Fanfic: La Tekila - Proibida Pra Mim | Tema: Pareja Tekila

Na manhã seguinte Victoria entrou na televisa de cabeça baixa, óculos escuros e apenas cumprimentou as pessoas que passavam por ela com um simples “bom dia” isso foi uma atitude que todos estranharam, pois ela sempre chegava sorridente, alegre e conversando com todos.

*Camarim Ruffo*

Alguém bateu na porta e Victoria demorou atender, por achar que fosse o César, mas quando uma das assistentes chamou por ela, decidiu abrir.

— Mandaram esse café para você. — A assistente entregou um copo com tampa e junto um papel enrolado.

— Obrigada. — Victoria pegou e fechou a porta, tomou um gole do café e abriu o papel para ver o que era.

“Um café é capaz de curar as maiores crises de um ser humano, eu gostaria de curar as suas, mas como não posso, aproveite bem o seu café.
C.”

Ela ficou uns segundos tentando decifrar o C, mas logo percebeu que só poderia ser o César, ela sorriu e tomou mais um pouco de café. Então, ficou olhando para aquele papel e querendo entender o que ele queria dizer com aquilo, será que César também estava atraído por ela? Mas rapidamente ela desistiu desse pensamento, pois tinha certeza que ele não sentia nada além de amizade, só que ela estava sentindo, não sabia o que, mas estava e como continuar negando isso? Como fazia para evitar algo que ela já tinha feito de tudo para evitar? A cabeça dela sabia que o que ela estava sentindo não era certo, mas como explicar isso para o corpo dela que cada vez desejava mais ser tocado por ele.

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Para a tranquilidade da Victoria, hoje ela não teve cena com o César, eles não se viram o dia todo e isso foi um alivio, mas não pensar nele foi impossível, depois daquele café com o recado. Parte do elenco decidiu sair para jantar depois das gravações, quando Pablo foi convida-la, ela perguntou três vezes quem realmente ia, queria ter certeza que César não iria, e em nenhum momento Pablo disse o nome dele, e ainda afirmou que ele não ia, pois teria um compromisso com a família. Victoria aceitou o convite e combinou de ir junto com o Pablo, já que ela não tinha vindo de carro.

A noite todos estavam no estacionamento se combinando de quem ia com quem.

— Victoria vai comigo. — Todos se viraram para olhar o César que ia chegando ao estacionamento.

— Você que manda. — Disse o Pablo.

— Eu já combinei de ir com o Pablo. — Respondeu Victoria.

— Porque você não sabia que eu ia, mas agora vai comigo, sou seu marido e estou mandando. — Ele falou em um tom de voz parecendo o seu personagem Federico Rivero.

— Cristina, acho melhor você ir com o Federico. — Fernando ironizou e todos começaram a rir.

— O casal pode se resolver logo, estou com fome. — Disse Aracely.

— Agora vou falar sério, vem comigo, não quero ir sozinho. — Ele fez uma carinha triste e todos começaram a rir da cena que o César estava fazendo.

— Que ótimo ator é você. — Victoria brincou com ele.

— Um dos melhores, se não aceitar vou fazer mais drama.

— Tudo bem, todos vamos para o mesmo lugar, não faz diferença com quem eu vou. — Victoria entrou no carro dele e todos seguiram rumo ao restaurante.

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Si un mar separa continentes
Cien mares nos separan a los dos.
Si yo pudiera ser valiente
Sabría declararte mi amor
Que en esta canción derrite mi voz
Así es como yo traduzco el corazón.
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— Obrigada pelo café. — Victoria rompeu o silêncio que estava.

— De nada, achei que precisava.

— Realmente precisava, acordei tarde e não deu tempo de tomar.

— Aconteceu alguma coisa?

— Não, apenas fiquei até tarde conversando com a minha irmã. — César lembrou que José Eduardo disse que elas falavam dele.

— Entendo, eu também fiquei até tarde conversando com um amigo.

— E o café te ajudou também?

— Não, o meu problema não se revolve com um simples café. — Ele sorriu, mas o sorriso não tocou seus olhos e ela sorriu de volta.

César estranhou que ela não comentou sobre o papel, mas também decidiu que não iria falar. Ambos ficaram calados, o único som era a musica que tocava na rádio. César ia pensando no que ele estava fazendo, tinha um compromisso com a sua esposa, mas em vez disso estava indo jantar com amigos e tudo porque ele quis impedir que Victoria fosse junto com o Pablo, ele não gostava de vê-los juntos. Era horrível a sensação de saber que Pablo já teve essa mulher que ele tanto desejava. Victoria com a cabeça encostada à janela se lamentava por ter aceitado essa carona, já que a decisão dela era ficar o mais longe possível desse homem.

— Litros de tequila por seus pensamentos. — Victoria olhou para ele e sorriu.

— Proposta tentadora.

— Gosto muito de propostas tentadoras. — Ele a provocou.

— Mas vou ficar sem tequila, por enquanto.

— Que pena! — Ele piscou e ela sentiu seus músculos contraírem, e a boca ficar seca.

— Acho que chegamos. — Para o alívio dela eles chegaram à frente do restaurante, ela saiu rapidamente do carro e nem esperou por ele, seguiu ao encontro dos outros que estavam parados esperando, mas César foi mais rápido e ainda conseguiu alcança-la.

