"Ouça-me, Ellie. Você está em perigo. Em perigo mortal,” ele enuncia cada palavra claramente, então eu não tenho nenhuma dúvida do sentido de seu discurso. "Isso não é para ser tomado de ânimo leve. Assim, muitos estão atrás de você! Precisamos levá-la para um lugar seguro até que possamos determinar o que pode ser feito. Nossa casa não é mais segura, embora possa fornecer uma quantidade limitada de proteção. Agora que eles já sabem que você completou a idade, eles vão encontrá-la!"
"Você está me dizendo isso agora? Quem está me procurando? Quemirá me encontrar? "
"The Fallen Angels, os caçadores de recompensas, os Darklings... Quem quer um pedaço do céu, quem pode lucrar com isso, vai vir atrás de você! "
"Por que eles me querem? Eu não tenho nada. Menos do que nada..."
"Você tem sua alma. Uma alma de valor inestimável, uma alma que pode ser uma chave para o céu. Isso não é apenas nada! Há pessoas que são seus servos, pessoas que venderiam suas almas por um pacote de cigarros. Sabe as extensões a que eles iriam se soubessem o quão valiosa você é? " Meu tio responde com firmeza.
"Eu não quero viver fugindo! Eu tenho um emprego. Um grande emprego! Estou indo hoje à noite!” Eu respondo.
"Eles tentaram levá-la não mais do que meia hora atrás, Ellie!" Meu tio me repreende com raiva.
"E de alguma forma eu consegui impedi-lo, ele, ela, o que quer que fosse!” Eu respondo com igual fervor.
"Foi só Phlegethon! Seus poderes são limitados na superfície da terra, mas fortes o suficiente para quase rasgar a alma de Anthony! É apenas um servo de um seus inimigos!" Meu tio diz asperamente. Eu chego para abrir a porta da frente da casa. A mão de meu tio chega para mantê-la no lugar.
"Você conhece Anthony? O meu trabalho é algo que vocês todos cozinharam?"
Pergunto desapontada.
"Eu só o conheci quando nós viemos para salvá-la. Mas eu sei o que ele é. Não há muitos de sua espécie. Ellie, por favor, eu estou te implorando. Não vá! Precisamos protegê-la! "
"Posso assegurar-lhe, senhor, a Srta. Duncan estará bem protegida!" Interrompe Anthony. Meu tio vira a cabeça para Anthony como se ele estivesse apenas agora percebendo sua presença.
"Como você não conseguiu protegê-la? E se a gente não chegar a tempo?” Diz ele ameaçadoramente, fazendo Anthony estremecer.
"É a minha escolha! Minha vida!"
"Sua vida NÃO é sua!" Meu tio grita para mim e minha mão recua da porta. Teria sido melhor se ele simplesmente me batesse.
"Eu sempre vivi a minha vida como todo mundo nessa casa me disse para viver. Eu fui para a escola que você escolheu. Eu fiz amizade com pessoas que você considerou dignas. Fui ao psiquiatra que Sarah me fez ir mesmo que ela não tenha sido minha mãe um único dia, para não mencionar que me culpava por existir! A única pessoa que não me faz sentir que eu sou um fardo é Stella, e ela é a babá. Então, eu estou lhe perguntando, tio, que vida é essa que eu estou vivendo? " Eu sussurro.
"É toda sua, baby!” Diz Stella, seu olhar atirando punhais no meu tio. "Vá empacotar."
"Stella! Eu tenho um juramento! Você tem um juramento! Ela precisa ser protegida! "
"Eu pretendo manter o meu juramento! Deixe-a viver, Gabriel! Deixe-a ter uma chance na vida! " Vomita Stella quando ela me empurra para dentro da casa.
"Eu tenho um dever! Nós dois temos,” diz meu tio, e Stella se vira em seus calcanhares para falar com meu tio e ordena a Anthony:
"Não fique aí parado, Anthony, guarde a porta dela enquanto eu dou uma palavra com Gabriel,” diz ela, e Anthony me segue lá em cima. Eu subo as escadas em caracol, dois degraus de cada vez, ansiosa para sair da casa. Eu rapidamente faço um inventário mental dos itens que eu quero levar comigo: duas malas devem ser suficientes. Quando eu chego a minha porta, Anthony interrompe: "Eu vou esperar por você aqui, senhora, para lhe dar privacidade,” diz ele, e eu aceno com a cabeça, enquanto eu fecho minha porta. Devo ter deixado a porta da varanda aberta; meu quarto parece frio, mas eu não me importo. Eu vou para o meu armário de imediato, e baixo as malas que eu vou levar para a viagem. Eu rapidamente recolho as roupas que eu quero usar, e as dobro, enquanto eu as coloco nas malas. Eu deveria tomar um banho rápido. Meu vestido preto está poeirento por eu ter sido colocada no chão. Eu rapidamente me encaminho para o banheiro e ligo o chuveiro quente. Eu escolho minhas roupas para vestir e preparo os meus cosméticos e sacola de itens pessoais. Quando o vapor começa a cobrir as paredes do chuveiro, eu arranco o meu vestido e minhas roupas de baixo e rapidamente entro no chuveiro. Eu quero me limpar e sair rapidamente, mas a água quente relaxa os músculos e me livra da dor que eu não sabia que eu tinha. Eu finalmente levo meu tempo debaixo da água quente.
