Fanfics Brasil - Capítulo 10: Solo Dios Lo Sabe/ Nani.

Fanfic: Solo Dios Lo Sabe/ Nani. | Tema: A Feia Mais Bela


Capítulo: Capítulo 10:

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Dou uma suspirada longa com o nariz antes que abrisse os olhos. Pisco lentamente e recordo que estou na minha cama no México. Isso me faz abrir um sorriso largo nos lábios. Acostumo aos poucos com a claridade que passa entre os vãos da porta e da cortina. Viro meu rosto em direção a janela e observo um relógio de ponteiro sobre o criado mudo. Forço um pouco a vista para enxergar as horas e antes que levantasse da cama, dou outra espreguiçada, bagunçando toda a coberta e travesseiros. LA esta duas horas atrasada em relação ao México, então estaria acordando exatamente essa hora por lá. Não dormi tanto assim, mas fazia tempo que não acordava com essa sensação gostosa de ter dormido bem e tranquila. Saio da cama de uma vez. Vou para o banheiro tomar a minha ducha para acordar melhor, mas pelo caminho alcanço minha mala onde tiro uma troca de roupa. Não pretendo sair de casa, quero ficar o tempo que puder com a minha mãe, então decido por um short e uma blusa. Uma roupa bem tranquila. A deixo sobre a cama para me trocar ao sair do banho.


Termino de abotoar meu short. Paro de frente pra janela do meu quarto e decido abri-la. Passo a mão pela cortina fazendo uma expressão de dor com a claridade que machuca meus olhos. Ao acostumar, destranco a trava principal que fica bem no canto da janela. A puxo com certa facilidade por ser de correr e assim dou de cara com o jardim dos fundos. Ele é simples, mas ao mesmo tempo, acho lindo. Logo após a janela tem um breve espaço de piso. Em seguida, uma grama bem verde e curtinha chega até ao espaço da piscina que é contornada novamente com o mesmo piso que tem embaixo da minha janela. Em cima da grama tem alguns bancos de madeira.  Ao fundo tem um salão onde muitas vezes minha mãe dava suas festas pros seus amigos e nossos familiares. As paredes do salão e as janelas acompanham a mesma cor e estilo do resto da casa. Só a porta principal que é bem espaçosa. Sorrio com as lembranças dessas festas. Meu sorriso é interrompido com o ronco de fome da minha barriga. Levo a minha mão nela e assim decido sair do meu quarto, ir em direção a cozinha.


Atravesso todo o corredor que passei por ontem, mas entro na porta ao lado da de ontem, que dava acesso da sala de jantar pra esse corredor. Ao empurrar essa porta, entro na cozinha que da de frente para uma mesa de madeira e redonda onde são feitas as refeições diárias. Atrás dessa mesa, tem uma janela comprida de vidro. Não como as outras do teto até o chão. Essa era centralizada na parede. Ao lado dessa mesa, um grande e comprido balcão divide a cozinha ao meio. Balcão também de madeira com a sua base branca. Em seguida do balcão central, tem outro balcão com suas inúmeras portas e gavetas, fogão, lavadora, e a pia ao centro. Em cima deste balcão tem outra janela que acompanha o balcão e em cima, uma prateleira que também o acompanha sem portas. Nessa prateleira branca tem os vários tipos de pratos, copos e taças. De frente da pia e de costas para mim, estava Ana. Arrumava e limpava algumas coisas por ali. Me aproximo aos poucos e devagar, mas mudo de ideia de assusta-la no meio do caminho quando a minha mãe me interrompe entrando pela porta da sala de visitas.


Maria: Angélica! Você não tava pensando em fazer isso que estou imaginando, não é? – Ela tenta ficar séria, mas rapidamente solta uma risada caminhando em minha direção. Da mesma forma que eu me viro para vê-la, Ana também faz o mesmo que fica surpresa com a minha presença ali.


Ana: Menina Angélica, não ouvi você! – Ela sorria. Coitada. Mal sabe que quase a mato do coração.


Angélica: Pois, é. Eu ia te fazer uma surpresa, mas a minha mãe como sempre acabando com as minhas brincadeiras. – Sorrio para a minha mãe que já estava em frente ao meu corpo. Ela deposita um beijo rápido na minha bochecha e caminha em direção ao balcão que Ana estava. Aproveito e viro meu corpo voltando ao meu caminho inicial até a Ana. Ao chegar perto dela, a abraço bem forte, dando um beijo em sua bochecha.


