Fanfic: La Tekila - Proibida Pra Mim | Tema: Pareja Tekila

*Locação*

César e Victoria estavam gravando a cena do estupro, já tinham repetido a cena umas três vezes, mas não estava saindo do jeito que o Salvador queria.

— César, você tem que pegar nos braços dela com mais força. — Disse Mejía ao parar a cena.

— Mas estou pegando.

— Eu quero mais, lembre-se que você está bêbado, acabou de matar um homem e estar furioso.

— Mas estou com medo de acabar machucando-a.

— Não se preocupe com isso, não vai me machucar, pode me pegar com força, do jeito que quiser. — Disse Victoria.

— Ela autorizou e também você deseja essa mulher, olhe para ela, você sempre desejou essa mulher e quer tê-la de qualquer maneira. — Os dois ficaram olhando para o Mejía. — Estou falando do Federico e Cristina, claro.

— Certo, eu quero essa mulher. — Ele ficou olhando fixamente para a Victoria.

— Agora podemos continuar? — Mejía voltou para o seu lugar.

— Podemos. — Respondeu César e Victoria balançou a cabeça confirmando.

Eles continuaram a gravar, até que finalmente saiu tudo do jeito que Mejía queria.

— Obrigado, não me canso de dizer o quanto vocês dois são demais juntos. — César e Victoria sentados na cama sorriram para Mejía.

— Você também é um grande produtor e juntos sai esse trabalho maravilhoso. — César se levantou da cama.

— Eu estou cansado e quero dormir, tenho certeza que vocês também. — Mejía beijou a mão da Victoria.

— O que mais quero nesse momento é a minha cama. — Victoria sorriu para os dois.

— Você poderia dormir nessa aqui. — César disse a ela.

— Não, César, quero minha cama mesmo. Não troco ela por nenhuma.

— Essa cama é tão boa assim? — Perguntou Mejía.

— Para mim é a melhor.

— Interessante! Qualquer dia, eu vou a sua casa experimentar essa cama. — Victoria e César ficaram se olhando. Após alguns segundos, César soltou uma gargalhada.

— Acho que esse é o momento que eu me retiro. Boa noite para vocês. — Mejía começou a andar.

— Espera Salvador, te acompanho, preciso conversar com você. — Disse César.

— Vamos deixar a cara dama sozinha?

— Não se preocupem comigo, vou me arrumar e ir embora. — Eles dois se despediram dela e saíram.

— O que deseja, César?

— Eu não sei como te falar isso, mas me senti incomodado ao gravar essa cena.

— Me explique melhor.

— Eu com ela, essa aproximação.

— César, eu não estou te entendendo, você é um ator, já fez isso tantas vezes, cenas até muito piores.

— Esquece o que eu disse. — César desistiu de falar, por não saber explicar o que nem ele está entendendo.

— Está acontecendo algo que eu não saiba? Vocês brigaram, mas parecem ser tão amigos.

— Não... Não está acontecendo nada, vamos esquecer, eu e ela... Somos amigos sim. — Mejía ficou observando o César gaguejar e tentou entender o que ele estava querendo.

— César! Muito cuidado... — Mejía acabou percebendo realmente o que estava acontecendo, mas preferiu ser discreto. — Vou diminuir as cenas em que vocês terão algum contato físico, só será o necessário mesmo.

— Obrigado! E obrigado também por não me perguntar muito, até porque são coisas que não sei responder.

— Não precisa agradecer.

— Boa noite, amigo. — César se despediu, estava um pouco envergonhado pelo o que ele acabara de pedir.

— Boa noite, César. — Eles apertaram as mãos e cada um foi para um lado.

César ao chegar ao estacionamento viu que o carro da Victoria não estava mais, o que significava que ela já tinha ido embora. Ele dirigindo e pensando no que estava fazendo, em quase 20 anos de carreira nunca pediu isso a um produtor, porque ele estava fazendo isso logo agora, e também queria saber por que se sentiu tão incomodado ao ficar tão próximo assim da Victória? Ele era um ator e sempre fez isso com a maior naturalidade possível, o que havia mudado? Porque ele se sentiu assim ao ficar em cima daquela mulher? Eram muitas perguntas sem respostas.

**********

*Casa Rufo*

— Até que fim atendeu esse telefone. — Gaby falou para Victoria assim que ela atendeu ao telefone.

