Fanfic: Patience - Barken

CAPÍTULO 1

Mais um dia de trabalho cansativo se passou para Christopher. Ao contrário do que gostaria, não seguiu a carreira de cantor. Continuou atuando em novelas e séries.

Largou as chaves em cima de um criado mudo e fechou a porta do apartamento, trancando-a em seguida. Tirou os sapatos e os deixou jogados no chão da sala, deitando-se no sofá.

- Detesto essa sua mania de deixar tudo jogado pela sala. – Disse catando os sapatos dele no chão.

- Desculpe Lupita. – Ele disse sorrindo para a velha empregada.

- Desde pequeno tem essa mania. Lembro-me como se fosse ontem... Chegava correndo da escola e largava os tênis em qualquer canto. – Christopher sorriu.

- Prometo que um dia serei mais organizado e cuidadoso com minhas coisas.

- Acho bom... – Pausa. – Pensei que não jantaria em casa.

- Não precisa preparar nada Lupita. Pode deixar que eu me viro. Não tenho muita fome.

- Como quiser. Já estou cansada de tentar empurrar a comida goela a baixo. – Christopher sorriu. – Andei dando uma olhada em seu armário e vi algumas caixas com muitas coisas velhas. Por que não se livra daquilo de uma vez.

- Ai, ai, ai Lupita. – Christopher sentou no sofá e a olhou com repreensão. – Já te pedi pra não mexer nas minhas coisas pessoais.

- E não mexi... Só vi aquele monte de caixas e acho que não tem necessidade de guardá-las. Já faz três anos que aquelas tralhas estão lá.

- Não são tralhas. São lembranças. Apenas lembranças... Da época de Rebelde e da RBD.

- Mesmo assim, tem algumas coisas que poderia se livrar.

- Prometo que vou fazer uma limpeza. Não hoje, nem amanhã. Mas sábado eu vou dar uma olhada.

- Que ótimo, pois já não tem mais espaço para suas roupas naquele armário.

- Sim, sim. Eu vou tomar um banho. Se quiser ir pra casa pode ir.

- Obrigada Christopher. Minha filha me ligou e disse que minha neta está com um pouco de febre...

- E porque não foi até a casa da sua filha? – Christopher a fitou.

- Por que pensei que precisaria de algo...

- Quando essas coisas acontecerem você pode sair sem problema nenhum. Eu sei me virar sozinho. – Pegando sua carteira. – Aqui está o dinheiro pro táxi. Mande um abraço para a Andréa e para sua neta.

- Obrigada mais uma vez. – Lupita o abraçou. – Te cuida menino. Ah e antes que eu me esqueça... Sua mãe ligou hoje a tarde e pediu que ligasse assim que chegasse em casa.

- Tudo bem, obrigado.

Lupita se despediu e saiu. Christopher pegou o telefone sem fio e foi para o quarto, discando o número da casa dos pais.

- Alô! – A pessoa do outro lado da linha disse ao atender.

- Oi pai... – Christopher o cumprimentou.

- Filho, como vai?

- Bem e o senhor?

- Tudo ótimo! E aí rapaz, quando vai dar uma passadinha aqui?

- Ah... Não tenho idéia. Ando gravando demais. Pra ter uma idéia cheguei agora pouco em casa. Estou sem tempo pra nada.

- Entendo. É uma pena! Mas por que está ligando? Aconteceu algo?

- Credo! Até parece que eu só ligo pra contar desgraças...

- Não, é que achei estranho. Quase nunca liga.

- Liguei porque a mamãe pediu. Sabe o que ela quer?

- Não, mas provavelmente ela quer te convidar pra um jantar.

- Jantar... Detesto esses jantares que ela inventa. É bem provável que ela vá chamar a família de uma daquelas amigas dela e vai me apresentar a filha bonitinha do casal. – Luis deu uma gargalhada alta. – Eu não aguento mais a mamãe se metendo na minha vida pessoal.