Angélica: Que saudade, Ana! – Ela retribui o meu abraço. Ana é uma querida. Sempre esteve presente em nossas casas. Nunca dizemos que ela é nossa empregada porque ela praticamente é da família. Por diversas vezes minha mãe tentou fazê-la se aposentar, viver apenas pro seu  marido, filha e neto,  mas ela não nos deixa. E isso só nos faz gostar ainda mais dela. Claro que por sua idade, ela não faz mais as coisas que fazia antes. Na verdade, ela mais coordena as outras meninas. E também ajuda os rapazes quando precisam de algo. Ela tem a altura da minha mãe, estava com um coque prendendo seus cabelos deixando nítidos os breves fios brancos que nasciam ali. Usava uma maquiagem bem suave. Nunca a vi sem maquiagem. Mesmo quando eu era pequena e ela trabalhava como uma louca dentro de casa. Hoje em dia ela tem total liberdade de vestir o que quiser, mas sempre opta por um dos seus inúmeros vestidos floridos.


Ana: Eu também estava com saudade, menina... Mas nossa, como você está linda! Essa vida nova está te fazendo muito bem. – Realmente tive que me forçar muito para não revirar os olhos e não pensar em ninguém nesse momento. Acredite. Eu me esforcei. Consegui não revirar os olhos na frente dela, mas não pensar no Jaime, foi praticamente impossível. Por isso, logo desconverso.


Angélica:  Essa vida estaria me fazendo muito melhor se eu tivesse a sua comida maravilhosa todos os dias. – Sorte que a Paula não esta escutando essa conversa. Ana ri baixo. Ela adora que a paparique e a encha de elogios sobre sua comida.


Ana: Então sente lá que vou servir seu café. Vai... – Ela dizia passando por mim e caminhando em direção a geladeira que ficava ao lado do balcão, dando um tapinha na lateral da minha bunda. Ao sair da minha frente, consigo reparar na minha mãe que estava toda arrumada.


Angélica: Onde a senhora foi tão cedo, hein? Posso saber? – Pronto. Foi fazer essa pergunta final para dar o inicio das fofocas da minha mãe. Ela rapidamente se aproxima de mim e me puxa pra sentar do lado dela na mesa. Claro que começou a falar coisas sobre a Sophia, e eu realmente preciso conhecer essa Sophia. Já estava ficando chato eu saber tanto dela assim sem ao menos saber como ela é. Enfim. Durante essa conversa, Ana trouxe meu café da manhã e logo terminei, dando risadas por várias vezes com as atrapalhadas da minha mãe.


Ficamos na mesa por mais algum tempo, por ora levantando e ajudando a Ana com algumas coisas para o almoço. Por mais que alguém queira mudar isso, a cozinha é realmente o espaço da mulher. Não sei, parece que as conversas brotam naquele ambiente. E quanto mais mulher tem, mais tempo você fica na cozinha conversando. E realmente conversamos sobre tudo. Quando chegou a minha vez, minha mãe quis saber sobre a minha mudança para LA, sobre a casa, sobre a Paula, sobre o clima, as pessoas, a língua, as fofocas. Não demorou muito para tocar no assunto do Otto. Nesse instante, eu me dei conta que esqueci o meu celular no quarto e ontem não liguei para ele avisando que tinha chegado. Ele com certeza sabe que eu cheguei bem, não é? Estranho essa sensação de não me importar em dar-lhe satisfação.


Maria: Ele ligou para mim ontem! Depois de algum tempo que entrei no meu quarto. – Eu pisquei forte para a minha mãe. Como assim?


Angélica: Mas o que ele queria mãe? – Realmente fiquei perplexa.


Maria: Como assim o que ele queria, Angélica? Você não ligou para ele avisando que tinha chegado. Ele disse que te ligava e dava como desligado, imaginando que ainda estava no avião. Até fazer as contas das horas e perceber que já era pra ter chegado, e por isso me ligou. Ele estava preocupado. Eu tive que dizer que você chegou bem cansada e que provavelmente esqueceu de avisá-lo. Mas, não pode deixar seu marido preocupado assim, minha filha. – É. Eu realmente esqueci de avisá-lo. E realmente não posso fazer isso com ele. Eu sempre fico nervosa quando ele tem que viajar e não me avisa a hora que chegou. Me senti mal por isso.


Angélica: É, eu sei, mãe. Realmente errei com ele! Mas acho que meu celular acabou a bateria então, porque não o desliguei ontem. – Minha mãe então parou por alguns instantes e ficou me olhando, me observando. Ela tinha indicio de um sorriso em seus lábios, mas não era claro. Isso estava começando a me incomodar. – Mãe? Que foi? Porque ta me olhando desse jeito?


Maria: O que ta acontecendo com vocês? Digo, você e Otto? – Claro que sou eu e o Otto. Que outro “vocês”minha mãe acha que tem? Em seguida a respondo.


Angélica: Nada, mãe. É aquilo que te contei pelo telefone. Naquele mesmo dia brigamos. Depois no outro dia ele me pediu desculpa e eu me comprometi a ter paciência e dá-lo espaço. Foi isso que ele pediu. – Balanço brevemente os ombros. Minha mãe continuava a me olhar desse jeito estranho dela.


