Fanfics Brasil - 21 Mais Que Uma Vingança(Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA

Fanfic: Mais Que Uma Vingança(Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance


Capítulo: 21

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Um carinho que as mãos logo seguiram, tocando-o de modo íntimo, antes de se inclinar para descrever uma trilha úmida com a língua ao longo da rígida masculinidade, fazendo-o ofegar e enterrar as mãos nos cabelos de Anahí.


Deleitava-se com a textura e o sabor daquele homem, com o modo como Alfonso não conseguia esconder a res­posta a suas carícias, com a respiração entrecortada, en­quanto ele a puxava até que ficasse de pé.


— Quero me sentir dentro de você — sussurrou Alfonso, lidando com destreza com o zíper do vestido e o soltando para que escorregasse pelo corpo de curvas sinuosas e fosse se juntar às suas próprias roupas no carpete. Os olhos ne­gros se tornaram azeviche, quando os voltou à curva firme dos seios expostos, à lingerie de renda cor creme e às ex­tremamente sensuais cintas-liga que eram sua única vesti­menta no momento.


Baixou a cabeça para lhe tomar um dos mamilos túrgidos nos lábios, descrevendo círculos firmes com a língua em torno deles e os sugando em seguida. Percebeu pelo tremor de Anahí que sua excitação se igualava a dele.


— É tão linda! — ofegou Alfonso, enquanto erguia a ca­beça para fitá-la. O corpo pulsando de desejo de possuí-la.


— Acho que não poderei ser gentil desta vez. — Meneando a cabeça, puxou a lingerie cor de creme, rasgando-a.


— Da próxima vez serei mais paciente — prometeu, em­bora a atirasse sobre a cama e se postasse entre as coxas macias. — Da próxima vez seremos ambos mais calmos — murmurou, antes de penetrá-la num único movimento. Quando Alfonso lhe tomou os lábios, percebeu que nun­ca antes experimentara prazer tão intenso ou havia deseja­do uma mulher como queria Anahí.


Ela o recebia cada vez mais fundo a cada investida.


Minutos depois, Alfonso pôde sentir o clímax iminente sabendo que era demasiado urgente para ser controlado. As costas de Anahí se arquearam ao mesmo tempo em que ele afastou os lábios para sugar com avidez um dos mamilos enrijecidos. As unhas de Anahí se cravaram em suas costas ao mesmo em tempo que seus gritos de prazer faziam eco com os dele. O êxtase mútuo explodiu em um caleidoscó­pio de sentimentos e emoções que pareciam não ter fim.


Anahí sentiu-se zonza e maravilhada enquanto perma­necia deitada sob o corpo viril. As mãos acariciando a lar­gura úmida das costas de Alfonso. Sabia que o ato de amor com aquele homem estava além de qualquer experiência anterior. Nunca em seus anos de casada alcançara um clí­max tão selvagem e indômito quanto o que Alfonso lhe pro­porcionara.


Não sabia ao certo o significado daquilo...


Daria mais importância ao prazer físico do que pensara ser possível?


Ou teria sido tão diferente por que se apaixonara por ele?


O que era aquilo?, questionou-se Alfonso, erguendo a cabe­ça para fitá-la, ao percebê-la ensimesmada.


— Diga-me o que há de errado? — indagou ele de supetão suspendendo o corpo e se deitando ao lado dela, antes de lhe voltar um olhar inquisitivo.


— Errado? — repetiu ela, emocionada. — O que pode­ria estar errado? — indagou, intrigada. — Eu acabei... aca­bamos de arrancar nossas roupas e tios possuirmos como dois...


— Não faça isso consigo mesma — silenciou-a Alfonso com a expressão fechada, quando percebeu onde iria ter­minar aquela conversa. — Desejamos um ao outro...


— Exatamente! — exclamou Anahí, afastando-se dele para se sentar na beirada da cama. — Não reconheci a mim. mesma — gemeu, enterrando a face nas mãos.


— Anahí... — Alfonso estendeu a mão e tocou as costas macias.


