Fanfic: O amor e um anjo ~
XXX: Sou Cláudia Senhorita, a governanta, o Senhor Ablon pediu para que eu a avisasse que quando a Senhorita acordasse que ele teve que ir a empresa mas que voltava logo e pediu para que a Senhorita o esperasse voltar. - Ela dizia tudo simpaticamente -
Vick: Sou Victória, mas, pode me chamar de Vick, Cláudia, obrigada pelo recado se fosse em outro caso eu iria embora mas, acho que devo isso a ele.
Estou com fome e preciso de um banho, seria incomodo para a Senhora se me ajudasse ? - ela sorria -
Cláudia: Claro que não Senhorita. Venha, me acompanhe até a cozinha - ela me guiava -
Vick: Cláudia - eu disse parando - eu realmente queria tomar um banho mas, não tenho troca de roupa. - ela me olhou -
Cláudia: Creio que não temos roupas aqui.
Vick: Se eu me trancar no quarto te der a minha roupa para lavar, comer e depois tomar um banho acha que da tempo de secar ? - ela franziu a testa - Seja sincera.
Cláudia: Sua lingerie creio que sim mas, sua roupa – ela pegou minha roupa - convenhamos que esta um trapo. O certo era jogá-la no lixo. Pediu que eu fosse sincera.
Vick: Gostei de você Cláudia. Eu também acho mas... - eu pensei por alguns instantes - Quer saber faça isso por favor, vem vamos subir, te dou minhas peças intimas, você da um jeito nelas pra mim, a minha roupa você joga fora, ficarei enrolada aqui na toalha trancada, como alguma coisa aqui mesmo e depois tomo um banho e depois traga-as para mim.
Cláudia: Só farei isso porque também gostei da Senhorita – fiz o que havia dito e Cláudia desceu com minhas peças-
Ok, eu estava na casa do meu patrão, enrolada em uma toalha nua, trancada em seu quarto comendo um lanche.
Literalmente a ideia era absurda.
Acabei de comer e fui tomar banho, puder ver que tinha alguns machucados e roxos se formando em meu corpo, eu ainda estava muito dolorida, e isso, era porque ainda estava sob medicação.
Tomei um banho demorado e fiz tudo o que tinha direito.
Sai com uma toalha enrolada no corpo e outra no cabelo.
Depois de alguns segundos esfregando a toalha no meu cabelo pra ver se por um milagre secava ouvi alguém bater na porta.
Vick: Quem é ?
XXX: Cláudia Senhorita.
Vick: Já vou. - levantei e fui em direção a porta -
Cláudia: Limpinhas Senhorita – ela me entregava as peças -
Vick: Muito obrigada Cláudia. - dei um beijo em seu rosto - Só faltaria um secador pra me alegrar.
Cláudia: Temos um secador.
Vick: Sério ? – eu dei um gritinho -
Cláudia: Sim, vou pegá-lo.
Ela saiu e logo voltou me entregando o secador, disse que logo voltaria para ver se eu precisava de algo, voltei pro quarto tranquei a porta e vesti minha lingerie, sequei o cabelo que agora estava bem melhor e...
Vick: Quer saber, vou pegar mesmo, ele “pediu” que eu ficasse e eu não ficaria imunda.
Fui até seu closet e sim eu iria escolher uma camisa.
Vick: Não, não - disse passando as que não gostava - Essa – eu tirei para olhar melhor. Linda.
Era uma camisa, de um azul que literalmente me lembrava seus olhos.
Não sei porque lembrei desse detalhe, mas eu queria ela, vesti a camisa, que havia ficado mediana, nem muito longa nem muito curta e deitei na cama novamente.
Quando de novo alguém bate na porta.
Levantei e fui abrir.
Vick: Cláudia eu estou bem não preciso de nada – parei assim que dei de topa com ele -
Ablon narrando
Demorei um pouco mais do que imaginava na empresa, mas resolvi o mais rápido possível.
