Fanfic: Amor que Enlouquece | Tema: Vondy

Querendo vê-lo perdendo o restante do controle, o prendeu pela cintura com as pernas e o incitou a mover-se.

Christopher soltou um gemido, os olhos cintilando e seu lendário controle desvaneceu-se. Começou a acompanhá-la nos movimentos, os corpos de ambos ondulando, e não houve nada de lento ou gentil em sua posse, seu corpo em chamas.

Baixou a cabeça e tomou os lábios dela com um beijo faminto, os movimentos dos corpos de ambos adquirindo um ritmo frenético, desesperado.

Ela se contorcia, arqueava-se e gemia, sua paixão tão avassaladora quanto a dele. E não demorou para que mergulhasse num mundo vertiginoso de sensações, enquanto o êxtase absoluto a tomava, deliciosos espasmos percorrendo seu corpo. Christopher jogou a cabeça para trás e com um grunhido baixo e primitivo de satisfação, o clímax também o arrebatou em longas ondas de prazer.

Caiu pesadamente sobre ela, os músculos trêmulos, e Dulce abraçou-o com força, os corações de ambos unidos e descompassados. Fechou os olhos, desfrutando o momento ao máximo, suspeitando que terminaria depressa demais. A realidade acabaria interferindo, como também as arraigadas honradez e responsabilidade de Christopher.

Fazer amor com aquele homem fora tudo o que sonhara que seria e estava ciente demais do fato de que ele não lhe fizera nenhuma promessa.

Não que tivesse esperado alguma de um homem que evitava envolvimentos emocionais com as mulheres e tentara avisá-la muitas vezes a não se envolver com ele. Mesmo sabendo que Christopher não o era o tipo que deixaria uma mulher prendê-lo, um pensamento inquietante pairou a um canto da mente dela.

Agora que tivera Christopher Uckermann, como conseguiria abrir mão dele?

Na manhã seguinte, Christopher acordou sozinho em sua cama. As cobertas a seu lado estavam em completo desalinho, lembrando-o de imediato de como passara a noite e com quem.

Oh, puxa!

Fizera amor com Dulce. Não apenas uma vez, nem duas, mas por três vezes incríveis. Céus, ainda a queria se o estado de excitação em que despertara servia de indício.

A constatação surpreendeu-o e acarretou uma nova série de complicações com as quais não estivera preparado para lidar, tais como o que Dulce esperava dele agora que haviam ultrapassado os limites entre amigos e amantes? De que modo a noite anterior mudaria a relação de trabalho de ambos? E Richard passaria a odiá-lo se algum dia descobrisse o que fizera com sua filha?

As incertezas deixavam-no com o estômago em nós. Não tinha respostas prontas para tais perguntas... ao menos nenhuma que o tranquilizasse.

Soltou um profundo suspiro, incapaz de acreditar que permitira que aquela sua atração por Dulce sobrepujasse seu bom senso. Ainda assim, não havia como negar que estar com ela fora incrível e parecera certo, fora como tudo que estava faltando em sua vida... uma gentileza, uma compreensão e uma rara química que combinara poderosa atração sexual com um senso de conforto e segurança.

Além do prazer carnal , houvera um elo emocional entre os dois diferente de qualquer outra coisa que ele já vivenciara com outra mulher.

Houvera sentimentos intensos e de posse que sempre jurara que não precisava, nem queria em sua vida porque vira com seu pai e sua mãe quanta dor poderiam causar.

Tocando o lugar vazio a seu lado na cama, um estranho desapontamento dominou-o. Os lençóis estavam frios, indicando que ela já se fora havia algum tempo e, na certa, fora embora de táxi para casa. Ou mais provavelmente pedira para ser deixada no estacionamento ao lado do Paxton`s naquela manhã para pegar seu carro antes de ir para o apartamento.

Christopher tornou a sacudir a cabeça, ainda admirado com o fato de ela não tê-lo pressionado, exigindo mais do que tivera a lhe oferecer na noite anterior. Não houvera expectativas para depois do sexo e nem súplicas emocionadas, ou exigências. Dulce lhe proporcionara um sexo incrível, fantástico, livre de culpa. Então, por que se sentia tão aborrecido em acordar sozinho? Afinal, nunca tivera o hábito de deixar as mulheres ficarem a noite inteira por causa de todas as expectativas criadas com convite tão íntimo.

Mas quanto a Dulce, quisera realmente que ela ficasse. Na verdade, insistira para que ficasse quando Dulce lhe dissera, depois da primeira vez que tinham feito amor, que poderia levá-la ao estacionamento do Paxton`s para pegar seu carro e de lá ir para casa. Mas ele lhe pedira que ficasse, o que acabara acontecendo de maneira espontânea e natural, uma vez que tinham feito amor várias vezes, as horas se passando sem que ambos sequer tivessem se dado conta do tempo...

Christopher sentou-se na cama, preparando-se para se levantar quando um pequeno pedaço de papel chamou-lhe a atenção no travesseiro ao lado do seu.

Apanhou o bilhete, reconhecendo a letra de Dulce, e soube que lhe escrevera outra fantasia erótica.

Ontem à noite, você me satisfez com o seu toque, ainda assim, com o amanhecer, continuo querendo você da mesma maneira. Meu desejo por você é insaciável.

O seu cheiro ainda permanece na minha pele, reavivando minha paixão, fazendo-me ansiar por suas carícias. Meu desejo por você é insaciável.

O seu abraço ardoroso fez começar um fogo em minha alma, um que ainda continua intenso e quente e s e alastrando mais e mais. Meu desejo por você é insaciável.