Fanfic: S.O.S. - Sexo e Outros Segredos [Finalizada]

Ah! O som do
mar, o grasnar das gaivotas, uma brisa refrescante e um sol maravilhoso... A
vida não poderia ser mais perfeita. Ergui os braços preguiçosamente me
acomodando melhor na espreguiçadeira em frente à piscina do navio aproveitando
o momento de paz, tranqüilidade... E lá se foi meu momento de solidão. Levantei
meus óculos escuros para olhar melhor o intruso que ousou interromper esse
momento perfeito.

May: O que você
quer?

Chris: Será que
você não poderia colocar algo um pouco mais escandaloso?

Olhei pra ele
cética. Eu estava com meu maravilhoso biquíni da Victoria’s Secret e nem era
tão escandaloso assim, que dizer, eu já vi piores. Por isso, a pergunta certa
seria: Será que eu não poderia achar um biquíni mais charmoso do que esse? E a
resposta seria: Não.

May: Chris, -Eu
falei calmamente, como se estivesse lidando com uma criança birrenta. –Não tem
ninguém aqui.

Isso por que,
de acordo com um dos empregados do navio –O que nos deixou entrar- disse que
ele só seria aberto as 6h00 PM, mas eu podia jurar que no panfleto que veio
junto com as passagens e todo o resto dizia 6h00 AM. Nem vou contar à bronca
que levei da Any e da Dul por causa disso.

O que me
lembrou... Olhei em volta a procura delas, não podia deixar que elas vissem essa
cena ridícula de Chris. Eu ainda não havia contado a elas sobre nós e
sinceramente não estou ansiosa por esse momento, por isso pedi a Chris que
mantivesse segredo, mas não parece que ele conhece o significado dessa palavra.

E como se esperasse
um sinal elas apareceram, vindas sei lá de onde, seguidas de Alfonso e
Christopher.  Any acariciava alegremente
a barriga de Dul enquanto falava alguma coisa que não pude ouvir, mas que
alterou completamente os ânimos de Alfonso.

Any: Não seja
ridículo Alfonso é só uma idéia. –Ela disse rindo, mas eu a conhecia bem de
mais pra saber que aquele riso não era verdadeiro. Perguntei-me o motivo disso.

Quando viu eu e
Chris esqueceram o assunto e vieram nos encontrar.

A manhã
transcorreu tranqüila. Alfonso, Any e Christopher apostaram corrida na piscina.
Ela nadava muito bem ganhou duas vezes e Alfonso e Christopher ficaram
empatados, cada um ganhara três vezes.

Chris: Sinto-me
cansado só de vê-los nadando. –Eu e Dul concordamos solenemente.

O sol estava
bom de mais, tudo estava perfeito de mais para que se levanta-se até um simples
dedo.

Eles saíram da
piscina, cansados e ofegantes e vieram se juntar a turma de preguiçosos, ainda estávamos
esparramados nas espreguiçadeiras.

Any: Gente mais
alguém aqui esta com fome? –Disse pegando sua toalha e se secando. –Vocês acham
que eles vão nos servir almoço?

Ucker: Acho que
vamos ter que comer com a tripulação.

Dul: Se tiver
qualquer coisa comestível eu aceito.

Todos fomos
para nossos respectivos quartos nos preparar para o almoço. Any e Alfonso, Dul
e Christopher ficaram com um de casal, enquanto eu e Chris ficamos com um de
solteiro cada. Para desgosto de Chris. Eu ainda não consigo entender esse
súbito interesse dele por mim.

Fomos ao
restaurante do navio ver se tinha alguém, porque por incrível que pareça,
quando chegamos, o navio estava apinhado de trabalhadores, correndo pra lá e
pra cá, fazendo preparações para a partida do navio antes dos passageiros que
viram a hora certa no panfleto chegarem, mas agora não víamos ninguém.

Any: Sou só eu
ou isso aqui está estranho?

Dul: É só você
mesmo. Eles devem estar todos almoçando. –Disse rindo fazendo pouco caso dela.

Eu não queria
dizer em voz alta, mas realmente tem algo de assustador andar sozinha pelos
corredores de um navio tão grande. Tudo estava tão silencioso. Mas logo essa
sensação se desvaneceu quando entramos no restaurante. Havia um enorme banquete
self-service.

Chris: Ora quem
diria! Eles foram almoçar, mas não esqueceram de nós! 5 estrelas pelo serviço!
–Disse já pegando um prato e se servindo de comida que nenhuma pessoa normal
misturaria. Eu parei de olhar quando ele derramou caldo de feijão em cima de um
pedaço de torta holandesa. Eca!

Nos servimos e
nos acomodamos em uma das muitas mesas espalhadas pelo salão. A conversa fluiu
animada e descontraída, como sempre acontecia quando estávamos juntos, era tão
fácil conversar com eles. Any e Dul conversavam animadamente, pelo que entendi,
vendo Dul com uma barriga já perto dos seis meses, fez aflorar os instintos
maternais de Any e ela agora estava pensando em engravidar também. Alfonso
estava com aquela mesma cara estranha de mais cedo e me perguntei se o que o
deixara tão irritado fora isso.

Eu estava tão
perdida em meus pensamentos que não havia percebido como estava cansada, todo o
meu corpo estava pesado implorando a gritos uma cama macia e quentinha. Meus
olhos começaram a escurecer e fechar sem minha autorização. Só tarde de mais
percebi que eu não era a única. Chris pendia perigosamente apoiado nas costas
da cadeira, a cabeça jogada pra trás, Dul colocara os braços na mesa e os usara
como travesseiro, Any estava por cima dela, como se tivesse tentado acordá-la,
mas sem forças suficientes para manter a si própria acordada. Christopher caíra
de cara na comida e Alfonso derrubara seu copo, espalhando vinho por toda a
mesa que agora me lembrava uma horrível mancha de sangue encima da toalha
impecavelmente branca do restaurante.

Vi a última
pessoa que eu esperava caminhando em nossa direção com um sorriso enorme no
rosto antes de ser tragada pela escuridão.