Fanfics Brasil - Capítulo 28 O amor e um anjo ~

Fanfic: O amor e um anjo ~


Capítulo: Capítulo 28

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 Ele se aproximou e depois se inclinou para me beijar, mas parou antes de encostar os lábios, os olhos procurando os meus, querendo, pedindo permissão. Levei meus lábios aos dele, e ele me beijou, e porque não sei se algum dia vou beijá-lo de novo, me deixei levar, minhas mãos se moveram por conta própria se emaranhando no cabelo dele, puxando-o para mim, minha boca se abre, minha língua roça na dele. Ele segurou a minha nuca conforme o beijo acontecia, e ia ficando mais intenso, respondendo a mim. Sua outra mão deslizou pelas minhas costas e parou na altura dos meus rins me apertando contra seu corpo. 


Vick: Não posso convencê-lo a ficar ? - perguntei entre beijos - 


Ablon: Não. 


Vick: Passe a noite comigo - acariciei seu cabelo - Por favor. 


Ele suspirou.


Ablon: Não posso Vick. 


Ele fechou os olhos e colou a testa na minha, dando a nós dois a oportunidade de acalmar a respiração. Logo depois, beijou a minha testa, inspirou profundamente o nariz em meu cabelo, e depois me soltou, dando um passo para trás.


Olhei para ele tentando memorizar o seu perfil. A ideia de que poderia não tornar a vê-lo me desabava totalmente. 


Vick: Adeus - dissecom os olhos marejados- 


Ablon: Adeus Vick - ele limpou uma lágrima que eu não consegui segurar - seja feliz – se retirou sem olhar para trás -. 


Vick: Sem você será completamente impossível – sussurrei -


Entrei no quarto desorientada, eu acabara deixá-lo ir. 


Ou melhor, ele me deixou ir, não foi ? 


Encostei na porta e me deixei escorregar, me derretendo em lágrimas. 


Como ? Porque ? E quando ? Quando foi que ele se tornou tão importante para mim ?


 Não consigo pensar que não poderei mais vê-lo, meu estomago se revira em repulsa diante dessa ideia, a ideia de viver sem Ablon, sem aqueles olhos azuis e intrigantes, sem o seu cheiro, seu abraço, sem o seu momento brincalhão, o seu momento zangado, o seu momento chefe, totalmente profissional, o seu momento carinhoso, rude, amável. 


Sim, o que eu estou tentando esconder ? Eu o amo, o amo com todas as minhas forças, amo aquele homem meu Deus, um homem que nunca será meu. 


Ele é demais para mim, ou, eu seja pouco para ele.


 Continuei ali soluçando, quanto tempo havia se passado ? Minutos, horas ? 


Eu não sabia ao certo, só sabia que estava encolhida, abraçando as minhas próprias pernas chorando tudo que eu podia, tudo o que estava preso em mim, se fosse possível, acho que minhas lágrimas só parariam quando elas secassem, sim, secassem completamente. 


Depois de tanto insistir consegui levantar, cambaleando, esse não era meu mundo, chorar tanto por alguém, eu preferia ser forte, guardar essas lágrimas dentro de mim, só que dessa vez elas não quiseram ficar, deram as mãos as outras que eu havia guardado a anos e anos e resolveram escapar, não aguentavam mais ficarem presas, sufocadas.


 Elas queriam liberdade, e foi isso que elas conseguiram. 


Caminhei lentamente e me joguei na cama. 


Fechei os olhos desejando que Hazai estivesse ao meu lado, me transmitindo a paz que eu precisava para cessar as lágrimas, mas, elas não paravam e de tanto que insisti, acabei dormindo.


Três dias nesse hotel e eu não fazia nada, além de levantar tomar um banho e voltar para a cama, sem comer, eu não conseguia, nada descia pela minha garganta, me perguntei quando foi que eu fiquei tão vulnerável, talvez eu tenha cansado de lutar, cansado de ser forte, cansada de ser a única que não pode ser feliz.


 Estava sentada na minha cama de pernas cruzadas e encostada na cabeceira, apenas meus olhos se mexiam percorrendo o quarto, aquele silencio estava me matando, resolvi ligar o rádio, qualquer coisa é melhor do que ficar sozinha comigo mesma e com meus pensamentos.


 Todos esse três dias eu chamei por Hazai e ele não veio, não senti sua presença, talvez, até meu anjo resolveu me abandonar, será esse o meu destino ?


 Viver sozinha. 


