Fanfics Brasil - Um Papo Com a Autora A Bruxa Má

Fanfic: A Bruxa Má | Tema: Fantasia, comédia, As Crônicas dos Kane


Capítulo: Um Papo Com a Autora

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Pof! E eu havia sumido. Como num passe de mágica (porque foi exatamente o que aconteceu) eu voei para fora da minha história.
Foi a coisa mais incrível que me acontecera. Até então eu nunca tinha percebido que a minha vida não era realmente real (soei redundante eu sei, mas neste caso cabe completamente). Eu olhei ao redor e percebi que estava num tipo de quarto. Digo isso porque era muito diferente de qualquer quarto que eu já vira em minha vida. Tinha uma cama onde livros estavam jogados por toda a parte. Uma escrivaninha onde repousava um objeto retangular que eu não soube dizer o que era, desenhos espalhados aqui e ali e um armário esquisito onde haviam vários símbolos pintados. Mas o mais perturbador de tudo isso era a menina sentada em meio a essa desordem concentrada em escrevendo algo. Devia ser um pouco mais jovem que eu, não muito alta e de cabelos negros cacheados. Ela tinha duas coisas que pareciam cobras bem finas enfiadas nos seus ouvidos e parecia alheia a tudo que estava ao seu redor.
Pensei intrigada. Será que o meu feitiço havia funcionado corretamente? Eu havia desejado ter o poder para mudar a minha história e viver aventuras como as que eu uma vez lera naqueles livros empoeirados da casa da bruxa.
Me aproximei da menina e dei uma expiada no que ela estava escrevendo e tive uma enorme surpresa: ela estava escrevendo sobre mim! Como aquilo era possível? Eu não a conhecia tinha certeza. Apesar disso a menina descrevia os pormenores da minha vida.
Talvez ela fosse algum tipo de bruxa que controla o destino. E ela estava neste momento escrevendo o meu destino, só podia ser isso. 
Bati levemente os meus dedos nos ombros dela para chamar a sua atenção. Ela olhou para trás e fez uma cara esquisita quando me viu. Parecia...espanto?
–O que? Como você!? – disse ela levantando-se num pulo enquanto puxava as cobras de seus ouvidos.
–Você é a responsável pelo meu destino? – indaguei.
A menina parecia nãoo acreditar. Olhava para o livro em que estava escrevendo e depois para mim como se buscasse uma explicação para o ocorrido.
–Como você saiu da história? – ela perguntou franzindo o cenho – não foi esse o final que eu escrevi para você.
Então era isso. Ela era mesmo a responsável por decidir o me destino.
–Eu sou uma bruxa agora – respondi com arrogância – tenho poder para qualquer coisa.
Ela cruzou os braços e arqueou uma sobrancelha.
–E daí? Eu sou a autora aqui queridinha. Sou a única que tem o poder para qualquer coisa. E você vai voltar para a sua história e viver feliz para sempre.
Eu bati o pé.
–Não pode fazer isso comigo!
Ela revirou os olhos como se eu fosse uma criança mimada. Que absurdo! Eu era mais velha que ela!
–Eu posso e vou.
–De que adianta me mandar ser feliz para sempre se isso não vai acontecer?- tentei argumentar - eu não sou feliz de verdade, nunca fui.
Ela pareceu pensar a respeito.
–E o que você quer que eu faça? Escreva uma nova história? Sabe o quanto de trabalho isso dá? Tenho outras obrigações outras fics.
O que eram fics? Pensei em perguntar, mas deixei para lá.
–Eu só quero viver uma vida de aventuras sabe? Aventuras de verdade sem “feliz para sempre” ou “era uma vez”.
–Eu não posso fazer isso – respondeu ela – se todo personagem que eu criar quiser sair de férias para viver umas aventuras em outros livros só porque não está gostando da própria história eu estou ferrada. Arthur já quis ser colocado em Assassin`s Creed, Ravena pediu para que eu a mandasse para As Brumas de Avalon e o Scott vive me enchendo para eu transformá-lo no próprio Sherlock Holmes!


–Não sei quem são essas pessoas, mas tenho certeza que a história delas não é tão enfadonha quanto a minha.


A moça fez uma careta.


–Minhas histórias não são enfadonhas!


–Os contos de fadas sempre o são – insisti.



Ela deu um suspiro.


–Você é a personagem mais insistente que eu já criei. Tudo bem que viver aventuras? Você que sabe – e voltou a escrever me ignorando completamente.


Alegria inundou o meu ser. Eu era livre! Podia fazer o que eu quisesse. Mas o que isso significava mesmo?


–Moça! – chamei-a novamente – o que eu faço?


–Não vou escrever uma história nova para você. Se quiser uma nova aventura escolha um livro e entre nele – disse ela gesticulando para os livros jogados pelo quarto sem nem me olhar.


Eu sorri animada e comecei a procurar entre aqueles livros por algum que chamasse a minha atenção. A possibilidade de poder entrar numa história de verdade, não apenas na minha imaginação como eu fizera tantas vezes era incrível.


Finalmente encontrei um título que chamou a minha atenção chamavas-se “Hush Hush”. A curiosidade aflorou: o que poderia ser? Virei o livro e li um pequeno trecho que estava no fundo.


Hum...Pensei curiosa. Parece perigoso e emocionante.


Já estava quase certa do que queria quando um outro livro chamou minha atenção e sem pensar duas vezes o peguei. Eu sorri antecipando minha nova história. Aquela que eu mesma escreveria. Mas antes de levantar o dedo e entrar no livro olhei para a menina que ainda escrevia.


–Como se chama? – perguntei.


Ela olhou para mim e deu um meio sorriso.


–Me chama de vampira.


Depois disso eu mergulhei na escuridão.



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Autor(a): Tynna

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