Fanfic: Amor que Enlouquece | Tema: Vondy

Christopher entrou no Bar do Murphy depois do trabalho na noite de quinta-feira e observou os fregueses sentados às mesas, à procura de Richard Saviñón. Avistou-o a uma mesa de canto e seguiu naquela direção, depois de ter acenado amistosamente para o dono do estabelecimento e cumprimentado vários conhecidos com meneios de cabeça.

Desde que fizera vinte e um anos, ele adotara o ponto de encontro favorito do pai como seu próprio reduto, principalmente porque conhecia os frequentadores do Murphy, a maior parte tendo sido de amigos e colegas de seu pai de seus tempos como policial. O Bar do Murphy também era um estabelecimento despretensioso e tranquilo, para onde podia escapulir e relaxar após um dia longo no escritório.

Naquela noite, estava indubitavelmente tenso e não relaxaria tão facilmente, não depois que o pai de Dulce lhe telefonara para o escritório e lhe pedira que o encontrasse no Murphy para um drinque, porque tinha um assunto importante a lhe falar.

Richard soara preocupado ao telefone, o bastante para deixar Christopher um tanto nervoso e perguntando-se exatamente o que o outro homem teria a lhe dizer.

Ele próprio já andava inquieto o bastante, não tendo parado de censurar a si mesmo desde a noite com Dulce na banheira de hidromassagem. Embora tivesse conseguido manter as coisas estritamente profissionais durante os dois dias anteriores, não fora tão fácil superar sua culpa. Agora, sentia-se como se cada momento de puro erotismo que partilhara com Dulce estivesse estampado na sua testa para que o pai dela visse.

Aproximando-se da mesa de Richard, cumprimentou-o e desculpou-se por ter chegado um tanto atrasado.

— Ora, não precisa se desculpar — sorriu Richard. — Eu, melhor do que ninguém, entendo trabalho e imprevistos de último minuto.

Christopher sentou-se à mesa, perguntando-se se Richard teria se mostrado tão compreensivo se soubesse da forte atração que ele passara a sentir por sua filha. Dois anos antes, quando Dulce se candidatara à vaga de secretária, o pai lhe pedira que a contratasse, essencialmente confiando-a a ele. Dulce tornara-se uma excelente funcionária, e Richard ficara contente e satisfeito sabendo que a filha trabalhava para um homem honrado.

Um sorriso cínico quase escapou dos lábios de Christopher, mas conseguiu contê-lo. Oh, sim, era muito honrado... Tirara proveito de Dulce quando deveria ter tido forças para resistir a seus avanços.

Percebia rapidamente que não tinha autocontrole em relação a ela. E era outra questão pessoal que o aborrecia, uma vez que sempre se orgulhara de se manter calmo e controlado em qualquer situação. E especialmente em se tratando de mulheres.

Meneando a cabeça para a garçonete que lhe levou sua cerveja habitual, Christopher sorveu um gole da bebida gelada e encontrou o olhar de Richard.

— Fiquei com a impressão ao telefone de que este não é um encontro social normal. Está tudo bem?

— Comigo? Oh, sim, está tudo perfeitamente bem.

Christopher concordava que o outro homem parecia mais descontraído do que o vira durante um longo tempo.

— A aposentadoria certamente parece estar lhe fazendo bem.

— Não é tão má — disse ele, abrindo um sorriso. — Tenho me divertido bastante. — Sorveu um gole de seu Martini e inesperadamente, então, um quê de melancolia surgiu em seus olhos castanhos. — Sabe, foi necessária a aposentadoria para que eu me desse conta de que nunca aproveitei realmente a vida e deixei passar muitas oportunidades que poderiam ter-me tornado um homem mais realizado.

Surpreso pela confissão, Christopher apenas meneou a cabeça e continuou atento, notando que o outro homem parecia tomado pela necessidade de falar.

Richard soltou um longo suspiro.

— Depois da morte da mãe de Dul, concentrei todo meu tempo livre na minha filha e gastei toda minha energia no trabalho, num esforço de abrandar a dor por ter perdido Lauren. Achei que jamais poderia amar outra mulher da mesma maneira e, portanto, nem sequer tentei sair com ninguém. Não a sério, ao menos.

Como um meio de compensar Dul pela perda da mãe, eu quis me certificar de que nunca duvidasse de que era amada e que fosse criada com o melhor de tudo. E isso incluiu enviá-la para uma escola particular só para garotas, para que pudesse ter amigas de sua própria idade que entendiam as mudanças femininas pelas quais estava passando. E também para que pudesse se concentrar em seus estudos, em vez de se deixar distrair por influências externas, como rapazes, festas e esse tipo de coisa. Eu só queria que ela tivesse todas as oportunidades para que, então, pudesse se tornar uma mulher inteligente que fizesse escolhas sensatas em sua vida.

— Você fez um excelente trabalho. Ela se tornou uma mulher bastante capaz. — Capaz demais, pensou Christopher, especialmente em seduzi-lo.

— Sim, tornou-se — concordou Richard, orgulhoso, embora houvesse um quê de preocupação em sua voz. — Mas agora estou me perguntando se não cometi um erro na maneira como a criei. Dul jamais pareceu se ressentir da minha decisão de enviá-la a uma escola de moças durante o colegial , mas não posso deixar de me questionar se isso não a impediu de desabrochar plenamente como uma jovem, ou se não a fez sentir-se como se estivesse vivendo numa redoma sem estímulos externos, como rapazes e festas.

malu_vieira: Agora vai fuder tudo pro Ucker hahah

letsvondy: Ele tá resistindo só por causa do pai dela hahaha e agora vai deixar tudo pior na cabeça dele

siauhdiuahsdiuashdi coitado!

rubigaga08: Hahaha dessa vez ela tinha ido mesmo siuahddiua

Postado amore!!