Voltei pra casa estacionei o carro e desci, entrei e Cláudia veio me receber perguntei por Vick e ela disse que ela estava no meu quarto.
Subi as escadas bati na porta e quando ela abriu...
Vick: Ah.. é você.
Ela estava usando uma camisa minha, que bom, examinando bem havia obtido um contraste perfeito com sua pele.
Ablon: É – pensei por alguns instantes - Acho que essa roupa é minha – franzi a testa -
Vick: Ah, a camisa – ela colocou a mão erguendo a ponta deixando a mostra ainda mais suas pernas - É sim, Cláudia me deu o recado e bom, eu não sou mulher de ficar suja, tive que me virar já que você teve esse descuide de me trazer até sua casa e me deixar sem opção.
Eu ainda permanecia na porta ela se virou andou até minha cama e se sentou.
Ablon: É, acho que sem escolha né – foi a única coisa que consegui dizer -
Eu ainda não conseguia entender porque tinha ficado daquele jeito, com pensamentos confusos.
Vick: Vai ficar ai na porta ? - ela me olhava -
Lutei contra meus pensamentos e andei em sua direção.
Vick: Tenho que lhe agradecer pelo o que fez, quanto tempo terei que trabalhar para pagar tudo ?
Ablon: Pagar ?
Vick: Creio que não me tirou da cadeia de graça, sem contar no hospital, aquele tratamento não era público.
Ablon: Não precisa me pagar nada Vick, fiz o que tinha que fazer, afinal você é minha funcionaria não é, preciso de você na empresa.
O único verdadeiro motivo era a minha promessa a Hazai, ou, eu tinha que acreditar que era.
Vick: Faço o tipo de pessoa orgulhosa Senhor, terei que pagar tudo.
Ablon: Vamos fazer um trato ? Comece me chamando de Ablon, e eu não quero dinheiro, quero serviço, em breve terei que fazer uma viagem, e você pode me pagar o que me deve indo comigo. Assim, eu não te pago os extras que teria que pagar.
Vick: Acho justo – ela disse sorrindo - Obrigada mais uma vez.
Ablon: Bom agora se me der licença, eu tenho que tomar um banho também.
Vick: Vai me levar pra casa ?
Ablon: Quer ir pra casa ?
Ela abaixou a cabeça parecendo pensar em algum fato ocorrido.
Vick: Seria pedir demais se me deixasse só essa noite aqui ?
Ablon: Não, até porque você não iria embora, se eu não quiser você não vai.
Vick: Não ? - ela cruzou os braços e levantou uma sobrancelha -
Ablon: Não, prometi ao médico que ficaria de olho em você.
Vick: Não preciso de babá - ela bufou -
Ablon: Teimosa do jeito que é acho bem provável que sim. Lembre-se você me deve uma, então ao menos uma vez, não vamos discutir tá bom ?
Vick: Fazer o que né – ela disse com raiva e saiu do quarto-
Eu tentei não olhar pra ela enquanto ela passava por mim.
Fui tomar um banho demorei um pouco esfriando a cabeça, coloquei uma cueca box preta, uma calça jeans escura e uma camiseta branca.
Deu uma arrumada no cabelo passei perfume e desci, ela estava na sala vendo televisão.
Vick narrando
Ele desceu as escadas e se aproximou de mim, tentei não olhar o quanto aquela camiseta branca definia o seu corpo, músculos perfeitos, e eu pude deduzir isso apenas de relance já que fingia prestar atenção na televisão.
Ele se sentou ao meu lado e ficou me olhando.
Vick: Qui é ? – disse impaciente o encarando -
Aqueles olhos azuis, com aquele cabelo molhado e aquela camiseta me encarando, se eu não fosse eu, já teria me perdido.
Ablon: Só estou vendo que você esta brava, sabia que fica linda de cara amarrada ? - ele sorriu irônico-
Vick: A por favor né. Com uma casa tão grande como essa não tem mais o que fazer em vez de vim me atormentar ?