— Perdoe mana, estava tomando banho, estou muito cansada, as gravações hoje foram puxadas.

— Entendo, então vou deixar você descansar.

— Vou tomar um remédio para dor e dormir.

— Estar com dor onde?

— Na cabeça e no corpo também, gravamos a cena em que o Federico estrupa a Cristina, Mejía queria que Cesar me pegasse com força e ele pegou.

— Meu Deus mana! Aquele homem te pegou com força? Ele tem uma pegada boa? Como é? Conta-me tudo agora.

— Calma Gabriela, pare de confundir as coisas. César é um ótimo ator.

— Isso eu sei, mas você ainda não respondeu as minhas perguntas.

— É porque não sei te responder, estava tão concentrada na cena, mas acho que ele deve ter uma pegada boa.

— Você vai me fazer ficar com essa eterna dúvida?

— Creio que sim.

— Um dia saberei se César Évora tem uma pegada boa, como parece ter.

— Boa sorte na sua descoberta, pois eu agora tenho que dormir.

— Irmã egoísta que não me ajuda.

— Mas não tem como eu te ajudar.

— Sei! Boa noite, mana. Amanhã a gente se ver na casa da mamãe.

— Até amanhã. — Victoria desligou e ficou rindo das loucuras da Gaby.

 “Bom, meus braços estão doendo, isso significa pelo menos que ele tem uma pegada muito forte.” — Victoria deitada na cama, ficou falando sozinha.

**********

Os meses se passaram, nosso casal como perfeitos atores que eram, souberam muito bem enganar até eles mesmos que não sentiam nada um pelo outro. A estreia da novela se atrasou por causa de alguns acidentes e infortúnios, entre eles a morte de René Muñoz. Fora isso, tudo corria muito bem, o elenco era bem unido e o ambiente de trabalho maravilhoso. Nos intervalos das gravações a alegria e gargalhadas do César e da Victoria contagiavam a todos. Diziam que César havia encontrado uma parceira ideal, pareciam que se completavam em tudo, até nas piores brincadeiras dele. Era um fato, César Évora e Victoria Ruffo formavam uma dupla explosiva.

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*Estreia de Abrazame Muy Fuerte*

Todos se reuniram em um restaurante para assistir o primeiro capítulo da novela, estavam quase todo o elenco principal, menos Cesar Évora, mas o que diziam era que ele sempre gostava de assistir o primeiro capitulo com a família. Victoria assistia atentamente em um canto sua cena na cama com o Osvaldo, todos falavam e assobiavam.

— Será que terei a oportunidade de gravar uma cena assim com você? — Victoria se arrepiou ao ouvir aquela voz grave sussurrando em seu ouvido.

— Olá César, achei que não viria. — Ela virou para falar com ele.

— Decidi em cima da hora, aparecer.

— Então sente aqui e vamos assistir. — Ele se sentou e cumprimentou as outras pessoas que estavam à mesa com Victoria.

Todos assistiram atentamente, com algumas brincadeiras de Cesar que causavam as maiores gargalhadas em Victoria, as pessoas podiam escutar as gargalhadas dos dois de longe, que era contagiante.

— Quase não dava para ouvir a novela, por causa de vocês dois. — Disse Osvaldo ao se aproximar da mesa deles.

— Perdoe, Osvaldo. Tudo culpa do César. — Victoria se levantou e cumprimentou Osvaldo com um abraço.

— Minha culpa? Que culpa eu tenho se você não consegue se controlar ao meu lado? — Eles se olharam profundamente.

— Ela e nem ninguém, meu caro amigo. — Carmem Salinas se intrometeu na conversa.

— Chegou a rainha da televisa. — Disse Cesar ao beijar a mão da Carmem.

— Eu a rainha?

— Você, mas perderá seu trono para a nossa ceguinha. — Acrescentou César.

— Carmem jamais perderá o trono dela. — Victoria afirmou.

— Mas se for para você, não me importo. Será grande merecedora desse titulo.

— Isso é verdade, com certeza Victoria Ruffo será a futura rainha da televisa. — Complementou Osvaldo.

Cesar olhou sério para Osvaldo e abraçou Victoria, que sorriu envergonhada.

