Fanfic: O amor e um anjo ~
Vick narrando
Eu estava em uma cela, imunda, sozinha, me encolhi em um canto escuro, estava morrendo de dor, eu precisava de ajuda, de um médico, pedia silenciosamente a Deus que me ajudasse, eu queria muito dormir, dormir e não acordar mais.
As pancadas que sofri foram tão fortes que quando coloquei a mão na minha cabeça senti um liquido, sim era sangue.
Eu ainda não sabia como estava acordada, simplesmente não sabia.
Passei algumas horas naquele lugar fazendo de tudo para ficar acordada de tudo, até cantar baixinho eu cantava, mas, eu senti que meus olhos estavam pesados, mais algumas horas e eu apagaria. Ouvi alguém me chamar.
XXX: Victória. Eii – a pessoa fazia um barulho na cela - Levanta garota, já esta na hora da sua ligação.
Vick: Eu não posso levantar – eu tentei me arrastar para a luz -
E pude ver que quem me chamava era a tia da Manu.
Policial: Para de drama garota, ou você levanta agora ou ficará ai por um bom tempo.
Lutei contra o possível e impossível para levantar e quando consegui quase cai, eu tinha que ser forte, tinha que sair dali, a policial me pegou pelo braço e me levou. No caminho ela praticamente me arrastava porque eu mal controlava meu corpo.
Quando eu parei em frente ao telefone, e ela me desalgemou que eu percebi que não tinha a quem ligar, sem advogado, Bia e Lari estavam bravas comigo e eu era orgulhosa demais para implorar, Rafa ? Não, só pioraria a situação. O único numero que veio a minha mente era da pessoa que eu menos queria que me vesse naquele lugar, mas eu não tinha escolha, seria ele.
Ablon narrando
Estava descansando, quando meu celular começou a tocar. Olhei para o relógio, quem me ligaria as 4:00 da manhã ? Ou melhor quem me ligaria ? Olhei o visor e eu não reconheci o numero.
Poderia ser um dos anjos de Miguel ? Não, eles não usariam um celular. Descartei a hipótese mais absurda que se passou em minha mente e atendi.
Ablon: Alô – disse com a voz firme -
XXX: Não desliga Ablon, por favor.
Ablon: Vick ? – eu disse me sentando na cama -
Vick: Me ajuda, por favor, estou em uma delegacia, estou machucada, preciso de ajuda – sua voz parecia tremula -
Ablon: Vick, calma – eu apoiei o telefone entre a cabeça e o ombro e procurava minha calça - Me explique o que aconteceu, o que você fez garota ? – eu agora já estava bravo -
Vick: Sou inocente eu juro, eu, eu não aguento mais – sua voz ficou distante -
Ablon: Vick, Vick, RESPONDA – já estava gritando - Que merda você fez garota – acabei atirando o celular contra a parede -
Sai do apartamento e desci as escadas correndo, entrei no carro e sai a toda velocidade, em 30 minutos estava na delegacia mais próxima na esperança de que fosse dali que viera a ligação, e para a minha sorte, era.
Delegado: Em que posso ajudar ?
Ablon: Onde está Victória ?
Delegado: É o advogado ?
Ablon: Não.
Delegado: Se não é o advogado o que faz aqui ? Só falarei sobre o caso com um advogado presente.
Ablon: Não quero saber se falará sobre o caso ou não, quero saber onde está a garota, eu falava com ela no telefone quando sua voz sumiu, muda delegado, muda. Presumo que algo aconteceu.
Delegado: Posso te prender por desacato sabia ? - ele disse se levantando -
Ablon: Então prenda, e eu te processarei por prender uma garota em estados críticos, ela esta machucada.
Delegado: Isso é o que ela diz, só vejo uma garota me fingi desmaios, muito bem por sinal.
Ablon: Desmaios ? Vick desmaiou ? ONDE ELA ESTÁ ? - eu bati com a duas mão sobre a sua mesa -
Delegado: Na cela, onde mais ? É onde criminosos devem ficar, e enquanto não tiver um advogado é lá que ela ficará, ENTENDEU ? - ele levantava o tom da sua voz-
Ablon: Você prendeu uma garota desmaiada ? Isso é o cumulo, quero vê-la, AGORA - o olhava com muita raiva-
Delegado: OLHA AQUI SENHOR, QUEM MANDA NESSA DELEGACIA SOU EU, EU DESCIDO QUANDO E QUE HORAS PODERÁ VE-LA E ISSO SÓ MUDARÁ QUANDO ME TROUXER UM ADVOGADO. SE NÃO QUER IR PRESO JUNTO COM ELA, TRAGA UM AGORA - ele gritava descontroladamente impondo sua autoridade -
Ablon: Quer um advogado ? Tudo bem, escolha o melhor do país e ligue para ele agora.
Delegado: Não vou ligar coisa nenhuma.
Ablon: Olha delegado, eu não conheço advogado nenhum e não sairei daqui sem ela, então escolha, ou liga para um advogado para mim, ou estimule um preço que eu pago e sairemos todos ganhando.
