Fanfic: La Tekila - Proibida Pra Mim | Tema: Pareja Tekila

— Oi... — Gaby disse para Victoria ao vê-la acordar.

Victoria sentia sua cabeça latejar, parecia que o quarto rodava.

“O que aconteceu?”

Tudo passava como um flash na cabeça dela, a confraternização, a discussão com o César.

“Oh meu Deus!”

Agora ela se lembrava de tudo que tinha acontecido no apartamento, o César dando banho nela, Victoria olhou para a mão dela e viu o corte.

— Aconteceu tudo de verdade? — Gabriela confirmou. 

— Ele veio aqui?

— Sim, cuidou de você e a fez dormir.

— Eu me lembro de tudo, só não queria acreditar. Principalmente do que ele me falou.     

 — O que ele disse?

— Disse que eu devia casar, que ele desistia de mim.

— E você o que acha disso?

— Não sei, acho que agora realmente o que tinha entre nós dois acabou. Ele disse que eu só devia casar se tivesse certeza.

— Isso ele tem razão, você não pode casar só porque não pode ficar com ele.

— Não tem porque a gente falar disso, o casamento já está marcado, não tem como voltar atrás.

— É lógico que tem. Você deveria falar com o Omar, se ele te ama mesmo não vai se importar de cancelar ou esperar até que você esteja pronta.

— Não posso fazer isso.

— Ou faz isso agora ou quando já for tarde demais, você decide. — Gaby pegou o telefone e entregou para Victoria.  

— Já se sentiu como se fosse sumir? — Victoria perguntou pegando o telefone da mão da Gaby.

— Só quando o meu poder de invisibilidade começa a funcionar.

Victoria não deu importância para a brincadeira da Gaby e voltou a deitar. 

— Porque eu não posso ser feliz pra sempre? Porque eu não acredito mais nessa felicidade.

— Oh, minha maninha, como eu gostaria de te ajudar.

— Tudo bem, eu mereço por ter sido amante de um homem casado. Cometi o pecado e tenho que pagar por esse erro.

— Não é pecado errar, cometer erros é o que faz de nós humanos, é como aprendemos, como obtemos prazer, nas situações não previstas, no que você nem sabe de onde veio.  

Victoria sorriu para sua irmã, ela gostava quando Gaby atacava de filosofa.

— Pior do que querer algo e não poder ter, é não saber o que realmente quer.

— Você sabe o que realmente quer, só não tem coragem para fazer. — Gaby se levantou. — Liga logo e resolve, ou melhor, acaba de vez com tudo isso. Eu vou preparar nosso café da manhã.    

Victoria ficou olhando para telefone, mas logo criou coragem e ligou para o seu noivo, pedido que ele fosse visita-la. Omar chegou um pouco mais de uma hora depois, Victoria já tinha tomando um longo banho e um bom café da manhã. Agradeceu infinitamente a sua irmã por ter limpado toda a sala. A cortina cobria as janelas quebradas.

— Bom dia, meu amor. Eu vim o mais rápido que pude. — Disse Omar assim que a Victoria abriu a porta.

— Bom dia e obrigada por ter vindo. Vamos sentar.

— Você disse que tinha algo urgente para falar comigo.

— Tenho... é sobre o nosso casamento.

— Hum... Falta quase um mês, mas tenho certeza que vai ser tudo perfeito como você quer.

— Omar, eu não posso casar com você. Você é incrível, você é um homem maravilhoso, você deveria ser a melhor escolha, mas...

— Você ama outro. — Omar concluiu.

— Que? — Victoria perguntou surpreendida.

— Sim, eu sei que você ama a outro, mas também sei que ele não te quer ou não te merece por não lutar por você.

— Omar, eu sinto muito.

— Não, Victoria, me escuta, sei que você não me ama agora, mas juntos podemos ser perfeitos. Eu tenho certeza que posso te fazer feliz, posso ser um excelente pai para o José Eduardo. E também você pode ter certeza que lutarei todos os dias do resto da minha vida para que você me ame pelo menos a metade do que eu te amo.

— Eu não posso te fazer feliz.

— Você pode sim e já me faz feliz. Eu só te peço duas coisas, a primeira é que sempre me apoie com a minha carreira, pois vou precisar muito de você ao meu lado e a segunda que você me dê um filho tão maravilhoso quanto o José Eduardo. Em troca eu serei o marido que você sempre sonhou, te darei a família que você tanto quer.

— Só que eu não entendo nada de politica e nem gosto.

— Isso não importa, basta eu ter você ao meu lado para me sentir forte para lutar, você será a minha fortaleza, meu amor. Juntos poderemos fazer maravilhas, saiba que eu sempre te apoiarei em tudo, principalmente na sua carreira.                               

— Posso pensar?

— Sim, só não esqueça que te amo tanto que sou capaz de casar com você mesmo sabendo que ama outro. Não me importa porque sei que você irá me amar e nosso casamento será perfeito, todos verão isso.

— E eu vou ter que assinar alguma coisa? — Victoria sorriu.

— Só os registros aceitando ser minha esposa.

— Eu vou pensar e depois te digo minha resposta.

— E eu estarei esperando toda a minha vida se for preciso.

Victoria sorriu e ele a beijou.

**********

*Televisa*

No seguinte, Victoria chegou a televisa para o seu ultimo dia de gravação, estava tão cedo, mas ela ainda tinha que organizar algumas coisas antes de ir gravar.   

Entrou no seu camarim para esperar a hora de ir para a locação, aproveitava para dar mais uma lida no texto. Meia hora depois vieram chama-la para ir. Victoria se levantou e foi pegar algumas coisas para colocar na bolsa, nesse momento ela viu um envelope sobre a mesa, se surpreendeu de não ter visto quando entrou.

Victoria abriu o envelope e quando tirou o que tinha dentro, ela viu o seu cordão. Um cordão que a muito tempo não pertencia a ela e para que estivesse recebendo de volta só significava uma coisa. Ela começou a lembrar de uma conversa sobre esse colar.

“— Mas esse colar é muito especial para mim, não posso ficar sem ele, é minha proteção.

— Você tem a mim para te proteger, eu quero ficar com ele, tenha a certeza que nós dois juntos vamos continuar te protegendo. Com aquele colar eu vou sentir que você está comigo sempre, ele vai me lembrar do quanto você é minha, enquanto eu estiver com ele, você me pertencerá.”

“Enquanto eu estiver com ele, você me pertencerá.”

Victoria ficou repetindo isso varias vezes.

“Se ele me devolveu isso significa que não pertenço mais a ele.”

De dentro do envelope caiu um papel, que Victoria ajuntou e leu o que estava escrito.

“Eu quero que você saiba que se dependesse só de amor, eu ainda estaria com você.
César Évora”

Victoria caiu sentada no sofá atrás dela, olhou para o colar. César estava dando a liberdade dela, mas o porquê ela não se sentia livre?

E assim seria o fim deles? Porque tinha que acabar assim? Só porque o destino decidiu que eles não ficariam juntos ou simplesmente porque os escolheram como o casal condenado a ser amar, mas não ficarem juntos? Que sacanagem era essa do destino, será que ele não via o quanto eles eram felizes juntos, como de longe se era possível ver o quanto o amor deles era especial, diferente de qualquer outro já visto por aí.

**********

Após receber o seu colar de volta, Victoria decidiu que chegava o momento de seguir com a sua vida e sem César Évora, esse ficaria no passado junto com a novela da qual acabará de gravar.

César realmente viajou com a sua família, já fazia muito tempo que prometia uma viagem de férias a eles e esse era o melhor momento, ele queria estar longe do México e principalmente longe desse assunto casamento do ano.

**********

*Casa Ruffo*

Victoria estava deitada no colo da sua irmã Gaby.

