Fanfic: REGRAS DE COMPROMISSO (adaptada) AyA - [ Finalizada ] | Tema: Ponny, hot

Sozinho pela primeira vez naquela noite, Alfonso olhou em volta até encontrar Anahi e observá-la de novo. E de novo. Seu vestido de noite verde sem alças tinha um brilho que refletia a luz. Seus olhos pintados. Seu cabelo sedoso. Depois do fim de semana na casa de sua família, ele tomara a decisão de esfriar as coisas com Anahi.

Mas não havia compreendido a extensão do impacto que ela causara nele até que sentira falta dela. Anahi tinha encontrado um caminho por debaixo da pele dele, ido fundo até os ossos. Ela enroscara-se em seus desejos mais profundos, mas só porque ele havia permitido. Fora algo assustador deixá-la chegar tão perto. Ele considerara virtualmente impossível confiar muito em qualquer coisa depois de seus pais terem lhe provado que qualquer um tinha o poder de feri-lo.

Porém, quanto mais ele a conhecia, mas tinha certeza de que Anahi era diferente.

O que você via era o que teria. E o que ele tinha era uma mulher aberta, honesta, frágil, engraçada, sexy e impertinente, que o fazia sentir-se... Quantas noites mais ele queria com esta mulher? Queria todas as noites possíveis com ela.

Quando Anahi se despediu com beijinhos do último convidado, ela pôde sentir Alfonso esperando por ela. Olhou em volta até encontrá-lo encostado no bar. Sentiu seu olhar e franziu o cenho rapidamente como um pedido de desculpas. Ele assentiu. O movimento normalmente não tinha nada demais, mas este era diferente. Era sério, intenso. Realmente deixou-a toda arrepiada. Tudo o que ela conseguiu entender foi que ele deve ter ficado remoendo a conversa que tiveram perto do trailer da cartomante a noite toda, pensando sobre os fantasmas do passado dos outros namorados. Ela com certeza pensara. Não conseguia pensar em outra coisa, a não ser neles sussurrando: conte. Ele é um bom homem. Merece saber com que tipo de mulher está envolvido.

Anahi desviou o olhar e franziu o cenho olhando para os sapatos. Ela queria bater em Maite. Queria mesmo. Se maite já não fora embora com um dos milionários nerds de tecnologia, Anahi teria encontrado um jeito de chacoalhar sua amiga até que seus dentes rangessem.

— Tudo bem? — A voz profunda, grave e linda de Alfonso ecoou no ouvido de Anahi.

Ela piscou e percebeu que todos os convidados haviam saído. A lona estava completamente vazia.

— Sim, não. Tudo bem — Anahi balançou a cabeça, sem saber a resposta. Só sabia que sentia uma repentina necessidade desesperada de ar fresco. Ar que não cheirasse tão deliciosamente a roupa lavada, algodão fresco e sabonete. A Alfonso.

— Pronta? — Alfonso pôs a mão em sua cintura e, desta vez, ela estremeceu.

— Ainda não. — disse ela, sua voz tensa. — Tenho que repassar pela última vez para garantir que ninguém precisa de alguma coisa. Mas está tarde. Pode ir. Eu ficarei bem. Ligo para você amanhã. Ou, mais tardar, na semana que vem, pois vou estar atolada de trabalho. Está bem?

Isso era bobagem. Uma desculpa esfarrapada para postergar a conversa inevitável sobre quem ela era e que, Anahi sabia, precisava acontecer. E também sobre o que ela fizera. Em algum momento. Logo. Semanas atrás. De repente, sentiu-se física e mentalmente exausta, tão tonta que mal conseguia ver direito. Seus joelhos cederam com seu peso e ela desequilibrou-se. Naturalmente, Alfonso segurou-a. Ele era esse tipo de homem.

— Você está em frangalhos. Vou levá-la para casa.

— Conquistador — balbuciou ela.

Ele riu e balançou a cabeça, os olhos dele finalmente se conectando com os dela.

— O que eu fiz na vida para merecer você, Anahi Portilla?

Seguiram abraçados pelo caminho até o estacionamento. Anahi queria que ele fosse embora. Queria que ficasse. Queria... Queria...

Alfonso estendeu a mão e acariciou o rosto dela. Gentilmente colocou uma mecha de cabelo atrás de sua orelha. Apoiou sua mão grande, protetora e quente no pescoço dela e se inclinou para beijá-la.

Tempo, espaço e ir mais devagar passaram por sua mente por uma fração de segundo antes de seus lábios encontrarem-se com os dele no mais gentil dos contatos. Então, apenas com isso, ela perdeu a luta. Puxou-o para perto e beijou-o com força.

Como se uma represa houvesse se quebrado dentro de Alfonso, seu beijo tornou-se brutal, abastecido por uma avalanche de ânsia do tipo que Anahi nunca antes conhecera. Medo, confusão e lógica foram pulverizados debaixo das forças conjuntas de seus desejos e em seu lugar surgiu uma excitação feroz que nenhuma pessoa poderia esperar sentir. Só quando a buzina de um carro de bêbados risonhos que passava tocou várias vezes é que eles se afastaram, ofegantes.

Ela apoiou a testa no peito duro de Alfonso, suas mãos trêmulas na cintura dele. Ele se sentiu tão pesado contra ela, como se precisasse da força dela para manter-se de pé. Depois de um longo tempo, Alfonso passou um dedo por baixo do queixo dela e ergueu seu rosto para que ela o olhasse nos olhos e, ainda que a lua houvesse se escondido atrás das nuvens fofas que passavam no céu, ela podia ver cada nuance de seu olhar.

E como a viciada que claramente era, e seria até o fim dos seus dias desgraçados, Anahi ficou lá e aproveitou ansiosamente até o fim.

— Anahi... — começou ele.

Ela colocou um dedo nos lábios dele e disse:

— Leve-me para casa.

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Byeeeeeeeeee. 
Beijos.

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