Fanfics Brasil - Capítulo 2 O Tabuleiro Ouija

Fanfic: O Tabuleiro Ouija | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 2

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Mas você é muito idiota mesmo Vondy. Vai
para o inferno.” – resmungou Cristian.
“Eu não estou gostando nada disso.” – disse
Alfonso, o mais franzino e medroso da turma.
“Calma gente, só uma brincadeirinha pra
descontrair, vamos começar de novo. Dessa
vez é sério e sem brincadeira.” – respondeu
Vondy.
Todos se sentaram novamente em volta do
tabuleiro e colocaram as mãos sobre a peça.
“Há algum espírito entre nós?” – Perguntou
Christopher.
O objeto começou a mover-se lentamente e foi
arrastando até a seta apontar para a palavra
“SIM”. Eles arregalaram os olhos.
“Não sou eu, se alguém estiver brincando
agora é hora de parar.” – disse Vondy.
“Você pode dar alguma outra manifestação da
sua presença?” – perguntou de novo Christopher.
Uma pancada alta vinda da janela fizeram
todos se assustar.Christopher arregalou os olhos e
sorrindo continuou.
“A Vondy vai passar de ano?”
A peça se moveu lentamente para a palavra
NÃO.
“A esse ponto do ano e com as minhas notas
eu não preciso de espírito nenhum me dizer
isso. Agora eu vou perguntar algo sobre você.
Espírito, o Christopher vai ter uma morte lenta e
dolorosa?”
A peça lentamente se moveu para a palavra
SIM.
“Você esta passando dos limites Vondy.” –
reclamou Christopher franzindo a testa, enquanto os
outros tremiam de medo “Você pode nos dizer
seu nome, ou te chamamos de espírito?”
A peça novamente começou a mover.
Primeiro, moveu-se lentamente até a letra M,
depois a letra E, depois S e com uma
velocidade anormal completou com as letras
TRE.
“Mestre?” – perguntou Vondy. “Está de
sacanagem.” – completou.
“Você não quer deixar o espírito bravo.” –
disse Christopher. “Mestre, você pode nos responder
tudo que queremos?”
Outra vez a peça moveu-se demasiadamente
rápido. Todos olhavam com olhos arregalados
para o tabuleiro lendo, AQUI NÃO.
“Onde então?” Perguntou Christopher.
Vondy e os outros garotos retiraram suas
mãos do objeto. Christopher por fim retirou sua mão
também e antes que ele pudesse dizer
qualquer coisa a peça moveu por si própria.
Em um ritmo acelerado o objeto soletrou
“CAVE”.
Christopher sorriu. Cave era como os adolescentes
chamavam uma caverna que ficava em um
parque da cidade. Apesar de ser proibido
entrar nessa caverna os jovens sempre se
reuniam lá para usar drogas ou outros atos
de promiscuidade. O lugar em si tinha uma
energia negativa que assustava Vondy que
havia ido ao local pouquíssimas vezes.
“Nunca que eu vou entrar na cave pra fazer
essa brincadeira estúpida. E vocês também
não deveriam. Eu já escutei muitas histórias
onde as pessoas se deram mal. Agente não
sabe quem ou o que está nos respondendo.”
“Você não quer deixar o espírito bravo, quer
Vindy?” – perguntou de novo Christopher.
Antes mesmo que Christopher pudesse terminar de
pronunciar o nome de Vondy as cortinas do
auditório se fecharam. A escuridão no
auditório era completa e o terror começou.
Vondy sentiu duas mãos tocarem seus
ombros com força e arremessando-a longe.
Ela foi escorregando no piso de madeira
encerado, um de seus tênis voando para o
lado. Ela gritou alto, queria falar, mas não
encontrava palavras. Ela sabia que não havia
sido empurrada por um de seus amigos,
nenhum deles tinha tamanha força.
As mãos outra vez lhe tocam, desta vez nos
braços. Ela foi puxada, distanciando ainda
mais de seus amigos que gritavam seu nome
desesperadamente.Vondy rolou e ficou de
bruços para tentar levantar, mas foi detida
por uma mão em sua cabeça que puxando
seus cabelos, elevou sua cabeça alguns
centímetros e logo depois arremessou-a
contra o piso. Sangue escorria misturado com
suas lágrimas e saliva. Em choque, com dor e
sem forças ela se entrega e para de se
debater.
Vondy havia aceitado sua morte. Começou a
rezar para que a morte fosse rápida para que
seu tormento acabasse. Ela pensou em seus
pais. Sendo filha única o sofrimento deles
seria insuportável, especialmente para sua
mãe. Novamente ela sentiu uma dor
excruciante, agora em suas costas. A dor foi
seguida de um barulho de chicote. As
chicotadas continuaram até que ela, não
suportando mais, desmaiou.
O resto da turma não via nada, mas ouvia
tudo. Aterrorizados, eles correram para a sala
adjacente onde se encontrava a porta de vidro
grande que dava para fora da escola. Gritando
e esmurrando a porta eles conseguiram a
atenção de alguém que passava na rua.
“Moço, socorro. Estamos trancados aqui, avise
na secretaria e peça que alguém venha abrir
para nós. Uma de minhas amigas está
machucada.”- gritou Cristian para o homem do
lado de fora.
Ele fez um sinal de positivo com o polegar e
saiu em direção a entrada da escola.
Passado alguns minutos eles escutaram mais
barulho no auditório e foram ver se era a
ajuda chegando. A diretora, seguida da
coordenadora e do zelador entraram furiosos e
quando viram Vondy no chão foram a seu
socorro tirando sua atenção dos demais.
Aproveitando o momento Christopher enfiou o
tabuleiro em sua mochila.
O zelador correu para cima do palco e
desaparecendo atrás da cortina acendeu as
luzes. A coordenadora e a diretora se
ajoelharam ao redor de Vondy.
“O que aconteceu aqui?” – perguntou a
diretora.
“Nós só estávamos brincando. Fechamos as
cortinas e a Vondy começou a gritar. Pela
escuridão não conseguimos encontrar a porta.
Acho que ela teve um ataque e caiu.” –
respondeu Christopher, recebendo olhares
fulminantes de Cristian e Alfonso.
“Direto para a diretoria, os três.” – resmungou
a coordenadora.



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Autor(a): mailson

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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O episódio com os quatro adolescentes foidefinido como um acidente causado por umabrincadeira boba. Quando questionaramVondy sobre o que tinha acontecido eladisse que, no escuro, tropeçou e caiu váriasvezes, esbarrando nas cadeiras. Ela preferiunão contar a verdade, pois quem iria acreditarque com uma brincadeira eles haviamevocado um espír ...


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