— Não sei, Gaby, já está quase perto do casamento, acho que não deveria viajar.

— Só por uns dias, você precisa para se distrair um pouco.

— Mas o que vou dizer? Não tem como.

— Ah, Vicky, você pode dizer que vai comprar algumas coisas que faltam para o casamento.

— Até que uma viagem não seria uma péssima ideia.

— Pode ter certeza que não é. Organiza tudo, eu fico com o Edu.

— Você é a melhor irmã que eu poderia ter, que Marcela não me escute.

— E você é mais que minha irmã, é minha amiga, minha segunda mãe, minha companheira.

— Apesar de que ultimamente você têm sido a mãe e irmã mais velha aqui.

— Eu te amo tanto, minha irmã, desejo tanto que você seja feliz.

— Oh, minha irmãzinha, eu também te amo. Eu serei feliz, tenha a certeza, farei de tudo para isso.

— Nunca se esqueça de que eu sempre estarei aqui para você.

— Jamais esquecerei, eu também sempre estarei aqui para você.

Victoria e Gaby se abraçam. Um abraço repleto e cumplicidade, companheirismo, irmandade e mais importante, repleto de amor. Um amor entre irmãs que é impossível ser destruído.

Victoria viajou passou uns dias fora, quando voltou mais tranquila e decidida a seguir em frente com o seu casamento. 

**********

*Dia do casamento*

Victoria já estava pronta para o grande dia, estava tão perfeita vestida de noiva, aliás, tudo estava tão perfeito ou quase tudo, mas não é o momento para falarmos disso, vamos acreditar junto com a princesa, que virará uma rainha, que ela estava vivendo o seu tão sonhado conto de fadas.

Victoria estava pensativa olhando pela janela, até que a voz de sua irmã Marcela a tirou de seus pensamentos.

— Vicky, chegaram essas flores para você.

Victoria se virou e viu sua irmã segurando um buque de variadas flores, ela olhou assustada para sua mãe e sua outra irmã, que olhava atenta para ela.

— Obrigada. — Victoria pegou o buque que não precisava nem de cartão, ela sabia exatamente quem havia mandado, o homem do qual há mais de um mês ela não falava, só sabia que estava em Cuba com a família.

“Te desejo toda a felicidade do mundo.

Seja muito feliz nessa sua nova vida.

Beijos e abraços do seu grande amigo, César Évora.”

O coração dela parou ao ler o nome dele, ela sentiu que ia desmaiar, não conseguia mais sentir o chão, parecia que estava afundando em alguma areia movediça. Victoria sentiu uma mão a segurando, ela olhou para o lado e era a Gaby.

Victoria olhou de novo o cartão e viu que mais embaixo tinha escrito mais alguma coisa, a mente dela estava embaçando as palavras e ela não conseguia ler.

Gaby a sentou na cama, sua mãe e a Marcela ficaram observando preocupadas, sem entender o que estava acontecendo.

— Quem mandou essas flores para ela ter ficado assim? — Perguntou Marcela.

— Não foram as flores, é o nervosismo para o casamento, ela não tem dormindo direito e nem comeu também. — Gaby respondeu.

— Como que você não comeu?

— Vem Marcela, vamos procurar algo para ela comer rápido. Ou ela vai desmaiar na hora do “sim.” — Disse Dona Lupita.

Marcela acompanhou a sua mãe.

— Te sente bem? — Perguntou Gaby quando elas estavam sozinhas.

— Porque ele fez isso? Como ele teve coragem de fazer isso comigo? Ele ficou sumido todo esse tempo e justo hoje ele faz isso. O que ele quer? — Victoria jogou o buque de flores longe dela.

— Victoria, por favor, fica calma.

— Eu estou calma, Gaby. — Victoria disse quase gritando. — Ele escreveu mais alguma coisa que não consegui ler.

Victoria olhou novamente o cartão e elas duas leram juntas.

