Fanfic: Apenas mais uma de amor vondy(Adaptada) | Tema: vondy

Mas dois meses se passaram, e ela não voltou. Christopher tão pouco a procurou, não a viu, nem com Bia. Ele não tinha paciência pra isso. Ou ela o queria, ou não queria. Ele não iria rastejar mais. Porém o acaso amar pregar peças…

Empregado: Senhores. – Disse, com a respiração ofegante, entrando na sala onde Christopher e Robert estavam. Christopher virou o rosto para olhar; Robert apenas ergueu os olhos.

Christopher: O que há? – Perguntou, os olhos claros quase perfurando o soldado.

Empregado: Willow Creek. – Era uma das propriedades de Christopher. Como uma das extremidades do território. – Está sob mira de ataque. Pelo visto temos menos de 02 horas até que o confronto ocorra.

Christopher: Quantos homens? – Robert observava, sem um pingo de graça no rosto.

Empregado: Esse é o problema, o olheiro não conseguiu ver a divisa. – Christopher franziu o cenho, Robert arregalou os olhos – Mais de 500 pelo que pude ver, senhor.

Christopher: Mais de 500 em uma batalha neutra? – Perguntou, incrédulo.

Empregado: Não é o numero total, eu vim dar o alarme e ainda haviam homens em marcha. – Disse, e dava para se ver o porque da afobação.

Robert: Não é uma batalha neutra. – Disse, olhando para frente – Christopher, Willow Creek estava com a divisa descoberta, discutimos isso ontem. Uma frente de batalha de 500 homens em um campo sem defesa, pelo amor de Deus. – Disse, apontando o óbvio. O rosto de Christopher o se entalhou em pedra de uma hora pra outra.

Christopher: Ele está vindo. – Concluiu, e Robert assentiu erguendo a sobrancelha – Desgraçado. – Rosnou, se levantando, e saiu. Robert se levantou também. A urgência era clara agora.

Robert: Soe o alarme, eu quero, por baixo, mil homens pro campo de batalha agora. Cubram a guarda do castelo e esperem por mim e Christopher lá fora. Vá! – Ordenou, antes de sair da sala, também apressado.

Kristen lia um livro; Dulce cuidava de Bia; Cada um em seus afazeres… Quando houveram sinos. Altos, ensurdecedores. Os da igreja e os do castelo. O copo que Dulce tinha na mão, vazio, caiu e se quebrou em vários cacos, mas ela não o olhou. Kristen ergueu o rosto do livro, e parecia mais branca que o normal. Ambas sabiam o que aqueles sinos significavam: Guerra. Imediata, iminente.

Bia: O que é isso? – Perguntou, atordoada com o barulho. Dulce olhou a menina, e Bia viu o pânico nos olhos dela – Dulce, o que foi?

Dulce: Eu… Eu já volto. – E ela saiu correndo.

Dulce nem sabia o que estava fazendo. Os sinos continuavam tocando, e aquilo a atormentava. Ela percorreu salas e salas, procurando por ele, e nada. Onde estava? Ela parou no corredor do primeiro andar, revirando os olhos pra si mesma, e desembestou para a escadaria que dava na torre de Christopher. Seu pulmão doía pelo esforço quando ela abriu as portas (novamente sem bater), encontrando-o lá. Ele já estava com a armadura, e prendia algo de metal ao seu braço, como uma proteção. Os dois pararam ao se verem.

Christopher: O que há? – Perguntou, na defensiva, parado ao vê-la ali.

Dulce: Não vá. – Pediu, rouca tanto pela caminhada, tanto pelo desespero.

Christopher: O que? – Perguntou, confuso.

Dulce: Christopher, não vá. Não atenda o chamado, fique aqui. – Ele entendeu o medo dela.

Christopher: Dulce… – Ele suspirou. Dulce viu a espada dele pousada nos pés da cama, e isso lhe pareceu um mal sinal.

Dulce: Eu estou implorando. – Ela estava chorando – Eu faço o que você quiser. Pelo amor de Deus, não vá.

E, pro choque de Christopher, ela se ajoelhou perante a ele.

Christopher: Ei. – Disse, se aproximando dela. Ele se abaixou, apanhando-a pelos ombros – Se acalme. – E ele a abraçou. Os sinos continuavam chamando. Dulce o abraçou, mas o metal frio entre os dois servia como barreira.

Dulce: Não vê que ele está fazendo isso para atraí-lo? Ele quer você morto, Christopher, não vá. – Ele seguia calado.

Christopher ergueu os olhos, e o retrato de Rubi, pousado em sua cabeceira, servia de contraproposta. Pablo matara Rubi. Christopher esperou 05 anos por esse dia, por ter sua oportunidade. Ele teve novamente um flash da morte de Rubi, dos olhos dela sem vida em frente a ele, e Bia que jamais andaria…

Christopher: Eu não posso. – Ele a soltou, e Dulce o olhou, desolada. O cabelo dela estava maior, e já fazia alguns cachos. A franja se desfizera em uma camada curta do cabelo. – Eu tenho uma conta a acertar.

Dulce: Você vai morrer por essa vingança. – Disse, desolada. Ela viu Christopher terminar de prender o acessório de metal no braço. Porque ele não estava ouvindo-a?!

Christopher: Se tiver de ser assim… – Seria. Era a resposta clara: Ele estava disposto a morrer.

Dulce não teve mais o que falar. Não conseguia. Ele apanhou algo que lembrava um capacete, de metal, um escudo e a espada. Estava pronto. Os sinos pararam de tocar. Ele parou, frente a ela, e aquilo era uma despedida.

Christopher: Espere por mim. – Pediu, olhando-a.

Dulce: Por favor… – Insistiu. Ele tocou a maxilar dela.

Christopher: Ainda que não acredite, eu realmente amo você. – Disse, olhando os olhos lacrimejantes dela – Se eu não voltar… Não esqueça isso.

E ele beijou a testa dela demoradamente, saindo dali. Ainda precisava ver Bia. Um desespero tomou conta de Dulce a ponto de sufocá-la. Ela encarou o retrato de Rubi. Uma fúria desmedida justificou ela ter avançado pelo quarto, apanhando o porta retrato e atirando-o com força na parede oposta. O som do vidro quebrando foi o que veio antes dos soluços do choro assustado dela, que caiu sentada na parede do outro lado. Ela não suportaria esperar… Não suportaria perde-lo.

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