Fanfic: S.O.S. - Sexo e Outros Segredos [Finalizada]

Eu
sabia que todo esse estresse não era bom pro bebê, eu respirava fundo tentando
me acalmar, mas era em vão. Meu coração batia tão rápido que parecia que sairia
pela boca ou afundaria e se juntaria a meu estomago embrulhado. Uma dor aguda
na base de minha coluna começou a me incomodar. Era suportável, mas ia e vinha
de uma maneira irritante.

Olhei
para Christopher enquanto servia o prato de May. Os três estavam de mãos e pés
amarrados um de costas para o outro, e as bocas amordaças. Primeiro porque
Alfonso se desesperou por Any demorar a acordar e começou a gritar o nome dela,
irritado Nikolay os amordaçou, nessa hora Christopher tentou derrubá-lo com um
chute o que lhes rendeu as amarras nos pés. 

Servimos
os pratos e ele mandou irmos sentar no lugar onde estávamos antes, Any se
afastou, mas eu não consegui me mover. Olhava fixamente para o prato
envenenado, mordendo o lábio inferior, as mãos suavam litros, não conseguia
evitar, era mais forte que eu.

Meu
coração ribombou mais forte e deu um salto no meu peito quando ele pegou o
garfo e a faca para comer. Ele começara um monólogo com May que eu não
conseguia assimilar.  Uma dor mais aguda
que as anteriores me tomou de surpresa me fazendo gemer baixinho, interrompendo
Nikolay no momento em que ele levaria o primeiro bocado de en.ro.la.do para a boca
e chamando sua atenção para mim.

Nikolay:
Que indelicadeza a minha. –Ele sorriu interpretando meu gemido de outra forma. Puxou
a cadeira mais próxima dele. –Sente-se. Até mesmo um condenado a forca tem
direito a sua última refeição. Principalmente uma grávida. –Ele sorriu
deliciado para mim.

Sentei-me
na cadeira, automaticamente.

Nikolay:
Para que não digam que eu sou um desalmado que deixa uma grávida passando fome.
É uma pena que vocês fizeram só dois pratos, mas tudo bem, sou uma pessoa muito
caridosa!

Ele
tirou uma porção de seu prato ainda intocado e colocou em outro e o colocou na
minha frente.

Nikolay:
Coma. –Congelei. Comer? Ah não! Eu sabia que isso não ia dar certo, eu sabia!

Any:
Não! –Ela gritou nervosa, se aproximando. –Ela não pode.

Nikolay: E eu posso saber porque? –Perguntou.
Uma curiosidade genuína brilhando em seus olhos.

Any: Porque... Eh... Porque... Porque
ela é alérgica a frango! –O que?! Será que você não poderia ter dito algo mais
inteligente! Eu não acredito que ela é tão inteligente para fazer venenos, mas
não consegue inventar uma desculpa!

Se bem que eu não posso falar porque
não consegui pensar em nenhuma. Mas, alérgica a frango!

Nikolay a olhou com todo o seu
ceticismo. Eu sabia que devia confirmar essa loucura, mas fiquei tão chocada
quanto May - que não sabia por que eu não poderia comer.

Nikolay: Alérgica a frango? Certo. –Ele
parou pensando por uns segundos. –Então coma você, não vamos desperdiçar
comida. –Ele sorriu, mas seus olhos eram tão frios como cubos de gelo. –O que?
Também é alérgica? –Perguntou quando Any não fez nenhum movimento. –Talvez
precise de um incentivo.

Ele aprumou a arma, destravando-a e
apontando pra Alfonso. E antes que qualquer uma de nós pudesse assimilar o que
ele ia fazer ouvimos um disparo e o grito sufocado pela mordaça de dor de
Alfonso.

Any: Alfonso!

Ela deu dois passos em direção a
Alfonso que fora atingido não perna, antes que Nikolay desviasse sua arma pra
ela.

Nikolay: NÃO! Coma.

Aquilo não podia estar acontecendo.
Todo meu corpo tremia convulsivamente. Olhei pra Alfonso que estava pálido de
dor. O tiro atingira sua perna direita na região da coxa. O liquido carmesim
banhando sua calça e pingando no chão numa imagem agourenta. Christopher e
Christian não se mexiam com medo de que qualquer movimento piorasse a dor.

Any estava a ponto de desmoronar. Pegou
o garfo rapidamente quando Nikolay fez menção de atirar novamente.

E tudo aconteceu muito rápido. Num
segundo toda a minha atenção estava voltada em Any que levava o garfo a boca e
Nikolay que aguardava com expectativa. No segundo seguinte percebi pela visão periférica
um movimento inesperado de May –que até este momento havia se mantido muda e
estática. –que se levantava rapidamente e junto com ela, erguia a mesa
empurrando-a por cima de Nikolay.

Analisando a cena posteriormente  devo admitir que foi um movimento arriscado
porque Nikolay poderia ter atirando em Any ou em qualquer outro de nós, mas não
foi o que aconteceu.