Ablon: Tenho sim prepara o jantar. E você – ele disse pegando o controle da minha mão e desligando a tv - vem comigo - me encarou-
Vick: A mais eu não vou mesmo – me encostei no sofá -
Ablon: Não foi um pedido.
Vick: Você não manda em mim.
Ablon: Prefere por bem ou por mal ?
Vick: Nenhum.
Ele me encarou sorrindo, acho que aquele foi um dos sorrisos que mais me arrepiaram.
Vick: No que esta pensando ?
Ablon: Na alternativa por mal – ele me olhou de cima embaixo -
Vick: Você não ousaria – eu me afastei -
Ablon: Ah ousaria sim.
Ele levantou e me pegou no colo, tentei lutar com ele mais não deu, quando eu vi já estava em seus braços.
Vick: Me coloca no chão.
Ablon: Agradeça por eu ser um cavalheiro e não te pendurar de pernas pra cima e cabeça pra baixo nas minhas costas – ele dizia soltando uma gargalhada -
Ele me levou até a cozinha e me colocou em uma cadeira, de frente para a bancada.
Ablon: Não sai dai, por favor.
Vick: Você vai preparar o jantar ? - eu disse olhando para os lados - Fala sério – eu tive que rir -
Ablon: O que tá brincando ? Sou um cozinheiro de mão cheia, você verá. - ele me deixou e rodeou a bancada -
Vick: Tenho que admitir, a cozinha é linda, arquitetura antiga com moderna, ótimo gosto.
Ablon: Obrigado. - ele colocava o avental -
Eu poderia sair dali mas, creio que um dos prazeres de uma mulher não só o meu é ver um homem cozinhando.
Vick: Homens bancando os cozinheiros são realmente uma tentação - eu disse alto demais -
Ablon: É ? - ele parou de cortar algumas coisas e me olhou -
Vick: Qualquer um menos você - disse me corrigindo -
Ele continuou me olhando e sorrindo por alguns instantes e voltou a cortar.
Ablon: Vinho ? - ele havia pegado uma garrafa, e agora me oferecia -
Vick: Medicamentos Ablon.
Ablon: Ah, é verdade, me desculpe.
Vick: Tudo bem, pode beber.
Ablon: Não, vou preparar um suco natural, o que acha ?
Vick: Laranja.
Ele voltou a cozinhar e aquele cheiro todo estava maravilhoso, depois de algumas horas, ele colocava as coisas em cima da mesa.
Ablon: Vai prova – ele havia se sentado ao meu lado e esperava que eu provasse o jantar. Peguei um garfo e provei - Então ? - ele me encarava -
Vick: Ótimo, não tem como mentir – ele sorria -
Ablon: Eu disse.
Vick: Para de ser convencido.
Ablon: Não sou.
Vick: Ah não, imagina.
Ficamos assim comendo e conversando por um tempo, mais criticando um ao outro do que conversando.
Vick: Acho que quero dormir Ablon.
Ablon: Claro, vamos - Subimos as escadas e entramos em seu quarto. Estávamos os dois parados encarando a cama.- É, eu fico no quarto ao lado, pode dormir ai.
Vick: Urrum.
Ablon: Qualquer coisa, me chama.
Ele esperou com que eu deitasse e se foi.
Ablon narrando.
Já havia se passado algumas horas desde que deixei Vick no quarto, provavelmente ela já estava dormindo, mas eu não, não conseguia dormir.
Minha cabeça estava a mil.
Tinha uma mulher, deitada em minha cama. E aquilo me incomodava muito.
Era em volta de 03:00 horas da manhã quando eu ouvi alguém gritar.
XXX: NÃO, NÃO, POR FAVOR.
Ablon: Vick – sussurrei ao reconhecer sua voz -
Eu já levantei procurando o que vestir já que estava só de cueca, peguei a calça coloquei e corri pro seu quarto.
Vick: NÃÃÃÃO - Ela disse dando o ultimo grito e sentando com tudo na cama -
Corri ao seu lado, ela soava muito, soava frio.
Ablon: O que foi ? - Sua respiração era forte e pesada. Ela apenas ficava encarando o horizonte, e não falava nada - Vick – peguei seu rosto virando delicadamente para mim -
Vick: Dor. - foi a única coisa que ela disse -
Ablon: Vou pegar um remédio pra você.
Desci as escadas e fui até a cozinha.
Os remédios estavam em tacta, o que indicava que ela não havia tomado nenhum.
Peguei um copo d`água e subi.
Ela ainda estava do mesmo jeito que eu havia deixado.
Ablon: Toma – estendi o copo e o comprimido a ela -
Ela bebeu e me entregou o copo, coloquei no criado ao lado e me sentei.
Ablon: Me fala por favor o que houve.
Vick: Pesadelo – seus olhos estavam brilhando, o que indicava que ela queria chorar -
Ablon: Esta suando frio – eu alisei seu rosto - e tremendo - peguei suas mãos -
Ela ainda estava em transe e aquilo estava me incomodando.
Ablon: Vem deita – tentei deitá-la novamente -
Vick: Não - ela lutou - não quero deitar, não quero dormir, não quero sonhar de novo, eu to cansada disso, não quero ficar sozinha – ela havia começado a chorar - Eu não consigo dormir - colocou as duas mãos em seu rosto -
Anjo - eu ouvi ela sussurrar - vem cuidar de mim, vem me ajudar a dormir, por favor eu preciso de você, preciso, eu só tenho você.
Aquelas palavras me acertaram em cheio, ela estava chamando por Hazai, enquanto estava em minha casa, minha cama e ao meu lado.
Vick: Eu estou sozinha, por favor, me ajuda.
Ablon: Vick - eu peguei suas mãos - não está sozinha, eu estou aqui.
Vick: Não – ela negou com a cabeça - está aqui agora mas, e depois ? Eu preciso dele, preciso do meu anjo, só acreditando que ele esta comigo que eu fico melhor.
Ablon: Esqueça-o eu estou aqui, agora – ela me olhava - Deixa... - respirei fundo - Deixa eu ser seu anjo, por essa noite, só por essa noite.
Meus olhos se encontraram aos dela e ficamos assim por instantes.
Vick: Dorme comigo ? – ela pronuncio meio baixo, mas sem deixar de me encarar -
Ablon: Durmo – acariciei seu rosto-
Deitei na cama puxando o cobertor e ela se ajeitou sobre meio peito, não falei nada, apenas deixei que ela ficasse ali, comecei a fazer carinho em sua cabeça.
Vick: Pela primeira vez, eu realmente sinto meu anjo. - ela disse baixinho e logo dormiu -
Eu sentia sua respiração quente sobre o meu peito, e seu cabelo estava com cheiro do meu shampoo de hortelã.
Eu inspirava a cada segundo só pra sentir aquele perfume, o meu perfume mesclado com o cheiro dela.
Tenho certeza que não havia sentido nada tão maravilhoso quanto isso.
Essa era a vantagem de ser um renegado, eu podia sentir, muito mais que um avatar, afinal, estava destinado a viver na Haled, para sempre.
Era de manhã quando abri os olhos, Vick ainda estava dormindo tranquilamente em meus braços.
Tinha alguma coisa nela que me agradava, me agradava em tão pouco tempo, por um lado eu queria me render, mas por outro...
Autor(a): Fraanh
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Comentários da Fanfic 1
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fraanh Postado em 16/10/2014 - 20:18:52
Por mais que eu esteja postando a primeira temporada rapidamente só para continuar a segunda (já que tive que sair do orkut), eu devo, com toda a educação do mundo, dar as boas vindas as leitoras que não me acompanharam antes, então, sejam bem vinda meninas, espero que estejam gostando, comentem por favor, eu não mordo não *-*