Todos entraram e sentaram em seus lugares, Victoria propositalmente sentou em uma cadeira que tinha entre a Aracely e o Fernando, assim não corria o risco de ter o César ao seu lado, mas ele sentou em uma cadeira que ficava de frente para a dela.

A noite ocorreu muito bem, todos conversaram, riram, brincaram e principalmente beberam, foi tudo muito natural, como qualquer noite entre amigos. Victoria e César apenas algumas vezes trocavam alguns olhares, cada um tentava disfarçar bem o que realmente estava sentindo.

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Me llaman loco, por no ver lo poco que dicen que me das.
Me llaman loco, por rogarle a la luna detrás del cristal.
Me llaman loco, si me equivoco y te nombro sin querer.
Me llaman loco, por dejar tu recuerdo quemarme la piel.
Loco, loco, loco, loco, loco, loco, loco, loco...
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César levou Victoria para casa dela.

— Obrigada! — Ela agradeceu ao chegarem à frente do prédio onde ela mora.

— De nada. Eu que agradeço. — Segurou a mão dela, com o toque ela sentiu um calafrio pelo braço.

— Pelo o que? — Ela perguntou a ele

— Pela companhia, pela noite, por tudo.

— De nada, foi uma noite surpreendentemente agradável. — Ele deu um dos sorrisos mais lindos que ela já viu.

— Surpreendentemente? Com certeza. — Ele disse e ela desengatou o cinto. — Espera! — Victoria esperou enquanto ele saiu do carro e foi em direção a abrir a porta.

— Obrigada. — Ela segurou a mão dele e saiu do carro e César fechou a porta do carro e deu um beijo na mão dela.

— Boa noite, bela morena dos olhos verdes. — Ele disse e a beijou no rosto, se afastou, mas ainda estavam muito próximos, com sua mão ele a acariciou o rosto, deslizou seu polegar pelos lábios dela, Victoria podia sentir a respiração dele. Ele a olhava fixamente, mas a atenção dela foi atraída para a boca dele.

Ela desejava sentir a boca dele na dela. Ele ficava apenas olhando ela, como se tivesse pedindo permissão para o que ele desejava fazer, mas a luz do farol de uma moto, focou certo no rosto do César, fazendo-o fechar os olhos. Victoria respirou fundo e balançou a cabeça para desviar os pensamentos que estavam vagando pela mente dela.

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Pero si yo pudiera darte el beso
Sabrías cómo duele este amor
Y podré invertir el universo
Para quedarnos en la nada tú y yo.
Si acaso te vas sin poderte tocar
Me veo de nuevo dando de qué hablar.
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 “Isso é loucura, eu quero esse homem, estou desejando ser beijada por ele, como se disso dependesse alguma coisa dentro de mim” — Pensou Victoria.

— Obrigada pela carona, você tem que ir embora agora. — Ele se aproximou mais ainda dela, a segurou pela cintura e apertou um pouco.

— O prazer foi todo meu. — Sua voz sexy e grave, ele poderia fazer uma mulher ter um orgasmo só com essa voz.

— Boa noite, César. — Ela tirou a mão dele da cintura dela.

— Boa noite, Victoria. — Ele se afastou e foi para o carro.

Victoria fechou a porta do apartamento encostou-se a ela, não conseguia pensar em nada e ao mesmo tempo pensa em tudo, agora ela tinha certeza que ele também sentia o mesmo que ela...

Victoria continuava com o seu diálogo interno, até ouvir a campainha tocar, que a assustou, como estava perto da porta, rapidamente abriu, ela não conseguiu falar e muito menos pensar, o modo que ele entrou e a agarrou não deixou. Quando ela percebeu já estava imprensada na parede pelo corpo dele, e sua boca sendo atacada pela língua dele com movimentos lascivos. As mãos delas foram para os cabelos dele, que usou para direcionar os movimentos de suas bocas, ele a apertava pela cintura aproximando mais o corpo dela para o dele.

César a devorava, como se tivesse tentando saciar toda a sua sede que sentia dela, mas ele encontrou força de algum lugar e a afastou, ficou olhando para aquela mulher encostada a parede, totalmente sem fôlego.

— Perdão. — Isso foi a única coisa que ele conseguiu dizer e da mesma maneira que entrou, foi embora.

César entrou em seu carro e começou a socar o volante.

"O que você fez, César? O que você fez?" Ele ficou repetindo para ele mesmo. "Que burro! Agora essa mulher vai me odiar, não acredito que a beijei, mas ela é demais encantadora e é doce, muito doce, oh meu Deus, eu quero essa mulher, mesmo com esse cheiro de perigo, mesmo eu não podendo, eu quero ela para mim."

Victoria ainda continuava da mesma maneira, encostada a parede com a mão na boca, tentando entender o que aconteceu, ela pensava em tudo o que aconteceu nesses meses. Ela o desejava mais do que queria, mais do que devia, mas ele é casado, se envolver com ele ia contra tudo o que ela acreditava, jamais ia destruir uma família. E ela estava quase esquecendo que também tinha alguém. Agora mais do que nunca ela tinha que esquecer esse homem, ela sabia disso, que tudo o que ela estava sentindo era proibido, quase impossível. Victoria sentou no chão e começou a sentir as lágrimas escorrendo pelo seu rosto.