empresa que foi à falência e perdeu dois milhões. E ficou ainda devendo esse dinheiro ao banco que emprestou o dinheiro para a compra das ações. Se não pagar, o banco executará a dívida e perderá as ações da Portilla Corporation. Por isso não está conseguindo novo empréstimo nos bancos. Só a Portilla Corporation poderá salvá-lo, emprestando o dinheiro.
Dulce olhou-a agradecida. As informações de April eram preciosíssimas! Agora sabia a causa do desespero de Antony.
-- Obrigada pela confiança em contar-me tudo isso, April.
Ela sorriu, fitando-a nos olhos.
-- Quem mandou ele ser ambicioso demais. . . quis ter mais do que já tinha e se deu mal.
-- April. . . não se preocupa com isso? Ele é seu marido! Se ele se der mal, sobrará para você.
-- Não, é bom que ele tenha uma lição. Nos casamos com separação de bens, mas Tony já torrou bastante dinheiro meu no jogo. Ele pedia e eu dava, até saber para o que era. Tenho uma fortuna considerável em investimentos sólidos, mas não darei nem mais um tostão meu para ele. Meu pai tinha razão. Sempre achou que Tony era um playboy inútil, que só tinha à seu favor ter nascido em berço de ouro. E eu só me dei conta disso com o passar dos anos. Acho que não me divorciei antes para não ter que admitir que meu pai tinha razão. Mas acho agora isso inevitável. Ultimamente, devido ao problema financeiro, Tony anda insuportável. Uma pilha de nervos. Estou cansada de ouvi-lo xingar e gritar de raiva.
Sorriu subitamente, olhando para Dulce com atenção.
-- Mas vamos deixar de falar de coisas desagradáveis. Sabe que adorei conversar com você, ontem? Estava ansiosa para voltar a vê-la.
Dulce sorriu também, olhando para aquele rosto belíssimo. Era fácil se mostrar interessada, perto de uma mulher assim como ela.
-- Não creio que estivesse mais que eu, April.
-- Finalmente, conheci alguém interessante, com quem posso conversar coisas menos superficiais.
Dulce a fitou com um sorriso, discorrendo os olhos pelos seus seios, que fez April enrubescer.
-- Vamos pedir o almoço? – Perguntou Dulce, sorrindo.
Ela sorriu encantadoramente.
-- Vamos. Recomendo o filé com batatas grelhadas, é delicioso.
-- Tudo bem, vou seguir sua recomendação. E vinho tinto Bordeaux, naturalmente.
Fizeram os pedidos. Dulce olhava para April disfarçadamente, observando cada traço do rosto, cada detalhe. Era tão linda quanto Anahi. Tinha a mesma classe. Será que ela conseguiria tirar Anahi de seu pensamento?
Ela a encarou com um sorriso malicioso.
-- Por que me olha tanto, Dulce?
Dulce não se desconsertou. Sorriu atrevidamente.
-- Preciso dizer?
-- Sim. . . estou curiosa.
-- Porque você é linda. É delicioso olhar para uma bela mulher.
Ela a encarou, deixando de sorrir. Os olhos se encheram de calor.
-- Você também é linda, Dulce. Uma beleza diferente, você transmite uma vitalidade... animal. Seus olhos parecem falar em coisas proibidas, em coisas. . . que excitam uma mulher.
Ela falou de um fôlego só, como se quisesse expulsar de dentro de si o que a sufocava.
Dulce sorriu maliciosamente, seus olhos se estreitaram, lançando lampejos por entre os cílios espessos.
-- Fico envaidecida com um elogio desses, April.
April baixou os olhos, parecendo não agüentar o seu olhar.
-- Eu. . . acho que estou me excedendo. . . desculpe-me.
-- Não há nada a desculpar. Gostei de ouvir isso, April.
A comida chegou. Dulce provou o filé e deu razão a ela. Era mesmo delicioso. April a observava expectante.
-- Gostou?
-- Excelente, April. Você tem bom gosto.
Ela sorriu com certa malícia.
-- Tenho, sim. Não só em comida.
