Fanfics Brasil - 14 Acontece que eu te amo(Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA

Fanfic: Acontece que eu te amo(Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA hot e romance


Capítulo: 14

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                                                                            2010


Estava incrivelmente cansada naquela manhã. A cobertura do terremoto estava me deixando exausta. Fazia um bom tempo que eu não dormia mais do que duas horas. Só parava para tirar um cochilo.


Amava meu trabalho, mas merecia férias. Helena sentia minha falta, eu não podia abandoná-la dessa maneira, ainda bem que ela era uma criança inteligente, que compreendia meu trabalho, contudo não era justo.


Não é fácil criar uma filha sozinha quando se está em sua terra natal, muito menos em outro país. Eu não podia ter empregada vinte e quatro horas, isso era um privilégio dos mais ricos, diferente do Brasil.


Foi duro sair do país para morarmos nos Estados Unidos. No início, minha mãe ajudou bastante, ficando comigo quase o ano inteiro entre idas e vindas, mas ela não podia desistir de sua vida assim, principalmente
agora que havia encontrado o amor novamente. Há oito anos, ela e Joaquim começaram um relacionamento e estão juntos até hoje. Ele foi meu maior mentor no jornalismo.


Saí do estágio logo depois do que aconteceu entre Alfonso e eu, ao me descobrir grávida dele aos dezoito anos. Não tinha isso em meus planos.


Meu objetivo era terminar a universidade e trabalhar com o jornalismo, e assim o fiz. Em momento algum minha filha atrapalhou meus intentos, agora eu tinha ainda mais motivos para conseguir o que sempre sonhei.


Foi mais difícil, é verdade, mas aqui estou.


Não contar a ninguém sobre minha gravidez e terminar o curso de jornalismo em São Paulo foi, na verdade, uma maneira de evitar a todo custo que Alfonso soubesse, acho que queria feri-lo mais do que ele me feriu.


Até hoje ele desconhece o fato de que possui uma filha comigo. A pior parte foi ter que pedir à minha mãe que jamais contasse a Sílvia o que aconteceu. Ela nunca soube que o pai de Helena é Guilherme. Ela sempre
imaginou que fosse Rodrigo. Em sua cabeça, Rodrigo foi embora ao saber da minha gravidez. No início, ela gritou comigo, ficou magoada, mas em hipótese alguma sugeriu que eu abortasse, sendo que só o que restou foi entender e aceitar que “eu não queria que soubessem que eu estava grávida”.


Bem, foi isso o que eu disse, que sentia vergonha por estar grávida sendo tão jovem. Temia o julgamento precipitado das pessoas. E não era nada disso, eu só queria que ela não contasse a ninguém, principalmente a
Sílvia, pois ela comentaria com os filhos e Alfonso obviamente saberia.


Ele se casou com Marisa, mas ela e o filho morreram logo após o parto.


Eu só soube disso depois que Helena tinha dois anos. Por acaso, encontrei Sílvia em uma solenidade de juristas e ela me falou de toda a vida dele em pouco menos de dez minutos. Ao final, soube que o filho nem era dele. Ela havia engravidado de um homem com quem tivera um caso passageiro muito antes de ele ir para o Japão. Ao menos ela tivera a decência de contar isso antes de morrer. Não sinto raiva dela, mas não faria o mesmo para não perder o homem que amo. Deus a perdoe por seus pecados.


Alfonso agora é o diretor presidente do jornal e Tomás continua fora do país.


Muitas vezes, me senti um tanto quanto cruel por haver escondido a paternidade de Helena das pessoas à minha volta. Mas como eu poderia conviver com a opinião de pessoas tão preconceituosas com relação à
diferença de idade? Foi melhor assim, tornei-me mais independente e destemida. Para mim, as coisas são apenas difíceis, nunca impossíveis. O que intrigou foi Joaquim, eu nunca falei a quem quer que seja que Helena é filha de Alfonso, mas tenho certeza de que ele sempre soube.


Talvez eu seja má porque neguei à minha filha a presença do pai em sua vida, isso eu assumo, um dia ela entenderá que não importa se ela teve ou não o pai presente, o que importa é que nós somos uma família feliz.


Às vezes, ela me pergunta sobre ele e tenho que inventar mil histórias, nada de ruim, claro, mas sempre digo que ela irá conhecer o pai um dia, basta que tenha paciência. Enfim, há oito anos não vejo Alfonso e pretendo passar o resto dos meus dias sem vê-lo. Se eu o esqueci? Claro que não. Ele é o pai da minha filha, impossível esquecê-lo. Se ainda o amo? Isso sim seria demais. Não o amo, nem o desprezo. Não nutro sentimento algum por ele. Eu costumo dizer a mim mesma que Alfonso é apenas um rosto na multidão.


No trabalho, logo após haver deixado Helena na escola, mais e mais missões. Isso me deixava excitada, eu realmente adorava meu trabalho, minha vida, minha filha. Sentia-me realizada como mulher, profissional e mãe. Helena era tudo o que eu queria, meu maior e melhor presente. Ela estudava em período integral, mas eu contava sempre com uma vizinha mexicana que tinha os filhos na mesma escola. Ela sempre pegava Helena e, apesar de estarmos em um país estranho e pertencermos a culturas diferentes, sentíamos a mesma coisa com relação aos filhos, éramos protetoras. Ajudávamo-nos sempre, eu a pegar os filhos dela na escola e ela a fazer o mesmo por mim, e ambas trabalhávamos. Seu marido, Oscar, era médico, tinha o horário apertado, e ela, cujo nome era Blanca, dava aulas particulares de espanhol, sobrando-lhe, portanto, mais tempo para ficar com as crianças. Quando Blanca e Oscar tinham uma folga, eu ficava com os filhos dela, Diego e Lupita, para que eles pudessem aproveitar o dia juntos. Eu mesma me admirava com minha capacidade de cuidar não só de uma, mas de três crianças, e eu os adorava, me sentia criança novamente.


