Fanfics Brasil - Capítulo 10. O Segredo de Anahí Portilla – AyA

Fanfic: O Segredo de Anahí Portilla – AyA | Tema: Anahí e Alfonso – AyA – Ponny


Capítulo: Capítulo 10.

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Estou com vontade de vomitar. Acho que vou vomitar. Ah meu Deus.
Certo. Está... está meio que... voltando ao normal.


– Senhoras e senhores – vem uma voz pelo auto-falante, e a cabeça de todo mundo se levanta bruscamente. – Aqui fala o capitão.


Meu coração está dando cambalhotas. Não consigo ouvir. Não consigo pensar.


– Estamos enfrentando um pouco de turbulência, e as coisas podem ficar agitadas durante algum tempo. Liguei os avisos para apertar os cintos e gostaria que todos voltassem aos seus lugares o mais rápido poss...


Há outro repelão enorme, e a voz dele é abafada por gritos em todo o avião.


É como um pesadelo. Um pesadelo de montanha-russa.


Os tripulantes estão se sentando e prendendo os cintos. Uma das aeromoças está enxugando sangue no rosto. Há um minuto elas estavam todas felizes distribuindo amendoim doce.


É isso que acontece com outras pessoas em outros aviões. Pessoas nos vídeos sobre segurança. Não comigo.


– Por favor, fiquem calmos – insiste o capitão. – Assim que tivermos mais informações...


Ficar calma? Eu não consigo respirar, quanto mais ficar calma. O que nós vamos fazer?


Temos de ficar aqui sentados enquanto o avião corcoveia feito um cavalo descontrolado?


Ouço alguém atrás de mim recitando “Ave Maria cheia de graça...” e um novo pânico de causar engasgo me domina. Tem gente rezando. É sério.


A gente vai morrer.


A gente vai morrer.


– O que foi? – O americano dos olhos verdes, ao lado olha para mim, com o rosto tenso e branco.


Eu falei aquilo em voz alta?


– A gente vai morrer.


Encaro o rosto dele. Talvez esta seja a última pessoa que eu verei ainda viva. Observo as perfeitas feições em volta dos olhos verdes; o queixo forte, sombreado pela barba crescida.


De repente o avião cai de novo, e eu dou um grito involuntário.


– Não acho que a gente vá morrer – afirma ele. Mas também está agarrando os braços da poltrona. – Eles disseram que era só turbulência...


– Claro que disseram! – Posso ouvir a histeria na minha voz. – Eles não diriam exatamente: “Certo, pessoal, é isso aí, vocês todos vão pro beleléu!” – O avião dá outro salto aterrorizantes e eu me pego agarrando a mão do sujeito, em pânico. – A gente não vai sobreviver. Sei que não. É isso. Estou com 25 anos, pelo amor de Deus. Não estou pronta. Não realizei nada. Não tive filhos. Nunca salvei uma vida... – Meu olhar cai aleatoriamente na matéria sobre “30 coisas para fazer antes de fazer 30 anos”. – Eu ainda não escalei uma montanha, não fiz tatuagens, eu nem sei se tenho um ponto G...


– Perdão? – diz o homem, parecendo pasmo, mas eu mal escuto.


– Minha carreira é uma piada completa. Eu não sou uma alta executiva. – Aponto meio lacrimosa para o meu tailleur. – Eu não tenho uma equipe! Sou apenas uma assistente de merda e acabei de ter minha primeira reunião importante, e foi um desastre completo. Não entendo quase nada do que as pessoas estão falando, não sei o que significa logística, nunca vou ser promovida, devo quatro mil pratas ao meu pai e nunca me apaixonei de verdade...


Paro de repente, com um tremor.


– Desculpe – falo, e solto o ar com força. – Você não quer ouvir essas coisas.


– Está tudo bem – responde o sujeito.


Meu Deus. Eu estou pirando de vez.


E, de qualquer modo, o que eu acabo de dizer não é verdade. Porque estou apaixonada por Rodrigo. Deve ser a altitude ou alguma coisa confundindo minha mente.


Ruborizada, tiro o cabelo do rosto e tento me controlar. Certo, vamos tentar ir em frente de novo. Trezentos e cinqüenta e... seis. Trezentos e...


Ah meu Deus. Ah meu Deus. Não. Por favor. O avião está pulando de novo. Estamos mergulhando.


– Eu nunca fiz nada para orgulhar meus pais. – As palavras se derramam da minha boca antes que eu possa impedir. – Nunca.


– Tenho certeza de que não é verdade – responde o homem, com gentileza.