“Para sempre o lobo em mim, irá desejar a ovelha em você.”

— Ele é um idiota! — Victoria rasgou aquele papel em pedaços. — Eu preciso ficar um pouco sozinha.

— Não, Vicky.

— Só uns minutos, Gaby. — Ela insistiu.

— Não faça isso com você, hoje não, por favor.

— Não vou fazer nada, só quero ficar um pouco sozinha e já estou indo, por favor, Gaby. — Victoria implorou.

Gaby protestou mais um pouco, mas acabou saindo do quarto e deixando-a sozinha.

Victoria estava sentido falta de ar, toda aquela roupa estava sufocando-a, pensando bem naquele momento todo aquele vestido estava parecendo tão ridículo, parecia mais parte de um circo, do que um casamento. Ela nunca sonhou com um grande casamento, nada de luxo, muito menos um espetáculo, quando era criança a única coisa que sonhava que tivesse no seu casamento era um homem que ela amasse e que a amasse, não importava se não tivesse nada, bastava um padre ou quem fosse para fazer essa união, mas não, o seu casamento estava sendo o maior espetáculo já armado, tinha de tudo, menos o que ela sempre sonhou, o homem que ela amava.

Victoria se apoiou na janela para tentar respirar melhor, como podia ele estava em outro continente e mesmo assim ela ainda se sentia sufocada por ele.

“Não posso o deixar estragar tudo, não posso! Já é muito tarde para nós dois... tarde!”

Victoria respirava fundo e contava até dez de olhos fechados.

**********
Justamente ahora irrumpes en mi vida
Con tu cuerpo exacto y ojos de asesina
Tarde como siempre
Nos llega la fortuna
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Ela abriu os olhos e lá estava ele, todo de smoking, o rosto limpo, sem o bigode e o cavanhaque, tão lindo, tão perfeito. Ele sorria tão encantadoramente para ela.

— Porque você me enviou essas flores? Porque você me disse aquelas coisas? Eu vou casar, sabia? Um homem que me ama de verdade está me esperando. Ele é o homem que escolhi para viver o resto da minha vida, então para de me mandar flores. Você não é meu amigo.

César continuou olhando para ela e sorrindo. Ele estendeu a mão para ela, que hesitou um pouco, mas logo foi até ele e segurou a mão dele. César segurou firme contra o seu corpo e começou a se mover no ritmo da musica.

— César, me diz o que devo fazer. Diz para eu não casar, você só precisa dizer que me ama e que quer ficar comigo. Eu juro que fujo com você para qualquer lugar desse mundo. — César ficou calado e continuou a dançar com ela.

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Tú ibas con él
Yo iba con ella
Jugando a ser felices por desesperados
Por no aguardar los sueños
Por miedo a quedar solos
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Victoria ficou calada disfrutado aquela dança, estar nos braços do seu amado novamente, estava sentido aquela paz que só sentia quando estava ao lado dele, era incrível como esse homem tinha um poder sobre ela... Ele que quando ela menos esperou ele chegou e tomou conta do seu coração, ela jamais pode imaginar o quanto o amaria. Ele devagarinho, com aquele jeito só dele, aquela voz que a fazia arrepiar, aquele sorriso encantador e aquele olhar meigo e sedutor que fazia o interior dela estremecer, ele que a fez sonhar com ele e foram sonhos dos quais ela jamais desejou acordar. Que ironia do destino cruzar a vida deles tão tarde e quando não podiam se amar. Eles não podiam, mas como controlar algo que tinha uma força inexplicável. É impossível mandar no coração, como eles poderiam dizer aos seus corações e suas almas que não se entregassem?  Com todos aqueles beijos e ternuras, trocados primeiramente por pensamentos, toda aquela ternura, toda a intensidade desse amor que muitas vezes os assustou. César e Victoria marcaram a vida um do outro com todo aquele amor e depois de tudo como deixar de amar, uma vez que esse tipo amor tão profundo e verdadeiro nasce, jamais poderá ser esquecido, mesmo sendo um amor proibido. 

