Fanfic: Mais Que Uma Vingança(Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA romance

— Ora vamos, Anahí—disparou ele impaciente. — Compartilharmos uma cama não é tão inaceitável assim, é?

Compartilhar uma cama! Os pensamentos apavorados de Anahí repetiram as palavras dele em desespero.

Minutos atrás bastava olhar para aquele homem para saber que o desejava de um modo que não se lembrava ter sentido antes. Mas era um desejo que a abandonara completamente, quando ele lhe confessara que pretendia se casar com ela por vingança!

Já escapara de um casamento desastroso e não tinha a menor vontade de repetir a experiência.

Passara o último ano evitando encontros e envolvimentos sérios com qualquer homem, sabendo que com isso ganhara a reputação de frígida e indiferente.

Algo que a sexualidade evidente de Alfonso Herrera não permitiria!

Não precisava saber nada mais sobre ele para perceber que uma união entre os dois seria um desastre pior que seu primeiro casamento! Ela sacudiu a cabeça com força.

— Essa pergunta não merece resposta. O que está fazendo? — inquiriu ofegante quando Alfonso Herrera a alcançou e a tomou em seus braços.

— Bem, se não sabe, talvez eu tenha que lhe mostrar! — rebateu zombeteiro, antes de baixar a cabeça e reivindicar-lhe a boca.

Anahí estava surpresa demais para lutar ou responder àquela súbita arremetida.

Apenas estava atenta a sua pulsação acelerada, ao modo como suas mãos se seguraram naqueles ombros fortes para se equilibrar, do quão fortes e musculosos eles eram, bem como o restante daquele corpo sólido, quando Alfonso a puxou de encontro à sua excitação.

Queria resistir. Sabia que deveria resistir. Que deveria repelir aquele homem, pedirlhe mais uma vez que partisse. Mas à medida que ele pressionava a pélvis, com movimentos ousados e sensuais, de encontro a sua, ela sentiu o retorno daquele calor úmido entre as coxas. Gemeu baixinho, enquanto a língua de Alfonso apartava-lhe os lábios e mergulhava fundo e quente em sua boca, em harmonia com o roçar das coxas musculosas, movendo-se sedutoramente contra as suas.

Seu corpo parecia consumido por fogo líquido, todas as partes vivas e suscetíveis ao mais leve toque daquelas mãos fortes. Os mamilos intumescidos pulsaram quando ele abaixou a cabeça e capturou um dos botões rijos, que apesar do tecido da blusa fna e do sutiã sentiu o calor ardente daquela boca, dentes e língua, umedecendo o bico sensível.

Anahí arqueou o tronco buscando satisfação para os espasmos de prazer que sentia entre as coxas.

Estava tão excitada, tão perdida naquele prazer, que só conseguiu encará-lo estupefata quando de repente Alfonso ergueu a cabeça para ftá-la triunfante.

— Não, Anahí — refetiu ele. — Não acho que compartilhar minha cama seja algo inaceitável para você!

Aquelas palavras e o tom sarcástico tiveram o mesmo efeito de um balde de água fria em sua cabeça, o que depressa esfriou o calor que a fazia arder. Empurrando-o com força, quase tropeçou, quando os braços fortes a libertaram. Alfonso se afastou para contemplá-la com um olhar de desprezo. O triunfo ante a sua rendição era mais que óbvio.

— Bastardo! — disparou furiosa, a face queimando, tanto pela sua reação a ele quanto pelo desdém evidente na expressão daquele homem.

— Talvez — aceitou ele num tom tranqüilo. — Mas você vai se casar comigo. E logo, se não quisermos que o primeiro dos nossos flhos seja exatamente o que você acabou de me chamar.

Anahí se sentiu envergonhada pelo seu comportamento segundos atrás, irritada com Alfonso por ser capaz de excitá-la com tanta facilidade e nem um pouco confortável com a umidade estampada em sua blusa. Não estava disposta a suportar a arrogância suprema daquele homem por muito mais tempo.

— Não tenho a menor intenção de me casar. Nem agora, nem no futuro.

— Oh, mas acho que vai, Anahí — contradisse ele com a voz suave. — Acho que vai se casar comigo e muito em breve. E acho que vai fazer isso sem drama.

Anahí ftou a expressão segura e o desafo no olhar dele. A autoconfança de Alfonso era tal que a fez sentir que não estava a par de todos os fatos.

— O que ainda não me contou, Sr. Herrera? — perguntou ela por fm.

— Inteligente e bonita — elogiou ele, inclinando a cabeça, embora não estivesse tão impassível pelo que acontecera alguns minutos atrás quanto gostaria de aparentar.

