Fanfic: La Tekila - Proibida Pra Mim | Tema: Pareja Tekila
Victoria depois de perceber que César havia ido embora, ligou para ele algumas vezes, mas ele não atendeu nenhuma, deixo claro que ele não atendeu porque não quis, e sim, porque tinha esquecido o celular no carro.
Victoria não conseguiu dormir a noite toda pensando nele, no que poderia ter acontecido, porque ele tinha ido embora sem falar com ela.
“César, cadê você? Cadê você, meu amor?”
**********
Después de todo lo que hemos tenido juntos
Ahora te vas así
Tal vez al haberme dado
De este modo sobrehumano
Te obligó a partir
**********
*Hospital*
— Doutor, o senhor poderia me explicar de novo o que aconteceu com ela? — César perguntou.
— Senhor Évora, a sua esposa tomou uma dose muito alta de remédios, ela chegou aqui quase em estado de coma, fizemos uma limpeza, mas ainda tem grandes quantidades no corpo dela. — Respondeu o médico.
— Ela corre perigo?
— Sua esposa ainda está em um estado bastante critico, optamos por deixa-la em coma induzido até que o corpo dela tenha eliminado totalmente as substancias.
— E quanto tempo ela vai ficar em coma?
— Isso depende de como o corpo dela vai reagir, mas em média de três dias.
César abaixou a cabeça.
— Eu preciso lhe avisar de algo. — Disse o Médico.
— O que? — Ele perguntou, olhando para o médico.
— Pela quantidade de substancias que ela ingeriu, se acaso ela se recuperar, é bem provável que ela fique com algumas sequelas.
César engoliu rigidamente e perguntou. — Quais tipos de sequelas?
— Depende de pessoa para pessoa, tem uns que ficam dependentes de remédio e tem casos mais graves, como ficar sem falar, andar ou ficar com problemas mentais.
— Isso não pode está acontecendo. — César começou a sentir uma angustia dentro dele, se acontecesse algo com ela, ele jamais se perdoaria, só de imaginar a Vivian sem andar ou falar e tudo por culpa dele, César já sentia um desespero.
— Estamos fazendo todo o possível para salvar a vida dela e que depois ela possa ter uma vida normal. — O médico disse, tentando acalma-lo.
— E eu agradeço, doutor.
— Eu vou te mantendo informado.
— E eu vou ficar aqui aguardando qualquer noticia.
César passou a noite no hospital esperando qualquer noticia, estava muito preocupado com a sua esposa, se sentia culpado pelo o que estava acontecendo. E também depois que passou o impacto da noticia, ele pensou na Victoria, no modo que saiu da casa dela, sem dizer nada. Ele se sentiu um canalha por ter feito isso com ela, mas quando a empregada ligou avisando que a Vivian tinha sido levada para o hospital desacordada, ele não conseguiu pensar em mais nada.
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Por una vez, por una vez
Te suplico que me mires a la cara
Solo por una vez
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Victoria acordou de manhã cedo, pegou seu celular na esperança de ter alguma ligação do César, mas não tinha nenhuma. Ela fez sua rotina de sempre, levou seu filho para a escola e depois foi trabalhar, queria encontrar com o César e perguntar o que aconteceu. Ela fez suas preparações de sempre e logo já estava pronta para gravar.
— Bom dia, Mejía. — Ela o cumprimentou ao chegar perto.
— Bom dia, Vicky. Ainda bem que você chegou cedo, houve um imprevisto e temos que fazer algumas mudanças.
— O que aconteceu?
— O César me ligou avisando que teve de fazer uma viagem rápida.
— Ele viajou? — Ela disse, alarmada.
— Sim!
— Ele disse o que aconteceu? — Victoria tentou controlar o tom da sua voz.
— Não me explicou direito, parecia está bastante nervoso, só disse que algum parente estava doente.
— Sabe quando ele pretende voltar?
— Ele me pediu uma semana.
— Ah sim, espero que tudo fique bem e ele volte logo.
— Eu também espero, não podemos atrasar mais.
— Você está certo. — Ela disse, triste. — E agora, o que vamos gravar?
— O Miguel já sabe de tudo e ele vai te explicar.
— Então me deixa ir lá com ele.
A preocupação da Victoria com o César só tinha aumentado, mas também ela estava magoada com ele, pois não tinha nem se preocupado em ligar para ela e avisar que ia viajar, contar o que tinha acontecido.
Na hora do almoço, Victoria recebeu a maravilhosa visita da sua irmã.
— Como está a grávida mais linda do mundo? — Gaby disse ao chegar perto dela.
— Se quiser eu deixo você falar mais alto, para todos ouvirem de uma vez. — Victoria disse.
— Nossa, que mau humor. Cadê aquela mulher toda feliz que me ligou ontem a noite avisando que estava levando as roupas do futuro marido para casa?
— Viajou com o futuro marido, não sei para onde. — Victoria disse, com um ar de desprezo.
— Que? César viajou?
— Foi o que o Mejia me disse.
— E ele não te avisou?
— Não, ele apenas foi embora de casa e não falou nada, como eu te disse de manhã.
— Deve ter acontecido algo muito grave para ele fazer isso. — Gaby ponderou.
— Ele disse ao Mejía que alguém da família dele estava doente.
— Então é isso, Vicky. Logo ele volta e vocês vão estar juntos de novo. — Gaby disse com uma animação típica dela.
— Mas porque ele não disse nada antes de sair da minha casa e porque não me ligou, não me atendeu, se ele teve tempo de ligar para o Salvador, porque não teve para ligar pra mim, será que não mereço um mínimo de consideração.
— Não fique assim, tenho certeza que quando ele voltar terá uma boa explicação para isso tudo, vamos esperar. — Gaby sorriu e Victoria tentou retribuiu o sorriso. — E como estar meu sobrinho? — Gaby perguntou docemente.
— Acho que tudo bem, só irritado com o pai dele, que ainda nem sabe que ele existe.
— Mas logo vai saber e esse bebê será muito amado, disso tenho certeza. — Gaby acariciou a barriga dela.
— Amanhã eu tenho uma consulta, quer ir comigo? — Victoria perguntou.
— Lógico! — Gaby respondeu, animadamente.
— Ótimo, estou um pouco nervosa e não quero ir sozinha.
— Eu vou com você.
Victoria colocou a mão na sua barriga também, e as duas trocaram sorrisos emocionados.
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Después de habernos dado todo cuanto hemos soñado
Ahora te vas así
Haber sido tu amiga
En la verdad y en la mentira
No se paga así
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*Dia seguinte, no hospital*
César estava sentado, na recepção, quando o seu amigo, Roberto, chegou.
— Oi meu amigo, se você tivesse me avisado antes, eu já estaria aqui. — Roberto disse.
— Eu não quero que muita gente saiba disso. — César se levantou e abraçou o seu amigo.
— Eu te entendo, é uma situação muito difícil.
— Eu não achei que ela ia cumprir a ameaça. — Ele murmurou.
— Você não poderia adivinhar.
— Roberto, se acontecer alguma coisa com ela não vou me perdoar nunca.
— Calma, César, você não teve culpa.
— Como não? Eu a abandonei.
— Mas você não podia ficar com ela amando outra.
— Ela é minha esposa, Roberto, minha companheira de anos, mãe da minha filha, não pode acontecer nada com ela. — César disse, desesperado.
— Ela vai ficar bem, tenha fé.
— Eu tenho fé, só que não consigo parar de pensar nela, na minha filha... e na Vicky.
“Victoria! Como ela está? O que deve está pensando?”
— Ela já sabe? — Roberto perguntou, tirando ele de seus pensamentos.
— Não, e nem quero que ela saiba, vou contar para ela só quando tudo já estiver bem, não quero levar meus problemas para ela.
— Só que vocês vão ser um casal, não deve esconder as coisas dela. — Roberto advertiu.
— Não estou, só que ela não pode fazer nada, só ficaria preocupada. Além do mais, ela deve está pensando que estou viajando.
— Viajando?
— Sim, eu disse ao Salvador que tinha que fazer uma viagem urgente.
— César, você ainda não falou com a Victoria? — Roberto perguntou com reprovação.
— Não, depois que a empregada me ligou avisando, eu apenas saí correndo da casa dela, ela estava na cozinha e não me viu.
“Fui um idiota, ela não merecia isso, ela não merece nada disso.”
— Essa mulher deve está muito preocupada contigo.
— Eu imagino, mas tenho medo de ligar para ela e não saber o que dizer. — Ele fez uma pausa. — A Vivian vai se recuperar e eu vou poder iniciar finalmente a minha vida ao lado da Victoria. — César lutava para acreditar em cada palavra que ele disse.
— Tenho certeza que sim, e torço muito pela sua felicidade.
— E a minha felicidade é a Victoria. — César abriu um sorriso.
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Por una vez… Solo por una vez
No me des la espalda
Y mírame de frente
Solo por una vez
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Gaby e Victoria chegaram atrasadas para a consulta. O médico tirou algumas medidas da Victoria e fez algumas perguntas de rotina e disse que ela estava de quatro semanas, aproximadamente. Victoria ficou fazendo as contas para tentar lembrar quando eles haviam concebido o cubaninho. O médico também disse que provavelmente inicio de junho o bebê chegaria. O coração da Victoria disparou ao imaginar que em junho ela já estaria com o seu bebê nos braços.
Ela trocou de roupa e vestiu uma bata, em seguida se deitou em uma maca.
— Victoria, você poderia dobrar os joelhos e separa-los? — Nervosa e quase tremendo, Victoria fez. — Nas primeiras semanas só é possível ver o bebê através de ultrassom transvaginal. — Disse o médico.
Gaby segurou firme a mão da Victoria.
— Victoria, tente relaxar. — Victoria ficou olhando para a sua irmã, que esboçou um doce sorriso.
— Vai ficar tudo bem. — Gaby disse a Victoria.
Victoria fechou os olhos e respirou fundo quando sentiu o aparelho deslizando para dentro dela. Só abriu os olhos quando ela ouviu um barulho da porta abrindo e por ela entrou o único homem que Victoria desejou ver naquele momento.
— César. — Lágrimas começaram a brotar dos olhos dela.
— Hey pequena, fique calma. — Gaby se afastou e César ocupou o lugar dela segurando a mão da Victoria.
— Como você soube?
— A Gaby me ligou e contou.
— Me perdoa, eu queria ter te contado.
— Tudo bem, vamos ver nosso filho. — Ele esboçou um sorriso suave.
— Estou com tanto medo, César. — As lágrimas derramaram sobre o rosto dela e ele segurou a mão dela firme, tranquilizando-a.
César se inclinou até ela e roçou o nariz no rosto dela.
— Você não precisa ter medo, agora estou do seu lado, vou cuidar de você e do nosso filho. Tudo será perfeito. — Ele disse, perto do ouvido dela.
— Estou tão feliz que você está aqui. — Ela sussurrou.
— Eu estou mais ainda, meu amor. Você vai me dar um filho, vamos ter um bebê, seremos uma família completa. — Ele beijou a testa dela.
— Eu estava com medo que você não gostasse da noticia.
— Como eu não ia gostar, você vai me dar o melhor presente do mundo, eu serei pai de um filho seu. — Ele disse com uma alegria infantil espalhada pelo rosto dele.
A conversa deles foi interrompida por um barulho muito estranho.
— Para cinco semanas é meio inesperado, mas já conseguimos ouvir o coração do bebê. — Disse o médico.
Os olhos dos três, Victoria, César e Gaby, dispararam olhando para o médico.
— Esse é o barulho do coração dele? — Victoria perguntou.
— Sim, esse é o bebê. — Respondeu o médico.
O som abafado do coração do bebê ecoou pela sala e um sorriso tão grande se espalhou pelo rosto da Victoria, que doía. Ela olhou para o César e ele também sorria brilhantemente.
— Nosso filho. — César sussurrou e Victoria viu os olhos dele se encherem de lágrimas.
— Obrigada por você está aqui, eu tinha medo de ficar sozinha.
— Eu jamais vou te deixar sozinha, nem por um segundo, vou estar por toda a minha vida ao seu lado, ao lado de vocês dois.
— Obrigada. — Victoria acariciou o rosto dele.
— Eu que agradeço por você ser essa mulher maravilhosa e ser minha. — César pairou a mão sobre a barriga dela. — Eu já amo o nosso filho. — Ele encostou o rosto perto do dela. — E principalmente, eu te amo, minha vida. — César tocou os lábios dela, e as lágrimas escorreram pelo rosto dela, por causa da admissão dele.