De pronto, ela tensionou sob o toque da mão firme.


— Por favor, não! — objetou Anahí, afastando-se, trê­mula, alheia à imagem sensual que compunha ainda vesti­da com as cintas-liga.


— Tenho de ir — afirmou ela, meneando a cabeça. — Preciso ir! — repetiu, determinada, ajoelhando-se para pe­gar o vestido.


Alfonso se moveu, ligeiro, detendo-a, quando tentava vestir o traje.


— E eu preciso que fique — retrucou ele em voz rouca. Os olhos penetrantes fixos nos dela, quando Anahí o fitou, insegura. — Preciso muito que fique — repetiu em tom gentil. — Ao menos para lhe mostrar que agora há pouco foi apenas um dos muitos modos pelos quais encontrare­mos a felicidade juntos.


Não deveria ter olhado para ele, concluiu Anahí.


Tampouco se sentir mergulhando naqueles olhos cor de carvão ou fitar a boca sensual que lhe dava tanto prazer. Por certo, jamais deveria ter se inclinado em direção a ele em uma súplica tácita. A ânsia com que o beijava se equiparando a Alfonso.


Por que sabia exatamente o que sentia naquele momen­to — e muito bem. De alguma forma, percebeu que desde o dia em que o viu pela primeira vez, apaixonara-se por Alfonso Herrera.


Um amor que a tornava incapaz de dizer não, quando Alfonso começou a lhe acariciar as curvas do corpo outra vez, despertando-lhe o desejo que sentira há pouco. Mas aquele era um desejo que ele não tinha a intenção de satisfazer de imediato. Mais uma vez, deitou-a na cama. Os lábios expe­rientes seguiam a trilha de carinhos que as mãos hábeis exe­cutavam. Com movimentos suaves, deslizou as meias de seda pelas pernas torneadas e lhe beijou as solas dos pés. Uma carícia exótica que fez os pés de ANahí se torcerem.


Alfonso deu uma risada, ao mesmo tempo em que se mo­via pelo corpo curvilíneo, beijando os dois mamilos rígi­dos e róseos, antes de sugá-los demoradamente. A língua era como uma lixa contra a sensibilidade dos seios. Em seguida, os soltou, para deslizar os lábios pelo abdômen reto Deteve-se por um tempo em torno do umbigo, en­quanto uma das mãos se moveu para baixo, abrindo cami­nho entre os pelos macios para acariciar a protuberância intumescida. O corpo feminino se arqueou. Os gemidos de Anahí suplicando-lhe que saciasse o desejo urgente. Sons que Alfonso se moveu para satisfazer, substituindo os dedos pelos lábios e língua e provocando-a indefinidamente. A carícia ousada espalhou uma labareda de fogo que se origi­nava no abdome e se alastrava pelas coxas que Anahí apar­tou para desfrutar daquela doce tortura.


— Não posso — ofegou ela. — Simplesmente não posso...


— Oh, sim, você pode — assegurou Alfonso, antes de friccionar a língua contra a fenda úmida e observá-la florescer sob seus carinhos. — Quero lhe proporcionar todo o prazer que existe no mundo, Anahí — sussurrou ele. — Tocá-la até conhecer seu corpo intimamente — acrescentou.


Em seguida, deslizou a língua para dentro de Anahí e lhe sentiu os espasmos explodirem em gritos desesperados de prazer. As mãos delicadas se enterraram na massa es­pessa de cabelos negros, mantendo-o naquela posição para que pudesse sorver até a última gota daquele clímax. 


Alfonso se moveu com rapidez, penetrando-a e a preen­chendo, enquanto os músculos internos ainda se contraíam com as ondas provocadas pelos espasmos que ainda não ha­viam cessado. Os movimentos lentos e calculados, enquanto percebia o prazer voltar a crescer dentro dela. Controlou-se até que Anahí estivesse pronta para se juntar a ele. O olhar fixo nela, enquanto juntos alcançavam o pináculo do êxtase.


