Fanfics Brasil - 19 Acontece que eu te amo(Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA

Fanfic: Acontece que eu te amo(Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA hot e romance


Capítulo: 19

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Eram cinco horas da manhã, não consegui dormir ou ficar na cama, levantei-me com uma dor de cabeça terrível, tomei um remédio e fui cuidar de algumas coisas dentro de casa.


Às seis horas, Alfonso estava à minha porta, totalmente despenteado, usando a mesma roupa do dia anterior, tinha o olhar cansado, parecia que não havia dormido a noite inteira. Preferi não dizer nada, apenas deixá-lo
entrar. Eu não sentia medo dele naquele momento, pois ele não iria gritar comigo com a possibilidade de Helena escutar. Não acho que seria saudável para ela descobrir o pai daquela maneira. Ele entrou e sentou-se
no sofá, esfregando as mãos no rosto como num gesto para acordar ou manter-se acordado. Ficamos em silêncio por longos e infinitos trinta segundos, até ele falar primeiro.


— Tomás me deu seu endereço. Eu não dormi a noite inteira... eu... quero conhecer minha filha.


— Eu sei, mas não acho que seja o momento adequado.


— Não me interessa o que você pensa. Oito anos se passaram. Quando será o momento adequado para você, em meu leito de morte?


— Você está em minha casa e creio que não vai querer que ela escute toda a discussão se você continuar intransigente e começar a gritar.


— Tudo bem, eu baixo a voz, mas quando vai ser a hora? À tarde?


Quando ela acordar?


— Não seja insensato, ela precisa de uma conversa antes, não pode ser assim de supetão. Dê-me um prazo.


— Amanhã!


— Não tem graça, Alfonso!


— Uma semana, então. Se você não contar a ela que eu sou seu pai, juro que a sequestro e você nunca mais a verá, está me entendendo?


— Uma semana.


— Eu juro, Anahí, se você tentar alguma gracinha, irá se arrepender para o resto da vida. Minha única vontade no momento mais do que conhecer minha filha é de te ferir, mas não te ferir fisicamente, te ferir na alma, no íntimo, quero fazer com você o mesmo que você fez comigo, na verdade, quero fazer pior.


— Isso você já me disse antes.


— Por quê?


— Por que, o que?


— Por que você fez isso comigo, Anahí? Em sua cabeça, sou tão ruim assim? Eu fui tão mau com você que mereci esse castigo cruel?


— Você me magoou muito, Alfonso, mas não fiz por vingança. Eu me senti perdida...


— E você dizia ser adulta, madura o suficiente.


— Isso não tem nada a ver com maturidade, mas sim com escolhas. Por favor, vá embora, eu não quero que ela acorde de repente e veja você nesse estado. Ela nem sabe quem você é e ver você assim pela primeira
vez a assustaria.


— Eu vou Anahí, mas não é para sempre. Você não perde por esperar.


Você vai me pagar por esses sete anos que me roubou do convívio com minha filha.


— Não me ameace, Alfonso. Não sou mais a bobinha apaixonada que você conheceu anos atrás.


Ele se foi sem dizer mais nada. Realmente estava disposto a me ferir de qualquer maneira. Ele tinha o direito de conhecer a filha, mas, sinceramente, acho que ele não iria tentar nada mais sério como tirá-la de mim.


Tomás me contou sobre a briga que teve com ele, mas no fundo, o irmão o compreendeu e perdoou, uma vez que ele também não sabia, e entendeu que a obrigação de contar deveria ser minha.


A pior parte agora seria começar a contar para Helena sobre seu pai.


Como iria dizer a ela que Tetê era realmente seu tio, que era irmão de seu pai? Que confusão eu fiz! Mais tarde, quando Helena acordou, eu havia preparado o café da manhã e em conversa fui introduzindo Tomás,
fazendo-a perceber como era boa a figura paterna na vida dela, apesar de Tetê ser apenas o tio que ela tanto gostava e se divertia. Perguntei-lhe sobre ele ser seu tio de verdade, sobre a necessidade que ela ainda tinha
de conhecer o pai que tanto queria antes. Ela disse estar muito feliz e queria que o pai fosse igualmente divertido. Indaguei também sobre a possibilidade de conhecer o pai.


— Mas você disse que ainda é cedo para eu conhecer meu pai.


— Eu sei, amor. Mas, e se eu estivesse errada e visse que você tem que conhecer seu papai, o que você me diria, então?


— E se ele não gostar de mim como Tetê gosta? E se ele for malvado?


— Não, meu amor. Ele irá amar você até mais do que Tetê. E ele também não é malvado. Ele é bom! Você quer saber como é seu pai?


— Por que isso agora?


— Percebi que estive pensando de maneira errada por muito tempo e vi que chegou a hora de você conhecer seu pai, ele vai adorar você. E quando ele vir esses olhinhos verdes iguais aos dele, vai se apaixonar de imediato por você, pela filhinha adorada dele.