Quando eu também precisava, ela não se opunha a ficar com Helena. E quando nenhuma de nós podia, contávamos com o nosso plano B, Irene, nossa vizinha.


Enfim, uma notícia boa, fui nomeada editora e isso foi maravilhoso para mim, Helena estava numa fase de sentar um pouco, aproveitar sua infância e se livrar de minhas viagens, curtir mais minha presença. Haveria uma equipe comigo e seria bom trabalhar com gente nova e mais próxima de pessoas com a mesma profissão.


Eu sentia falta disso, confesso, apesar de dizer a mim mesma que era só até Helena crescer um pouco mais.


Junto de minha equipe, fui apresentada aos presentes como a nova editora do canal. Para minha surpresa, e isso realmente foi uma surpresa, nunca me esqueceria daquele rosto, apesar de tê-lo visto apenas quatro ou
cinco vezes, e, se eu não tivesse tão boa memória fotográfica, o nome já me diria tudo, Tomás Herrera, meu braço direito na equipe, seria um dos apresentadores, afinal de contas, era a mais nova aquisição do canal. Eu
seria a editora e ele, o editor chefe e apresentador. Como o destino nos prega peças, não é mesmo? Não sei se mudei, mas se passaram oitos anos, e, mesmo assim, ele me reconheceu. Cumprimentamo-nos e logo todos souberam que já nos conhecíamos. O perigo estava me rondando. As chances de Alfonso saber bem rápido que nós tínhamos uma filha eram muito grandes naquele momento.


A ideia inicial era que Tomás fosse âncora do telejornal enquanto escolhíamos uma apresentadora. Acredito que, no primeiro dia em minha nova função, me saí muito bem. Ao final do expediente, estava cansada de falar, mas não exausta como nos dias e meses anteriores, sem tempo até para dormir, ficar com Helena, então, nem se fala. Assim, a primeira semana passou.


Numa das reuniões de pauta, após terminarmos e decidirmos o que levar ao ar, Tomás ficou mais um pouco e pediu para falar comigo. Como ele não havia tocado no assunto nos primeiros dias, não imaginei que ele fosse me abordar daquela maneira.


— Anahí, podemos conversar? Tenho uma pergunta para te fazer.


— Pois não, Tomás, sente-se.


— O que aconteceu entre você e Alfonso que o levou a nocaute? – Assim, diretamente, como se fosse de sua conta e como se tudo tivesse acontecido ainda ontem.


— Tomás, não acho que seja bom remexer nessas histórias do passado.


Prefiro falar de assuntos do trabalho, se não se importa.


— Eu não me importo, Anahí, mas, com toda a sinceridade, não vou parar de falar até você sentar e me contar o que aconteceu naquele hotel onde os deixei.


— Acho que isso só interessa a mim e ao seu irmão.



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Autor(a): jessica_ponny_steerey

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 45



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  • anne_vondy Postado em 07/10/2014 - 06:09:35

    Essa fic foi linda *--* amei mesmo vendo depois de terminada :) Arrasou

  • franmarmentini Postado em 15/08/2014 - 04:27:46

    *.*

  • franmarmentini Postado em 15/08/2014 - 04:27:27

    AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII ESSA FIC* FOI MARAVILHOSA....PARABÉNS BJUSSSSS

  • edlacamila Postado em 15/08/2014 - 01:38:03

    Aaaaaaaanwt foi pft o fim *-*

  • iza2500 Postado em 15/08/2014 - 01:36:17

    Lindo o final, ameiiiiii.até a próxima.

  • franmarmentini Postado em 14/08/2014 - 13:48:14

    fiquei até emocionada...chorrei de dó da any...como assim poncho tem amante...denovo ele está com outra...tadinha da any não merece isso...to com muito nojo do poncho sério mesmo...e ainda ele não fala nada :/

  • iza2500 Postado em 14/08/2014 - 09:48:28

    Essa história de amante tá mal contada, o Rodrigo e um idiota, aff! A Any também não tinha nada que ter contado sobre sua vida de casada pra ele, agora o Poncho tem que se explicar dessa vadia, seria legal a Any grávida do Poncho, quem sabe esse casamento não melhora.postaaaa mais!!!!!!

  • edlacamila Postado em 14/08/2014 - 07:13:22

    AMANTE???????? EXPLICA ISSO HERRERAAAAAAAAAAAAAAAAA Anny ta gravida *-* KKKKKKKKKK Ultimos? Tem 2 temp. :3 postaaaaaaaaaa <3

  • edlacamila Postado em 14/08/2014 - 01:07:21

    Rodrigo :@@@ poncho é um bruto u.u tadinha da anny :/ postaaaaaa <3

  • iza2500 Postado em 14/08/2014 - 00:29:33

    Zzzzzzz... Rodrigo, quero hot AyA, e um irmãozinho pra Helena.postaaaa mais!!!!!


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