Fanfics Brasil - Capítulo 20. O Segredo de Anahí Portilla – AyA

Fanfic: O Segredo de Anahí Portilla – AyA | Tema: Anahí e Alfonso – AyA – Ponny


Capítulo: Capítulo 20.

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Pois é. Não importa, porque vou ser promovida. Então Nev vai para de fazer piadinhas sobre minha carreira e eu vou poder pagar ao papai. Todo mundo vai ficar impressionado – e vai ser maravilhoso!


Acordo na segunda-feira de manhã me sentindo empolgada e positiva, e me visto com a roupa usual de trabalho, jeans e uma blusa bonita da French Connection.


Bem, não exatamente da French Connection. Para ser honesta, comprei na Oxfam. Mas a etiqueta diz French Concection. E enquanto estou pagando ao papai não tenho muita opção de onde fazer compras. Quero dizer, uma blusa nova da French Connection custa umas cinqüenta pratas, e essa custou 7,50. E é praticamente nova!


Enquanto subo depressa os degraus do metrô, o sol está brilhando e eu me sinto cheia de otimismo. Imagine se eu for promovida! Imagine eu contando a todo mundo. Mamãe vai dizer:
“Como foi a sua semana?”
E eu respondo: “Bem, mamãe, na verdade...”


Não, o que vou fazer é esperar até ir na casa dela, e então entregar casualmente meu novo cartão de visita.


Ou talvez eu apenas vá no carro da empresa, penso empolgada!
Quero dizer, não sei se algum dos outros executivos de marketing tem carro – mas nunca se sabe, não é? Eles podem introduzir isso como uma coisa nova. Ou podem dizer: “Anahí, nós escolhemos você especialmente...”


– Anahí!


Viro a cabeça e vejo Dulce, subindo a escada do metrô atrás de mim, ofegando ligeiramente. Seu cabelo ruivo encaracolado está todo revolto, e ela está segurando um dos sapatos.


– O que aconteceu? – pergunto quando ela chega ao topo.


– A droga do sapato – exclama Dul desconsolada. – Mandei consertar um dia desses, e o salto se soltou. – Ela o balança na minha direção. – Paguei seis pratas por esse salto! Meu Deus, este dia está sendo um desastre. O leiteiro esqueceu de levar o meu leite,e eu tive um fim de semana terrível...


– Pensei que você ia passar com Rodrigo. – falo, surpresa. – O que aconteceu?


Rodrigo é o último namorado de Dulce. Os dois estão se encontrando há algumas semanas, e ela ia visitar o chalé no campo, que ele está arrumando nos fins de semana.


– Foi horrível! Assim que a gente chegou, ele disse que ia jogar golfe.


– Ah, certo. Tento achar um ângulo positivo. – Bem, pelo menos Rodrigo se sente à vontade com você. Ele pode agir normalmente.


– Talvez. – Ela me olha em dúvida. – Mas aí ele disse: o que eu achava de dar uma mãozinha enquanto ele estava fora? Eu disse que claro, e então ele me deu um pincel e três latas de tinta, e disse que eu conseguiria pintar a sala de estar, se trabalhasse rápido.


– O quê?


– E ele só voltou às seis horas. E disse que minha pintura era descuidada! – A voz dela se ergue, cheia de espanto. – Não era descuidada! Eu só manchei um pouquinho, e isso porque a porcaria da escada era pequena demais.


Encaro-a.


– Dul, você não está me dizendo que pintou a sala.


– Bem... pintei. – ela me encarava com os gigantescos olhos castanhos. – Sabe, para ajudar. Mas agora estou começando a pensar... será que ele está me usando?


Estou quase sem fala, de tanta incredulidade.


– Dulce, claro que ele está usando você! – consigo dizer finalmente. – Ele quer uma pintora - decoradora grátis! Você tem de dar um pé na bunda dele. Imediatamente. Agora!


Dulce fica quieta alguns segundos, e eu a encaro meio nervosa. Seu rosto está inexpressivo, mas dá para ver que um monte de coisas acontece por baixo da superfície. É como quando o
tubarão do filme desaparece embaixo da água, e a gente sabe que a qualquer minuto...


