Fanfic: O Segredo de Anahí Portilla – AyA | Tema: Anahí e Alfonso – AyA – Ponny
– Ainda é o marketing! – digo animada. – Já faz mais de um ano!
– Ah. Marketing. Bom, bom!
Há silêncio durante alguns minutos, exceto pelos comentários sobre o críquete. De repente papai e Nev gemem simultaneamente por alguma coisa que acontece no campo. Um instante depois gemem de novo.
– Certo – digo. – Bem, eu vou...
Quando me levanto do sofá, eles nem viram a cabeça.
Saio para o corredor e pego a caixa de papelão que trouxe. Então passo pelo portão lateral, bato na porta do anexo e empurro com cuidado.
– Vovô?
Vovô é pai de mamãe e mora com a gente desde a operação cardíaca, há dez anos. Na casa antiga em Twickenham ele tinha apenas um quarto, mas, como esta casa é maior, ele tem agora seu próprio anexo com dois cômodos e uma cozinha minúscula, grudado na lateral da casa. Está sentado em sua poltrona de couro predileta, com o rádio tocando música clássica, e no chão à frente estão umas seis caixas de papelão cheias de coisas.
– Oi, vovô – digo.
– Any! – Ele levanta a cabeça e seu rosto se ilumina. – Menina querida. Venha cá! – Curvo - me e dou um beijo nele, e ele aperta minha mão com força. Sua pele é seca e fria, e o cabelo está ainda mais branco do que na última vez que o vi.
– Trouxe mais umas Panther Bars para você – exclamo, mostrando minha caixa. Vovô é completamente viciado nas barras energéticas Panther, bem como todos os seus amigos do clube de boliche, por isso eu sempre compro uma caixa cheia quando venho em casa.
– Obrigado, amor. – Vovô ri de orelha a orelha. – Você é uma boa menina, Any.
– Onde eu coloco?
Os dois olhamos desamparados para a sala atulhada.
– Que tal ali, atrás da televisão? Sugere vovô finalmente.
Abro caminho pela sala, ponho a caixa no chão e depois volto, tentando não pisar em nada.
– Bom, Any, eu li um artigo muito preocupante no jornal um dia desses – começa vovô quando me sento numa das caixas. – Sobre a segurança em Londres. – Ele me dá um olhar sério. – Você não anda de transporte público de noite, anda?
– Hrm... quase nunca – respondo, cruzando os dedos às costas. – Só de vez em quando, quando há necessidade absoluta...
– Menina querida, você não deve! – Vovô parece agitado. – O jornal dizia que adolescentes com capuz e canivetes de mola espreitam no metrô. Bêbados quebrando garrafas e arrancando os olhos uns dos outros...
– Não é tão ruim assim...
– Any, não vale o risco! Só para não pagar uma corrida de táxi!
Tenho praticamente certeza de que, se perguntasse ao vovô quanto ele acha que é uma corrida de táxi em Londres, ele diria cinco xelins.
– Sério, vovô, eu tomo muito cuidado – eu o tranqüilizo. – E também ando de táxi.
Às vezes. Tipo uma vez por ano.
– Pois é. O que é isso tudo? – pergunto mudando de assunto, e vovô dá um suspiro fundo.
– Sua mãe limpou o sótão na semana passada. Eu só estou separando o que é para jogar fora e o que é para guardar.
– Parece uma boa idéia. – Olho para a pilha de lixo no chão. –Essas são as coisas que você vai jogar fora?
– Não! Eu vou guardar tudo isso! – Ele coloca a mão protetora em cima.
– Então onde está a pilha de coisas para jogar fora? – Há um silêncio. Vovô evita meu olhar. – Vovô! Você tem de jogar alguma coisa fora! – exclamo tentando não rir. – Você não
precisa de todos esses recortes de jornal velhos. E o que é isso? – Estendo a mão para além dos recortes e pesco um velho ioiô. – Isso com certeza é lixo.
– O ioiô de Jim. – Vovô estende a mão para o ioiô, com os olhos se suavizando. – O bom e velho Jim.
– Quem era Jim? – pergunto perplexa. Nunca sequer ouvi falar de um Jim. – Era amigo seu?
– A gente se conheceu no parque de diversões. Passamos a tarde juntos. Eu tinha nove anos. – Vovô está virando o ioiô nos dedos.
– Vocês ficaram amigos?
– Nunca o vi de novo. – Ele balança a cabeça, tristonho. –Nunca esqueci.
O problema do vovô é que ele nunca esquece nada.
– Bem, e esses cartões? – Pego um punhado de velhos cartões de Natal.
– Eu nunca jogo nenhum cartão fora. – Vovô me dá um olhar comprido. – Quando você tiver a minha idade, quando as pessoas que você conheceu e amou por toda a vida começarem a ir embora... você vai querer guardar qualquer lembrança. Por menor que seja.
– Entendo – respondo, sentindo-me tocada. Pego o cartão mais próximo, abro e minha expressão muda. – Vovô! Este é da empresa de Manutenção Elétrica Smith, de 1965.
– Frank Smith era um homem muito bom... – começa o vovô.