— Durma agora — sugeriu Alfonso, ofegante, quando se sentiu capaz de falar. — Durma, Anahí. Conversare­mos amanhã de manhã — assegurou ele, ao mesmo tempo que a envolvia nos braços e se deitava ao lado dela. A ca­beça de Anahí recostada ao ombro largo.


Quando ela acordou, descobriu um vazio a seu lado na cama e o sol se infiltrando pelas janelas.


Espreguiçou-se devagar. O corpo um tanto dolorido — uma sensação prazerosa causada pela força das mãos e lá­bios de Alfonso. Pensar sobre a intimidade que haviam par­tilhado lhe trouxe um rubor à face.


Que de pronto empalideceu, quando lembrou de seus recém-descobertos sentimentos por Alfonso. Estava apaixo­nada pelo homem que a estava forçando a se casar, mas que não necessitava de força quando fazia amor com tanta beleza... O que fazia?


Como poderia se casar com Alfonso sabendo que estava apaixonada, mas que os únicos sentimentos que ele lhe de­votava eram a atração sexual e a necessidade de se vingar de sua família?


Que escolha tinha?, questionou-se, sem esperanças.


Ele não lhe dera opções.


— Em que está pensando? — indagou Alfonso, emergindo do toalete contíguo, completamente despreocupado com o fato de estar desnudo.


Ao contrário dele, Anahí tinha plena ciência da nudez mas­culina, enquanto o fitava sob os cílios longos.


Alfonso possuía o mais belo corpo masculino que ela jamais conhecera.


Na verdade, não poderia lhe dizer o que estava pensan­do no momento. Encontrava-se chocada demais com a ou­sadia dos próprios pensamentos.


Os olhos famintos se voltaram à face máscula, enquanto Alfonso se estendia na cama ao lado dela antes de rolar e a tornar cativa sob o edredom.


— Acho quê está na hora de eu ir embora — mentiu ela.


— Não antes do café da manhã, certo? — retrucou Alfonso, em tom indulgente.


Anahí meneou a cabeça em negativa.


— Não estou com fome.


— Não estou me referindo à comida — explicou Alfonso em tom de voz rouco, enquanto lhe apartava os lábios macios com um toque sensual do dedo.


Ela engoliu em seco, desejando umedecer os lábios re­pentinamente ressequidos, mas, ao mesmo tempo, sabendo que o movimento poria sua língua em contato com o dedo de Alfonso em um ato de pura intimidade.


— Não tenho intenção de colocar a lua de mel à frente do casamento! — protestou, forçando o tom de voz a soar determinado e deslizando para a extremidade da cama para se afastar dele.


Um erro de sua parte, concluiu Anahí. Estava tão nua quanto Alfonso, o que não a deixava em posição de tentar a saída digna que planejara.


Alfonso se deitou de costas, com as mãos cruzadas entre a nuca e o travesseiro, enquanto a observava se mover em torno do quarto, recolhendo as roupas espalhadas.


A mulher que seria sua esposa era de fato um enigma: uma pantera em seus braços na noite anterior. E, naquela manhã, parecia estar envergonhada com a intensidade com que fizeram amor.


Teria lhe dito a verdade quando alegara só ter tido um amante, seu primeiro marido, antes dele?


Achava aquilo incrível se fosse verdade. Anahí era uma mulher linda e sensual, com uma capacidade de sentir prazer físico que jamais reconhecera em outra mulher.


Sorriu, ante ao pensamento dos anos que juntos teriam pela frente.


— Pode revelar o que quer que esteja achando engraça­do? — indagou Anahí, de modo abrupto, quando viu, e mal interpretou, aquele sorriso. A face se encontrava rubra quando baixou o olhar para fitá-lo, já vestida com o traje cor creme, embora ainda segurasse a lingerie e as cintas-liga nas mãos.


Alfonso meneou a cabeça.


— Foi um sorriso de satisfação, não de humor — redarguiu ele.


Aquilo só serviu para lhe intensificar o rubor.