Delegado: Ou um advogado que eu sei que ganhará muito dinheiro e irá tirá-la daqui, ou uma “fiança” - ele fez aspas com a mão - que pode ficar pra mim ? Deixa eu ver – ele coçava o queixo - Acho que podemos fazer um trato Senhor – ele gesticulava a mão procurando saber meu nome -
Ablon: Compton.
Delegado: Senhor Compton o que acha de 10 mil ? - Ele sorriu -
Ablon: Tudo bem.
Delegado: Tudo bem ? - ele arregalou os olhos - Pagará mesmo 10 mil por uma garota ?
Ablon: Sim.
Delegado: Poderá levá-la mas não poderia tirar a queixa.
Ablon: Só quero tirá-la desse lugar nojento – eu disse assinando um cheque- Aqui – estendi para ele -
Delegado: Muito bem, foi muito bom fazer negócio com você – ele estendeu a mão, mas eu recusei -
Ele chamou uma policial que me olhou com uma cara nada boa e me acompanhou até a cela onde Vick estava eu não a vi de imediato, era escura, até que a cela foi aberta e quando eu entrei pude enxergá-la jogada em um canto.
Ablon: Vick ? - a chamei enquanto levantava sua cabeça. Ela não respondeu -
Peguei-a no colo, ela ainda estava desmaiada, sai daquele lugar e deitei ela no banco de trás do carro.
Quando sentei no banco do motorista, não sabia se a leva para um hospital ou para casa.
O que faria ?
Arranquei com o carro para um hospital era isso o que eu tinha que fazer.
Peguei Vick e entrei com ela em meus braços no hospital, disse a recepcionista que a tinha encontrado desmaiada e que provavelmente tinha sido espancada.
Ela me encaminhou a uma sala e assim que eu a coloquei sobre a maca ela pediu que me retirasse.
Vi médicos entrarem na sala e eu andava de um lado pro outro no consultório.
Estava nervoso, porque ? Ah, claro que era porque minha função era protegê-la e eu deixei isso acontecer.
Ablon: Só por isso - disse me convencendo -
A recepcionista me chamou, eu tinha que fazer uma ficha, só pude dar os dados que eu sabia mesmo, que eram poucos.
Voltei ao corredor, eu estava impaciente, até que o médico saiu de seu quarto, andei depressa até ele.
Ablon: Como ela está ?
Médico: É algum familiar ?
Eu sabia ou achava que sabia que se dissesse não ele não me daria informação, mas eu não disse que era familiar na recepção, o que falaria ?
Ablon: É.. - cocei a cabeça - sou namorado – torci a boca ao terminar de falar -
Médico: Desculpe mas, só familiar.
Ablon: Sou o único vinculo dela aqui – eu disse rápido - sua família mora em outra cidade e ela veio morar comigo. - o médico me avaliava -
Médico: Tudo bem, não parece um adolescente que inventaria mentiras. - eu assenti sem culpa nenhuma- Bom, ela teve um hemorragia interna, estamos cuidando do caso, mas, ela terá que ficar de repouso, e as pancadas na cabeça, sorte que não acertaram lugares mais sensíveis. Se tudo sair como planejamos, ela ficará bem.
Ablon: Ela terá que ficar aqui quantos dias ?
Médico: Se ela responder bem, dois.
Ablon: Posso vê-la ?
Médico: Claro me acompanhe.
Eu já havia deixado claro que queria um quarto particular quando fui a recepção, assim teria algumas vantagens.
Sempre o dinheiro.
Entrei no quarto e senti alguma coisa, alguma coisa que não sabia explicar quando a vi ali, frágil, com todos aqueles fios e tubos conectados a ela.
Respirei fundo e me aproximei, ela dormia.
Médico: Com os sedativos ela irá demorar um pouco para acordar.
Ablon: Vou ficar com ela. - aquilo não era uma pergunta, era uma afirmação -
O médico saiu nos deixando a sós.
Me aproximei e fiz um carinho em seu rosto.
Agora sim eu podia avaliá-la direito.
Ablon: Que ironia, você dormindo nem parece a Vick que conheci, tem o semblante de uma menininha – sorri involuntariamente -
Fiquei ali por horas ao lado dela, eu não me cansaria, então estaria ali o tempo todo.
Quando deu a hora de ir pro trabalho eu liguei para empresa e pedi que cuidassem de tudo pra mim, não queria que ela acordasse e pensasse que estava sozinha, eu já havia falhando demais por ser seu “anjo guardião”.
Percebi que ela iria acordar quando sua respiração mudou de ritmo.
Eu estava ao seu lado e então me afastei me sentando no sofá, tentando parecer indiferente.
Vick: Onde estou ? – ela disse com a voz meio fraca - Ai meus olhos, essa luz.
Então me aproximei de novo calmamente e parei ao seu lado.
Ablon: Em um hospital Vick, fique quieta, vou chamar um médico.
Eu sai e fui até a recepção avisar que ela havia acordado, ela anunciou e logo ele chegou no quarto.
Médico: Boa tarde Victória. Como está ?
Vick: Um pouco atordoada pela luz e com um pouco de dor mas, bem.
Eu estava encostado na parede com os braços cruzados observando-os.