– Ah, meu Deus, você está certa! – explode ela subitamente. – Você está certa. Ele vem me usando! A culpa é minha. Eu deveria ter percebido quando ele me perguntou se eu tinha alguma experiência com encanamento ou montagem de telhado.


– Quando foi que ele perguntou isso? – digo incrédula.


– No nosso primeiro encontro! Eu achei que ele só estava, você sabe, jogando conversa fora.


– Dul, a culpa não é sua. – Aperto o braço dela. – Você não podia saber.


– Mas o que há comigo? – Dul para na rua. – Por que eu só atraio uns merdas completos?


– Não é verdade!


– É sim! Olha os homens que eu namorei. – Ela começa a contar nos dedos. – Luís pegou todo aquele dinheiro emprestado comigo e fugiu do México. Gary me deu o pé na bunda
assim que eu arranjei emprego para ele. David estava estava me traindo. Você consegue ver um padrão surgindo?


– Eu... hmm... – murmuro, desamparada. – Talvez...


– Eu acho que deveria desistir. – Seu queixo cai. – Nunca vou encontrar ninguém.


– Não – digo imediatamente. – Não desista! Dulce, eu sei que sua vida vai dar uma reviravolta. Você vai achar um homem amoroso, gentil, maravilhoso...


– Mas onde? – pergunta ela desesperançada.


– Eu... não sei. – Cruzo os dedos às costas. – Mas sei que vai acontecer. Tenho um sentimento realmente forte com relação a isso.


– Verdade? – Ela me encara. – Tem mesmo?


– Sem dúvida! – Penso depressa um momento. – Olha, uma ideia. Por que você não tenta... ir almoçar num lugar diferente hoje? Um lugar totalmente diferente. E talvez você conheça alguém lá.


– Você acha? – Ela me encara. – Certo. Vou tentar.


Dulce solta um suspiro fundo, e começamos a andar de novo pela calçada.


– A única coisa boa do fim de semana – conta ela quando chegamos à esquina – é que eu terminei de fazer minha blusa nova. O que acha?


Ela tira o casaco com orgulho e dá um rodopio, e eu a encaro por alguns segundos, sem saber direito o que falar.


Não é que eu não goste de crochê.


Certo. É que eu não gosto de crochê.


Especialmente blusas de crochê de gola alta e ponto aberto. Dá para ver o sutiã por baixo.


– É... incrível – consigo dizer enfim. – Muito bonita!


– Não é ótima? – Ela dá um sorriso agradável. – E foi tão rápido! Depois eu vou fazer a saia para combinar.


– Que ótimo – comento debilmente. – Você é inteligente demais.


– Ah, não é nada. Eu gosto de fazer essas coisas.


Dulce dá um sorriso modesto e recoloca o casaco.


– E aí, e você? – acrescenta ela quando começamos a atravessar a rua. – Teve um bom fim de semana? Aposto que sim. Aposto que Rodrigo foi completamente maravilhoso e romântico. Aposto que ele levou você para jantar ou alguma coisa assim.


– Na verdade Rodrigo me pediu de novo para eu morar com ele – revelo, sem jeito.


– Verdade? – Dulce me olha cheia de desejo. – Meu Deus, Any, vocês formam o casal perfeito. Você me dá fé de que isso pode acontecer. Tudo parece tão fácil para você!


– Não é tão fácil – discordo, com um risinho de modéstia. –Quero dizer, a gente discute, como todo mundo.


– Verdade? – Dulce parece surpresa. – Eu nunca vi vocês discutirem.


– Claro que a gente discute!


Reviro o cérebro procurando um momento, tentando me lembrar da última vez em que Rodrigo e eu brigamos. Quero dizer, é claro que a gente tem discussões. Um monte. Todos os casais têm.


Isso é saudável.


Qual é, isso é idiota. A gente deve ter...


Isso. Houve aquela vez perto do rio, quando eu pensei que aqueles pássaros grandes eram gansos e Rodrigo achou que eram cisnes. Exato. Nós somos normais. Eu sabia.


