Fanfics Brasil - Capítulo 21. O Segredo de Anahí Portilla – AyA

Fanfic: O Segredo de Anahí Portilla – AyA | Tema: Anahí e Alfonso – AyA – Ponny


Capítulo: Capítulo 21.

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No mundo da Corporação Panther, é como dizer que o papa vem fazer uma visita. Ou Papai Noel. Alfonso Herrera é um dos fundadores da Corporação Panther. Ele inventou a Panther Cola.


Sei disso porque digitei elogios sobre ele aproximadamente um milhão de vezes. “Em 2005 os jovens e dinâmicos sócios Alfonso Herrera e Jaime Camil compraram a fábrica de refrigerantes Zoot, remodelaram a Zootacola, transformando-a na Panther Cola, inventaram o slogan ‘Não Pare’ e com isso fizeram história no marketing.”


Não é de espantar que Peter esteja histérico.


– Dentro de uns cinco minutos – Dave consulta seu relógio. – Mais ou menos.


– Mas... mas como? – espanta-se Dul. – Quero dizer, ele resolveu vir do nada, assim?


Os olhos de Dave brilham. Parece que passou a manhã toda comunicando a notícia a todo mundo, e está se divertindo de montão.


– Alfonso Herrera quer dar uma olhada na filial do Reino Unido.


– Eu pensei que ele não atuava mais na empresa – comenta Karla, da Contabilidade, que veio atrás de nós, de casacão, e está ouvindo boquiaberta. – Eu achei que, desde que Jaime Camil morreu, ele estava curtindo o sofrimento, recluso. No rancho dele, ou sei lá o quê.


– Isso foi há três anos – observa Dul. – Talvez ele esteja se sentindo melhor.


– É mais provável que esteja querendo vender a empresa – objeta Karla, sombria.


– Por quê?


– Nunca se sabe.


– Minha teoria – manifesta-se Dave, e todas inclinamos a cabeça para ouvir – é que ele quer ver se as instalações estão suficientemente brilhantes. – Em seguida assente na direção de Peter, e todos rimos.


– Cuidado – grita Peter. – Não estrague os galhos. – Ele ergue os olhos. – O que vocês ainda estão fazendo aí?


– Já vamos! – responde Dul, e nós nos dirigimos à escada, que eu sempre uso porque significa que não tenho de me preocupar com malhação. Além disso, por sorte, o marketing fica no primeiro andar.


Acabamos de chegar ao patamar quando Karla estrila:


– Olha! Ah, meu Deus! É ele!


Uma limusine chegou ronronando pela rua e parou bem na frente das portas de vidro.


O que é que há em certos carros? São tão brilhantes e polidos que é como se fossem feitos de um metal completamente diferente dos carros normais.


Como se acionadas por um mecanismo de relógio, as portas dos elevadores na outraextremidade do saguão se abrem e saem Carlos Ponce, o executivo-chefe, além do diretor administrativo e uns seis outros, todos parecendo imaculados em ternos escuros.


– Já chega! – está sibilando Peter para os pobres faxineiros no saguão. – Vão embora! Deixem assim!


Nós três ficamos paradas, arregaladas como crianças, quando a porta do carona da limusine se abre. Um instante depois sai um homem louro de sobretudo azul-marinho. Está usando óculos
escuros e segurando uma pasta de aparência muito cara.


Uau. Ele todo parece muito caro.


Agora Carlos Ponce e os outros estão todos do lado de fora, enfileirados nos degraus.


Apertam a mão dele um de cada vez, depois o trazem para dentro, onde Peter está esperando.


– Bem-vindo à Corporação Panther, Reino Unido – enuncia Peter com servilismo. – Espero que sua viagem tenha sido agradável.


– Não foi má, obrigado – responde o homem, com sotaque americano.


– Como o senhor pode ver, este é um dia normal de trabalho...


– Ei, olha – murmura Dul. – Jack ficou do lado de fora.


Jack Duarte, um dos designers, está inseguro nos degraus do lado de fora, vestido com seus jeans e botas de beisebol, sem saber se entra ou não. Coloca uma das mãos na porta, depois
recua um pouco, depois chega à porta de novo e espia incerto para dentro.


– Entre, Kack! – rosna Peter com um sorriso bastante selvagem. – Um dos nossos designers, Jack Duarte. Você deveria ter chegado há dez minutos, Kenny. Mesmo assim, não faz mal! – Ele empurra o perplexo Jack para os elevadores, depois ergue os olhos e sinaliza para irmos embora, irritado.


– Venham – propõe Dul. – É melhor a gente ir. – E, tentando não gargalhar, as três subimos depressa a escada.


A atmosfera no departamento de marketing está meio como o meu quarto antes de irmos para festas na sexta série. Pessoas escovam os cabelos, borrifam perfume, folheiam papéis e fofocam empolgadas. Quando passo pela sala de Sebástian, encarregado de estratégia de mídia, vejo-o arrumando cuidadosamente seu prêmios de Eficácia de Marketing sobe a mesa, enquanto Fiona, a secretária, dá polimento nas fotografias emolduradas em que ele aperta as mãos de pessoas
importantes.