— Ela já perdeu, você já é uma rainha para mim. — César sussurrou ao ouvido dela, enquanto Carmem e Osvaldo conversavam distraidamente.

Victoria ficou olhando para ele surpreendida, pelo o que ele disse e modo como falou, com sua voz grave e galanteadora. Ela sentia como se ele estivesse flertando com ela, mas rápido ela tentou esquecer essa ideia, se convenceu que ele só estava sendo gentil e era assim com todos a sua volta.

— Vicky, gostaria de conversar só um segundo com você. — Disse Carmem.

Victoria a acompanhou, assim saindo dos braços do César, os deixando conversando, elas duas se afastaram para conversar mais reservadamente.

— Vicky, você é linda, uma mulher incrível, tem muito talento como atriz, ainda tem um grande futuro pela frente. — Victoria a escutava atentamente.

— Obrigada, Carmem. — Agradeceu mesmo não entendendo onde Carmem queria chegar com aquilo.

— Você é inteligente, e por ser, você será sábia para parar com qualquer coisa que esteja acontecendo entre César e você. — Victoria ficou olhando-a assustada, sem saber o que responder, ela não esperava que Carmem falasse aquilo.

— Você não precisa me responder, não sou ninguém para me meter em sua vida, mas senti que eu devia te alertar, ele é um homem muito encantador, qualquer mulher se derrete ao lado dele, não só pela beleza dele, mas pelo homem incrível que ele é, só que ele é casado, e esses homens nunca deixam suas esposas.

— Carmem, juro que não sei do que estar falando, César e eu somos amigos, nada mais que isso, e nunca nem passou pela minha cabeça alguma coisa desse tipo, ele me trata como a qualquer outro e eu também.

— Isso não, pode até ser que não esteja acontecendo nada ainda, mas que entre vocês dois tem algo diferente, isso tem, eu já percebi, quando vocês estão juntos algo muda.

— Creio que esteja enganada, confesso que me sinto muito bem ao lado dele, mas não passa disso, tenho certeza, jamais ousaria a ter um sentimento por ele, sendo casado. E eu tenho um namorado, você sabe bem.

— Então perdão pela minha imaginação, te considero como se fosse uma afilhada minha, não quero te ver sofrer, fique atenta, Cesar Évora é um homem perigosamente apaixonante.

— Vocês estão falando de mim, suas fofoqueiras. — Disse César ao se aproximar delas.

Victoria assustou-se com medo dele ter ouvido algo.

— Só coisas boas, podemos garantir. — Carmem respondeu.

— Um homem como eu, só tem coisas boas a se falar.

— Mas que convencido. — Carmem falou e os três riram.

Nesse momento começou a tocar o tema musical da novela.

— Vicky, aceita a dançar comigo. — Ele esticou sua mão para Victoria, que após uns segundos decidiu pegar e acompanha-lo ao espaço de dança.

Cuando tú estás conmigo es cuando yo digo
Que valió la pena todo, todo lo que yo he sufrido
No sé si es un sueño aún o es una realidad
Pero cuando estoy contigo es cuando digo

Ele segurou na cintura dela e a puxou para mais perto dele.

Que este amor que siento es por que tú lo has merecido
Con decirte amor que otra vez he amanecido
Llorando de felicidad
A tu lado yo siento que estoy viviendo
Nada es como ayer

— Como você estar tensa, relaxe um pouco. — Ela sorriu rapidamente, pois só conseguia pensar em tudo que a Carmem acabou de falar.

— Estou relaxada. — Ele a conduziu lentamente.

— Ótimo, pois gosto de mulher relaxada. — Ele esboçou um de seus sorrisos encantador, que fez Victoria tremer as pernas. 

Abrázame que el tiempo pasa y él nunca perdona
Ha hecho estragos en mi gente como en mi persona
Abrázame que el tiempo es malo y muy cruel amigo
Abrázame que el tiempo es oro si tú estás conmigo
Abrázame fuerte, muy fuerte, más fuerte que nunca
Siempre abrázame

Victoria encostou a cabeça no ombro do César, e ao ritmo da musica eles foram se mexendo, ela sentia a mão dele acariciando suas costas, fechou os olhos e aproveitou aquele momento, ouvindo aquela musica, sentindo o calor do corpo dele, a respiração em seu pescoço, a força como ele segurava sua mão, mas ao mesmo tempo delicadamente. Ele também estava sentindo vontade de abraça-la e não solta-la nunca mais, a aproximou cada vez mais para perto de seu corpo, fechou os olhos e só sentiu o cheiro dela, que era tão bom.

