Fanfic: Acontece que eu te amo(Adaptada) Anahí & Alfonso TERMINADA | Tema: AyA hot e romance
Voltamos três semanas depois. Assumi meu posto de editora chefe no canal de TV, e, como era ano eleitoral, - escolheríamos o novo prefeito de Recife - eu trataria de coisas sérias, não apenas noticiários cotidianos, pois sempre me identifiquei com a política, e, para mim, os debates e as propostas políticas de cada candidato eram coisas pelas quais eu me interessava.
Enfim, tudo estava indo muito bem no trabalho e pouco via Alfonso, quando ele chegava, ou eu estava trabalhando já em casa, no escritório, ou estava dormindo.
Todas as manhãs, ele levava Helena para a escola e eu a buscava no almoço. Três vezes por semana, ela ficava o dia inteiro por conta das atividades extracurriculares e ele sempre a pegava ao final do dia.
Levávamos essa rotina já há dois meses, não brigávamos, só de vez em quando soltávamos nossas farpas.
Para quem disse que minha vida iria se tornar um inferno, ela até que estava pacata.
Nesses dois meses, nunca fizemos sexo. E nunca mais tivemos contato algum, principalmente como o da última vez na Sicília. Às vezes, quando eu acordava antes dele, ele estava sempre abraçado a mim pela cintura, puxando-me ao encontro de seu corpo. Eu sempre tentava me desvencilhar, mas não conseguia, era patético, pois tinha que ficar ali abraçada até ele acordar, e o pior de tudo é que eu gostava daquele contato.
Ele me parecia sempre tão cansado e tão frágil quando estava ali, dormindo indefeso. Não tenho certeza, mas acho que as pessoas pensavam que éramos um casal perfeito, pois estávamos sempre juntos nas solenidades do meu trabalho ou no dele, bem como nas festas de fim de semana que porventura surgissem ou na escola de Helena, sempre sorrindo, de mãos dadas — porque ele sempre me prendia. Vez ou outra ele deixava escapar um beijo em meu pescoço, mas quando chegávamos em casa, éramos totalmente mudos.
Hoje pela manhã, ele me avisou que iria viajar e passar duas semanas fora. Achei ótimo, assim eu ficaria mais à vontade naquela casa que, apesar do conforto, não sentia que era ali que eu morava. Eu tentaria aproveitar a
piscina no fim de semana com Helena.
A primeira semana passou rápido e, no sábado da segunda semana, quando eu tive uma folga, levei Helena para passear num shopping e comprarmos alguns itens pessoais. Estávamos numa loja de brinquedos quando Helena encontrou uma menina linda, de uns cinco anos mais ou menos, brincando com uma boneca. Ela aproximou-se da garotinha e logo fez amizade.
Ela sentia a necessidade de ter uma irmã, sentia-se sozinha, quando menorzinha cobrava isso de mim. Eu achei tão lindo ela cuidar daquela garotinha como se fosse sua irmã. Paguei o que ela pediu e retornei ao local onde elas estavam e, surpreendentemente, um homem estava sentado com a garotinha no colo e brincando com as duas meninas. Ele estava de costas e só quando me aproximei que ele se virou e eu o reconheci.
Fazia mais de sete anos que não nos víamos. Ele continuava bonito. Os cabelos lisos e castanhos continuavam os mesmos. Seu sorriso era o mesmo dos dentes brancos perfeitos de quem usou aparelho ortodôntico por muito tempo. Pensei que ele fosse me ignorar, mas ele não fez isso, afinal de contas, Rodrigo sempre foi muito sensato e racional, com exceção de quando quis casar-se comigo quando eu tinha apenas dezoito anos.
Ele hoje contava trinta e três anos e ainda possuía os mesmos traços dos vinte e cinco de quando namorávamos. Ele colocou a garotinha no chão e se dirigiu a mim, surpreso, abrindo os braços longos para me aninhar num abraço.
— Que surpresa boa, Anahí! Nunca pensei que fosse voltar a te encontrar um dia. Apesar de querer sempre.
Como você está, o que está fazendo, onde mora? Eu soube por amigos em comum que você não morava mais no Brasil.
— Eu estou bem, Rodrigo. Estou trabalhando com o jornalismo. Graças a Deus, faço o que gosto, e estou morando aqui mesmo, voltei para o Brasil há pouco tempo. – Não quis dizer que havia me casado e que morava com o pai de minha filha, por isso tratei de mudar logo de assunto, perguntando sobre ele.
— Estou na capital, como sabe, sou promotor, tenho essa filha linda...
— Que bom, Rodrigo, você se casou. Construiu uma família.