— Vicky... Vicky...
Victoria abriu os olhos e viu a irmã dela chamando por ela.
— Tudo bem? — Gaby perguntou.
Ela olhou ao redor e viu que estava no quarto dela, então ela se lembrou de que César nunca tinha entrado naquela sala, que nunca tinha dito que a amava, que tinha sido tudo um sonho... Apenas um sonho.
— Eu sonhei que o César ficava comigo na sala de ultrassom. — Victoria explicou.
— Por isso você estava chorando, mesmo dormindo. Eu fiquei assustada e por isso te acordei.
— A gente conseguia ouvir o coração do bebê. — Victoria falou tristemente, lembrando que não foi possível ainda ouvir o coração do bebê.
— O médico disse para você não se preocupar com isso, só é possível ouvir depois de seis semanas.
— O César estava do meu lado, Gaby, segurou a minha mão, disse que amava o nosso filho e disse que me amava. — As lágrimas marejaram os olhos dela.
— Oh, minha irmã, ele ama vocês. — Gaby a abraçou.
— No meu sonho ele disse que ia ficar sempre do meu lado, cuidar de nós, que nunca ia me deixar sozinha. Então porque ele não está aqui comigo, Gaby, por quê? — Ela chorava em soluços incontroláveis.
Gaby ficou abraçada com ela, até que se acalmou e juntas dormiram abraçadas.
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Por una vez
Dime que piensas
Dime que quieres
Y luego márchate
Que no es culpable, quien ya no siente
Que te voy a entender lo sé
Que solo quiero que te despidas
Por última vez
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Durante os dois dias que se passaram tudo continuou a mesma coisa, Victoria trabalhando, e cada vez mais sentindo falta do César, também cada vez mais preocupada, pois não tinha nenhuma noticia dele. O bebê que estava crescendo dentro dela motivava-a levantar todas as manhãs e colocar um mínimo sorriso no rosto. César passou esses dois dias diretos no hospital, esperando o momento que Vivian despertasse, os médicos já haviam a tirado do coma, então a qualquer momento ela poderia acordar.
— Senhor Évora, venho lhe avisar que a sua esposa acordou. — Disse a enfermeira.
— Obrigado. — César correu até o quarto dela.
— Como ela está? — César perguntou ao doutor assim que entrou no quarto.
— Já fiz uns exames nela, podemos conversar lá fora?
— Claro que sim. — Os dois saem do quarto.
— César, vou ser direto, sua esposa está com dificuldade na fala, mas com um tratamento, ela logo pode se recuperar.
— Então isso é bom, né?
— Sim, só que tem mais, acho que ela está com algum problema psicológico, um especialista vai avalia-la, pode ficar tranquilo, ele é de confiança, será sigilo total.
— E esse problema psicológico pode ser muito grave?
— Só depois da avaliação é que poderemos dar essa resposta.
— Obrigado, doutor. — Eles apertaram as mãos.
— Foi muito milagre sua esposa ter saído dessa viva, pela quantidade de substância que ela tomou é quase um milagre ela ainda está viva. — O médico acrescentou, fazendo César se sentir mais culpado ainda.
— Doutor... Doutor... A Senhora Évora está tentando arrancar os aparelhos do corpo dela. — Gritou a enfermeira.
O médico e o César correram de volta para o quarto.
Tinham dois enfermeiros segurando ela, enquanto outra enfermeira aplicava um sedativo nela. Vivian gritava palavras que ninguém conseguia entender, com exceção do César.
— Doutor, será que eu poderia conversar com ela a sós? — César perguntou ao doutor.
O médico olhou meio desconfiado para ele e disse. — Pelo estado dela não é recomendável.
— Garanto que ela não vai fazer nada. — O médico olhou para ele como se ele pudesse fazer algo contra ela. — E nem eu, prometo. — César acrescentou.
— Dou apenas um minuto, até o sedativo fazer efeito e ela dormir.
— Agradeço.
— Estarei aqui fora se precisar.
Quando todos saíram, César se aproximou da Vivian para tentar entender o que ela falava.
— Eu... — Vivian tentou falar.