Estamos chegando perto do edifício Panther, e quando subimos os degraus de pedra clara, cada um com uma pantera de granito saltando, começo a me sentir nervosa. Paul vai querer um relatório completo da reunião com a Glen Oil.


O que eu devo dizer?


Bem, obviamente vou ser totalmente franca e honesta. Sem realmente dizer a verdade...


– Ei, olha. – A voz de Dul me interrompe e eu sigo seu olhar. Através da fachada de vidro do prédio vejo uma agitação no saguão. Isso não é normal. O que está acontencendo?


Meu Deus, será que houve um incêndio ou alguma coisa assim?


Quando Dulce e eu passamos pelas pesadas portas giratórias, olhamo-nos perplexas. O lugar inteiro está num tumulto.


Pessoas correm de um lado para o outro, alguém está polindo o
corrimão de latão, outra pessoa está limpando as plantas artificiais, e Christopher, o gerente-geral, está empurrando pessoas para dentro dos elevadores.


– Podem ir para as suas salas, por favor? Nós não queremos vocês na recepção. Todos já deveriam estar em seus lugares. – Ele parece totalmente estressado. – Não há nada para ver aqui
embaixo! Por favor, vão para as suas mesas.


– O que está acontecendo? – pergunto a Dave, o segurança que está encostado na parede com uma xícara de chá, como sempre. Ele toma um gole, faz a bebida girar na boa e ri para nós.


– Alfonso Herrera vem fazer uma visita.


– O quê? – Nós duas o olhamos boquiabertas.


– Hoje?


– Está falando sério?


 


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Próximo caps, eu respondo os coments, reencontro AyA se aproximando... 



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Autor(a): Barbie

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

No mundo da Corporação Panther, é como dizer que o papa vem fazer uma visita. Ou Papai Noel. Alfonso Herrera é um dos fundadores da Corporação Panther. Ele inventou a Panther Cola. Sei disso porque digitei elogios sobre ele aproximadamente um milhão de vezes. “Em 2005 os jovens e dinâmicos sócios Alfonso He ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 90



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  • hittenyy Postado em 14/03/2016 - 22:41:43

    cnt logo amando ja nao gostei desse katty e nem da angelique sao muito atiradas pless

  • maryangel Postado em 08/07/2015 - 21:20:47

    KKKKKKKKKKKKK Any tentando impressionar o Poncho não da certo. Continuaa

  • maryangel Postado em 23/06/2015 - 16:29:00

    Angelique vaca, Kerry prima vaca, chefe chato. KKKkkkkkkk geral sendo super natural. Maquina de café novo que concidencia hein kkkkkkkkk. Ai por que a Any não terminar logo com o Rodrigo? Ela não gosta tanto dele. Continuaaa

  • maryangel Postado em 10/06/2015 - 16:41:08

    kkkkkkkk tadinha da Any, toda pensando que ia ser promoviida, ele devia saber que nem tudo o que parece na propaganda é verdade né. Que bom que não abandonou, ainda quero rir muito das encrencas que a Any se mete com essas mentiras compulsivas kkkk.Continuaa

  • maryangel Postado em 10/06/2015 - 16:41:02

    kkkkkkkk tadinha da Any, toda pensando que ia ser promoviida, ele devia saber que nem tudo o que parece na propaganda é verdade né. Que bom que não abandonou, ainda quero rir muito das encrecas que a Any se mete com essas mentiras compulsivas kkkk.Continuaa

  • maryangel Postado em 09/06/2015 - 22:10:54

    UHUUUU APARECEU, pensei que ia abandonar. KKKKK Rodrigo doidinho pelo Poncho , gentee essa Any mente muito, nem sei como ela consegue. Continuaa

  • Barbie Postado em 05/04/2015 - 21:26:45

    Olá Jeanne! Não eu não abandonei a fic, somente estou sem pc, prometo postar assim que der, beijos. 😘

  • Jeanne_Portilla Postado em 30/03/2015 - 23:21:42

    cade você? abandonou a fic?

  • jeanne_portilla Postado em 01/03/2015 - 23:25:42

    posta mais

  • jeanne_portilla Postado em 01/03/2015 - 23:25:28

    mais


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