— Será? E se eu não gostar do meu pai?


— Você irá gostar, meu amor.


— E quando eu vou conhecê-lo? Nas férias? Ele está no Brasil? Nós iremos voltar?


— Ele está aqui nos EUA.


— Uau! Onde ele está?


— Na casa de Tetê.


— Ele está na casa de Tetê porque são amigos?


— São amigos sim, e mais do que isso. Eles são irmãos.


— Irmãos? Quer dizer que Tetê é meu tio de verdade?


— É sim, meu amor.


— Que legal!


— Você não fica chateada comigo por não haver contado antes? Eu fiquei com medo de que você não gostasse dele.


— Tá brincando? Eu adoro Tetê!


— Oh, minha linda! Sabe que eu amo você, não é?


— Claro que sei! Ninguém resiste ao meu charme!


Foi mais fácil do que pensei. Helena adorou a ideia de conhecer o pai, principalmente por saber que Tomás era seu tio de verdade. Só me restava contatar Alfonso para marcar o encontro de ambos.


Mantive minha promessa e, dias depois, a levei a um parque público onde primeiro ela encontrou Tomás e muito animadamente brincaram na grama até Alfonso aparecer discretamente e nos cumprimentar como
conhecidos. Ela não percebeu nada nele, já os olhos dele se encheram de lágrimas ao vê-la pela primeira vez, eu até senti um carinho misturado com pena por ele naquele momento, senti que ele havia se transformado em
alguém mais sensível por um instante. Foi a primeira vez que vi o seu semblante feliz, sem aquela raiva nos olhos que ele me transmitiu das últimas vezes em que nos vimos. Então Alfonso nos convidou para tomar um sorvete. Eu e Tomás declinamos, claro.


— E aí, Helena, você quer tomar um sorvete? Estou com muita vontade de tomar um sorvete delicioso, você não?


— Sim, eu estou, mas não sei se minha mãe vai permitir que eu vá com você, ela diz que não posso aceitar convites ou doces de desconhecidos.


— Sua mãe tem razão, mas eu não sou um desconhecido.


— Posso ir, mamãe?


— Claro, meu amor, mas não exagere.


E eles se dirigiram à sorveteria enquanto eu e Tomás ficamos sentados no gramado, esperando.


— Então vamos! Podemos tomar todos os sorvetes que quisermos.


— Minha mãe sempre disse para eu não exagerar, posso ficar gripada e isso não é bom.


— Ela tem razão. Mas hoje é especial, vamos comemorar porque nos conhecemos.


— E o que tem de especial nisso?


— É um dia especial, pois eu nunca havia encontrado uma garotinha tão linda e inteligente como você;


— Eu não sou inteligente.


— O que foi? Será que eu vi uma tristeza em você?


— Não é isso, é que minha mãe disse que eu iria conhecer meu pai e, ao invés disso, ela me apresenta mais um amigo, outro tio. Às vezes, acho que ela quer me apresentar um namorado novo e não meu pai.


— Mas sua mãe já lhe apresentou muitos namorados?


— Namorados, não. Minha mãe não namora. Ela só tem amigos. Você é o namorado da minha mãe? Eu não queria conhecer nenhum, eu queria conhecer meu pai.


— Não. Eu não sou namorado da sua mãe. Você quer muito conhecer seu pai?


— Quero sim.


— Por quê?


— Ué, não é isso que toda criança quer? Eu também quero conhecer o meu e ficar com ele.


— E como você imagina seu pai?


— Sei lá. Minha mãe diz que eu tenho os olhos dele. Ela diz que são verdes, acho que são bonitos assim, iguais aos seus.


— Você acha meus olhos bonitos?


— Acho sim. Ela diz que eu tenho os cílios dele também. Você também tem cílios espessos como ela diz que são os meus.


— Você é uma menina muito esperta, Helena!


— De que adianta ser tão esperta se meu pai não quer me conhecer?


— Ele quer sim, mas talvez ele tenha medo...


— Medo de mim? Eu não sou um bicho para morder ele.


— Não é isso, minha querida. Talvez ele tenha medo de que você não goste dele.


— Mas eu vou gostar dele, a não ser que ele seja malvado e queira bater em mim, em minha mãe ou em minha vovozinha.


— Mas você não sabe disso, não sabe se vai gostar dele. E eu acho que ele não é malvado.


— Eu sei que vou gostar dele. Sinto isso. Gostei logo de Tetê e veja só, ele é meu tio de verdade.


— E se seu pai surgir aqui na sua frente?


— Eu ia abraçar ele, mas acho que ele não vai aparecer.


— Ele ama você demais, Helena. E se eu disser que sou irmão do seu tio Tetê?


— Não é tio Tetê, é Tetê!


