Fanfic: O apanhador de sonhos | Tema: Amizade, romance, sonhos, bissexualidade

Renata estava ao telefone com o namorado André, enquanto eu estava lendo pela milésima vez o meu livro favorito. Ela ria e falava que ele não tinha o direito de falar assim. Idiotas. E bem, como não tenho namorado, não tenho pra quem ligar por que: 1- Minha melhor amiga estava na minha casa, no meu quarto, deitada na minha cama e 2- Meus pais estavam em casa, no conforto da sala de estar. Isso significa que eu não tinha ninguém de fato para conversar. Ate por que os meus amigos uma hora dessas estavam em festas badaladas pela cidade. E eu não estou em nenhuma dessas festas por que estou de castigo, por que sem querer eu peguei o cartão de crédito da minha mãe e comprei três livros que custaram uma fortuna. E Renata como é um poço de fofura, decidiu que iria ficar ao meu lado nessa semana solitária. Como crescemos juntas, minha mãe decidiu que não iria barrar as visitas dela. E é por isso que todos os dias, temos algo novo pra fazer. Antes que eu perceba, Renata está me encarando, com o celular já desligado, como se estivesse esperando por uma resposta.

- Você falou alguma coisa?

- Perguntei se a gente pode comer alguma coisa.

- Você precisa pedir pra comer aqui em casa desde quando mesmo?

- Cala a boca idiota, só queria puxar assunto.

Descemos e comemos um resto de macarronada que minha mãe tinha feito para o almoço de ontem, e que não comemos por que Renata me arrastou para a casa dela. Passamos o resto da noite falando das aventuras sexuais de Renata e seu namorado/maníaco sexual André. Enquanto ela me contava as aventuras deles, eu me lembrava do sonho que eu tive. Contar ou não contar, eis a questão. Quando ela terminou de falar da noite em que transaram em cima da mesa da casa dele, eu tomei coragem pra falar do sonho.

- Renata, essa noite eu sonhei com você...

- Que legal o que foi?

- Bom, a gente tava meio que se pegando.

Uma palavra prestes a sair da boca dela parou no meio do caminho. Ela sorriu maliciosamente pra mim e se aproximou.

- Marina tendo sonhos eróticos comigo. Uau! – falou cutucando minha barriga.

- Para idiota. – falei empurrando seu ombro fazendo ela cair pra trás.

Assim que acertou meu cochão com seu tronco, ela levantou a cabeça para me olhar, e eu estava rindo da cena. O olhar dela era penetrante, e sem humor. Seus olhos se tornaram mais escuros causados pelo possível: 1-Ódio? , 2- Fúria? , 3- Desejo? . Ficamos nos olhando por o que pareceu uma eternidade, até que eu estendi a mão pra que ela se levantasse. Assim que conseguiu se sentar sem tirar seus olhos dos meus, ela se rastejou até ficar cara a cara comigo. Seus olhos me deixaram embriagadas de desejo e me deixaram completamente sem reação. Conforme eu percebia sua respiração pesar, ela passava seus dedos pela minha bochecha, aproximando seu rosto do meu. Assim que senti seu beijo na lateral da minha boca, um arrepio subiu pela minha espinha me fazendo tremer. Ela continuava me olhando intensamente, o que se tornava sexy.

- Renata...

Me admirei com o fato de ter conseguido falar alguma coisa. Porém antes que eu a impedisse verbalmente de termos de fato alguma coisa, ela pós seu polegar nos meus lábios, fazendo nossas peles roçarem e produzir uma onda intensa de desejo crescente. Ela continuava me olhando, só que agora admirava intensamente minha boca. Ela decidiu sentar do meu lado para termos uma conversa que sabíamos que deveríamos ter. Ficamos em silêncio por um tempo até que ela apoiou sua cabeça no meu ombro.

- Você é minha melhor amiga e como melhores amigas, devemos dividir primeiras vezes juntas. Nós duas sabemos que nós já nos envolvemos com outras meninas, e que não será nenhum tipo de novidade. Mas eu já te observava Marina. Eu morri de raiva quando você começou a sair com Vinicius. Ele não me parecia o cara certo pra você. E aí vocês transaram e como você contou “foi mágico” – ela fez aspas com as mãos – e ai ele simplesmente começou a te tratar mal, mesmo vocês não namorando. Eu te disse que não queria que você o visse mais porque sou sua melhor amiga e não queria ver você sofrendo. Mas a verdade Mari, - ela levantou sua cabeça e me encarou intensamente- é que eu estava morrendo de ciúmes. - ela pegou na minha mão- Eu só queria te trancar no meu quarto, te dar carinho e te manter segura do mundo lá fora.

Ela terminou o discurso cativante com um suspiro alto. Ficamos em silêncio por mais algum tempo enquanto eu analisava a situação, e o que dizer.

- Bem, você tem André e...

- Ele não se importa. – ela me interrompeu

- Você já falou disso pra ele? – tentei soar o mais calma possível

- Sim e não. Sim, porque disse pra ele que eu tinha desejo também por meninas, e não porque eu não disse que tinha um desejo por você. Olha, eu sempre achei que você era muito mais interessante do que todos pensavam. Eu amo André, mas eu também te amo. E não só como minha melhor amiga.

Ela apertou minha mão e eu olhei para baixo. Ela levantou meu rosto de modo que eu pudesse ver seus olhos. E ela me beijou. Doce e intensamente. Enquanto ela segurava meu pescoço e fazia círculos com seus dedos, eu pude sentir o gosto doce do seu brilho labial de morango. Puta merda que beijo bom. Estávamos no auge da paixão, quando eu coloquei a mão na sua coxa. Assim que sentiu o meu toque na sua pele, ela me puxou ainda mais para seu beijo, me acolhendo com sua língua dançando na minha boca. Senti que ela estava colocando a mão embaixo da minha blusa, e me arrepiei. Em um segundo de volta a vida real, ela tinha soltado minha boca esse levantado da cama. Quando consegui abrir meus olhos, percebi que ela tinha ido trancar a porta do meu quarto. Assim que se virou para me olhar, ela tirou seu short enquanto me olhava. O short ficou esquecido no chão do meu quarto enquanto ela parava em frente a minha cama, se abaixando para desabotoar meu short e puxa-lo, de modo que ele se juntou esquecido ao seu short. Ela se ajoelhou e começou a beijar minha coxa enquanto suas mão me seguravam por debaixo da blusa. Assim que consegui me livrar do crescente desejo, a puxei para a cama, de modo que ela ficou em cima de mim quando começamos a nos beijar. Ela estava tentando se livrar da minha blusa enquanto nos beijávamos de modo mais feroz. Assim que me vi apenas de calcinha e sutiã na minha cama, tirei sua blusa também. Já havia visto Renata de biquíni, mas nada se compara a beleza dela neste exato momento.