– É sim. Talvez eles tivessem orgulho de mim antigamente. Mas aí minha prima Kerry veio morar conosco e de repente meus pais não agüentavam mais me ver. Só conseguiam olhar para ela. Kerry estava com 14 anos quando chegou, e eu tinha 10, e achei que ia ser superlegal, sabe. Tipo ter uma irmã mais velha. Mas não foi...
Não consigo para de falar. Simplesmente não consigo.


Toda vez que o avião treme ou dá um pulo outra torrente de palavras sai aleatoriamente da minha boca, como água jorrando numa cachoeira.


É falar ou gritar.


– ...ela era campeã de natação e de tudo, e eu só era... nada, em comparação...


“...curso de fotografia, e eu achei mesmo que ia mudar minha vida...”


“... 56 quilos, e achei mesmo que ia fazer dieta...”


“Me candidatei a todos os empregos do mundo. Estava tão desesperada que me candidatei até...”


“...garota horrorosa chamada Angelique. Chegou uma mesa nova um dia desses, e ela simplesmente pegou, mesmo sabendo que a minha mesa é um negociozinho ridículo e minúsculo...”


“...às vezes eu molho aquela planta dela com suco de laranja, para ela ver o que é bom...”


“...um doce de garota, a Estefânia, do departamento pessoal. A gente tem um código secreto. Ela vem e diz: ‘Posso ‘checar uns números com você, Any?’ E na verdade significa: ‘Vamos dar um pulo no Starbucks...’”


“...presentes medonhos, e eu tenho de fingir que gosto deles...”


“...o café no trabalho é a coisa mais nojenta que alguém já bebeu, um veneno absoluto...”


“...coloquei no meu currículo ‘Nota A na prova de matemática do GCSE’, mas na verdade só tirei C. Sei que foi desonesto. Sei que não deveria ter feito isso, mas eu queria tanto conseguir o emprego...”


O que aconteceu comigo? Normalmente há uma espécie de filtro que me impede de falar tudo em que estou pensando; que me mantém controlada.


Mas o filtro parou de funcionar. Tudo está se empilhando num jorro enorme e aleatório, e não consigo parar.


 


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lais sankari: Sim, eles estão caindo! Mas agora que a Any começou a falar as coisas  que vai ficar interessante, postado, beijos <3



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Autor(a): Barbie

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– Às vezes acho que acredito em Deus, porque senão, de onde foi que nós viemos? Mas então penso: é, mas e a guerra e as outras coisas... “...uso calcinhas fio-dental porque não marcam. Mas é tão desconfortável...” “...tamanho 38, e eu não sabia o que fazer, por isso falei: ‘ ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 90



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  • hittenyy Postado em 14/03/2016 - 22:41:43

    cnt logo amando ja nao gostei desse katty e nem da angelique sao muito atiradas pless

  • maryangel Postado em 08/07/2015 - 21:20:47

    KKKKKKKKKKKKK Any tentando impressionar o Poncho não da certo. Continuaa

  • maryangel Postado em 23/06/2015 - 16:29:00

    Angelique vaca, Kerry prima vaca, chefe chato. KKKkkkkkkk geral sendo super natural. Maquina de café novo que concidencia hein kkkkkkkkk. Ai por que a Any não terminar logo com o Rodrigo? Ela não gosta tanto dele. Continuaaa

  • maryangel Postado em 10/06/2015 - 16:41:08

    kkkkkkkk tadinha da Any, toda pensando que ia ser promoviida, ele devia saber que nem tudo o que parece na propaganda é verdade né. Que bom que não abandonou, ainda quero rir muito das encrencas que a Any se mete com essas mentiras compulsivas kkkk.Continuaa

  • maryangel Postado em 10/06/2015 - 16:41:02

    kkkkkkkk tadinha da Any, toda pensando que ia ser promoviida, ele devia saber que nem tudo o que parece na propaganda é verdade né. Que bom que não abandonou, ainda quero rir muito das encrecas que a Any se mete com essas mentiras compulsivas kkkk.Continuaa

  • maryangel Postado em 09/06/2015 - 22:10:54

    UHUUUU APARECEU, pensei que ia abandonar. KKKKK Rodrigo doidinho pelo Poncho , gentee essa Any mente muito, nem sei como ela consegue. Continuaa

  • Barbie Postado em 05/04/2015 - 21:26:45

    Olá Jeanne! Não eu não abandonei a fic, somente estou sem pc, prometo postar assim que der, beijos. &#128536;

  • Jeanne_Portilla Postado em 30/03/2015 - 23:21:42

    cade você? abandonou a fic?

  • jeanne_portilla Postado em 01/03/2015 - 23:25:42

    posta mais

  • jeanne_portilla Postado em 01/03/2015 - 23:25:28

    mais


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