— Sem dúvida um sorriso de satisfação presunçosa — rebateu Anahí.


De pronto o bom humor de Alfonso se dissipou.


— Por que persiste em deliberadamente provocar uma briga entre nós toda a vez que nos aproximamos de um entendimento? — questionou Alfonso, impaciente, enquan­to jogava o edredom para o lado e se levantava.


— Entendimento? — repetiu ela, desejando que ele se vestisse em vez de ficar parado ali, tão magnificamente nu, evocando lembranças que preferia esquecer! — Nunca chegaria a um entendimento com um homem que costuma forçar uma mulher! — rebateu Anahí, com os olhos viole­ta faiscando.


Os lábios de Alfonso se contraíram em uma linha fina.


— Não a forcei a nada ontem à noite — objetou ele, em tom áspero. — Que me lembre, era você que não podia esperar para me despir tão logo adentramos o quarto!


— Estou me referindo ao fato de forçar uma mulher a se casar! — corrigiu ela, frustrada.


— Você... — Alfonso se calou ao ouvir a batida à porta.


— Sim?— respondeu, impaciente.


—Há uma ligação para o senhor — Catriona, a babá de Marco, soava hesitante, provavelmente por ter ouvido uma voz feminina no quarto do patrão, concluiu Anahí, enru­gando a face. — Não o incomodaria, senhor, mas a pessoa recomendou que lhe dissesse que se trata do conde Herrera — acrescentou a jovem, na defensiva.


— Conde Herrera? — repetiu ANahí, tendo tido a cla­ra impressão de que Alfonso e a irmã, Carla, eram os últi­mos exemplares do clã Herrera.


Alfonso lhe voltou uma olhar impaciente, enquanto se vestia.


— Sou apenas metade siciliano pelo lado de mãe. Meu pai era italiano. Era o mais novo e deserdado irmão do conde Herrera anterior — explicou? — Foi essa a puni­ção que obteve por ter se casado com uma mulher que a família reprovava — completou, se endireitando, comple­tamente vestido antes de deslizar os dedos pelos cabelos e se voltar para partir.


— Não saia antes de eu voltar — ordenou Alfonso antes de abrir a porta.


Anahí fitou-o, zombeteira.


— Talvez essa... conexão com a nobreza explique em parte sua arrogância — concluiu, sorrindo.


Alfonso lhe voltou um olhar austero antes de partir e fe­char a porta atrás de si.


O sorriso de Anahí de pronto feneceu. Dirigiu-se ao toalete contíguo para terminar de se vestir, passar rapidamente uma escova pelos cabelos emaranhados antes de ouvir Alfonso retornar ao quarto. Ficou satisfeita ao fitar o próprio refle­xo no espelho que ocupava uma das paredes do toalete. Finalmente se parecia de novo com a composta Anahí Portilla que costumava ser antes que Alfonso adentrasse em sua vida. Ele ainda parecia aborrecido quando Anahí retornou ao quarto.


— Meu primo...


— O conde? — indagou, irônica.


— Meu primo — repetiu Alfonso, estreitando o olhar — Está hospedado no hotel e telefonou para saber se seria conveniente tomar o desjejum comigo.


Uma sugestão que obviamente o irritou.


— E é? — questionou Anahí, arqueando as sobrancelhas. A agitação de Alfonso pareceu intensificar.


— Não posso pensar em nenhuma razão pela qual não seria! — admitiu, frustrado.


Ela sorriu ante ao óbvio desconforto de Alfonso.


— Não se preocupe, partirei antes de seu primo chegar e, dessa forma, salvarei da ruína sua reputação.


Estava tão disposta a encontrar o conde Herrera na­quelas circunstâncias quanto Alfonso parecia estar.


Embora esperasse rever Marco ao menos por alguns mi­nutos antes de partir. Mas aquilo obviamente não iria acon­tecer a menos que pedisse para ver o menino. Algo que não se atreveria a fazer.


Os lábios de Alfonso se torceram, irônicos.