Suspirei, eu só precisava de um tempo, um tempo para colocar a minha cabeça em ordem novamente, um tempo para voltar a ser a Vick.


 Não podia chamá-lo toda vez que achasse necessário, os anjos não são uma opção de consolo, não vejo ninguém debruçada no ombro de seu anjo chorando quando rompe um namoro ou qualquer outra coisa. 


Aliás, conhecer o seu anjo da guarda era um privilégio meu, sorri ao pensar nisso. 


Um privilégio só meu. 


Meu telefone tocava pela milésima vez e finalmente consegui sair do transe para checar e era Ablon, não atendi. 


Levantei e fui tomar um banho.


Sai do banho, coloquei um short de malha e uma regata, voltei novamente para a cama.


 Assim que deitei alguém bateu na porta.


 Vick: NÃO PEDI NADA, NÃO VOU ABRIR – gritei - 


A pessoa continuou insistindo e depois começar a bater mais forte.


 Mas que droga! 


Levantei e abri a porta com tudo, e era ele. 


Com um olhar gélido, a mandíbula cerrada e com os punhos fechados. 


Fiquei ali parada o encarando e tentei fechar a porta, ele colocou o pé me impedindo, bufei e soltei a porta.


Vick: O que está fazendo aqui ? - fui caminhando até a cama novamente -


 Ablon: Para que tem telefone Victória ?


Victória ? Ih, ele está realmente bravo, ah, que se dane!


 Vick: Tenho para o que quiser, não sou obrigada a atendê-lo é uma opção.


Ablon: Não é obrigada ? - segurou meu braço me virando - as pessoas se preocupam com você sabia ? Lari te ligou e você não atendeu, então ela me ligou me disse muita coisa e me fez vir atrás de você.


 Vick: Ah, é claro, só está aqui por ela, então, já viu que estou viva, pode ir embora. 


Ablon: Não seja teimosa, eu pensei que já tinha ido embora, pensei que fosse inteligente o suficiente para entender as minhas palavras, não sou homem para você Vick, entenda.


Agora sim ele pareceu um pouco mais calmo, um pouco já é bom.


 Vick: Para, chega, eu não quero mais te ouvir.


 Ablon: Você anda se alimentando ? - me olhou franzindo a testa -


 Vick: Não é da sua conta.


Ablon: Não fale assim comigo - chiou entre dentes - É muito atrevida. 


Vick: Não tem o direito de mandar em mim, nem de fazer nada - o desafiei - 


Ablon: Ah se fosse minha Senhorita Victória. 


Vick: Felizmente não sou - disse rude - 


Ablon: Podemos mudar isso – se aproximou - 


Vick: Fique longe - o adverti -


 Ablon: Não consigo – suspirou - sinto muito mas, eu tentei. 


Me agarrou, me beijando violentamente. Nossos dentes se bateram por uns instantes, em seguida, sua língua estava dentro da minha boca. O desejo explode dentro de mim, e eu o beijo de volta com o mesmo fervor, passando as mãos nos seus cabelos, puxando-o com força. As mãos dele movem-se por meu corpo até o alto de minhas coxas, os dedos cravando a carne através do short. Derramo toda a agustia e todo o sofrimento dos últimos dias nesse beijo, atando-o a mim, até que me dou conta, no meio daquele momento de paixão cega, que ele está fazendo o mesmo, ele sente o mesmo que eu. 


Ele interrompeu o beijo, ofegante. Seus olhos estão inundados de desejo, o que desperta o já aquecido sangue que corre em meu corpo. Minha boca está entreaberta, e tento levar um pouco de ar para meus pulmões.


Ablon: Eu juro que tentei - disse enquanto descansava a cabeça em meu ombro - 


Vick: Porque ? Porque tentou ? 


Ablon: Talvez nunca entenda. Eu só acho que a feiticeira é você. - me olhou sorrindo - 


Vick: Estou sofrendo Ablon. 


Ablon: Eu também - passou a mão em minha bochecha - Como nunca sofri na vida. Não posso ficar sem você. Estou realmente sendo egoísta em relação a isso.


 Vick: Não está, porque eu também te quero, o quero para mim, do meu lado Ablon, eu o … - me interrompi quando ele se afastou me fitando nos olhos - 


Ablon: Não diga, por favor. 


Suspirei. 


Vick: Tente, tente ficar comigo. 


Ablon: Tentar... - pareceu pensativo - 


Vick: Tem algo a perder ? 