— Você o que? — Ele perguntou, se aproximando mais dela.
— Eu não quero...
— Porquê você fez isso, Vivian?
— Quero morrer. — Ela disse com dificuldade.
— Não, você não pode.
— Me deixa morrer. — Ela suplicou, antes de cair no sono profundo.
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Por una vez
Dime a la cara, que ya no quieres
Volverme a ver
Que te cansaste de estar a mi lado
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Roberto depois de saber que no dia anterior, Vivian tinha despertado, foi dar seu apoio ao seu amigo. Vivian estava sendo avaliada por um psicólogo enquanto eles conversavam.
— Senhor Évora, podemos conversar? — Disse o psicólogo ao se aproximar deles.
— Pode falar aqui, não tem problemas. — César respondeu.
— Sinto em informar, mas sua esposa ficará dependente de certas substâncias.
César estremeceu de leve.
— Dependente?
— Vou explicar da melhor forma, assim como um diabético às vezes é dependente de insulina, ela será dependente de medicamentos também.
— Por quanto tempo ela vai precisar disso?
— Por meses, por anos ou a vida toda. Tudo vai depender de até quando o corpo dela vai precisar. — César suspirou e se pôs sério.
— Pelo o que ela me disse, fez isso porque você quer se separar, ela também me disse que não tem mais a intenção de viver sem você. Jamais é a minha intenção me meter na vida dos pacientes, mas ela precisa mais do que nunca de você ao lado dela. Vivian ainda tem dificuldade na fala, vai iniciar tratamentos, e ela deixou claro que não está disposta a fazer nada disso sem você.
César abaixou a cabeça e passou a mão pelo cabelo.
— Sinto muito. — O médico tocou no ombro do César.
— Eu entendo, você está fazendo o seu trabalho.
— Talvez ela melhore muito mais rápido do que pensamos.
— Obrigado.
— Qualquer coisa é só me chamar.
O médico foi embora deixando César e o Roberto sozinhos.
— Me diz o que vou fazer da minha vida? — César perguntou ao Roberto.
— Infelizmente, meu amigo, só você pode tomar essa decisão.
— A Vivian precisa de mim e eu preciso da Victoria. — César admitiu.
— Então você vai continuar tendo um caso as escondidas com ela?
— Não, ela não merece isso, eu não posso fazer isso com ela.
César sabia que Victoria não aceitaria mais viver naquela situação... Era tudo ou nada.
— César, para cuidar da Vivian você não precisa se separar da Victoria.
— A Victoria não vai entender.
— Se ela te ama, ela vai. — Roberto apontou.
— Eu a conheço, se ela souber o que está acontecendo, ela mesma termina comigo para que eu fique com a Vivian.
— Então mesmo se você não terminar com ela, ela termina com você, é isso? — César ficou olhando para o Roberto, sabendo que essas eram as opções dele.
“Termino com a Vivian, ela se mata e eu fico com a Victoria, mesmo sentindo culpa pelo o que aconteceu.”
“Termino com a Victoria e fico cuidando da Vivian, mesmo sendo infeliz.”
“Não termino com nenhuma, mas Victoria terminará comigo."
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Por una vez
Que necesito de nuevo oírlo
Que no puedo entender
Que tantas cosas que hemos vivido
Se vayan todas de una vez
Que en el amor nada es eterno, eso ya lo sé
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Victoria tomava banho e deixava a água escaldante correr pelo corpo dela, já faziam seis dias que ela não tinha nenhuma noticia do César e já estava perdendo a esperança que ele voltasse para ela, na cabeça da Victoria tudo isso de viagem tinha sido apenas uma desculpa e que ele não tinha coragem de dizer que não ia mais ficar com ela.
Ela passava o sabonete, delicadamente esfregou a barriga e falou com o pequeno ser humano que crescia dentro dela.
— Eu já amo tanto você, meu pequeno, você já é tão querido e tão amado... por mim.
— O seu pai também vai te amar... Ela vai amar nós dois. — Ela dizia, mas no fundo não tinha a mínima certeza disso.
Lágrimas escorriam pelo rosto dela e soluços escapavam da garganta.