— Não casei, tenho uma filha. É, me envolvi com pensão alimentícia, mas nada de confusão. A mãe da minha filha também é uma promotora e estamos tranquilos quanto a isso, nada de brigas para o bem dela.
— E como ela se chama?
— A mãe dela? Você não a conhece.
— Não, como se chama sua filha.
— Maria.
— Que lindo! Ótima escolha.
E quando fui cumprimentar a garotinha, essa, muito inteligente que era, corrigiu o pai, dizendo que o nome dela era Maria Anahí. Fiquei realmente sem jeito, a menina tinha o meu nome. Olhei para Rodrigo e ele me lançou
um sorriso torto e sem graça.
— Não pude evitar. Acho que o primeiro e grande amor a gente nunca esquece mesmo. Mesmo aprendendo a viver sem ele, é um amor que dilacera a alma, você leva anos para fazê-lo dormir até que ele fica lá, dormindo, pois um outro grande e mais poderoso amor surge na figura de uma filha.
Pensei no que Rodrigo falava sobre nunca esquecer o primeiro amor e me vi refletida naquelas palavras. Eu começava a entender que não havia esquecido Alfonso. Eu apenas o havia colocado para dormir em meu
coração.
— Nem sei o que dizer, Rodrigo.
— Não diga nada, apenas aceite tomar um sorvete comigo e com minha filha.
— É pra já!
Até aquele momento, eu não havia falado nada sobre Helena ser minha filha. Quando sentamos na sorveteria, ele me perguntou sobre ela, pensando se tratar de minha irmã mais nova. Ele pensou que fosse filha de minha mãe com Joaquim. Quando eu contei que era minha filha, percebi que ele fazia contas mentalmente e, de cabeça baixa, olhando para o sorvete que tomava, mexendo de maneira que não ia tomá-lo, me perguntou de quem.
— Anahí, eu não sou excelente em matemática, mas... namoramos quando você tinha dezesseis para dezessete anos, estávamos juntos quando você fez dezoito, nunca tivemos nada, eu...
— Rodrigo, esse não é o lugar para falarmos sobre isso.
— Quem é ele, Anahí? Foi por causa dele que você não aceitou meu pedido? Você já estava grávida de outro?
— Não! Eu não estava grávida. Por favor, Rodrigo, vamos mudar de assunto agora.
— Eu mereço saber.
Helena e Maria Anahí, que não estavam tão atentas à conversa, então, na tentativa de impedir que elas ouvissem alguma coisa, ofereci-lhes mais sorvete e vibraram com a oportunidade de, além de tomar mais sorvetes, andar nos brinquedos da praça de eventos onde estávamos, dessa forma foi possível que conversássemos sem que corrêssemos riscos.
— Anahí, eu não consegui parar de pensar em você esse tempo todo. E agora que eu te encontrei, não quero mais te perder. Perder você duas vezes não é saudável. Outra coisa que não parei de pensar é em quem é o
pai dessa criança.
— Você não conhece.
— Olha que eu conheço um monte de gente, hein...
— É, mas pra que mexer nisso agora?
— Eu preciso saber, Anahí. Você me traiu com ele, foi por isso que não aceitou meu pedido de casamento? Eu me lembro de que você era toda indecisa sobre sexo e, de repente, você faz, tem uma filha e ele ainda te
abandona?
— Não foi nada disso, Rodrigo.
— Quem é o pai?
— Rodrigo, por favor...
— Por favor, Anahí!
— O nome dele é Alfonso Herrera. De fato, eu o conheci quando ainda namorávamos, mas nunca tivemos nada, apenas me encantei com ele.
— Alfonso Herrera? O mesmo Alfonso Herrera, presidente do Jornal de maior circulação do Estado? O mesmo jornal em que você começou estagiando? Mas ele era um velho, Anahí!
— Ele não é um velho! Conhecemo-nos fora do jornal e nos encontramos quando eu estagiava lá, era caloura na universidade, mas...
— Você me traiu com ele?
— Eu já disse que não. Foi depois que rompemos. Não quis me casar com você porque não podia te enganar, não queria me casar e nos fazer infelizes.
— E me fez infeliz sozinho.
— Pior seria se eu tivesse me casado com você sem amá-lo.
— Eu te amaria do mesmo jeito. Ouvi dizer que ele se casou recentemente. Ele sabe da existência de sua filha.
— Rodrigo, eu sinto que vou te decepcionar de novo, mas você tem que saber. Alfonso não me abandonou à própria sorte... não exatamente assim. Ele não sabia que eu havia engravidado.
