Fanfic: O apanhador de sonhos | Tema: Amizade, romance, sonhos, bissexualidade

Era meia noite, estava quente. Estávamos completamente sem roupa e deitadas de modo que a pele de sua coxa tocava as costas da minha mão. Ela estava olhando pra meu perfil sob a escuridão silenciosa. Era um silêncio torturante, mas completamente excitante. Ela me faz isso. Renata de repente segurou minha mão. Nossas respirações estavam claramente mais pesadas conforme o calor de nossas mãos se tornava nosso único conforto. Ela beijou meu ombro. Eu acariciei sua bochecha levemente rosada graças à excitação do momento. Com a mão que estava livre ela acariciou minha barriga com a ponta dos seus dedos e logo em seguida desceu a mão, levando seus dedos diretamente para o meu clitóris. Eu abri a boca com a surpresa, e ela sorriu assim que começou a me masturbar. A essa altura, ela já estava chupando meus peitos e mordiscando meus mamilos...

Levantei assustada. Eu tinha acabado de ter um sonho erótico com minha melhor amiga? E que horas são? Tentei olhar no relógio ao lado da minha cama, mas minha visão ainda está turva do sono. São sete da manhã? Apertei um pouco meus olhos: é 1 hora da manhã. Sacudo a cabeça. É tão errado ter esse tipo de sonho com a minha melhor amiga? Mas foi bom. Estiquei minha mão a procura do meu celular, e vi que tinha uma mensagem da Renata. Ela disse que tinha uma coisa nova para fazermos, e que chegaria bem cedo na minha casa. Respondi positivamente e voltei a dormir. Nenhum outro sonho.

Oito horas da manhã, Renata estava batendo na minha porta. Gritando e falando alguma coisa sobre bons sonhos e boas energias.

- Cala a boca só um minutinho? – falei levantando um dedo.

Assim que o silencio tomou o quarto, virei pra o outro lado da cama e fechei os olhos novamente.

- Mari, você prometeu. – ela tentou argumentar calmamente. – Outra coisa, nós temos que fazer isso, por que você está precisando.

- Não podia ser depois do almoço? – perguntei em meio ao cansaço matinal.

- Não, por que quero você acordada agora. – falou puxando os lençóis.

- Okay, você venceu. – falei me levantando da cama pra tomar banho.

Durante o banho, Renata que estava agora deitada na minha cama, tentou me explicar o que iríamos fazer naquela manhã. Apenas tentou, por que eu não conseguia ouvir uma palavra. Meu pensamento falava mais alto. Estava lembrando o sonho que tive aquela noite.

Durante o café da manhã, Rê me mostrou fotos do que faríamos, e me explicava com calma o significado, às vezes parando pra responder minhas duvidas. Como estava com olheiras discretas debaixo dos olhos, suponho que ela tenha passado toda a noite pesquisando. Minha mãe que estava ouvindo a conversa apoiou nossa atividade do dia, e disse que seria bom pra variarmos um pouco nossas férias. Todos os dias Renata chegava à minha casa pra conversar, fazer alguma coisa nova, ou simplesmente tirar um cochilo de tarde. Era irritante como ela me fazia bem. Passamos a tarde fazendo os nossos apanhadores de sonhos. Usamos arame e cobrimos com fita branca. As teias foram feitas com linha verde e as penas penduradas foram azuis. Estavam lindos.

- O seu para afastar sonhos ruins, e o meu para receber boas energias. – ela aplaudiu nosso trabalho manual. - Vamos pendurar o seu apanhador agora mesmo, pra aproveitar o pedacinho de sol que nos resta.

E ele estava lá. Pendurado na minha janela. Mas, eu não queria afastar sonhos ruins. O sonho que eu tive essa noite estava longe de ser ruim. Era errado. Ela é minha melhor amiga. Mas eu queria que o sonho tivesse mesmo acontecido. Eu queria mais.