*********
Pero llegamos tarde
Te vi y me viste
Nos reconocimos en seguida
Pero tarde maldita sea la hora
Que encontré lo que soñé
Tarde
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— Vicky! Vicky! — Victoria virou e olhou para a Gaby chamando por ela. — Olha o seu rosto! — Gaby disse com espanto.

A maquiagem da Victoria estava totalmente borrada pelas lágrimas que derramou durante a sua imaginação.

Victoria olhou por todo o quarto e sentiu um vazio que há muito tempo não sentia, seria possível que ela estava ficando louca, ela jurava que ele estava ali, ainda podia sentir o calor do corpo dele, o cheiro, a respiração dele perto do seu ouvido. Ela podia sentir ele presente ali naquele quarto, naquele momento. Ela não podia estar louca.

O que Victoria podia não saber era que ela não estava ficando louca, ele realmente estava presente lá, não fisicamente, mas sim, nela! César estava nela e sempre estaria, e isso nada no mundo podia mudar.

— Vicky, vem! Temos que te maquiar de novo e o papai já está esperando.

Victoria antes de sair do quarto para acompanhar a Gaby, desligou o som que estava tocando o final de uma musica da qual ela conhecia muito bem, Tarde.

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Ganas de huir
De no verte ni la sombra
De pensar que esto fue un sueño o una pesadilla
Que nunca apareciste
Que nunca has existido
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Eu estava de joelhos em frente ao altar, toda vestida de branco, fiquei tão mergulhada nos meus pensamentos que só percebi onde eu realmente estava e o que já estava fazendo, foi quando eu estava de joelhos em frente ao padre, olhei para lado e vi o meu futuro marido, o homem que eu escolhi para casar, mas não o homem que eu desejei e sonhei casar. Lembro como se fosse ontem, olhei para a nossa senhora e quase implorei para que eu desaparecesse de lá.

“Eu só preciso de um sinal para saber que estou fazendo a coisa certa. Oh, minha mãe, me ajude, se não tiver que ser faça acontecer algo que impeça, mas se for da sua vontade que esse casamento se realize”

Imaginei o César entrando naquela igreja e dizendo que me amava, que eu não me casasse, desejei até o ultimo minuto que isso acontecesse, mesmo sabendo que ele estava em outro país. Por muito tempo eu odiei o César por não ter impedido o meu casamento, mas que injusta eu estava sendo se a única pessoa que poderia ter evitado tudo aquilo, era eu mesma. Só que não tive a coragem necessária e acabei dizendo “sim”.  

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Tanto soñarte y extrañarte sin tenerte
Tanto invertarte, tanto buscarte por las calles como un loco sin encontrarte
Ahi va uno de tonto, por desesperado confundiendo amor con compañia
Y ese miedo idiota de verte viejo y sin pareja, te hace escoger con la cabeza
Lo que es del corazón y no tengo nada contra ellos
La rabia es contra el tiempo por ponerte junto a mi… Tarde!
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Eu estava tão longe, para ser mais especifico, eu estava bem no fundo da igreja, em um canto onde eu não pudesse ser visto por ninguém. Mas mesmo de tão longe, eu podia ver o quanto ela estava linda de noiva, não é porque eu amo essa mulher, mas ela é linda sempre e de qualquer jeito, mesmo quando ela está brava. Já disse o quanto eu amo deixa-la brava? Apesar de que eu preciso ter muita paciência quando ela fica, só que não importa, o meu amor por ela é tão grande que a quero comigo de qualquer jeito. Então, eu estava contando sobre um dos piores dias da minha vida. Eu devo ser sadomasoquista para ter voltado ao país só para ver o amor da minha vida se casando com outro. Nunca vou conseguir descrever tudo o que senti naquele dia, alguma coisa foi arrancada de mim, pois eu me sentia como se faltasse alguma parte de mim para continuar a viver. Vou dizer o porque eu fui aquela igreja, eu precisava vê-la se casando para poder acreditar, mas também acho que eu ainda tinha esperanças que ela desistisse e eu estaria lá para ajuda-la a fugir para onde ela quisesse, dessa vez eu não ia me importar de largar tudo por ela, não pensaria nem duas vezes, ela seria a minha escolha, independente de qualquer coisa. Eu tive um sonho que ela dizia “não” e eu não estava lá para ajuda-la e eles acabavam obrigando-a a se casar, então por isso eu peguei um avião e voltei para o México a tempo de ver esse casamento e também preparado para quando a minha amada dissesse “não” ela me veria ali e não se sentiria desprotegida e nem sozinha, porque eu estaria ao lado dela para qualquer coisa. Ah, não vou mentir para vocês, também me imaginei interrompendo o casamento, vocês sabem, naquele famoso momento “Se há alguém que tenha algo contra esse casamento... ” pois é, esse mesmo, vocês já me entenderam. Eu pensei nesse momento interromper e dizer o quanto eu a amava e estava disposto a lutar por ela, mas fui covarde e então devo me calar para sempre.