Ablon: Sinceramente, não. 


Vick: Então, uma semana, só te peço uma semana, se vemos que não está dando certo, juro nunca mais te incomodar, pelo menos saberemos que tentamos Ablon - disse bocejando - 


Ablon: Está cansada, tem cara de que não dorme a dias, vem - pegou minha mão - Deite-se e durma, depois discutiremos isso, logo depois que você comer - puxou a coberta em cima de mim -


 Vick: Não vou conseguir se você não estiver comigo - disse manhosa - 


Ablon: Ainda me mata mulher - balançou a cabeça negativamente enquanto tirava os sapatos - Vai, chega pra lá. 


Ele se acomodou atrás de mim, depois de me puxar para seus braços, encostou a boca em meu ouvido. 


Ablon: Agora durma, estarei aqui quando acordar – sussurrou e depois depositou um beijo na minha cabeça - 


Sorri com suas palavras e adormeci, pela primeira vez, dormi de verdade em 4 dias.


 


Ablon narrando


 Quem disse que é fácil viver longe da pessoa que você ama ? 


Eu não, porque eu não consegui, não consegui passar os dias longe dela, a angustia estava me matando aos poucos, eu realmente não era mais o Primeiro General de antes. 


As ligações e broncas de Lari só me deram mais coragem de enfrentar o que estava acontecendo, sem contar que Shamira, mesmo gostando de mim, disse que não aguentava me ver pelos cantos como um morto-vivo e me mandou vir atrás dela. 


E aqui estou, abraçado com ela, não dormi a noite inteira, só pra ficar velando seu sono.


 O que eu sentia por ela, era amor ? 


A vi se remexer na cama parando de frente para mim com o rosto sereno, alisei seu rosto com cuidado, e depois de fitá-la abri um sorriso.


 Ablon: Sim, só pode ser – sussurrei -


 Ou, eu não estaria agindo desse jeito, não estaria me sentindo desse jeito.


 O que eu deveria fazer então ? 


Estou pensando nisso desde o momento que decidi vir para esse hotel.


 Ela se mexeu novamente e ouvi sua respiração mudar, estava acordando.


 Ablon: Bom dia bela adormecida. 


Vick: Está mesmo aqui ? - disse sonolenta - 


Ablon: Prometi que ficaria.


 Vick: Gosto que seja um homem de palavra - disse baixinho mas, mesmo assim pude ouvir a excitação em sua voz -


 Ablon: Eu também -passei a mão em seu rosto -


 Vick: Podemos conversar agora ? - ela retribuiu o carinho me fitando - 


Ablon: Vai comer primeiro, depois conversamos. 


Vick: Se é assim, vou tomar um banho - disse sem animo -


 Ablon: Vá, eu peço seu café da manhã, sem pressa Vick, temos tempo.


 Vick: Espero mesmo que tenhamos. 


Ela levantou, pegou uma toalha e foi para o banho.


Respirei fundo sabendo que tínhamos que ter aquela conversa e que ela não deixaria passar, peguei o telefone e liguei para a recepção.


 Pedi algumas coisas para ela comer, como: Salada de frutas, leite, suco, sanduíche natural, torradas e um chocolate. Era disso que ela gostava, e eu sabia. 


Ablon: Pelo menos a nossa viagem serviu para mais alguma coisa além da briga - sorri olhando tudo - 


Sentei na cama novamente e ela saiu enrolada na toalha, a segui com o olhar e balancei a cabeça tentando tirar as imagens da pesquisa que eu havia feito. 


Ela voltou com um vestidinho e sentou na cama me olhando. 


Vick: Ainda lembra ? - se referiu ao café - 


Ablon: Tem como esquecer ? – sorri - 


Vick: Podemos agora ?


 Ablon: Come Vick.


 Vick: Posso fazer as duas coisas ao mesmo tempo. 


Ablon: Não, quero que coma primeiro.


 Vick: Você consegue parecer um pai quando quer né. 


Ablon: Assim como você consegue parecer uma mãe, agora coma. 


Vick: Só não estou acostumada com esse tipo de tratamento, a mandona sempre sou eu. 


Ablon: Vai se acostumando. Vou cuidar de você. 


Vick: Só porque estou realmente com fome. 


Ela balançou a cabeça sorrindo e começou a comer.


Vick: Estou cheia agora - cruzou os braços - E você nem comeu nada.


 Ablon: Não estou com fome - franzi a testa - 


Ela respirou fundo e começou a morder o lábio inferior. 


