Fanfic: REGRAS DE COMPROMISSO (adaptada) AyA - [ Finalizada ] | Tema: Ponny, hot

— Maite, eu imploro que você seja mais circunspecta.

— Sobre o quê?

— Falando sobre mim, assuntos privados, enquanto estou trabalhando na frente de Alfonso.

— Você quer dizer sobre você ter ficado noiva três vezes.

Anahi fez que sim, sem olhar para a amiga.

— Nossa, Anny, não consigo acreditar que ainda não lhe contou!

— N-Não é nada de mais. Eu não disse que beijei Kyle Manning atrás do laboratório de ciências no quinto ano também. Ou que fiquei me esfregando no acampamento da escola com um menino cujo nome há muitos anos não lembro. Ou que eu, uma mulher adulta, tive uma paixão pelo Zac Efron durante todo o fenômeno High School Music.

— Não estamos falando de uma paixão ou duas. Estou falando de Rodrigo, de Aron e... daquele com covinhas e o labrador chocolate.

Manuel, Anahi pensou, fiquei noiva dele por dois dias depois de sairmos por um mês. Não é de se estranhar que minha melhor amiga não consiga lembrar o nome do pobre homem. Ele afastou a lembrança.

— É complicado.

— Não. — disse rispidamente Maite, balançando a cabeça na visão periférica de Anahi. — Não é mesmo.

— Podemos parar com isso? — perguntou Anahi, enquanto seu pescoço ficava mais quente e partes de sua pele começavam a coçar.

— Não. Não acho que devemos. Do meu ponto de vista, se você e Alfonso são exclusivos, então ele merece saber.

Anahi sentiu uma necessidade e colocar seus dedos nos ouvidos e gritar “lalalalala”.

— Então você não é exclusiva — disse Maite.

— Não... exatamente.

— Então o que vocês são um para o outro? Como você o descreveu aqui hoje para alguém que tenha perguntado? E se o velho Crispin quisesse saber? Ele é seu namorado? Seu amigo? Seu amante eventual?

— Maite...

— Pois é o seguinte, Anny, se você estiver com ele para sexo casual, por que tem medo de contar a verdade? — Maite segurou suas duas mãos, forçando-a a olhar nos seus olhos. — Ele não é o tipo de modelo que você troca quando a garantia acaba. Alfonso Herrera é um homem para se manter. Em qualquer planeta. E até onde alguém com dois olhos e um pouco de inteligência pode ver, ele adora você até a pontinha dos seus dedos dos pés de unhas pintadas. Se você o quer, ele é seu.

Anahi gostaria que houvesse uma cadeira por perto. Se ela não pusesse a cabeça entre os joelhos logo, iria desmaiar.

Maite estava certa, certíssima. Alfonso não era o prêmio de consolação de ninguém, o sexo casual de ninguém. Ele deixava uma impressão muito duradoura para ser considerado alguma coisa tão sem substância. Na verdade, ela se sentia bastante podre por dentro por alguma vez ter permitido a si mesma fingir que havia acreditado nisso sobre ele. Alfonso Herrera era bonito, brilhante e feito para durar. O único problema: ela não era. Ela tentara, tentara mesmo. Tinha os anéis de noivado para provar. Mas quando se tratava do momento crítico, ela desabava. A ideia de se comprometer com uma pessoa, prometer amá-la para o resto dos tempos, sabendo que tudo isso poderia ser levado embora num piscar de olhos, dava a Anahi ataques de pânico.

— Preciso... de mais tempo.

— Para quê? Para terminar? Para perder a intensidade? Para perceber o que qualquer um que olha para vocês consegue ver em um instante, que vocês juntos são fantásticos?

— Não sei.

— Oh, querida. Saiba que eu estou apenas zelando por seu bem-estar. E que, se eu não der um tapa educado na sua cabeça quando acho que você precisa, não me intitularia sua melhor amiga. Está bem?

Anahi fez que sim com a cabeça.

— Vou dar uma volta. Encontrar um milionário solitário para mim. — Maite a beijou. — Pense no que eu falei, Anahi, certo?

Anahi esfregou o rosto, sabendo que o batom vermelho de Maite havia deixado uma marca, e, com a cabeça erguida, ela colocou um sorriso no rosto e voltou ao trabalho, sabendo que as marcas internas que a conversa havia deixado nela levariam muito mais tempo para desaparecer.