A mesa caiu por cima de Nikolay
deixando-o momentaneamente desorientado. Eu não sei o que qualquer outra pessoa
normal faria, mas o surto anormal de adrenalina em meu sangue me fez
levantar-me rapidamente e correr em direção a Christopher. Meu único pensamento
era fugir dali. Num piscar de olhos Any e May estavam ao meu lado. Desamarramos
os garotos tomando o maior cuidado com Alfonso que apertava a mandíbula com
força para impedir um grito de dor ao ser levantado por Christian e
Christopher.

Nikolay estava engatinhando procurando
algo. Em minha eterna ingenuidade jamais passou pela minha cabeça que esse
“algo” fosse a arma.

Eu sei o que devem estar pensando.
Christian e Christopher poderiam ter ido lá e o impedido de pegar a arma,
rendê-lo e finalmente estaríamos livres. Mas quando se está em uma situação
dessas, tudo o que se pensa é fugir não é lutar, é o instinto de sobrevivência que
nesse momento nos impelia a ir o mais longe possível daquele lugar.

Corremos o mais rápidos que pudemos com
uma grávida com dores nas costas e um homem baleado.

Ucker: Estamos muito a vista. –Puxando
Alfonso e conseqüentemente Chris abrindo uma porta e entrando.

Me senti empurrada por alguém e entrei.

O lugar era um armário de vassouras e
extremamente apertado para seis pessoas.

Dulce: Alguém pisou no meu pé. –Ninguém
se ofereceu pedindo desculpas como nos filmes. Eu já devia imaginar.

Any: Não podemos ficar aqui presos para
sempre. Alfonso precisa de um médico. –E eu também. Pensei quando a dor na
minha coluna desceu e se intensificou. Isso não era bom.

Eu não sabia muito sobre partos, mas já
vira muito nos filmes que o estresse poderia causar o nascimento prematuro do
bebê. E parece que esse é exatamente o caso. Ah não! Eu não quero que meu filho
nasça num navio com um assassino louco nos perseguindo!

May: Eu estou sufocando! –ela abriu a
porta e caiu puxando Any consigo e graças aos céus eu estava longe o suficiente
pra não me puxarem. Uma queda agora não iria ajudar em nada minha situação.

Any: Ouviu isso? –Ela perguntou ainda
em cima de May. Sem dizer uma palavra May se levantou começou a correr puxando
Any. Eu não ouvi nada, mas alguém já me puxava na direção oposta a dela.

Não era nada confortável correr no meu
estado. Acho que só o medo de ver o meu bebe a mercê daquele sádico me deu
forças pra continuar. Cerrei meus dentes engolindo outra contração, elas
estavam ficando mais freqüentes.

Entramos numa cabine cercada de janelas
que iam do chão ao teto proporcionando uma visão de 180° do oceano. O oceano?!
Devíamos estar na costa, não em alto mar!

Olhei só agora pra quem me puxara, pelo
que eu pude deduzir pela quantidade de botões para a cabine de controle.

Dul: Chris...? –Olhei aterrorizada pra
ele.

Chris: Eu sei.

Estávamos presos. Não tínhamos pra onde
fugir. Uma contração mais forte me fez soltar um grito. Droga isso dói igual
como nos filmes.

Chris me olhou assustado, deu dois
passos para trás como se estivesse com medo de que eu fosse saltar em cima dele.
Tropeçou em uma tabua solta e caiu em cima do timão fazendo ele dá  uma volta completa pra direita e empurrando
uma das muitas alavancas no painel de controle.

Chris: Droga Dul! Não está acontecendo
o que eu acho que está não é?

Dul: Eu acho que está.

Chris: Eu vou procurar alguém. –Ele já
partia em direção a porta.

Dul: O que? Não! Esqueceu que tem um
louco armado querendo nos matar? E você não pode me deixar sozinha aqui!

Eu escorreguei pela parede até o chão.
Não estava mais agüentando, com a dor das contrações ficando mais forte o nível
de adrenalina em meu sangue começou a baixar voltando toda a minha atenção para
o acontecimento iminente. O nascimento do meu bebê.

O clique baixo chamou minha atenção e a
porta estava fechada. Eu estava sozinha. Chris fugira como um covarde me
deixando aqui sozinha.

Eu tentei afastar minha mente para
longe dos meus problemas pensando em coisas sem importâncias nesse momento como
Nikolay nos procurando e que provavelmente ouviria meus gritos. Desviei meus
pensamentos, esse não era um caminho seguro.

Pensei em qual seria o nome do bebê, Christopher
e eu escolhemos não saber o sexo, mas se fosse menino se chamaria Alexis, como
o avô dele e se fosse menina seria Felícia.

Mas não tinha jeito, eu acabei pensando
no pior que podia me acontecer, que não era morrer assassinada, longe disso,
meu maior problema era saber que eu iria dar a luz a um bebe prematuro de sete
meses no meio do nada.

E não tinha ninguém para me ajudar!

Tudo o que posso dizer em minha defesa sobre a demora para postar o capitulo é:

1° Familia visitando + Professor me aperriando = Produção 0

2° Porque só falta mais dois capitulos para terminar a historia e nunca gostei

de escrever finais o que dá uma certa travada.

3° Estou dividindo o meu tempo com essa historia e a minha próxima que será parecida com essa. Cada um contará um capitulo, inclusive os meninos.

Se chamará Sushi Bar. No último capitulo eu coloco a sinopse da historia.

Bom, já falei de mais! xau!