Estou pendurando meu casaco no cabide quando Paul, o chefe do departamento, me puxa de lado.


– Que por/ra aconteceu na Glen Oil? Eu recebi um e-mail muito estranho de Doug Hamilton hoje cedo. Você derrubou bebida em cima dele?


Encaro-o chocada. Doug Hamilton contou ao Paul? Mas ele prometeu que não contaria!


– Não foi bem assim – digo rapidamente. – Eu só estava tentando demonstrar as muitas qualidades da Panther Prime e... meio que deixei derramar. – Paul levanta as sobrancelhas, não de modo amigável.


– Certo. Foi pedir muito a você.


– Não – tento contornar. – Quero dizer, teria sido tudo ótimo se... o que eu quero dizer é que, se você me der outra chance, eu vou fazer melhor. Prometo.


– Veremos. – Ele olha o relógio. – É melhor andar depressa. Sua mesa está uma zona do caramba.


– Certo. Bem, a que horas vai ser minha avaliação?


– Any, se é que você não sabe, Alfonso Herrera está visitando a gente hoje – grunhe Paul, em sua voz mais sarcástica. – Mas, claro, se você acha que sua avaliação é mais importante do que o cara que fundou a empresa...


– Eu não quis dizer isso... só...


– Vá arrumar sua mesa – manda Paul com a voz entediada. – E se derramar Panther Prime no Sr. Herrera, está demitida.


Enquanto vou para a minha mesa, Peter entra na sala, parecendo atormentado.


– Atenção! – chama ele, batendo palmas. – Atenção todo mundo! Esta é uma visita informal, nada mais. O Sr. Herrera vai entrar, talvez falar com um ou dois de vocês, observar o que vocês fazem. Por isso quero que todos ajam normalmente, nos seus padrões mais elevados... O que são esses papéis? – Diz ele de repente, olhando para uma pilha de provas, muito bem arrumada, no canto, ao lado da mesa de Logan.


– É a... hmm... a arte da nova campanha da Panther Gum – responde Logan, que é muito tímido e criativo. – Eu não tinha espaço na mesa.


– Bom, isso não pode ficar aí! – Pablo pega os papéis e empurra em cima dele. – Livre-se disso. Agora, se ele fizer uma pergunta a algum de vocês, só sejam agradáveis e naturais. Quando ele chegar, quero que todos estejam trabalhando. Só fazendo tarefas típicas que vocês estariam fazendo naturalmente no correr de um dia normal. – Ele olha em volta, distraído. – Alguns de vocês podem estar ao telefone, alguns podem estar digitando nos computadores... uns dois podem estar numa discussão criativa... Lembrem-se, este departamento é o centro da empresa. A Corporação Panther é conhecida pelo brilho de seu marketing!


Ele pára e todos o olhamos feito idiotas.


– Andem! – Ele bate palmas de novo. – Não fiquem aí parados. Você! – Ele aponta para mim.


– Ande. Mexa-se!


Ah meu Deus. Minha mesa está completamente coberta de coisas. Abro uma gaveta e enfio um monte de papéis dentro, então, num ligeiro pânico, começo a arrumar as canetas no pote. Na mesa ao lado, Angelique Boyer está retocando o batom.


– Vai ser muito inspirador conhecê-lo – comenta ela, admirando-se no espelhinho de mão. – Sabe, um monte de gente acha que ele mudou sozinho a cara do marketing. – O olhar dela pousa em mim. – Essa blusa é nova, Any? De onde é?


– É... French Connection – digo depois de uma pausa.


– Eu estive na French Connection na semana passada. – Seus olhos estão se estreitando. – Não vi esse modelo.


– Bem, deve ter acabado. – Viro-me para o outro lado e finjo que estou organizando a gaveta de cima.


– Como é que a gente chama o cara? – pergunta Caroline. – Sr. Herrera ou Alfonso?


– Cinco minutos sozinho com ele – está insistindo Nick, um dos executivos de marketing, febrilmente ao telefone. – É só disso que eu preciso. Cinco minutos para convencê-lo da idéia do
site. Puxa, meu Deus, se ele topasse...


Nossa, o ar de empolgação é contagiante. Com um jorro de adrenalina, vejo-me pegando o pente e verificando o brilho labial. Puxa, nunca se sabe. Talvez ele veja meu potencial, sei lá.


Talvez ele me separe da multidão!


– Certo, pessoal – anuncia Paul, entrando no departamento. – Ele está neste andar. Vai primeiro na Administração...


– Continuem com as tarefas cotidianas! – exclama Pablo. – Agora!


Pu/ta que o pariu. Qual é minha tarefa cotidiana?


Pego o telefone e digito o código da caixa de mensagens. Posso estar ouvindo os recados.