— E se eu disser que sou irmão de Tetê e que estou morrendo de medo de dizer que sou seu pai, temendo que você não goste de mim?


— Você é meu pai?


— Sim. Vem cá, minha princesa! Eu te amo tanto!


— Você é meu pai mesmo?


— Sim! Eu sou Alfonso, irmão de Tetê...


— Você é meu pai!


A reação de Helena foi chorar muito. Ela não se controlava e chorava copiosamente, emocionada. Tive que interceder para que ela não se abalasse tanto. Tomás e eu a consolamos junto a Alfonso, que não sabia o que fazer, pois também estava muito emocionado com a reação da filha.


— Meu amor, calma! Não era tudo o que você queria? É seu pai, meu amor. Ele está aqui com você. Por que você está chorando, querida?


— Porque eu não quero perdê-lo. Quero que ele fique comigo. Eu preciso dele, mãezinha.


— Calma, meu amor!


— Fique tranquila, anjinho, você não acredita em sua mãe e em Tetê?


— Acredito.


— Então. Papai vai ficar com você.


— Eu amo você, filha. Não vou te abandonar. Vou ficar com você para o resto da minha vida.


— Também te amo, papai. Eu sempre te amei, mesmo sem te conhecer.


Por favor, não me abandona mais.


— Eu nunca te abandonei, meu amor. E nunca irei te abandonar. Iremos ficar juntos para sempre.


Aquele encontro foi realmente emocionante. Ele foi às lágrimas, parecia uma criança. Eu também me emocionei com ele. Foi como se ele estivesse testemunhando o nascimento de Helena. Percebi que foi quase a mesma emoção que senti quando a vi pela primeira vez, quando o médico a tirou de dentro de mim e me mostrou, dizendo que era uma mulher. “ É uma mulher. Abençoada seja.”


Alfonso e Helena se davam melhor a cada dia que passava.


Aparentemente, estávamos numa trégua, não brigávamos mais, mas também não conversávamos. Ele a buscava na escola todos os dias e nos dois fins de semana durante o tempo em que ficou nos EUA. Todos os dias ela estava com o pai, ele a mimou três vezes mais, em menos tempo que a conhecia, do que eu em sete anos de sua existência. Ele era muito carinhoso com ela. Sempre me tratava bem na frente de Helena, mas,
quando estávamos sozinhos, e isso aconteceu poucas vezes — pois eu sempre evitava ficar nesse tipo de situação — ele não falava ou, quando falava, era sempre áspero ou me lançava olhares ameaçadores.



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Autor(a): jessica_ponny_steerey

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Ele já sabia da existência da filha, já tinha contato com ela e eu não entendia porque tanta revolta. Eu o ignorava por completo. Ela sabia que ele teria que voltar ao Brasil e ficou muito triste, mas as promessas que ele lhe fez foram as melhores possíveis e as mais assustadoras também. Alfonso disse à Helena q ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 45



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  • anne_vondy Postado em 07/10/2014 - 06:09:35

    Essa fic foi linda *--* amei mesmo vendo depois de terminada :) Arrasou

  • franmarmentini Postado em 15/08/2014 - 04:27:46

    *.*

  • franmarmentini Postado em 15/08/2014 - 04:27:27

    AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII ESSA FIC* FOI MARAVILHOSA....PARABÉNS BJUSSSSS

  • edlacamila Postado em 15/08/2014 - 01:38:03

    Aaaaaaaanwt foi pft o fim *-*

  • iza2500 Postado em 15/08/2014 - 01:36:17

    Lindo o final, ameiiiiii.até a próxima.

  • franmarmentini Postado em 14/08/2014 - 13:48:14

    fiquei até emocionada...chorrei de dó da any...como assim poncho tem amante...denovo ele está com outra...tadinha da any não merece isso...to com muito nojo do poncho sério mesmo...e ainda ele não fala nada :/

  • iza2500 Postado em 14/08/2014 - 09:48:28

    Essa história de amante tá mal contada, o Rodrigo e um idiota, aff! A Any também não tinha nada que ter contado sobre sua vida de casada pra ele, agora o Poncho tem que se explicar dessa vadia, seria legal a Any grávida do Poncho, quem sabe esse casamento não melhora.postaaaa mais!!!!!!

  • edlacamila Postado em 14/08/2014 - 07:13:22

    AMANTE???????? EXPLICA ISSO HERRERAAAAAAAAAAAAAAAAA Anny ta gravida *-* KKKKKKKKKK Ultimos? Tem 2 temp. :3 postaaaaaaaaaa <3

  • edlacamila Postado em 14/08/2014 - 01:07:21

    Rodrigo :@@@ poncho é um bruto u.u tadinha da anny :/ postaaaaaa <3

  • iza2500 Postado em 14/08/2014 - 00:29:33

    Zzzzzzz... Rodrigo, quero hot AyA, e um irmãozinho pra Helena.postaaaa mais!!!!!


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