Anahí Portilla de fato tinha o corpo deveras suscetível. Um corpo que ele sabia que estava a ponto de explodir de êxtase, quando decidira libertá-la.

Mas não pretendia fazer amor com Anahí no sofá da sala da casa do pai dela.

Queria-a na cama, os dois nus. Quando lhe proporcionasse aquele prazer, queria deitar e observá-la, senti-la, tocá-la, enquanto seu corpo delicado se contorcesse em espasmo e tremesse de satisfação. E depois queria se deitar de costas, enquanto ela lhe proporcionava prazer idêntico.

— O que eu ainda não lhe contei? — repetiu ele, exibindo os dentes brancos em um sorriso cruel. — É muita astúcia da sua parte perceber que guardei a melhor parte para o fnal.

— Oh, dispense o sarcasmo e diga logo! — retrucou Anahí impaciente.

O sorriso dele agora era genuíno.

— Frustração sexual só piorou o seu temperamento — observou divertido.

Os olhos dela se estreitaram.

— Tem exatamente trinta segundos para me dizer por que está tão confante de que me casarei com você, antes de eu chamar o mordomo e colocá-lo para fora, à força se for preciso, da casa do meu pai.

— Eu não faria isso se fosse você — escarneceu. — Mas, em todo caso, não faço nenhuma objeção em satisfazer sua curiosidade. — Alfonso inclinou a cabeça. — Na realidade, sempre foi minha intenção lhe contar por que você não tem escolha, a não ser concordar em se casar comigo.

— Sou toda ouvidos! — Anahí retrucou entediada, querendo que ele partisse. Não só da sua casa, mas da sua vida!

Queria se sentar e lamber as feridas, as cicatrizes da batalha, sozinha, longe do olhar astuto daquele homem.

— Pelo contrário — Alfonso Herrera continuou irônico. — Seus ouvidos, embora encantadores, estão longe de ser a sua melhor característica. — O olhar escuro deslizou lentamente até os seios dela.

Anahí precisou de toda a sua força de vontade para não ftar os próprios seios também e conferir se o tecido secara o bastante, após a carícia da boca daquele homem, para que seus mamilos não fcassem tão em evidência.

— Você tem dez segundos restando! — advertiu ela com os dentes friccionados.

Alfonso sorriu confante ao mesmo tempo em que alcançava o bolso do paletó e retirava alguns documentos, que começou a desdobrar com uma lentidão exasperante.

Anahí o observou como uma mosca observa uma aranha que a pegara em sua teia.

Tinha certeza, pela maneira segura de Alfonso Herrera, de que, fosse o que fosse que aqueles papéis continham, ele não tinha dúvida de que a induziriam a aceitar a sua proposta de casamento.

A proposta de casamento, que não fora uma proposta, mas uma declaração de intenção!

— Não está na hora de chamar o mordomo, Anahí? — incitou Alfonso Herrera. — Creio que já se passaram dez segundos.

Sim, haviam se passado dez segundos e pelo visto bem devagar, enquanto aquele homem desdobrava meticulosamente as folhas do papel que tirara do bolso do paletó.

Mas a curiosidade de Anahí era tamanha, como Alfonso Herrera por certo previra, que ela não tinha a menor intenção de chamar ninguém até saber exatamente o que continha aquele documento.

— E creio que já lhe disse que andasse depressa com isso — disse ela num tom frme, com os ombros tão tensos que chegavam a doer.

A boca de Herrera se contraiu.

— E eu não aceito ordens, nem de você, nem de ninguém!

— Eu idem — assegurou ela.

Alfonso a ftou com os olhos semicerrados, notando a palidez sob as faces infamadas de Anahí, a tensão do corpo feminino e o tremor nas mãos contraídas.

Tudo indicava que não estava tão calma ou composta quanto queria aparentar.

Talvez já a tivesse preocupado o sufciente, por ora.

Afnal, dispunha de bastante tempo, anos, para levar sua vingança a cabo.

— Muito bem. Estes documentos... — ele os ergueu para que ela os visse — ...foram obtidos nos últimos três meses e contêm a contabilidade de todas as dívidas contraídas pelo seu irmão em cassinos espalhados ao redor da Europa. Contas que eu quitei...

— Tenho certeza que meu pai irá reembolsá-lo.

— Mas não desejo ser reembolsado — afrmou Alfonso. — Pelo menos não com dinheiro — acrescentou num tom suave.

Os olhos de Anahí se alargaram.

— Essas dívidas são a razão que o levou a pensar que concordarei em me casar com você? — perguntou incrédula.

— Sim. Casar-se comigo e se tornar a mãe de Marco.