Quando eu termino de lavar meu cabelo e corpo, eu saio do chuveiro, e enrolo uma toalha de banho ao redor do meu corpo, e outra como um turbante no meu cabelo. Depois de me secar, eu rapidamente coloco meu sutiã preto e calcinha tipo shorts. Eu coloco as calças de brim Hugger e uma vistosa blusa sem mangas preta. Meu cabelo entra em um rabo de cavalo, e eu finalmente coloco minhas meias e tênis. Tomando minha bolsa de cosméticos, eu me encaminho para o meu quarto, e estaco de repente. Sarah está de pé no meio do cômodo, esperando por mim. Por que Anthony a deixaria entrar? Ou ela estava no meu quarto o tempo todo, escondendo-se na varanda, talvez? Ao vê-la olhando para mim, sem pestanejar, o meu passo vacila.
"Indo para algum lugar?” Ela pergunta com indiferença.
"Sim. Eu tenho um emprego. Vou me mudar,” eu respondo enquanto eu avanço para a minha cama para colocar o último item e fechar as malas. Eu verifico o meu relógio. Eu estive no meu quarto por 37 minutos!
"Eu entendo... Você acha que é sábio para você deixar... ” diz ela com indiferença franzindo os lábios, “... sem completar o seu tratamento com o Dr. Newman?” ela pergunta, arqueando as sobrancelhas perfeitamente depiladas.
"Eu não gosto dele, e ele com certeza não gosta de mim. É melhor eu não utilizar os seus serviços,” eu respondo olhando para ela incisivamente. Ouço ruídos abafados abaixo. Eu ando em direção à porta para ver o que está acontecendo.
"Pare!" Sarah grita bem alto, a fúria emanando de seu corpo, seus olhos parecendo vidrados.
"Tive um longo dia, Sarah. Podemos discutir isso outra hora?" Pergunto para acalmá-la.
Ela dá um passo adiante em relação a mim, me congelando no lugar com o olhar. "Você acha que esta oportunidade irá ocorrer outra vez?” Diz ela com um sorriso zombeteiro.
"Você tem sido uma menina perturbada, anormal, esquisita desde o nascimento,” ela afirma como se ela estivesse explicando um fato simples a um idiota. "Você sabe o que você fez quando você nasceu?” Ela me pergunta retoricamente. Sem esperar pela minha resposta, ela continua, enquanto ela lentamente anda em minha direção. "Podem pensar que eu não me lembro, porque me colocaram para dormir. Mas eu acordei, eu estava coerente o suficiente. Eu vi tudo!” Ela diz com uma voz grave gutural. "Eles a limparam e tentaram dá-la para mim quando me viram meio coerente, e você gritou como se eu fosse o diabo! Mas no segundo que a p*ta da sua babá entrou no quarto, você sorriu para ela! Você, um bebê recém-nascido, estendeu os braços para ela! Eu vi isso! Você estendeu os braços para ela! E quando ela a segurou firmemente como se você pertencesse a ela, você falou! Que tipo de bebê fala? Apenas um anormal,” ela vomita.
"Eu falei?" Pergunto incrédula. "Diga, mamãe,” eu digo sarcasticamente: "O que um recém-nascido falaria? Eu sei que você me odeia, mas eu não posso acreditar que o seu ódio se estenderia para inventar uma m*rda assim!" Eu grito para ela.
"Você disse uma palavra... uma única palavra, `Alexander`. Eu nunca somei dois mais dois até seus sonhos bizarros começarem. Você é uma abominação! Você não me pertence, e eu sei exatamente como consertar o meu erro!” Ela diz e se move para trás de mim, me pega em uma ‘choke-hold’ (N.T. gravata) e aponta uma faca estranha para a minha garganta.
"O que você está fazendo?" Eu grito.
"Esperando para você ser recolhida! Não se atreva a se mover, ou eu juro por Deus que vou abrir sua garganta, como um cordeiro sacrificial,” ela grita enquanto seu braço direito me segura apertado e a ponta da faca escava bem na minha jugular. Eu posso sentir a respiração de Sarah no meu pescoço. Eu tento lutar, e ela se inclina em minha orelha e sussurra: "Se você deseja ser descuidada com sua vida, tentando escapar de mim, por favor, só vai me fazer mais feliz e eu não hesitarei em mandá-la de volta para o inferno de onde você veio!"
Meus olhos lentamente percorrem o braço em volta do meu pescoço e quando eu olho para baixo, para a faca, eu vagamente percebo uma pequena sombra opaca de um gládio de prata, com entalhes sobre ele. (N.T. gládio era a espada utilizada pelas legiões romanas. Era uma espada curta, de dois gumes, de mais ou menos 60 cm, mais larga na extremidade. Era muito mais uma arma de perfuração do que de corte, ou seja, devia ser utilizada como um punhal, ou uma adaga) De onde ela tirou isso? Eu a sinto se mexer atrás de mim, e ela move o braço esquerdo pressionando alguma coisa. Lágrimas picam atrás dos meus olhos. Esta é a mulher que deu à luz a mim! Meu coração se despedaça mais. Como pode a própria mãe odiar seu filho? Eu tremo em seu aperto, e não de medo de morrer, mas de ódio de todas as suas palavras, roubando minha força, fazendo-me sentir inútil. Minhas lágrimas silenciosas me traem e escorrem em um fluxo constante, através de minhas bochechas, em seu braço.
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beijocas