— Temo que isso não seja possível. Já informei Wolf que minha noiva está aqui.


— Wolf...? — repetiu Anahí, incrédula. — Onde, dia­bos, ele arranjou tal... sua noiva...? — indagou, fitando-o, insegura.


— É o que você é, não? — retrucou Alfonso em tom ca­sual, sentindo-se muito pouco à vontade com a visita ines­perada de um primo que não via há meses.


A despeito de serem da mesma faixa etária, ambos não próximos. Na verdade, nem sequer se conheciam até aproximadamente dois anos atrás, quando o pai de Wolf morrera deixando o título para o filho, que decidiu esque­cer as rusgas familiares do passado.


Além disso, Wolf era um dos mais famosos playboys da Europa.


E Anahí era uma das mais belas mulheres...


Ciúme nunca fizera parte de sua natureza. Nunca se im­portara o suficiente por mulher alguma para se preocupar com a fidelidade dela. Porém, com Anahí era diferente. Ela estava prestes a se tornar sua esposa e não era Wolf que a forçava a se casar.


— Uma noiva costuma usar aliança, Alfonso — obser­vou Anahí. — E, não. Não estou insinuando que me pre­senteie com uma — acrescentou rapidamente, antes que ele a interpretasse mal. — Nosso... acordo não exige um anel de compromisso.


— Ainda assim, pretendo apresentá-la a Wolf como mi­nha noiva — afirmou ele. — Meu primo está ansioso por conhecê-la. 


— Nesse caso, temo que ele se desaponte — rebateu Anahí. — Esta não é a ocasião apropriada para conhecer ninguém de sua família.


— Estou certo de que achará Wolf bastante charmoso — afirmou Alfonso.


— Oh, isso não seria uma novidade no clã Herrera? indagou Anahí, maliciosa. — Talvez fosse melhor ficar e conhecê-lo, afinal.


O olhar de Alfonso se estreitou.


— Não abuse da minha paciência, Anahí, não tente...


— Que paciência? — inquiriu ela, pesarosa. — Por cer­to nunca a vi! Tampouco tolerância de sua parte — acres­centou. — Mas suponho que, se considerando perfeito não tenha paciência para os erros dos outros!


Alfonso não tinha dúvidas de que ela se referia aos erros do irmão, mas aquele era um assunto que não tinha inten­ção de discutir outra vez.


— Não me considero perfeito — rebateu ele. — Na ver­dade, estou longe disso.


Felizmente, ou infelizmente, a campainha da suíte pre­sidencial soou, anunciando a chegada de Wolf, antes que Anahí tivesse tempo de tecer qualquer comentário.


— Deve ao menos desejar bom-dia a meu primo antes de partir — sugeriu ele, dirigindo-se à porta do quarto.


— Venha. Eu a apresentarei a Wolf.


Anahí aguardou na sala de estar, enquanto Alfonso abria a porta para receber o primo, ouvindo o timbre forte da voz dos dois homens ao se cumprimentarem. Os olhos violeta se dilataram, surpresos, quando avistou o homem belo e alto que seguia Alfonso, trajado com uma camisa esporte e calça justa.


Vê-los juntos era como olhar para um negativo em preto e branco contrastando como uma fotografia colori­da: Wolf tinha cabelos bastos e cor de mel em compara­ção com os quase negros do primo, porém, os olhos castanho-escuros eram semelhantes, e havia quase uma similaridade na aparência e compleição física também. O conde Wolf Herrera era tão devastadoramente belo quanto Alfonso!


— Srta. Portilla, ou posso chamá-la Anahí, já que está prestes a se tornar minha prima por afinidade? — cum­primentou o conde, com um sotaque ligeiramente britânico, enquanto se inclinava para lhe beijar os dois lados da face.


Vigiado de perto por um irritado Alfonso, constatou ela, enquanto retribuía o cumprimento de Wolf.