Victoria se sentia imensamente feliz de novamente está sendo presenteada por algo tão divino, mas também se sentia perdida pelo fato da pessoa que ela sonhava em compartilhar toda essa alegria, tinha sumido da vida dela e talvez não fosse mais querer eles dois.
Se ela tivesse que cuidar do cubaninho, sozinha, ela o faria. Já cuidava do José Eduardo, seria muito capaz de cuidar desse também. Não poderia obrigar o César a querer eles dois. Ela já queria e muito o bebê, e isso era o suficiente.
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Por una vez
Mírame y dime
Que has olvidado como querer
Que te cansaste de estar a mi lado
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Victoria saiu do banheiro, vestiu o roupão e foi até a cozinha, ela tomou todas as suas vitaminas pré-natal com um suco de laranja.
— Vicky, o que faz aqui? — Gaby perguntou quando entrou na cozinha.
— Tomando um suco e meus remédios.
— Você sabe que tem de ficar deitada.
— Mana, o médico disse que eu devia manter repouso e não para eu viver a gravidez toda na cama.
— Mas você se esquece de que já passa o dia trabalhando.
— O Salvador está pegando leve comigo.
— Que bom! Ainda bem que você contou para ele, assim fica mais fácil você se cuidar.
— Sim, e ele foi maravilhoso e muito compreensível comigo.
— E não perguntou quem é o pai, o melhor.
— Mas algo me diz que Mejía desconfia.
— Não é algo muito difícil alguém desconfiar de vocês, visto que vocês tem uma linda amizade que se enxerga de longe. — Gaby ironizou.
— Mana, eu odeio os seus sarcasmos.
— Eu sei. — Gaby ficou rindo. — Vicky, o Edu disse que o Omar veio te visitar de novo.
— Veio, ele vem quase todos os dias.
— Você não pode continuar com ele.
— Gaby, ele é só meu amigo, Omar já entendeu que entre nós dois só pode existir uma amizade.
— Mas ele quer ser mais que seu amigo.
— Só que eu não quero, ele vai ter que se conformar.
— Não acho que o César vai gostar de você sendo amiga do seu ex.
— César não tem que gostar ou não gostar de nada. E pelo sumiço, ele já fez a escolha dele.
— Você está falando besteiras.
— César sumiu, sem me dar uma explicação, isso é um fato. E eu gosto da companhia do Omar, gosto de conversar com ele, é um grande amigo.
— Isso não vai acabar bem. — Gaby avisou.
— Eu sei o que estou fazendo.
— Espero que saiba mesmo. — Gaby saiu da cozinha, deixando Victoria sozinha com os pensamentos mais confusos.
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Después de haber querido compartir nuestros destinos
Todo acaba así
Habernos separado de un modo tan despiadado
No lo sé assumir
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*Hospital*
Vivian ficava mais tempo sedada que acordada, já conseguia falar um pouco.
— César, César... — Vivian chamou por ele ao acordar.
César estava sentado no sofá, se levantou e foi até ela.
— Estou aqui, está te sentindo bem?
— Um pouco... Você não vai me deixar, não? Por favor, me diz que não vai mais embora. — Vivian implorou.
César ficou olhando para ela, sem saber o que responder.
— Meu amor, eu não vou poder viver sem você. — Ela insistiu.
— Vou ficar aqui com você, fique tranquila. — César segurou a mão dela.
— Se você me deixar eu vou morrer. — César ficou olhando para fora pela janela com uma expressão impassível.
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César estava sentado na sala de espera do hospital, tomando um café, quando Roberto chegou.
— Nossa! Você está acabado.
— Obrigado. — César ironizou.
— Porque essa cara?
— A Vivian implorou de novo que eu não a deixasse, disse que morreria se eu fosse embora.
— E você ainda está fugindo da sua decisão?
— Não é fugir, mas tenho certeza que a Vivian vai melhorar, vai entender que não podemos mais ficar juntos e vai me dar o divórcio. — César explicou.
— Meu pai sempre me dizia que a gente mente para si mesmo porque a verdade dói muito.
— Algumas verdades machucam. — César murmurou.
— Uma hora você tem que tomar uma decisão. — Disse Roberto.
— Eu sei. — César abaixou a cabeça e tampou o rosto com as mãos.
— Você não pode continuar se escondendo nesse hospital esperando que a vida decida por você.
— Eu sei.
