Fanfic: O herdeiro do olimpo. | Tema: Percy Jackson.

Bem, minha situação não era nada favorável, afinal, eu estava cercado por assassinos de um olho só, e pra piorar, era como se apenas eu os notasse, eles passavam despercebidos pelos outros alunos, aquilo me deixava irritado, e me fazia pensar na possibilidade de eu estar louco cada vez mais. Tudo bem, eu estava assustado, tentei esconder ao máximo, mas excedi meu limite, meu corpo estava trêmulo por inteiro, o senso comum que eu antes tinha, havia sumido completamente, a tentação de me levantar e sair em disparada até a porta do ônibus era tamanha, que eu quase o fiz.

- Certo, grandalhão. - o tom amendrotado não abandonara minha voz. - Não podemos chegar a um acordo, cara?

Ele sequer respondeu com um gesto corporal, apenas me fitava com uma expressão sombria, como se não ligasse para todos os que estavão no local. Ele estava prestes a babar. Qualquer pessoa dentro de si iria notar que os grandalhões eram falhos na inteligência, enganar um deles deveria ser fácil, ou não. Eu tinha esperança no elemento surpresa, e por sorte, eu conhecia o local por onde o ônibus estava passando.

- Não quer me responder, então? - perguntei, um tanto mais calmo que da última vez. - Você tem azar.

Sorri ironicamente, me virando de costas para o grande garoto. Quando o ônibus fez a curva mais fechada do bairro, impulssionei os meus pés contra a janela, empurrando-o para fora do banco com as costas. E lá estavamos nós, o centro das atenções, dois garotos rolando enquanto o auto-móvel reduzia sua velocidade. "Droga, ninguém vai fazer nada?" pensei, tentando me erguer. Pude notar um objeto achatado deslizando em minha direção, era prateado, brilhava conforme o sol ilumiva-o.

- Uma faca? Não, é muito bem trabalhada pra ser uma. - me segurei ao pé de um banco, enquanto o grandalhão rolou até se chocar contra o final do carro. Pude o escutar urrando de dor, todos estavam olhando para nos dois. - Droga ... isso é sério? Uma faca bonita?

O motorista freiou o veículo bruscamente, fazendo com que o rapaz de um olho só, ao levantar, caísse de novo. "Mate-o, herói!" gritou o motorista, puxando minha atenção. Eu não sabia o que fazer, e perante a situação, segui as palavras do motorista.

Levantei brutalmente, me lançando em direção a criatura, a faca fincou no seu braço, dissipando-o em pó. Gotas de suor escorriam da minha testa, não fui capaz de ouvir mais nada, apenas. "Chamem a polícia, ele o matou."