Fanfic: S.O.S. - Sexo e Outros Segredos [Finalizada]

As coisas ficaram diferentes entre nós desde a morte de Derek. Dul era quase impossível de ser localizada, a não ser que a procurássemos no trabalho, mas ela está sempre tão ocupada que é impossível manter uma conversa.

A policia está investigando o desaparecimento de Derek, e May alegando sentir-se muito triste naquela casa viajou, sem nos dizer pra onde e nem informar-nos quando viria. Vou te contar ela daria uma atriz melhor que Derek.

Alfonso... Bom ele não me procurou e eu evitei passar em frente a sua loja por precaução. Meu cérebro diz que isso é o melhor, mas meu coração não concorda ele têm andando meio condescendente ultimamente.

E Christopher, este deve ficar vinte quanto horas por dia com a Dulce. Talvez seja esse o motivo dela ficar incomunicável e ele também. Não que eu fosse procurá-lo pra chorar minhas mágoas, Dul é extremamente ciumenta, mas seria bom se pudéssemos sair como na época da faculdade, nós não éramos os melhor amigos, mas saíamos juntos às vezes. Eu até já conheci a mãe dele! E devo admitir, ela é encantadora. Mas isso já é outra historia.

A quinta feira chegou e pela primeira vez em quatro anos, nós não nos encontramos no bar do Pietro e isso era um sinal de que tudo estava mudando. Eu havia combinado com Ítalo que iríamos jantar no restaurante do hotel Le monde. Eu adoro o Ítalo, ele é uma gracinha, mas eu preferiria sair com caras que gostem de mulheres, pelo menos seria uma tentativa, inútil, mas mesmo assim uma tentativa de tirar Alfonso da cabeça.

Não precisava me vestir muito elegante, afinal ele nem notaria, mas me arrumei o melhor que pude, meu ego estava tão em baixa, que se pelo menos um homem olhasse pra mim duas vezes na rua, me sentiria melhor. Saber que você não é suficiente pra satisfazer o homem que ama não te faz muito bem.

Cheguei ao restaurante do hotel e um maitre me levou até a mesa reservada, e ele ainda não havia chegado. Pelo que vejo, pontualidade não é uma das virtudes dele. Cinco minutos depois um homem sentou-se na cadeira em frente a minha, e não era Ítalo.

Any: O que faz aqui? –Perguntei, minha voz saiu carregada e raiva e incredulidade.

Alfonso: Vim jantar. –Ele respondeu simplesmente, como se fosse comum você marcar um encontro com um cara e aparecer outro completamente diferente. Claro que isso não era um encontro, mas vocês entenderam.

Any: Estou falando de como soube onde eu estava. E onde está Ítalo?

Alfonso: Ele não virá. E já que você se produziu toda pra ele, fico feliz em ter interferido nesse “encontro amoroso”.

Any: O que você fez com ele? –Não sei por que, mas essa pergunta saiu de minha boca antes que eu me desse conta.

Alfonso: Não se preocupe. –Sorriu ironicamente. –E ]u não o matei. –Isso não tinha passado por minha cabeça, mas agora que ele falou fiquei preocupada.

Any: Então o que?

Alfonso: Digamos que uma amiga sua o avisou que você mudou o local do encontro.

Any: Que amiga...? –De repente me veio à cabeça o que ele havia feito. –Você não...? –Eu não acredito que ele havia posto uma de suas amiguinhas pra se passar por minha porta-voz.

Alfonso: Any eu não quero falar de seus amantes agora. –Amantes! No plural? Que tipo de pessoa ele pensa que eu sou? Que saio com o primeiro cara que me aparece? –Essa semana eu estive viajando, e entendo que nós não temos nenhuma relação nem nada... –Viajando. Isso explica porque só agora veio falar comigo.

Ele continuou a falar, mas eu deixei de escutar, as ultimas palavras ecoando em minha mente. Nós não éramos nada. Eu já sabia disso, mas ouvir isso da boca dele doía.

Any: Diga logo o que quer Alfonso. –Eu o interrompi no meio de uma frase.

Alfonso: Quero saber porque você saiu daquele jeito no hotel fazenda. Você mesma me chamou pra ir e depois vai embora me deixando só, lá. –Então ele notou que eu fui embora!

Any: Mas eu não te deixei só. –Disse ironicamente. –Te deixei com duas “ninfas”.

Alfonso: Ah! –Ele suspirou. –Então é por isso. –BINGO! E o premio de gênio do ano vai para... Alfonso!

Any: Alfonso, por que ainda me persegue? –Perguntei em um fio de voz, eu estava prestes a desabar, mas eu precisava afastá-lo, eu já perdi muito com essa relação, meu coração foi uma dessas coisas, eu devia sair pelo menos com meu orgulho intacto. Certo? –Nós dois já conseguimos o que queríamos um do outro. Sexo. – Mantive minha voz fria a muito custo. –Como você mesmo disse, nós não somo nada, então não temos que acabar com nada, foi só mais uma aventura entre muitas. –Lutei, pra que minha voz não transparecesse que estava a ponto de me derreter em lagrimas.

Negue, por favor negue! Pedi em pensamentos, negue que isso não foi só mais uma aventura, negue que eu não sou só mais uma em sua lista de muitas e eu esqueço tudo o que aconteceu. E por uma fração de segundo pensei que ele realmente fosse negar, mas me enganei.

Alfonso: Você está certa Anahí, nós não temos nada, mas nós temos uma química excelente e o sexo entre nós é ótimo, e eu diria até um dos melhores que eu já tive. –Ele sorriu como se aquilo fosse melhor elogio do mundo. Legal não é?O que pra mim foi amor pra ele foi só luxuria.

Olhei fixamente em seus olhos profundamente magoada, mas sem demonstrar, não precisei tentar manter minha voz fria agora, porque eu realmente estava com raiva dele, raiva de mim, por permitir que ele ainda mexesse tanto comigo.

Any: Já tive melhores. –Mentira. Foi a maior mentira que já contei em toda a minha vida.

Peguei minha bolsa e me levantei da cadeira, ele não se opôs, meu comentário deve ter ferido seu ego como era minha intenção. Ele estava com raiva, raiva de mim. E isso me doeu mais do que eu poderia imaginar. Quando sai do hotel pensei em ir a alguma festa, mas desisti na mesma hora. Decidi ir pra casa dormir, chega de homens... Por hoje.