— Você tem que encará-la ou então sofrerá com as consequências.
— Eu sei. — Realmente ele sabia de tudo isso, só não tinha coragem para fazer.
— Você vai ficar quanto tempo sentado nesse sofá esperando que alguém decida por ti?
— Não sei. — Roberto riu pelo fato do amigo ter mudado a resposta.
— Eu não tenho ideia porque a gente costuma adiar as coisas. — Roberto tocou no ombro do César.
— Talvez por medo de tomar uma decisão, e estar errado. De cometer um erro que não dá para desfazer. — César respondeu.
— Mas as vezes não fazer nada acaba doendo mais do que se tivesse tomado uma atitude.
César respirou fundo e jogou a sua cabeça para trás.
— Roberto, o que eu devo fazer?
— Gostaria de te ajudar, mas não posso.
— Porque é tão difícil tomar essa decisão? — César perguntou, com um choro engasgado na garganta.
— Não é difícil, você já tomou a sua decisão e por isso estar sofrendo tanto. — Roberto respondeu e César fechou os olhos deixando uma lágrima escorrer pelo rosto.
— Tenho minhas responsabilidades com a minha família, não posso ser tão egoísta assim. — César se justificou.
— Responsabilidade é uma porcaria. — Roberto resmungou.
— Ai! A vida já é tão difícil, e eu ainda fico arranjando mais problemas.
— Você não arranjou isso, você não é culpado, entenda de uma vez.
— Está doendo tanto que parece que estão arrancando algum membro do meu corpo.
— Muitas vezes dói fazer o que é certo.
— Certo? Se isso é certo, porque está parecendo que é a maior burrice que vou fazer na minha vida? Sinto que vou me arrepender pelo resto da minha vida. Isso não é justo, Roberto.
— A vida é injusta, meu caro amigo, a vida é feita de escolhas. E no seu caso você tem duas escolhas, nas duas você sai perdendo, mas você tem que fazer uma escolha.
César ficou pensando na Victoria e em todos os momentos que passou com ela, enquanto mais lágrimas escorriam pelo rosto dele.
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Por una vez
Dime que piensas
Dime que quieres
Y luego márchate
Que no es culpable, quien ya no siente
Que voy a entender lo sé
Que solo quiero que te despidas
Por última vez
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Naquela madrugada, César recebeu uma enorme mensagem que deixou o coração dele mais despedaçado ainda.
“Por seis dias te esperei, por seis dias supliquei a Deus para que você aparecesse, por seis dias chorei todas as noites por tua ausência, mas acho que agora eu entendi o que seu silêncio significa, você pode ficar tranquilo, você não precisa tomar nenhuma decisão, porque eu estou pulando fora, jamais vou dizer para você escolher entre ela ou eu, pois se você realmente quisesse ficar comigo, jamais hesitaria ou pensaria duas vezes antes de ficar comigo. Então, César, escolha ela, porque eu não vou lutar por você, não vou implorar para que fique comigo, continue a sua vida ao lado da sua esposa, pois eu não me importo. Eu só queria que você tivesse tido a coragem de me dizer isso pessoalmente e não fugido como você fez. Eu sempre soube que um dia isso terminaria, mas eu pensei que antes de você ir embora de vez, me diria no mínimo um “adeus”. Depois de tudo que vivemos, acho que eu merecia que você tivesse se despedido de mim pela ultima vez, só que você apenas foi embora, sem me dizer o que estava pensando ou o que você realmente queria, então tive que ficar aqui e descobrir sozinha. Desejo que seja feliz na sua escolha. Adeus, César Évora.”
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Por una vez
Mírame y dime
Que has olvidado como querer
Que te cansaste de estar a mi lado
Por una vez
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Autor(a): hcbellucci
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Victoria se sentia exausta depois de um dia de trabalho, ainda tinha parado em um restaurante para comprar comida para ela, Eduardo e Gaby, os dois estavam na casa da Marcela, mas logo chegariam. Victoria ao sair do elevador, sentiu um deja vu vendo César sentado, de cabeça baixa e encostado na porta do apartamento. — Oi. — Ela disse. Césa ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 11
Para comentar, você deve estar logado no site.