Ablon: Está mordendo o lábio de novo. 


Vick: Estou nervosa – soltou - Achei que nunca fosse encontrar.


 Ablon: Encontrar o que ? 


Vick: Um homem que me fizesse sentir medo - abaixou a cabeça - 


Ablon: Te faço sentir medo ? - segurei seu queixo e fiz ela olhar para mim novamente -


 Vick: Sim. 


Ablon: Medo do que ?


 Vick: De... - se calou - 


Ablon: Diga Vick, preciso saber o que se passa na sua cabeça. 


Vick: E se você não gostar das respostas ? 


Ablon: Não saberei se não tentar. 


Vick: Só tenho medo de perder você Ablon. Medo de perder o que eu nunca cheguei a ter. 


Ablon: Como sabe que nunca chegou ?


 Vick: Você nunca foi meu e você sabe. 


Ablon: Se isso for uma culpa, eu me declaro culpado, porque também tenho medo de perder você, e eu também nunca a tive.


 Vick: Sempre fui sua, só você que não percebeu isso. 


Engoli em seco.


Ablon: Porque ? - Ela me olhou confusa.- Porque diz isso, que sempre foi minha ?


 Vick: Porque... Desde que comecei a te conhecer melhor percebi que não ia dar para ter somente um vinculo de amizade ou patrão e funcionária, e sei que você também percebeu, porque a eletricidade que ficava no nosso meio era demais Ablon. E - ela me olhou, assenti - sempre fui o tipo de mulher que queria namorar um homem só, com o tempo percebi que esse homem era você. Meu maior desejo agora é ficar contigo, para sempre se possível. O que eu não sei se será, porque você sempre foge de mim, e eu nem sei o porque. 


Seus olhos estavam nos meus e ela não desviou em nenhum momento, hesitei por instantes pensando o que responder. 


Ablon: Vick, eu nem sei o que dizer.


 Vick: Está achando que sou a mulher mais idiota do mundo por pensar assim não é ?


 Ablon: Não, gosto que pense assim, gosto que queira ficar comigo e só comigo. Mas... - ela me interrompeu - 


Vick: Sempre tem o mas. 


Ablon: Não sei se podemos.


 Vick: Porque não ? O que te impede Ablon me diz por favor.


 Ablon: Eu, eu mesmo sou o motivo. 


Vick: Como você pode ser o motivo, porque ? Não quer ficar comigo ?


 Ablon: Quero muito, eu daria tudo o que tenho para isso dar certo, mas você não entenderia. 


Vick: Se não me explicar nunca vou saber.


Ablon: Não posso explicar, pelo menos ainda não.


 Vick: O que quer dizer com isso ? 


Ablon: Eu não consigo mais ficar longe de você - peguei suas mãos - Mas, sei que seria o melhor, pelo menos por enquanto, melhor para você e para mim. 


Vick: O melhor para mim é você comigo, e não quero saber se tem consequências ou coisa do tipo, eu só tenho uma vida Ablon, e ela está passando, já tenho 19 anos e nunca quis namorar ninguém, esperando o cara certo, perdi uma pessoa muito importante que poderia ter sido o cara certo, mas Deus resolveu levá-lo de mim. Eu sempre acreditei Nele, que Ele traria alguém que fosse o meu presente, a minha recompensa depois de todo o meu sofrimento, alguém que me ensinasse a amar novamente, ou até mais do que eu já sei sobre amor, acha mesmo que vou querer esperar ou, te perder, e se eu morrer amanhã ? A minha vida inteira terá sido o que ? Só tristeza ? Vai me negar isso ? Me negar a felicidade ? - ela lutava para não chorar - Não faça isso, por favor Ablon, só diga que sim, eu posso tentar. Vamos tentar. Pela primeira vez eu quero tentar, por favor. - ela não aguentou mais segurar as lagrimas e as deixou cair -


Eu não sei o que aconteceu comigo, mas senti um aperto por saber que ela chorava por mim, eu não a queria sofrendo, principalmente por minha culpa, tudo que eu queria daquela mulher era fazê-la feliz. 


Em um impulso repentino a agarrei e a beijei, invadindo cada canto de sua boca, estava tudo misturado ali, desejo, carinho, amor, preocupação. 


Apertei meus braços envolta dela como se a pudesse trazer mais para mim.