Olho o departamento em volta – e vejo que todo mundo fez a mesma coisa.


Não podemos estar todos ao telefone. Isso é muito estúpido! Certo, só vou ligar o computador e esperar que ele esquente.
Quando olho a tela mudando de cor, Angelique começa a falar alto.


– Acho que toda a essência do conceito é vitalidade – exclama ela, com o olhar saltando constantemente para a porta. – Sabe o que eu quero dizer?


– É... sei – responde Nick. – Quero dizer, num ambiente moderno de marketing, acho que precisamos buscar uma... é... fusão de estratégia com uma visão de pensamento avançado...


Meu Deus, meu computador está lento hoje. Alfonso Herrera vai chegar e eu vou estar olhando para ele, como uma imbecil.
Sei o que vou fazer. Vou ser a pessoa que está pegando um café. Quero dizer, o que pode ser mais natural do que isso?


– Acho que vou pegar um café – digo sem jeito, e me levanto.


– Pode pegar um para mim? – pede Angelique, erguendo os olhos brevemente. – Bem, de qualquer modo, no meu curso de MBA...


A máquina de café fica perto da entrada do departamento, numa pequena reentrância.


Enquanto espero que o líquido mefítico encha o copo, olho para cima e vejo Carlos Ponce saindo do departamento de administração, seguido por alguns outros. Merda! Ele está vindo!


Certo. Fique fria. Só espere o segundo copo encher, bem natural...


E aí está ele! Com seu cabelo louro, o terno caro e os óculos escuros. Mas, para minha ligeira surpresa, ele recua, saindo do caminho.


De fato, ninguém está sequer olhando para ele. A atenção de todo mundo está concentrada em outro cara. Um cara de jeans e gola rulê preta que vem saindo agora.


Enquanto olho fascinada, ele se vira. E quando vejo seu rosto sinto uma pontada gigantesca, como se uma bola de boliche tivesse se chocado contra o meu peito.


Ah meu Deus.


É ele.


Os mesmos olhos verdes. As mesmas rugas desenhadas ao redor. A barba está feita, mas com certeza é ele.


O homem do avião.


O que ele está fazendo aqui?


E por que a atenção de todo mundo está grudada nele? Agora ele está falando, e os outros saltam diante de cada palavra.


Ele se vira de novo, e eu instintivamente recuo para não ser vista, tentando ficar calma. O que ele está fazendo aqui? Ele não pode...


Não pode ser...


Não pode ser de jeito nenhum...



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Autor(a): Barbie

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Queria agradecer a todas vocês que me felicitaram por mensagem. Não sabem a alegria que me dá, saber que aqui tenho leitoras que gostam de mim. Me perguntaram quantos anos eu fiz... Eu fiz 13. Fazer aniversário no mesmo dia do Poncho é mais que especial. É mágico. Queria pedir perdão também, pois eu fiquei m ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 90



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  • hittenyy Postado em 14/03/2016 - 22:41:43

    cnt logo amando ja nao gostei desse katty e nem da angelique sao muito atiradas pless

  • maryangel Postado em 08/07/2015 - 21:20:47

    KKKKKKKKKKKKK Any tentando impressionar o Poncho não da certo. Continuaa

  • maryangel Postado em 23/06/2015 - 16:29:00

    Angelique vaca, Kerry prima vaca, chefe chato. KKKkkkkkkk geral sendo super natural. Maquina de café novo que concidencia hein kkkkkkkkk. Ai por que a Any não terminar logo com o Rodrigo? Ela não gosta tanto dele. Continuaaa

  • maryangel Postado em 10/06/2015 - 16:41:08

    kkkkkkkk tadinha da Any, toda pensando que ia ser promoviida, ele devia saber que nem tudo o que parece na propaganda é verdade né. Que bom que não abandonou, ainda quero rir muito das encrencas que a Any se mete com essas mentiras compulsivas kkkk.Continuaa

  • maryangel Postado em 10/06/2015 - 16:41:02

    kkkkkkkk tadinha da Any, toda pensando que ia ser promoviida, ele devia saber que nem tudo o que parece na propaganda é verdade né. Que bom que não abandonou, ainda quero rir muito das encrecas que a Any se mete com essas mentiras compulsivas kkkk.Continuaa

  • maryangel Postado em 09/06/2015 - 22:10:54

    UHUUUU APARECEU, pensei que ia abandonar. KKKKK Rodrigo doidinho pelo Poncho , gentee essa Any mente muito, nem sei como ela consegue. Continuaa

  • Barbie Postado em 05/04/2015 - 21:26:45

    Olá Jeanne! Não eu não abandonei a fic, somente estou sem pc, prometo postar assim que der, beijos. 😘

  • Jeanne_Portilla Postado em 30/03/2015 - 23:21:42

    cade você? abandonou a fic?

  • jeanne_portilla Postado em 01/03/2015 - 23:25:42

    posta mais

  • jeanne_portilla Postado em 01/03/2015 - 23:25:28

    mais


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