Hoy que tú estás conmigo
Yo no sé si está pasando el tiempo o tú lo has detenido
Así quiero estar por siempre
Aprovecho que estás tú conmigo
Te doy gracias por cada momento de mi vivir

— Já te disse que gosto do teu cheiro? — Ele perguntou a ela.

— Não. — Ela respondeu olhando para ele.

— Então digo agora, gosto muito do teu cheiro, do cheiro do teu cabelo, você tem um cheiro de violetas. — Victoria apenas sorriu e voltou a abraça-lo.

Tú cuando mires para el cielo
Por cada estrella que aparezca amor es un `te quiero`
Abrázame que el tiempo hiere y el cielo es testigo
Que el tiempo es cruel a nadie quiere por eso te digo

César começou a sussurrar um trecho da musica perto do ouvido dela.

— Abrázame muy fuerte amor manténeme así a tu lado, yo quiero agradecerte amor todo lo que me has dado. Quiero poder ponerte de una forma o otra a diário, amor yo nunca del dolor he sido partidário. 

Victoria o interrompeu e se afastou dele.

Pero a mí me tocó sufrir cuando confié y creí
En alguien que juró que daba su vida por mí
Abrázame que el tiempo pasa y ese no se detiene
Abrázame muy fuerte amor que el tiempo en contra viene

— O que foi?

— Nada, apenas preciso ir lá fora tomar um ar, aqui está muito abafado.

— Se quiser, eu vou com você.

— Não é preciso, prefiro ir sozinha.

Abrázame que Dios perdona pero el tiempo a ninguno
Abrázame que no le importa saber quién es uno
Abrázame que el tiempo pasa y él nunca perdona
Ha hecho estragos en mi gente como en mi persona

Victoria pegou sua bolsa de cima da mesa e saiu rapidamente, ela precisava tomar um ar, mas não fora de lá e sim muito longe de César Évora.

Abrázame que el tiempo es malo y muy cruel amigo
Abrázame muy fuerte amor

Ela entrou em seu carro, ligou e começou a dirigir, ela sentiu que estava fugindo, só não consegue explicar do que ou de quem. Será que Carmem estava certa? Ela ainda estaria sentindo algo a mais pelo César? Esses meses todos que ela tinha feito de tudo para ver César só como amigo, não teria conseguido? Era possível que aquilo que ela sentiu quando o conheceu, ainda seguia vivo? E ele poderia sentir o mesmo? Ou só a via como amiga? Eram muitas perguntas que rodavam a cabeça de Victoria, ela não podia continuar interessada por ele, por um homem casado. E ela também tinha alguém. Um alguém que a ajudou não cair em tentação.

— Esquece isso Victoria, vocês são apenas amigos, ele é um homem proibido. — Ela falou alto e para ela mesma.

“Ele é proibido pra mim.” — Enquanto dirigia, Victoria ficou repetindo isso como se fosse um mantra.

No restaurante César ainda pensando em Victoria, queria saber o que tinha acontecido, porque ela saiu assim, como se estivesse fugindo, ele já tinha ido atrás dela, mas não a encontrou e nem o carro, então percebeu que ela foi embora, teve que voltar e responder as várias perguntas de onde estava Victoria Ruffo. Ele se sentia culpado, achava que tinha feito alguma coisa errada, alguma brincadeira que ela poderia não ter gostado, pensou em ligar para ela, mas desistiu não queria ser um incomodo.

César já deitado na cama ao lado da esposa que dormia. Ele não conseguia parar de pensar no perfume, no calor do corpo, na voz, no sorriso, nos olhos tão penetrantes, ele não conseguia parar de pensar em Victoria Ruffo.

 "Victoria é proibida pra mim, eu não posso." — Pensou César.

Victoria por sua vez, também deitada, reavaliava tudo que tinha acontecido nesses meses. Ela pensou em se afastar mais ainda dele, apesar de saber que não tem como, Victoria passou a noite pensando em novas soluções para evitar o que quer estivesse acontecendo, que continuasse.