 Ela envolveu seus braços na minha nuca apertando meu cabelo, senti o desejo crescer, meu Deus, como eu queria essa mulher, e era incontrolável, com experiencia ou não eu não conseguia controlar meu corpo, a puxei com cuidado a jogando na cama e me deitei por cima rapidamente, minhas mãos desceram para sua coxa e a apertei, ela soltou um gemido baixinho, desci beijando seu pescoço e ela me deteve. 


Ergui a cabeça para fitá-la, seu olhar era de desejo mas, também estavam confusos.


 Vick: Não posso fazer isso sem saber a sua resposta. 


Ablon: Independente da minha resposta não vamos fazer isso, ainda não está pronta. 


Ou melhor, será que eu estava ? 


Dei um selinho nela e deitei ao seu lado descansando a cabeça nas mãos.


 Ablon: Passei toda a minha vida adulta tentando evitar emoções extremas. Mas você... você desperta sentimentos em mim que são completamente desconhecidos. É muito...- franzi a testa procurando a palavra certa - Perturbador. Gosto de ter controle Vick, mas com você isso desaparece. 


Vick: Acha tão ruim assim ? 


Ablon: Não sei - passei a mão em seu rosto - mas, eu quero tentar. 


Vick: Quer ? - seus olhos se arregalaram - 


Ablon: Sim, faço isso por você. 


Vick: Quero que seja por nós. 


Ablon: Se te faz bem, me faz bem – sorri - 


Vick: Espero mesmo que seja assim.


 Ela pulou em mim novamente iniciando um beijo calmo e cheio de promessas.


 


Vick narrando


 Parei o beijo enquanto seu celular tocava. 


Ablon: Só um minuto. 


Ele atendeu o telefone e se afastou para falar. Voltou depois de 5 minutos. Continuei sentada na cama.


 Ablon: Era Shamira - me olhou -


 Vick: Hum. 


Ablon: Queria saber como você estava – sentou - 


Vick: E ela se interessa porque ? 


Ablon: Porque ela sabe que dependo de você para ser feliz agora. 


Vick: Agora ? 


Ablon: Sim, Shamira me conhece a muitos anos Vick, e eu nunca agi assim antes. 


Vick: Muitos anos ? Então ela tem uma certa vantagem sobre mim – bufei - 


Ablon: Não tem não, somos apenas amigos.


 Vick: Urrum.


Ablon: Vamos brigar já ?


 Vick: Não estou brigando - dei de ombros - 


Ablon: Acho bom que não esteja. 


Revirei os olhos. 


Ablon: Se revirar os olhos para mim de novo te faço revirá-los por um motivo.


Engoli o olhando assustada. 


Ablon: Sabia que ia se assustar - disse sério - Agora, o que quer fazer ? 


Vick: Ficar aqui curtindo você, todo bravinho e lindo - fiz bico - 


Ablon: Tsc, não sei o que faço contigo – sorriu -


 Vick: Atenda meu pedido. Pedimos filme, e pipoca, você passa a tarde inteira e a noite inteira comigo. Fim. 


Ablon: Não quer ir lá pra casa ?


 Vick: Amanhã, só manhã. 


Ablon: Seu pedido é uma ordem madame. 


Vick: Bobo - disse rindo -
Vou ligar para a recepção.


 E passamos a tarde assim. O tempo todo juntos, nos curtindo e vendo filme. 


Quando escureceu Ablon foi até seu apartamento, tomar banho e trocar de roupa e logo depois voltou, jantamos juntos aqui mesmo e depois dormimos, juntinhos.


 


2 semanas depois. 


 Logo que começamos a tentar, eu tive que voltar para o Paraná, Lari passou mal e precisava de mim, passei uma semana com ela mas, nesse tempo troquei mensagens, e-mails e telefonemas com Ablon. 


 Na semana seguinte Ablon foi viajar e passou uma semana fora também, estava começando a achar que não era para passar um tempo com ele.


 Até que ele voltou de viagem e mandou uma passagem de primeira classe para que eu voltasse para o Rio. 


 Não queria aceitar a passagem mas, com aquele jeito controlador dele como o meu, eu acabei aceitando para não brigar. 


 Cheguei no Rio e já havia passado das 23:00, ele me esperava lindamente no aeroporto. 


 Cheguei cansada da viagem, fomos para o seu apartamento, Shamira ainda estava lá, mas eu nem liguei, jantamos normalmente e a partir do momento que ele disse que dormiria comigo me esqueci dela totalmente. 