— Claro que sim — concordou em tom simpático. — Embora não possa privar-me da companhia de ambos — ex­plicou de modo brusco, mais do que determinada a escapar, após ter conhecido o primo de ALfonso. Dois deslumbrantes espécimes masculinos Herrera eram demais para uma manhã! — Pois tenho de voltar ao trabalho — escusou-se com um sorriso reservado.


— Que lástima! — murmurou Wolf em tom suave, en­quanto a fitava com evidente admiração.


— Não é mesmo? — interveio Alfonso ao mesmo tempo em que segurava firme o braço da futura esposa, com a intenção de acompanhá-la até a porta. — Voltarei em um minuto — assegurou ao primo por cima do ombro.


— Demore-se o quanto for necessário — retrucou Wolf em tom lânguido, enquanto se deixava afundar em uma das poltronas. — Se fosse eu o felizardo noivo de Anahí não me apressaria em me despedir — acrescentou com eviden­te charme.


Uau! Anahí inspirou profundamente quando se encon­trava a sós com Alfonso no corredor. A despeito da surpresa inicial que lhe causou o nome exótico, Wolf Herrera su­perava as expectativas!


— Poderia tomar algumas lições de charme com seu primo, Alfonso — aconselhou, irônica.


— Wolf tem uma amante em Paris e outra em Milão — informou ele.


Anahí o fitou com o cenho franzido. Se fosse incauta, poderia afirmar que Alfonso estava com ciúmes da atenção que o belo primo lhe dispensara. Mas não era tão iludida...


Além disso, Alfonso não estava ciente — que Deus per­mitisse que aquilo fosse verdade — de que estava apaixo­nada por ele. Profunda e irreversivelmente.


— Sendo assim, talvez tenha lugar para mais uma em Londres — replicou de pronto, vendo o humor ácido ser recompensado com o aumento da pressão dos dedos de Alfonso em seu braço. — Está me machucando!


— Farei mais que isso se algum dia se atrever a se apro­ximar do devasso do meu primo sem meu conhecimento prévio! — advertiu Alfonso, entre dentes.


As sobrancelhas de Anahí se ergueram.


— Acredite-me, um homem Herrera em minha vida já é demais!


Os olhos escuros faiscaram quando Alfonso a fitou. Um nervo pulsava na mandíbula contraída.


— Não parecia pensar dessa forma ontem à noite — lembrou ele, em tom suave.


anahí sentiu uma labareda lhe lamber o corpo.


— Que atitude tipicamente masculina, escarnecer de um momento de fraqueza física de uma mulher! — retru­cou Anahí, tentando se desvencilhar, sem sucesso.


Alfonso a puxou contra a parede sólida do corpo mas­culino.


— Não tive intenção de... — deteve-se, escolhendo as palavras. — Não sou mais capaz do que você de negar o que houve entre nós ontem à noite. — O tom de voz de pronto se suavizou. — O que se repetiria esta manhã se não tivéssemos sido interrompidos — concluiu.


Anahí sabia que aquilo era verdade. Se Wolf não tivesse telefonado, a briga de ambos resultaria mais uma vez em um ato de amor, pois quando se encontrava nos braços de Alfonso não pensava em negativas.


Anahí desviou o olhar.


— Deveria voltar para a companhia de seu primo — afirmou, tensa.


— Trouxe-a de carro até aqui ontem. Como pretende voltar? — indagou Alfonso, franzindo o cenho, quando o pensamento lhe ocorreu.


Anahí deu de ombros, despreocupada.


— Isto é um hotel. Estou certa de que há vários táxis estacionados lá embaixo.


Alfonso meneou a cabeça.


— Quando chegar ao térreo um carro a estará esperando na entrada do hotel para levá-la de volta para casa.


Claro que sim, pensou ela, resignada. Quando fosse es­posa de Alfonso, sem dúvida teria de se acostumar ao luxuo­so estilo de vida que ele levava.


Sendo assim, assentiu.


— Tenho de ir.


— Não até que eu a tenha beijado — sussurrou ele, in­clinando a cabeça e mais uma vez lhe tomando os lábios de forma possessiva, bloqueando-lhe qualquer pensamento ou emoção, além dos que lhe suscitava.


