Fanfic: Mais Que Uma Vingança(Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance

— Acho que está na hora de irmos para o banquete — disse ela, notando com alívio que os trezentos ou mais convidados começavam a se organizar no salão em torno das mesas. — Foi um prazer conhecê-lo, Sr. Herrera — acrescentou, grata o bastante por não ter sido mais sincera.

Aquele homem mexia com seus nervos. Suas belas feições morenas a enervavam. O modo como a encarava tão atentamente com aqueles olhos escuros brilhantes a enervavam.

A cautela óbvia do pai em relação a Sr. Herrera, a despeito do seu próprio sucesso como um rico homem de negócios, a enervava ainda mais!

— Foi? — Alfonso revidou num tom seco e sua boca frme curvou-se zombeteira, enquanto ele continuava a ftá-la com insistência. — Nesse caso, devo providenciar para que nos encontremos outra vez e o mais breve possível — enfatizou.

Ela engoliu em seco, a garganta se movia convulsivamente e um nervo pulsou na base do seu pescoço. Um movimento observado de perto por Alfonso Herrera, antes de erguer as pálpebras mais uma vez e prender o olhar desconcertado de Anahí.

— Muito em breve — acrescentou ele num tom suave, antes de acenar com a cabeça para Charles e se afastar com suas pernas longas e poderosas.

— Quero que fque longe desse homem, Anahí — o pai repetiu enfático, com a tez pálida.

— Mas por quê?

— Apenas confe em mim e fque longe dele. O homem é perigoso. Você não imagina o quanto!

Com os pensamentos sobre Alfonso Herrera ecoando em sua cabeça e depois do que aquele homem a fez sentir, Anahí tinha toda intenção de se manter afastada!

Embora tivesse um pressentimento, após aquele último comentário, ou promessa, de que o siciliano tinha intenção de fazer exatamente o contrário.

— Foi muito amável da sua parte receber-me, senhorita Portilla — murmurou Alfonso Herrera. Anahí ergueu-se graciosamente do sofá, enquanto ele era conduzido ao interior da casa de Londres do pai dela.

Tivera outra escolha?

É claro que não!

O homem batera à sua porta, pedindo para ver Charles. Fora informado de que ele não estava, mas que Anahí se encontrava em casa. Então, Alfonso Herrera pedira para falar com ela.

Apesar das advertências do pai, que continuava reticente em lhe revelar os motivos, lhe pareceu rude, para não dizer grosseiro de sua parte, recusar-se a receber o empresário, quando já o haviam informado de que ela estava em casa.

Logo, não fora exatamente uma escolha da sua parte, certo?

Alfonso Herrera aparentava da mesma maneira, alto e arrogante, como quando se conheceram seis dias atrás, embora agora trajasse um terno escuro e uma camisa azul clara, com uma gravata azul marinho em vez da roupa formal que usava naquela noite.

Depois do comentário fnal que ele fzera no jantar de caridade, a promessa contida em sua voz, Anahí teve certeza de que o veria novamente. Só não sabia quando ou onde.

Por certo, não imaginara que ele viesse à casa do pai dela, para qual ela se mudara após seu divórcio.

— Por favor, não quer se sentar, Sr. Herrera? — perguntou, indicando uma das suntuosas poltronas que faziam parte do conjunto estofado no qual ela estava sentada, lendo um livro, antes da chegada do siciliano.

— Obrigado — Alfonso aceitou.

Anahí fzera a sugestão, talvez como um modo de diminuir o formigamento que aquela presença poderosa lhe causava. Aquele homem parecia ter o poder de encolher a espaçosa sala.

Mas mesmo quando ele se sentou, Anahí percebeu que não adiantou. Ainda continuava sofrendo os efeitos que a sua forte masculinidade lhe causava. Podia sentir o rubor queimar-lhe a face e os mamilos enrijecerem sob a seda da blusa cor creme que usava, combinando com uma calça comprida preta.

Talvez fosse o modo como aqueles olhos castanho-escuros, emoldurados por cílios espessos, a ftavam, como se lhe arrancassem cada peça do corpo para revelar-lhe as curvas acetinadas.

Fosse qual fosse a razão, estava tão excitada quanto fcara uma semana atrás. Quase podia sentir aquelas mãos longas acariciando-a, o contato dos lábios carnudos em sua pele, enquanto ele a provava...

Anahí se sentou na extremidade do sofá, apertando ligeiramente as mãos trêmulas, ao mesmo tempo em que o ftou com uma expressão inquiridora.

— O que posso fazer pelo senhor?

Muitas coisas, pensou Alfonso, com um sorriso cínico, curvando-lhe os lábios.

Aquela mulher, cuja beleza não era menos notável agora, com os cabelos cor de mel soltos sobre os ombros, tinha o tipo de corpo que poderia deixar qualquer homem completamente louco.

Não ele, é claro. Qualquer relacionamento que por ventura viessem a ter seria da sua escolha, ao seu modo e sob o seu controle.

Um nervo pulsou na mandíbula quadrada e a boca sensual se contraiu, antes que ele respondesse.