Maria: E com você? Só com você... Está acontecendo alguma coisa? – Não posso evitar o fato dessa pergunta ter me pego de surpresa. Minha mãe me conhece bem, muito bem. Aposto que esse jeito dela de me olhar e me observar já a fez entender de tudo que ta acontecendo. Por isso, não adianta nada tentar mentir pra ela. Até por que, um dos motivos de ter vindo pra cá, era o fato de poder ter esse tipo de conversa com ela. Então bufo e reviro meus olhos. Ela ri enquanto eu inclino um pouco o meu corpo pra trás, encostando no encosto da cadeira e cruzo meus braços. Tentando não rir dessa situação.


Angélica: Certo, mãe... O que você quer saber? – Ela ao contrário de mim, inclina o seu corpo para frente e apoio seu cotovelo em cima da mesa, deixando o seu queixo brevemente apoiado em cima da sua mão.


Maria: Não sei. Conta-me você! Só você sabe o que tem aí dentro querendo sair. – Hoje ela acordou inspirada a me decifrar , é? Aos poucos solto meus braços e desvio meu olhar do dela, parando sobre um objeto qualquer sobre a mesa. Começo.



Angélica: Eu vi o Jaime, mãe! E o pior... Eu toquei no Jaime. Senti o seu perfume. Os seus braços... – Acabo soltando um suspiro longo ao lembrar da sensação dos seus braços em volta do meu e volto com o meu olhar pro dela. – Eu vi o sorriso do Jaime perto de mim novamente. – Inconscientemente abaixei um pouco o tom da minha voz.  Em momento algum fui tão sincera com alguém durante essa semana. Não pude ser sincera com o Otto porque sou casada com ele, e não pude ser sincera com o Jaime, exatamente pelo mesmo motivo dele ser casado com a Heidi. Por esse motivo, o silencio da minha mãe estava me deixando tensa. Ela só me olhava. Quero saber o que ela pensa disso. O que ela vai falar. Será que vai me deixar mais na merda do que já to? Será que vai me recriminar por estar casada e pensando em outro? Sonhando com outro? Sorrindo boba por outro? 




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Autor(a): nani.

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Minha mãe permanecia na mesma posição após o termino da minha fala. Ela ficou com uma expressão mais calma agora ao me observar. Aquele jeito de antes estava começando a me assustar. Ela levantou da sua cadeira que estava em minha frente e deu a volta na mesa para se sentar ao meu lado. Eu observei todos esses movimentos com o olhar ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 14



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  • martaduarte Postado em 07/06/2015 - 09:38:28

    Li e Reli sua fic 04 vezes... linda. Parabéns, perfeita..? Acho que merece uma continuação. Como estaria a vida deles pós matrimonio, filha, carreira?? PENSA COM CARINHO

  • flavia1909 Postado em 29/10/2014 - 21:37:39

    to viciada*..... ;)

  • flavia1909 Postado em 29/10/2014 - 21:37:10

    nani por favor nao para de escrever nao......posta mais capitulos pra gente....to viciado nessa fanfic....e nao deixa a angie ficar brava com o jaime nao pelo amor de Deus...e faz a heide se fuder hehehehe...brigadoooo

  • angelicamil Postado em 17/10/2014 - 18:29:09

    e ai kd vc madame esqueceu da gente hem ? queremos mais por favor nao nos deixe

  • yaramoura Postado em 22/09/2014 - 00:06:13

    Uaaaal amei esse capítulo. Plis não demore tanto a postar nani bjus

  • angelicamil Postado em 07/09/2014 - 22:23:38

    gente essa fic é luxo , nota 1000 nao perco uma quero sempre mais parabéns

  • iza2500 Postado em 11/08/2014 - 20:06:17

    amando essa fic, tão lindo esses dois. tomara que se resolvam logo. postaaaaaa mais!!!!!!!!!

  • liluni_cham Postado em 11/08/2014 - 20:03:22

    ( capitulo 4 ) Ai minha nossa... O Jaime mandando mensagem no cel da angie.. E a coitada da esta com o emocional tao a for da pele q acho que nao vai demorar muito pra ela cair de amores de novo pelo Jaime... Isso e, se esse amor nunca morreu de verdade. Indo para o proximo capitulo

  • iza2500 Postado em 11/08/2014 - 00:58:11

    Que romantico eles na torre, postaaaa maos!!!!!!

  • liluni_cham Postado em 10/08/2014 - 20:46:06

    A riqueza de detalhe na estoria esta fabulosa nani.. Eu to tao concentrada na estoria que nao resisto e vou ler e comentar tudo... Eu sou uma apaixonada por fanfics... E quando se trata da feia mais bela entao eu adoro.. E com personagem original do Jaime e da angie ficou bem melhor... Eu sou uma valecamil assumida... E que se dani os outros.. