Fanfic: REGRAS DE COMPROMISSO (adaptada) AyA - [ Finalizada ] | Tema: Ponny, hot

— Coloque você e minha mãe em uma sala juntos e você encontra um milhão de razões pelas quais eu não deveria ganhar o prêmio de melhor pessoa do ano. Mas dê um tempo. Eu estou apenas tentando viver neste mundo com os parcos recursos emocionais que me foram dados. Como todo mundo, como você.

Isso era suficiente. Ele não queria ouvir isso. Não queria uma discussão. Não queria um consenso. Enganara-o uma vez, culpa dela. Caso fosse enganado pela segunda vez, ele não conseguiria se olhar nos olhos de novo.

Ele ficou de pé, pegou um pulôver e um jeans de cima do sofá no canto de seu quarto e os vestiu com o corpo ainda molhado.

— Alfonso, espere. Não faça isso. Converse comigo, por favor. Pergunte- me o que quiser. Vou contar a mais pura verdade.

— Qualquer coisa? Diga como você se sente com relação a mim.

— Eu quero você, Alfonso. Você sabe que quero — disse ela e, por um breve momento de cegueira, ele acreditou nela. Até que o rosto dela lentamente perdeu toda a cor, e Anahi concluiu: — Só não posso prometer que vou querer você para sempre.

Anahi olhou para a caixa do anel que tinha voltado para a sua mão. De alguma maneira, as coisas malditas voltavam como bumerangues. Ela estendeu a caixa para ele, a mão tremendo como se o recipiente pequeno pesasse uma tonelada.

Alfonso encarou a caixa de anel como se fosse uma bomba com o pavio aceso, antes de seus olhos voltarem a encontrar os dela, escuros, frios, vazios. E nesse instante, ela sabia que não havia mais o que fazer. Não dava para voltar a ser como era antes. Nada mais de fazer as regras conforme as coisas acontecessem. Anahi esperou que o alívio tomasse conta de si, mas isso não aconteceu. Talvez tudo fosse muito cru, muito repentino, muito cedo. Mais do que muito cedo...

— Alfonso...

Mas ele não queria ouvi-la. Ele saiu feito um furacão do quarto, pegou as chaves de onde elas haviam sido jogadas com pressa na noite passada e foi até a porta da frente.

Anahi o seguiu com os pés entorpecidos. Na verdade, todo o seu corpo estava entorpecido, como se tivesse sido feito de gelo.

Alfonso parou. Seu corpo praticamente vibrando com o esforço. Quando ele se virou, seus olhos escuros estavam negros como carvão.

— Volto em uma hora. Quando eu estiver de volta, quero que você tenha ido embora.

E com isso ele partiu. Do apartamento. Da vida dela.

Enquanto Anahi tentava dizer a si mesma que ela fizera a coisa certa, que ela conseguira a força de vontade para fazer a coisa certa, no momento certo, não se sentiu mudada, ou adulta, ou vingada por ter quebrado o padrão de sua vida inteira. Sentiu-se vazia, sozinha, perdida. Como se a implosão do relacionamento fosse uma espécie de supernova, obliterando suas emoções até que elas fossem nada mais que pedacinhos decpoeira espacial flutuando no vácuo.

Anahi se perguntou se o modo como se sentia agora era de certa maneira parecido com o que os outros sentiram quando ela fora embora. Se era, então ela merecia cada pedacinho desse sentimento.

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Aaaaaai </3 
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