Fanfic: S.O.S. - Sexo e Outros Segredos [Finalizada]

Estava combinado de que íamos todos no Santa fé da May, mas ela acabou ligando pra avisar que o carro estava com defeito. Tive minhas duvidas quanto a isso, mas nada disse. Eu e Dul não tínhamos carros, os de Alfonso e Ucker comportavam somente dois passageiros, a nossa única solução foi o a mini van de Chris que era desavergonhosamente ROSA.

Claro que Alfonso e Ucker não estavam nenhum um pouco feliz de andar em um carro como aquele, mas quem podia culpá-los se nem eu mesmo estava satisfeita com a situação?

Até os bancos eram cobertos de pelúcia rosa! Repetindo uma daquelas frases que eu ouvi a século, mas que não sei onde: Às vezes o Chris era g.a.y de mais.

Subimos todos na mini van e Chris disse que ia dirigir. Seu carro, suas regras. Argh! Seis horas de viagem aturando ele atrás do volante, será um milagre se chegarmos todos vivos.

May com a desculpa de que enjoava se não fosse no banco da frente conseguiu o melhor lugar. O resto se espremeu desconfortavelmente atrás.

Dul: Coloca uma musica ai! –Ela se queixou do meu lado estourando meus ouvidos.

Any: Eu estou do seu lado da pra falar mais baixo.

Chris ligou o som, fazendo tocar o CD que já estava lá dentro. Claro o que mais eu podia esperar de Chris? Ele aumentou o som e o carro se inundou da canção preferida dele. I will survive de Gloria Gaynor, o hino g.a.y. A musica acabou e começou It`s raining man. E May e Chris decidiram cantar juntos. Minha tortura estava completa.

Any: Ah Alfonso eu quero morrer. –Choraminguei me encostando em seu ombro.

Ele riu e me abraçou. Uma das coisas boas, se é que existe outra coisa, em se estar toda imprensada é estar coladinha da pessoa que se ama. Agora eu já podia pensar nisso, depois de passar toda a noite anterior me revirando na cama sem conseguir pregar o olho pensando nesse assunto, finalmente admiti pra mim mesma que eu o amo. Mas eu não ia dizer isso a ele, não antes de ter certeza do que ele realmente sente por mim.

Uma hora depois, May e Chris já haviam se cansado de cantar, estávamos agitados de mais pra dormir, ou desconfortáveis, seja lá qual era o motivos a conversa louca e sem sentido rolava solta.

Dul: Já perceberam que o Pato Donald não usa calças, mas quando ele perde a camisa ele cobre as partes de baixo e não as de cima.

Ucker: Você assiste o Pato Donald Dul? –Ele perguntou tentando esconder o riso. Sem sucesso.

Dul: É engraçadinho tentar decifrar o que ele diz. –Ela corou levemente.

May se virou no banco da frente pra olhar pra nós.

May: Se o assunto é desenho. Por que Goku fica com aquela cara feia quando se transformava em Super Saiyajin nível 3?

Any: Ai que horror May! Você assiste Dragon Ball z? Eca!

Dul: Any cala a boca!  Você vê Dora a aventureira toda manhã. –Eu queria esganar ela! Como ela pode dizer isso na frente de Alfonso! E isso foi só um surto psicótico de uma semana, ela não precisava sair espalhando pros quatro ventos.

Alfonso: Como é? –Ele apertava os lábios tentando realmente não rir.

Any: Ria e eu te garanto que vai ser a última coisa que você vai fazer. –Ameacei. A expressão em meu rosto devia estar muito séria porque ele parou na hora. –Chris por que você não trouxe seu namorado? –Decidi levar a conversa pra um rumo bem menos constrangedor.

Chris: Terminei com ele. A relação já estava monótona, quem sabe nesse hotel eu encontre alguém melhor. –Ele suspirou com a idéia.

Ucker: May como é que está o Derek?

May: Doente. –Ela riu. Eu acho que a doente aqui é ela, May ficou um pouco psicótica depois da traição, o jantar foi engraçando, se você têm um senso de humor doentio, eu espero que ela pare por ai.

Mais duas horas se passaram, não vou dizer que a conversa aérea rolou solta, porque isso já é bem obvio. Eu já arrisca uns cochilos no ombros de Alfonso quando Chris falou.

Chris: Gente vamos parar pra comer?

May: Mas são três da manhã.

Alfonso: Depois que você falou. Eu estou com fome. –Homens! Pra eles toda a hora é hora de comer.

Ucker: Eu também. Eu quero um Big Mac.

Any: E onde cabeça de vento agente vai achar um Mcdonald’s por aqui? –Eu estava irritada, me despertaram com outro de seus assuntos idiotas e... EPA! Me estomago reclamou em protesto, toda essa conversa me deu fome.

Ucker pegou o celular e mexeu por alguns minutos, pelo menos alguém aqui foi inteligente em trazer um GPS.

Ucker: Têm um posto de gasolina a uns dois quilômetros a frente.

Alfonso: Se supõe que é 24hrs aberto então? –Perguntou ele cético.

Ucker: Não sei. –Ele deu de ombros. –De qualquer forma esta na nossa rota.

E por mais incrível que pareça, o posto estava aberto, aqui nesse meio do nada. Todos compraram baganas do tipo como chilito* e refrigerante, eu optei por um pudim que estava com uma aparência maravilhosa. Mas infelizmente era só aparência, ele tinha gosto de água chacoalha em uma lata suja de leite condensado, e ainda por cima me cobraram R$4,50 pela porção. Voltamos pra estrada e aquela imitação de pudim estava causando um reboliço em minha barriga.

A conversa besta começou de novo, agora todos estavam saciado e com o açúcar do refrigerante correndo nas veias, bem mais agitados.

Any: Gente eu estou enjoada. –Aquela coisa subia e descia por meu esôfago, eu podia sentir o gosto amargo do ácido estomacal em minha boca.

Dul: Any qual é a conversa não está tão chata assim. –brincou ela.

Any: Estou falando sério. Acho que vou vomitar.

Alfonso: Any você está verde. –Eu me sentia como uma bomba preste a estourar, aquele troço subia e descia tornando o processo torturante.

Dul: Encosta Chris antes que ela vomite nos meus pés! –Ela gritou desesperada. Chris continuou como se achasse divertido me ver vomitar encima dela. –Ela vai melar seu estofado!

Nesse instante ele pisou bruscamente no freio, fazendo todos baterem a cabeça no banco de trás, mas como eu estava preocupa de mais em segurar minha boca, pendi pra frente batendo minha cabeça no banco de Chris. O movimento fez com que o que eu estava segurando a tanto custo ameaçasse sair dessa na mesma hora. Tentei a abrir a porta, mas Alfonso estava no meio dificultando as coisas. Quando ele abriu não tive tempo pra sair, me inclinei pra porta, com a barriga em seus joelhos e as pernas provavelmente em cima de Dul e Ucker, somente com a cabeça do lado de fora aquela coisa finalmente saiu de dentro de mim.

De uma coisa eu tenho certeza, jamais comerei pudim enquanto eu viver!  

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*Em minha cidade conhecemos por chilito, essas pipocas do tipos Cheetos, não sei como o chama em outras cidades, por isso resolvi colocar o nome que eu sei. Por que pipoca aqui já é outra coisa.