Fanfic: Apenas mais uma de amor vondy(Adaptada) | Tema: vondy

Dulce agiu por instinto: O arco ainda estava em sua mão. A pontaria foi razoável, mas a força nem tanta, e Nina apanhou a flecha com a mão, jogando-a pro lado. Dulce lançou mão de outra, e Nina desviou, ainda se aproximando, sorrindo.

Nina: Não sabe como eu esperei por esse dia. – Disse, com um sorriso ameaçador.

Então, no alvoroço, uma das flechas acertou. Abaixo do ombro, acima do seio. Nina arfou, com uma careta, e Dulce partiu pra mão. Primeiro acertou ela com o arco pesado, mas Nina reagiu, e defendeu. Nos minutos que se vieram a luta foi equilibrada, apesar de que uma das duas estava ferida. Dulce bateu, mas também levou, porém fez algo pensado, sem mostrar suas intenções: Levou a briga pra longe do berço. Se Nina fosse tocar em um de seus filhos, seria depois de matá-la. Mas ao pensar em Nina pondo as mãos em Arthur, os olhos inocentes do menino sem entender, ou em Melisa, tão delicada, tão frágil, em pensar nela machucando-os, uma fúria assassina tomou conta de Dulce. Ela podia sentir o gosto do ódio na boca, e Nina foi parar no chão. Com um rosnado a puxou junto, mas as mãos de Dulce pareciam vespas, só se via a sombra, e se sentia. Então Dulce se lembrou de uma conversa distante, em dias tranqüilos, longe dali…

Anahi: Quebrar o pescoço de uma pessoa é ridiculamente fácil. – Explicou, se postando atrás de Kristen, que ergueu as sobrancelhas – Apanhe a cabeça da outra pessoa com as duas mãos. – Começou, postando as mãos abertas na cabeça de Kristen, com as palmas em cima da orelha da outra – Tome impulso, balançando a cabeça pro lado… – Ela balançou a cabeça de Kristen pra direita, tomando impulso, e Kristen ergueu os olhos – Depois puxe com tudo pro outro lado. Vai ouvir um estalo, coisa muito simples, e acabou.

Ela achou graça no dia, mas agora… Dulce nunca se imaginou matando alguém.

Então ela se lembrou de como Nina deixara Arthur cair propositalmente no chão, no choro assustado do menino, na marca roxa que apareceu. Nina tinha força, esmurrando-a, arranhando-a, toda a força de vontade para derrubá-la. Se ela não matasse Nina, Nina a mataria. Arthur e Melisa seriam os próximos, quem sabe até Bia, ainda desmaiada na cama. A fúria chegou ao seu ápice.

Dulce: CHEGA! – Rugiu, se ajoelhando, as mãos apanhando a cabeça de Nina pelas laterais, e o próximo que se viu foi o movimento brusco dos ombros de Dulce, apanhando força, então um barulho alto de algo se quebrando. Nina ofegou uma ultima vez e caiu no chão, os olhos abertos, e não se moveu mais.

Dulce se levantou, o ódio se abrandando como uma onda que se quebra, o pânico vindo depois. Matara uma pessoa. Com suas mãos. Sentira o estalo do pescoço se quebrando em seus dedos. Ela estava tremendo. Se sentou nos pés da cama, tirando o cabelo do rosto, e já estava chorando.

Anahi: Para de reclamar, até parece que eu vou jogá-la no campo de batalha. – Disse, a voz vindo da escadaria. A porta se abriu – Pron… Ops. – Disse, olhando a cena. Maite se paralisou, olhando a cena. Dulce chorava nos pés da cama, agarrada aos cabelos, e Nina estava caída no outro canto, uma mancha de sangue no colo, a boca e o nariz partidos… Morta. Então Anahi estava em frente a Dulce, apanhando seu rosto – Olhe para mim. – Disse, a voz séria.Dulce quase convulsionava, tremendo, as lagrimas caindo por seu rosto – Está machucada?

Dulce: Não. – Disse, respirando fundo – Meu Deus, eu matei uma pessoa. – Disse, e Anahia olhou. Maite checava os bebês.

Anahi: É só choque. – Constatou. – Maite, abra mais essa janela pra mim. – Pediu. Maite correu, abrindo a janela – Pegue um copo d’agua pra ela.

Maite pegou da água da cabeceira da cama, levando o copo até Dulce, que ainda tremia. Anahi ergueu Nina pelo vestido e simplesmente a lançou da janela da torre. Não ficou pra olhar o corpo da outra se estatelar no chão, apenas fechou a janela.

Anahi: Se acalme. Eu matei uma pessoa quando tinha a metade da tua idade. – Dulce e Maite franziram os cenhos, em uma careta. Isso era pra confortar? – Cuide dela, eu vou buscar Maria.

Maite: Ela é impossível. – Murmurou, se voltando pra Dulce – Respire fundo. Já acabou.

Dulce respirou fundo, assentindo. Fizera o que fora necessário. Seus filhos estavam seguros agora. Ela era uma rainha, não uma covarde.

Esse problema estava resolvido… Mas o castelo estava longe de se declarar seguro novamente.