“Y ahora me dirijo al insuficiente poca cosa, y asi te atreves a comparate conmigo, quién te a dado títulos de una mujer ajena. Al César lo de César, dime quién maldita sea, yo conozco sus defectos sus más intimos secretos, te daré de hombre a hombre un canse para hablar, qué pasa no dices nada, tu nunca la harás feliz, tu futura esposa llora lágrimas por mi.

Por que lloras? Por que sabes que digo la verdad, ah? La unica verdad que tu conoces, la unica verdad que muchos en esta boda también recuerdan. Se sientan a presenciar este teatro, dramatizado por una hipócrita y un payaso, si, tú eres la actriz de esta obra ridícula.”

Esse casamento pareceu durar séculos, ela estava lá tão perfeita naquele altar e ao lado daquele homem ridículo, era eu que devia estar ao lado dela. Como eu me odeio até hoje por ter permitido que aquele homem ficasse com a minha mulher, não me perdoo por ter sido tão fraco. Ah, como eu me arrependo e pensar que tudo poderia ser diferente se eu tivesse tido só um pouco de coragem.

E ela confirmou com apenas uma palavra, uma única palavra que me destroçou, que acabou com todas as minhas esperanças. Uma única palavra que ela disse e até hoje atormenta os meus sonhos. E foi assim que eu a perdi, ou pelo menos pensei que a tinha perdido. Eu saí correndo daquela igreja, vou contar a vocês que essa foi a ultima vez que pisei naquela igreja, até hoje eu não consigo voltar lá. Uma vez passei em frente a ela e lembrei de mim saindo correndo, como se fosse um bebê correndo para o colo da mãe, mas minha mãe não estava lá para me consolar, ninguém estava, eu fiquei sozinho com a minha alma destroçada. A minha mulher, minha amada, o amor da minha vida acabava de casar com outro... Perdão... eu queria continuar contando sobre esse dia, mas não consigo, mesmo depois de tantos anos lembrar ou falar desse dia ainda me faz muito mal, ainda sinto o meu coração doer e eu não quero que vocês me vejam débil, pois eu tenho uma debilidade e se chama Victoria Ruffo. Espero que vocês nunca tenham que passar pela dor que passei naquele dia, é uma dor quase insuportável, se eu pudesse esquecer um dia da minha vida, com certeza seria esse. Bom, chicas, eu preciso ir, quando eu estiver me sentindo mais disposto e claro se vocês quiserem, eu volto para continuar contando essa minha história com a Victoria que nunca tem fim. Até! Beijos e abraços... César Évora.

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Pero llegamos tarde
Te vi, me viste
Nos reconocimos enseguida pero tarde
Quizás en otras vidas
Quizás en otras muertes
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CONTINUARÁ