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ViviLucerina Postado em 13/10/2017 - 13:57:44
Amei amo parejatekila
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jessica_pereira_ruffo Postado em 17/10/2016 - 20:16:29
Próximoo capitulo please :'(
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Comadre Postado em 12/09/2016 - 15:08:11
Amo a fic, estou ansiosa para o próximo capitulo
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jessica_pereira_ruffo Postado em 29/02/2016 - 20:41:10
Eu ainda te amo...lindoo estou sem palavras,capitulo perfeito! Acompanho essa fic desde o começo e so agora fiz uma conta aqui so para poder comentar,sei que assim como eu fazia tem muitas pessoas lendo as escondidas então por favor não para de escrever. Amo essa historia ela é simplesmente perfeita e poderia ser atualizada com frequencia porque não suporto tanta ansiosa.
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vickyecesar Postado em 15/03/2015 - 21:41:16
Adorei o capitulo estava perfeito como sempre, num vejo a hora deles estarem juntos de novo! Ah e sobre a sua pergunta acredito e espero de vdd q isso nao tenha acontecido, q doutorzinho atrevido esse viu. Agora sou eu q tenho uma pergunta, ela chegara a casar msm e, o CE nunca dira a ela o pq a deixou? Bjos e ansiosa pelos proximos, sei q estou querendo saber de mais ne rsrs, e pq amooo sua historia.
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prye_pt_ Postado em 14/03/2015 - 19:33:15
Capitulo new e esses dois brigando ja estava achando que o Cesar ia conseguir convencê-la haha
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prye_pt_ Postado em 14/03/2015 - 02:39:41
Baita fic a sua,esperando o proximo capitulo,começei ler em Dezembro mas sem tempo de ler com frequência,hj que pude,mas enfim te elogio porque vc conduz muito bem a história,gosto da maneira que vc escrevi, e bem se for Cesar que chegou no final do cap prevendo complicações ainda mais para a pareja
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hcbellucci Postado em 01/03/2015 - 02:59:02
Vickyecesar, obrigada pelos comentarios, infelizmente essa historia tem algumas regras que tenho que seguir e não posso mudar. Sobre sua pergunta, Victoria e o seu namorado já passaram de beijos, mas isso foi antes dela começar a ficar com o César, depois ela não voltou a estar mais com o namorado, só com o César. Beijos e obrigada novamente.
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vickyecesar Postado em 22/02/2015 - 13:50:13
Você não sabe a ansiedade que eu estava para ler esse capítulo, todos os dias entrava no site para ver se a fic já tinha sido atualizada! Nossa que pena que ela perdeu o bebe, gostaria tanto de ter lido que ele tinha retornado, a socorrido e descobrir que ela estava esperando um filho dele, pq o bobo não disse a verdade a ela, o pq de naquele momento precisou se afastar, agora ela acredita que ele nunca a amou, que para ele, ela não passou apenas de um casinho e para piorar, Vicky perdeu o bebe, fazendo com que sua mágoa só aumentasse. Eu não acredito que ela para se vingar dele vai se envolver novamente com uma pessoa que não ama, isso não pode acontecer por favor! Ela esta com raiva, decepcionada, ferida e quer a todo custo feri-lo também, mas te peço por favor não deixa ela se casar com ele não! Uma pergunta na sua historia o namoro de Vicky num passou de beijos né? Sua história é muito envolvente, adoro lê-la, Bjos
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vickyecesar Postado em 07/02/2015 - 17:23:29
Nossa q capítulo hein, foi emoção pura, quase não termino de ler, pq a cada parágrafo era uma emoção a parte, nossa tu escreves muito bem, pode sentir a dor deles ao terem que se afastar, doeu no coração, sofri muito pela Vicky, q em seu estado estava a flor da pele e, alem do mais não entendia o real motivo da separação. Fique triste pq ela não teve a oportunidade de dizer q estava grávida, ele tem q volta p socorre-la e ficar sabendo dessa maravilhosa novidade. Te peço por favor, por favor não deixa ela se deixar levar e se envolver com outro, só p não ficar sozinha. Acho q ele deveria dizer a verdade, pois assim evitaria um maior sofrimento para ambos e assim juntos encontrariam uma solução. Bjos e meeeeeeega ansiosa para os próximos capítulos. Amo sua fic.