Provaram o vinho. Delicioso, de uma excelente safra.
Dulce concentrou-se na comida, pois estava faminta. Mas notava os olhares de April sobre si.
-- Dulce. . . que vai fazer, quando acabar de almoçar?
Dulce encolheu os ombros, fazendo um gesto evasivo.
-- Não sei. . . talvez, voltar para a empresa. Por quê?
-- Não quer dar uma volta de carro comigo? O dia está tão lindo, e você vai se enfiar no escritório? Faça uma coisa diferente da sua rotina!
Dulce sorriu.
-- Tem razão. Minha vida está muito rotineira. Vamos dar a volta de carro.
April sorriu, olhando-a com olhos brilhantes.
Comeram mais um pouco, esvaziaram as taças de vinho e Dulce chamou o garçom. Só haviam comido a metade dos pratos, numa disfarçada ansiedade de saírem. Dulce pagou a conta e ergueu-se, seguida por April. Dirigiram-se para a saída.
-- Está de carro, Dulce? Meu BMW está perto daqui.
-- Não. Vim de táxi.
-- Ótimo! Iremos passear no meu – Disse, passando o braço no seu. Dulce sentiu o seio macio dela contra seu braço e teve um arrepio.
-- É melhor. O seu carro é bem mais confortável que o meu, que é um simples Lexus.
April riu, olhando-a.
-- Ora, Dulce! Pode comprar dez carros iguais ao meu!
Dulce sorriu.
-- Eu sei. Mas, é uma coisa engraçada que acontece comigo. Não sinto que a fortuna que herdei seja realmente minha. Não me sinto bem em gastá-la. Ainda não comprei um alfinete sequer com o dinheiro da herança que Anahi deixou-me. Estou em um apartamento alugado, e meu carro comprei com outro dinheiro.
April a olhou incrédula.
-- Dulce, é incrível! Não acha que está sendo escrupulosa demais? Anahi lhe legou tudo espontaneamente! Em seu lugar, já teria comprado um mundo de coisas!
-- Acho que ainda estou em estado de choque, com essa herança. Não estava preparada para recebê-la.
-- Ora, Dulce! Que bobagem! Você é incrível, mesmo!
Autor(a): lunaticas
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Chegaram até onde o carro dela estava estacionado. April entrou e abriu a porta para Dulce, que sentou ao lado dela, no luxuoso banco de couro vermelho. O BMW era novo, o modelo conversível mais moderno. April deu a partida e movimentou o volante hidráulico com habilidade, fazendo uma volta convergindo para a estrada. Em pouco tempo, o carro ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 29
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flavianaperroni Postado em 07/08/2015 - 03:02:46
Super perfeita sua web,acabei de ler ela,amei de paixão,Você é uma otima escritora Parabéns
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Postado em 07/08/2015 - 03:00:17
Eii parabéns pela web,muito perfeita,esta realmente de parabéns,você é uma boa escritora
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kaahs Postado em 17/09/2014 - 01:34:16
Nossa, muito lindo esse final! *-*
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anahivida Postado em 10/09/2014 - 23:25:58
Final perfeito pra uma web perfeita. Amei S2
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angelr Postado em 10/09/2014 - 23:20:55
Ai que final lindo <3
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angelr Postado em 09/09/2014 - 00:54:02
hahaha ainda bem que a Anahi tava viva *__*
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portion__laliter Postado em 08/09/2014 - 01:25:31
posta mais na melhor parte vc não posta acho que isso foi tudo um plano da anahí desmascarar april e gary acho que ela não morreu e espero que seja ela pq se a web é portinon tem que acabar portinon
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angelr Postado em 03/09/2014 - 23:22:54
Nossa sua ordinaria kkkk posta mais hahaha para mim foi a Anahi nao aceito a morte dela ate agora acho q nao morreu
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anahivida Postado em 03/09/2014 - 22:56:36
Eu acho que quem ajudou a Dulce foi a Any... posta mais por favor!!!
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angelr Postado em 31/08/2014 - 22:53:55
Nossa que mulher ordinaria