Fanfic: REGRAS DE COMPROMISSO (adaptada) AyA - [ Finalizada ] | Tema: Ponny, hot

E bem no fundo, escondida atrás de restos esfarrapados de seu ursinho de infância, havia uma bolsinha preta de camurça, uma caixa de papelão ondulado e um pote de cerâmica em forma de poodle articulado.

Puxou os três itens e os abriu. Dentro deles encontrou três anéis.

Três anéis de noivado.

Vê-los juntos, em fila, fez com que suas mãos começassem a tremer. Seu rosto ficou rosado e quente, enquanto sua respiração, repentinamente difícil.

Deslizou para o chão, esgotada.

Ela tentou devolvê-los, realmente tentou. Mas todos os três foram devolvidos. Parecia que ela possuía o dom de encontrar homens bons. Não a odiavam por mais que ela tentasse magoá-los. Ou talvez a odiassem tanto que não queriam ver os anéis nunca mais.

Cobriu o rosto com as mãos.

Naquela noite, com algum filme antigo em preto e branco passando ao fundo sem ser visto, ela pintou as unhas dos pés de roxo escuro.

E se perguntou o que Maite poderia dizer sobre isso. Provavelmente algo como “Anahi, meu amor, acho que uma tempestade está chegando”.

— Eu estraguei tudo. — desabafou Anahi.

— O que você fez desta vez? — perguntou Maite, depois de recuperar o fôlego em meio à caminhada pesada que faziam.

— Alfonso.

— Diga-me que você não dispensou aquele homem!

— Por Deus, não!

Há dias ela não sabia dele. Nenhum e-mail, nenhuma mensagem, apenas vazio, dor e tristeza. E uma urticária que a fazia se coçar inteira. Uma caminhada vigorosa não estava fazendo nada para ajudar a queimar a energia acumulada. Anahi caiu sobre o caminho de grama à margem do rio e olhou para o céu.

Quando Maite caiu a seu lado com um grunhido, Anahi disse:

— Pensei que ele gostasse de mim — As palavras pareciam ter sido arrancadas dela por um alicate industrial.

— Hum — disse Maite, sucintamente. — E você gostava dele em retribuição. Sim, eu vejo o problema.

— Maite — disse ela, com a voz rouca.

— Isso é sério. Eu estou... acho que poderia...

E então, seu telefone tocou, vibrando contra seu quadril. Levantou-se da grama e puxou sorrateiramente o telefone da capa.

Era ele.

O rosto maravilhoso de Alfonso sorria para ela da fotografia que tinha tirado dele quando ele lhe deu seu número particular várias semanas antes.

Anahi atendeu e pressionou o telefone e a fotografia dele bem forte contra o ouvido.

— Alfonso — disse ela com um suspiro. — Oi!

— Na minha casa — disse ele simplesmente, com a voz rouca, como se também tivesse sentido cada minuto que estiveram separados. — Hoje à noite, às 21h.

A pele dela se aqueceu como se o sol tivesse brilhado através de uma nuvem apenas para seu benefício. Concordou e depois se deu conta de que ele não conseguiria vê-la.

— Vou estar lá.

Ela olhou para a tela em branco. A urgência no tom de voz dele era inconfundível.

Alfonso ainda a queria. Assim como ela o queria. O que era algo e tanto. O conhecimento trazia poder. O que quer que o tivesse enviado para sua caverna, não conseguiu mantê-lo longe dela, mesmo que ele tivesse tentado. Então, a tosse de Maite a lembrou que não estava sozinha com seus pensamentos excitados.

Maite ergueu uma sobrancelha.

— Planos? Planos desavergonhados?

Anahi deu um empurrão na amiga antes criar asas nos pés e sair voando dali.

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