 Acordei no outro dia com ele me beijando.



Vick: Hum ? - disse sonolenta -


 Ablon: Acorda dorminhoca - disse entre beijos -


 Vick: Ah não Ablon - virei para o outro lado -


 Ablon: Acorda sim, o dia está lindo - sussurrou no meu ouvido dando um beijo na minha orelha -


 Vick: Se continuar me beijando assim vai me convencer.


 Ablon: Ah é ? - mordeu -


 Vick: Urrum - me encolhi -


 Ablon: Bom saber. 


Ele dei mais uns beijinhos na minha orelha, desceu para o meu pescoço e depois minhas costas, desceu até a barra da camiseta que eu usava e começou a subi-la me beijando agora por baixo da roupa. 


Vick: Ok, acordei - disse suspirando -


 Ouvi seu risinho abafando e ele se afastou para que eu virasse.


 Vick: Golpe baixo isso hein - o fitei - 


Ablon: Quem pediu foi você.


 Vick: Pode fazer isso quantas vezes quiser.


 Ablon: Olha que eu aceito a proposta - se aproximou e me deu um selinho sorrindo - Adoro sentir seu corpo - alargou o sorriso -


 Vick: Vai tomar café vai - o empurrei - 


Ablon: Vou te esperar na mesa tá bom ? 


Vick: Tá. 


Me levantei fui fazer minha higiene e tomar um banho.


Cheguei na cozinha e ele estava sentado com Shamira ao seu lado esquerdo, e a cadeira do lado direito vaga para mim.


 Ablon: Toma seu café e depois se arrume, vamos dar uma volta. 


Assenti entusiasmada e comecei a comer.


 Não trocamos mais nenhum palavra a não ser Ablon e Shamira.


 Terminei de comer e fui me arrumar. 


Como o dia estava quente, passei o protetor, coloquei uma blusinha branca, shorts preto e rasteirinha, fiz uma make leve arrumei o cabelo, e coloquei o óculos. 


Sai do quarto dele arrumada e ele entrou para se arrumar. 


Depois de 20 minutos ele saiu.


 Ablon: Vamos ?


 Vick: Sim.


 Peguei uma bolsinha e saímos.


 Vick: Onde vamos ? - disse enquanto estávamos no elevador - 


Ablon: Aproveitar o dia. 


Chegamos no térreo, pegamos o seu carro e saímos.


 Ablon parou em frente a uma sorveteria e ao descermos pegou na minha mão.


 O encarei.


Ablon: É tudo novo para mim também. 


Vick: Não estou reclamando só, fiquei surpresa com sua ação. 


Ablon: Dissemos que íamos tentar não foi ? Já que vamos tentar, quero que seja do jeito certo. E o jeito certo inclui, você é minha namorada, sou ciumento - levantou uma sobrancelha - 


Vick: Eu também sei ser ciumenta quando quero - disse sorrindo - 


Entramos na sorveteria e fizemos o nosso pedido.


 Ablon: Flocos, bombom e leite condensado ao vinho ? 


Vick: Meus sabores preferidos, já vai aprendendo. 


Ablon: Uma mistura isso sim.


 Vick: Para de reclamar do meu sorvete - fiz bico - 


Ablon: Se soubesse a vontade que tenho de te morder quando faz isso, ou quando morde seu lábio 


Vick: E porque não morde ? - o desafiei -


 Ablon: Porque me controlo, ao menos isso eu ainda consigo. 


Vick: Talvez não devesse se controlar.


 Ablon: :Acredite Vick, faço isso para o seu bem.


 Deixei passar dessa vez, não queria enchê-lo de perguntas mas, logo eu faria isso.


A garçonete chegou com as taças e tomamos o sorvete em meio a conversas.



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Autor(a): Fraanh

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Terminamos e ele não me deixou pagar.   Vick: Não gosto que me banquem, você sabe disso não é ? - disse enquanto atravessávamos a rua -  Ablon: Sei que não, mas é o minimo que devo fazer. Não reclame, apenas aproveita.  Vick: Fácil falar – bufei -  Ablon: Pa ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • fraanh Postado em 16/10/2014 - 20:18:52

    Por mais que eu esteja postando a primeira temporada rapidamente só para continuar a segunda (já que tive que sair do orkut), eu devo, com toda a educação do mundo, dar as boas vindas as leitoras que não me acompanharam antes, então, sejam bem vinda meninas, espero que estejam gostando, comentem por favor, eu não mordo não *-*


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