— Pior ainda. Se ele não sabe que tem uma filha, eu posso ser o pai dela.
— Não, Rodrigo. Eu nunca menti para minha filha sobre o pai dela. Eu também nunca contei a ele sobre a existência dela, até eu trabalhar com Tomás, seu irmão, e descobrir tudo e exigir que eu contasse a verdade a Alfonso.
— Então ele sabe agora e mesmo assim não se importa? Vai ver ele não tem idade para cuidar de uma criança. Meu Deus, Anahí, como você teve coragem? Um cara velho demais pra você.
— Para com isso, Rodrigo. Ele não era velho para mim, tampouco o é agora. E agora ele sabe, sim, da existência de Helena e ficou muito zangado comigo por não haver contado, ameaçou tirá-la de mim, eu morava nos EUA na época e ele entrou com um pedido de guarda, então precisei voltar.
Você é pai, você entende, eu não podia permitir que ele a roubasse de mim.
— E por isso você voltou?
— Voltei.
— Nenhum juiz é louco o bastante para tirar a guarda de uma mãe, a não ser que tenha motivos sérios. Ele tem que ouvir o ministério público, eu falo com alguns amigos meus para saber quem é o de seu caso e você fica livre desse canalha.
— Ah, Rodrigo, o juiz do qual você fala não se encaixa no que julgou meu caso. Ele é completamente sem noção, maluco mesmo. Estamos no ocidente, meu Deus, senti-me como se tivesse sido estuprada e ter de casar com meu ofensor para que ele não seja punido. Gostaria de ter te encontrado antes. Infelizmente, te encontrei só agora, eu não sabia a quem recorrer, então...
— O que eu não entendi é que agora ele sabe da existência de sua filha e quer ter direitos sobre ela, mas casou-se recentemente com outra.
— Sim, ele se casou. Mas a notícia sobre o casamento dele foi comigo.
— Você se casou com ele, Anahí? Mas, por quê?
— Eu precisava.
— Ele te coagiu a casar com ele? Ele não tem caráter. Eu jamais faria uma coisa dessas com você. Se ele amasse a menina, não faria você sofrer dessa maneira. Ele é mesmo um idiota egocêntrico!
— Vamos esquecer isso. Agora temos que ir. Está ficando tarde.
Apesar da loucura que foi o dia e o reencontro com Rodrigo, dormi bem naquela noite. Eu e Helena passamos o domingo na piscina, foi muito bom para nós. Na manhã seguinte, eu tinha muito trabalho a fazer e pretendia
dar continuidade a uns projetos que havia pensado em desenvolver, paralelo aos debates políticos.
Autor(a): jessica_ponny_steerey
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 45
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anne_vondy Postado em 07/10/2014 - 06:09:35
Essa fic foi linda *--* amei mesmo vendo depois de terminada :) Arrasou
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franmarmentini Postado em 15/08/2014 - 04:27:46
*.*
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franmarmentini Postado em 15/08/2014 - 04:27:27
AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII ESSA FIC* FOI MARAVILHOSA....PARABÉNS BJUSSSSS
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edlacamila Postado em 15/08/2014 - 01:38:03
Aaaaaaaanwt foi pft o fim *-*
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iza2500 Postado em 15/08/2014 - 01:36:17
Lindo o final, ameiiiiii.até a próxima.
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franmarmentini Postado em 14/08/2014 - 13:48:14
fiquei até emocionada...chorrei de dó da any...como assim poncho tem amante...denovo ele está com outra...tadinha da any não merece isso...to com muito nojo do poncho sério mesmo...e ainda ele não fala nada :/
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iza2500 Postado em 14/08/2014 - 09:48:28
Essa história de amante tá mal contada, o Rodrigo e um idiota, aff! A Any também não tinha nada que ter contado sobre sua vida de casada pra ele, agora o Poncho tem que se explicar dessa vadia, seria legal a Any grávida do Poncho, quem sabe esse casamento não melhora.postaaaa mais!!!!!!
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edlacamila Postado em 14/08/2014 - 07:13:22
AMANTE???????? EXPLICA ISSO HERRERAAAAAAAAAAAAAAAAA Anny ta gravida *-* KKKKKKKKKK Ultimos? Tem 2 temp. :3 postaaaaaaaaaa <3
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edlacamila Postado em 14/08/2014 - 01:07:21
Rodrigo :@@@ poncho é um bruto u.u tadinha da anny :/ postaaaaaa <3
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iza2500 Postado em 14/08/2014 - 00:29:33
Zzzzzzz... Rodrigo, quero hot AyA, e um irmãozinho pra Helena.postaaaa mais!!!!!