— Talvez pudéssemos começar com você me chamando apenas de Alfonso — sugeriu num tom suave, percebendo o rubor se aprofundar na face feminina.

Não o rubor de uma donzela, é claro. Aos 27 anos, tendo sido casada e divorciada, podia ser tudo menos isso!

Era a cor ardente de excitação sexual. Os olhos haviam se tornado quase roxos com a profundidade da sua resposta.

Os seios fartos de Anahí se delineavam de encontro ao tecido sedoso da blusa. Sob o esboço do sutiã, os mamilos escuros intumescidos, claramente visíveis, despontavam convidativos.

Embora, parecesse quase afetada e respeitável, sentada em uma das extremidades do sofá com as mãos unidas modestamente e os joelhos contraídos, enquanto ele deslizava o olhar lentamente por aqueles seios túrgidos e cintura esbelta, Alfonso tinha certeza que ela não estava sentada assim por falta de modéstia.

Devia estar úmida entre as coxas, enquanto seu corpo se preparava repleto do desejo que ela não podia esconder.

Anahí Portilla, a indisponível Anahí Portilla, o desejava com uma ferocidade que não conseguia disfarçar!

O que tornaria os próximos minutos muito mais simples para ambos.

Aquilo era horrível, decidiu Anahí, remexendo-se desconfortável no sofá, atenta ao calor que sentia só de olhar para aquele homem.

Maldição, se ele tirasse a roupa na sua frente, revelando aquele corpo musculoso em toda sua glória, provavelmente ela teria um orgasmo!

— Muito bem... Alfonso — concordou ela, forçando-se a encará-lo. — Suponho que tenha vindo ver meu pai?

— Não. Minha intenção era vê-la. Anahí piscou, carranqueando ligeiramente.

— Mas pensei que tivesse pedido para ver meu pai.

Alfonso inclinou a cabeça de modo conciso.

— Pedi, sabendo que ele não estava. Anahí encarou-o, confusa.

Se Alfonso sabia que o pai dela não estava em casa, então por que se preocupou em perguntar?

— Não entendo. — Ela sacudiu a cabeça.

— Não. Mas posso lhe assegurar que em breve vai entender. — A ameaça no tom de voz agora era bem clara, causando um calafrio de apreensão na espinha de Anahí.

Ela se ergueu abruptamente, agora as faces ardendo de raiva.

— Não sei que tipo de jogo é este, Sr. Herrera, mas posso lhe assegurar...

—Não se trata de um jogo — cortou ele, os olhos escuros brilhando enquanto a ftava, a expressão desdenhosa, a mandíbula contraída. — Sente-se — ordenou num tom frio.

— Como ousa...

— Eu disse sente-se, Anahí — repetiu ele.

— Devo lembrá-lo que é um convidado em minha casa, Sr. Herrera. Um convidado não desejado. E que não recebo ordens de qualquer um! — acrescentou furiosa.

— Você vai se sentar — disse Alfonso calmamente mais uma vez. —Nós dois conversaremos. Ou melhor, eu falarei e você escutará — emendou. — E quando seu pai voltar para casa hoje à noite, vai informá-lo de que se tornará minha esposa.

— Sua... sua... — Anahí gaguejou estupefata. — É lógico que não vou! — vociferou incrédula. — Está fazendo uso de medicamentos, Sr. Herrera? Gostaria que eu chamasse um médico?

— Não estou tomando nada, Anahí — assegurou ele com uma calma fria. — Nem sou insano — acrescentou, ao perceber o modo cauteloso como ela o ftava.

Não havia mais vestígios da estimulação sexual naquele corpo enrijecido, percebeu divertido.

Não importava. Haveria bastante tempo para isso quando ela fosse sua esposa.

Tencionava passar o resto da vida explorando as delícias daquele corpo de mulher.

Fizera uma investigação completa sobre Anahí Portilla, ex-senhora Anahí Bennett, durante os últimos seis dias e agora sabia até mesmo o tamanho do seu sutiã, entre outras coisas que ela provavelmente não gostaria que, ele ou qualquer outra pessoa, soubessem.

Sua boca se contraiu ao pensar sobre o fracasso do primeiro casamento de Anahí, o verdadeiro motivo que levara o marido dela a pedir o divórcio. E isso não tinha nada a ver com a incompatibilidade de gênios citada na petição.

Muitas coisas mudariam na vida de Anahí, quando se tornasse sua esposa.

Assumiria o papel de mãe de Marco, é claro. Mas também pretendia ter mais flhos e flhas com ela. Pretendia que a bela, a perfeita e evasiva senhora Portilla se tornasse a senhora Herrera e passasse os próximos anos descalça e grávida!

Uma vingança satisfatória, acreditava Alfonso, para a mulher cujo irmão tirara a vida de Carla, sua irmã, privando Marco da mãe.

Embora duvidasse muito que Anahí encarasse aquilo do mesmo modo que ele.

Não importava as suas objeções. Dispunha de outros estímulos para fazê-la curvarse à sua vontade, se necessário.

E, pelo olhar revoltado na face primorosa, parecia ser esse o caso.