Médico: Ok, deixe-me ver – ele apontou uma luz em seus olhos - depois fez mais alguns “contatos” em seu corpo, sempre perguntando se doía.
E ela sempre dava um gemido de dor, ou fazia uma afirmação com uma cara nada boa.
Vick: Me diz por favor que não terei que ficar - ela o encarava -
Médico: Porque não ? – ele fazia algumas anotações -
Vick: Sinceramente ? Tenho pavor de hospital, não vou ficar aqui. - ela disse cruzando os braços -
Eu só pode rir da cena.
Médico: Não vai ficar ? Vick, você tem que ficar, ainda temos exames para fazer.
Vick: Não, não vou, não irei dormir aqui de novo, e esses tais exames eu faço, mas, vou pra casa, sou maior de idade não sou ? Tenho o direito de decidir, eu até assino um contrato ou qualquer outra coisa para afirmar que eu me recusei a qualquer tipo de tratamento que me mantenha internada, se eu morrer a culpa será minha. Fim.
Ele me olhou eu o chamei para o lado de fora.
Ablon: Acredite doutor não vai querer discutir com ela – dei tapinhas em suas costas com um sorriso debochado no rosto -
Ele balançou a cabeça negativamente e disse que já voltava.
Entrei no quarto novamente e ela me olhou com a cara fechada.
Agora eu entendia o “gênio difícil” que Hazai havia dito.
O médico voltou e ela realmente o havia convencido a deixá-la ir.
Ela fez os exames, e disse que pagaria um médico particular se fosse preciso mas, não ficaria.
Eu disse que me responsabilizava por ela, que se visse algo errado voltaria com ela para o hospital e ela ficaria nem que fosse amarrada.
Ele a liberou, mas, exigiu repouso.
Por pelo menos mais dois dias. E então ela voltaria ao hospital para nova avaliação.
Vick: Onde está indo ? - estávamos em meu carro -
Ablon: Farmácia, tenho que comprar alguns remédios pra você.
Ela apenas murmurou um “hum” e eu parei na primeira farmácia que vi comprando os tais remédios.
Desci e comprei tudo o que havia na receita, o que não era pouca coisa. E voltei para o carro.
Vick: Estou cansada.
Ablon: Claro que esta, ainda esta machucada e sedada, sua teimosia a tirou do hospital.
Ela não disse nada. Passei na empresa rapidamente para ver como estava tudo e voltei.
Liguei o carro e dirigi em direção a minha casa.
Vick: Aqui não é minha casa – disse sonolenta -
Ablon: Claro que não é a minha.
Vick: Não vou ficar aqui.
Ablon: Depois discutimos isso tá.
Peguei-a no colo e levei para dentro.
Quando fui colocá-la no sofá ela estava dormindo.
Olhei-a e balancei a cabeça negativamente.
Ablon: Garota teimosa.
Qual era a minha opção né ? Tinha que cuidar dela, pelo menos até ela poder se “virar” sozinha.
Mudanças de planos então, subi as escadas e deitei ela em minha cama, foi ai que vi que ela ainda usava as roupas que estava na delegacia.
Ablon: Não posso tocar nela – pensei auto - Até porque nem roupa de mulher tem aqui. Quando ela acordar vemos isso - dei de ombros -
Encostei a porta e desci, avisei aos empregados da presença dela e fui para o escritório, eram exatamente 18:00, quando recebi a ligação da empresa.
Secretária: Desculpe o incomodo Senhor, mas, precisamos do Senhor aqui.
Ablon: Estarei ai em 30 minutos.
Desliguei o telefone, subi as escadas para ver Vick, ela ainda dormia.
Desci, avisei a governanta que teria que sair, e que se ela acordasse ela para avisá-la e tratá-la bem.
Ablon: Ah – disse me virando - diga que eu volto logo e que é uma ordem que ela não saia daqui até eu voltar.
Sai, peguei o carro e fui em direção a empresa.
Vick narrando
Acordei em um quarto que literalmente não era o meu, era simplesmente lindo, e de muito bom gosto.
Virei para o lado me espreguiçando e senti uma pontada, lembrei que estava machucada, e que aquela casa era de Ablon.
Senti seu cheiro exalando do travesseiro, um cheiro totalmente masculino.
Respirei fundo algumas vezes estava adorando aquele perfume, por mim eu poderia passar a minha vida inteira ali.
Vick: Ok Vick não seja idiota - disse a mim mesma enquanto tentava me levantar -
Andei pelo quarto e achei um banheiro entrei me olhou no espelho e não estava nada boa.
Sai andei pelo corredor tentando achar as escadas, finalmente havia encontrado, desci e dei de topa com uma mulher.
Autor(a): Fraanh
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Comentários da Fanfic 1
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fraanh Postado em 16/10/2014 - 20:18:52
Por mais que eu esteja postando a primeira temporada rapidamente só para continuar a segunda (já que tive que sair do orkut), eu devo, com toda a educação do mundo, dar as boas vindas as leitoras que não me acompanharam antes, então, sejam bem vinda meninas, espero que estejam gostando, comentem por favor, eu não mordo não *-*