Fanfic: S.O.S. - Sexo e Outros Segredos [Finalizada]

Quando cheguei ao penhasco,estava morrendo de medo, eu não acredito que eles haviam me assustado daquela maneira. Eu disse que queria descansar e passar uns dias fora, mas eles respeitaram? Não. Tinham que ter me assustado. Caminhei escondida pela mata, sabia que eles estariam lá. E tomara que tenham ficado com tanto medo quanto eu. Me aproximei das pedras que havíamos sentado no outro e todos estavam lá agora. Vi any sentada de costas pra mim, eu não planejava pregar-lhe um susto, mas quando me aproximei e Dul me viu fiz sinal pra que ficasse quieta.

A noite estava tão fria que minhas mãos estavam congelando, mas quando tampei os olhos de any, não esperava uma reação tão exagerada.

Any: Aaaaaaaaaaaaah!

Ela saltou, se livrando de minhas mãos e virando-se pra ver quem era. Não nego me assustei com aquele grito tão alto.

Any: MALDIIIIIIIIIIIIIITA! –Ela gritou levando a mão ao peito.

Quando todos viram o que aconteceu puseram-se a rir e eu também não agüentei e comecei a ri. Menos a Any, ela é meio sensível a certas humilhações.

Any: Porque você fez isso?! –Ela agora estava tremendo de raiva. –Está louca? Queria me matar!

May: Desculpe Any. –Disse por entre o riso. –Não resisti.

Any: Não resisti. –Disse fazendo uma imitação pobre de minha voz. –E o que faz aqui? Como soube onde estaríamos? –Perguntou cruzando os braços.

Nesse momento todos param de rir e me olharam com ar interrogativo.

May: Fui eu quem mandou o bilhete.

Vi varias sentimentos passarem pelo rosto deles. De alivio a raiva.

Alfonso: Como pode fazer isso may? –ele perguntou incrédulo. –Ficamos preocupados! Faz idéia do que passamos essas ultimas horas!

Dul: É! E que idiota escreveu aquele bilhete? Estava horrível! Deu-me dor de cabeça somente em lê-lo.

May: Desculpe. –Sorri sem graça. –Pedi ao taxista pra escrevê-lo no caso de conhecerem minha letra, mas ele não era brasileiro por isso os erros.

Any: E por que você fez isso May? –Perguntou já mais calma voltando a se sentar nas pedras.

May: Por vingança. –Disse calmamente. –Foi vocês que começaram. Eu não acredito que me mandaram aquele DVD horroroso. –Estremeci com a lembrança.

Eles se olharam assustados.

Ucker: Não mandamos nenhum DVD May.

Chris: Nem sabíamos onde você estava.

Ficamos todos em silencio. Então alguém realmente havia nos visto naquele penhasco. Não fora brincadeira como eu me convenci a muito custo. Alguém sabia o que havia acontecido e sabe-se lá o que pretende fazer.

Alfonso: Você ainda têm esse DVD?

May: Não... Eu... O destruí...  –Forcei minha boca a falar. –Não podia correr o risco de alguém vê-lo.

Ucker: E o que havia nele?

May: E-Era uma fi-filmagem. –Gaguejei. –Estava no mesmo ângulo da van de Chris, por isso e-eu pensei que Chris o havia feito.

Dul: Filmaram o que exatamente?

May: Tudo. Desde o momento em que tiramos Derek do porta-malas ate jogarmos ele.

Any: No escuro? Como?

May: tava com infravermelho.

Alfonso: Havia algo mais?

May: Não.

Ucker: O jeito será esperar e ver o que essa pessoa quer. –Ele olhou em volta e continuou. –mas não aqui. Se você também concordarem prefiro esperar em casa.

Concordamos de pronto e seguimos para os carros, o meu e o de Chris, finalmente meu Santa fé havia saído da oficina. Como a minha casa ficava próxima a de Christopher eu resolvi dar uma carona a ele e Dulce e ia de tira a colo. Eles não desgrudam mais não? E Chris e ia levar Alfonso e uma emburrada Any pra casa. Quem entende essa garota?

Parei em frente ao portão da casa dele e vi, espantada, quando uma senhora, baixinha e roliça caminhava quase quicando com suas pernas minúsculas em nossa direção.

-Ô Meu bebê! Que saudade.

Ela deu um abraço apertado em um surpreso Christopher. Dulce eu nos olhamos com o riso contido. Quer dizer então que Christopher era o “filhinho da mamãe” Essa eu não ia deixar ele esquecer nunca.

Ucker: Oi mãe. –Disse desanimado e fazendo-a soltar o abraço. –O que faz aqui?

Helena: Não seja mal educado menino! –ralhou. –Eu avisei por Alfonso que viria. E... –Ela finalmente notou Dulce e eu paradas ao lado do carro.

Eu devia ter ido embora quando tive a chance.

Helena: Quem são elas? –Ela virou o rosto pra mim e me dedicou um sorriso brilhante. Ela me lembrava a Dona Benta, só que mais baixa e com os cabelos pintados de negro meia noite. –Essa deve ser a Dulce. –Ela apertou minhas bochechas, provavelmente deixando hematomas. –Você é tão linda.

Dul: Ehr... Sou eu. –Dulce ergue a mão meio encabulada.

Helena: Você... –Ela olhou avaliando-a. –Com esse cabelo vermelho e essas roupas... –Ela definitivamente não me lembrava mais a Dona Benta.

Olhei pras roupas de Dul e não vi nada de comprometedor, ela usava uma calça jeans colada, o que realçava suas pernas uma bota preta de saltos 7 centímetros e uma regata cor branca com um decote quadrado, bastante inocente por sinal. Mas se comparado as minhas roupas, não. Eu estava com um terninho  feminino preto com uma blusa branca por baixo. Quem me visse diria que acabei de sair do escritório.

Eu acho que quando a mãe de Christopher viu esse contraste entre nós duas presumiu ao contrario. Grande erro.

Despedi-me o mais delicado e rápido que pude e fui embora. Ao que parece essa ia ser uma longa noite pra Dulce.