– Não! – Coloco o cartão com firmeza no chão. – Isso vai embora. E o senhor não precisa de um da... – Abro o próximo cartão. – Companhia de Gás Southwestern. E não precisa de vinte exemplares de Punch. – Coloco-os na pilha. – E o que é isso? – Enfio a mão na caixa de novo e pego um envelope de fotos. – O senhor quer realmente isso...
Alguma coisa me atravessa o coração e eu paro no meio da frase.
Estou olhando uma foto minha com papai e mamãe, sentados num banco de parque. Mamãe com um vestido de flores, papai com um chapéu ridículo, e eu no colo dele, com uns nove anos, tomando sorvete. Todos parecemos felicíssimos juntos.
Sem palavras, passo para outra foto. Eu estou com o chapéu de papai e nós estamos morrendo de rir de alguma coisa. Só nós três.
Só nós. Antes de Kerry entrar na nossa vida.
Ainda me lembro do dia em que ela chegou. Uma mala vermelha no corredor e uma voz nova na cozinha, e um cheiro de perfume estranho no ar. Entrei e ali estava ela, uma estranha, tomando uma xícara de chá. Estava usando uniforme de escola, mas mesmo assim parecia uma adulta para mim. Já tinha um busto enorme, brincos de ouro nas orelhas e fios claros nos cabelos. E na hora do jantar mamãe e papai deixaram que ela tomasse uma taça de vinho. Mamãe ficava me dizendo que eu tinha de ser muito gentil com ela, porque sua mãe tinha morrido. Todos nós tínhamos de
ser muito gentis com Kerry. Por isso ela ficou com o meu quarto.
Examino o resto das fotos, tentando engolir o nó na garganta. Lembro do lugar agora. O parque aonde a gente costumava ir, com balanços e escorregas. Mas era chato demais para Kerry, e eu queria desesperadamente ser como ela, por isso também falei que era chato, e nunca mais
fomos.
– Toc-toc! – Levanto a cabeça com um susto e Kerry está parada na porta, segurando seu copo de vinho. – O almoço está pronto!
– Obrigada. Nós já estamos indo.
– E então, vovô! – Kerry balança o dedo reprovando vovô e aponta para as caixas. – Ainda não chegou a lugar nenhum com isso?
– É difícil – ouço-me dizendo defensivamente. – Há muitas lembranças aqui. Você não pode simplesmente jogar fora.
– Se você prefere assim. – Kerry revira os olhos. – Se fosse eu, ia tudo para o lixo.
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Olá meninas, assim que eu terminar de postar todos os caps eu respondo os coments ok?
Beijoooooosss <3
Autor(a): Barbie
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Cheguei!!! \o/ Não posso ser carinhosa com ela. Não posso fazer isso. Quero jogar minha torta de melado em cima dela. Estamos sentados em volta da mesa há quarenta minutos, e a única voz que ouvimos é a da Kerry. – Tudo tem a ver com imagem – está dizendo ela. – Tudo tema ver com a roupa certa, o olhar ce ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 90
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hittenyy Postado em 14/03/2016 - 22:41:43
cnt logo amando ja nao gostei desse katty e nem da angelique sao muito atiradas pless
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maryangel Postado em 08/07/2015 - 21:20:47
KKKKKKKKKKKKK Any tentando impressionar o Poncho não da certo. Continuaa
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maryangel Postado em 23/06/2015 - 16:29:00
Angelique vaca, Kerry prima vaca, chefe chato. KKKkkkkkkk geral sendo super natural. Maquina de café novo que concidencia hein kkkkkkkkk. Ai por que a Any não terminar logo com o Rodrigo? Ela não gosta tanto dele. Continuaaa
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maryangel Postado em 10/06/2015 - 16:41:08
kkkkkkkk tadinha da Any, toda pensando que ia ser promoviida, ele devia saber que nem tudo o que parece na propaganda é verdade né. Que bom que não abandonou, ainda quero rir muito das encrencas que a Any se mete com essas mentiras compulsivas kkkk.Continuaa
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maryangel Postado em 10/06/2015 - 16:41:02
kkkkkkkk tadinha da Any, toda pensando que ia ser promoviida, ele devia saber que nem tudo o que parece na propaganda é verdade né. Que bom que não abandonou, ainda quero rir muito das encrecas que a Any se mete com essas mentiras compulsivas kkkk.Continuaa
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maryangel Postado em 09/06/2015 - 22:10:54
UHUUUU APARECEU, pensei que ia abandonar. KKKKK Rodrigo doidinho pelo Poncho , gentee essa Any mente muito, nem sei como ela consegue. Continuaa
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Barbie Postado em 05/04/2015 - 21:26:45
Olá Jeanne! Não eu não abandonei a fic, somente estou sem pc, prometo postar assim que der, beijos. 😘
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Jeanne_Portilla Postado em 30/03/2015 - 23:21:42
cade você? abandonou a fic?
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jeanne_portilla Postado em 01/03/2015 - 23:25:42
posta mais
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jeanne_portilla Postado em 01/03/2015 - 23:25:28
mais