Anahí se encontrava totalmente entregue quando ele in­terrompeu o beijo e baixou o olhar para fitá-la.


Eu lhe telefonarei mais tarde e daremos um jeito de passarmos a noite juntos — garantiu ele.


A respiração de Anahí se encontrava ofegante.


— Um "por favor" seria de bom tom — murmurou, pesarosa.


Um sorriso relaxado bailou momentaneamente no rosto másculo ao constatar pela resposta desinibida de Anahí o quanto ela o desejava.


— Garanto que não se arrependerá — prometeu ele em tom suave e foi premiado com o rubor característico que se espalhava na face delicada de traços perfeitos. Descobrira ao observá-la dormir aquela manhã, que Anahí era uma daquelas mulheres que, sem maquiagem, aparentavam tão belas quanto maquiadas. A compleição alva e os lábios carnudos, rosa. — Na verdade — continuou ele —, estou lou­co para que a noite chegue — dizendo isso, beijou-a uma vez mais, demorando-se a saborear o gosto que tinha aque­la mulher, antes de soltá-la. — Até à noite... — O tom de voz prometia mais... muito mais.


Alfonso permaneceu parado à porta, observando-a até que entrasse no elevador, apertasse o botão referente ao lobby e as portas se fechassem, usurpando-a de sua visão. Só então girou para entrar na sala de estar, onde o primo o esperava para juntos tomarem o café da manhã.



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Autor(a): jessica_ponny_steerey

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— Não consigo entender por que esta conversa não pode­ria esperar até a noite — disse Anahí a Alfonso sentada à mesa de seu escritório algumas horas mais tarde, onde ele se encontrava, mais alto e poderoso que nunca no andar executivo da Portilla Publishing. Pensara que ao menos em seu escritório estaria a sal ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 64



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  • biasereia Postado em 03/08/2016 - 20:51:09

    Que estória linda, ameeeei

  • franmarmentini Postado em 15/08/2014 - 19:06:51

    uallllllllllllllllllllll foi maravilhosa o final dessa fic* vou sentir saudades de ler...posta logo uma fic* nova vou aguardar bjussssss

  • franmarmentini Postado em 15/08/2014 - 18:27:30

    acabouuuuuuuuuuuuuuuuuuuu :/

  • iza2500 Postado em 15/08/2014 - 01:22:56

    Lindo final, que pena que acabou. Até a próxima.

  • edlacamila Postado em 15/08/2014 - 00:39:34

    Aaaaaanws pft *-* 3 filhas em 4 anos pqp KKKKKKKKKKKKKKK foi pft *-*

  • bellaherrera Postado em 14/08/2014 - 13:31:02

    Annie tentando passar ciumes em Alfonso com o primo dele aiai so Annie msm!!!!! Quero ver los A juntos novamenteeeee!!! Posta mais

  • edlacamila Postado em 14/08/2014 - 00:26:59

    Ponchito ja cm ciumes :3 ANNY AGARRA LOGO ELEEEEEE <3 postaaaaaaaaaa *-*

  • iza2500 Postado em 14/08/2014 - 00:13:38

    Que lindo los A, tomara que se acertem logo e saia casamento.Postaaaa mais!!!!!!

  • xxannyxx Postado em 13/08/2014 - 23:32:19

    Oieee...É parece que o Poncho queria mesmo VIGANÇA ,mas o que ele não imaginou que sua irmã poderia ser a culpada por tudo que aconteceu,mas ainda bem que ele se apaixonou por Anny,por que assim ele pode enxergar a pessoa maravilhosa que ela é,mas mesmo assim estou trsite por que eles se separaram,mas algo mim diz que Anny ira ficar com ele,e que ela tambem ira da ele o herdeiro,e ser feliz juntos.

  • franmarmentini Postado em 13/08/2014 - 11:07:47

    ai deus será que any pode ter ficado grávida :)


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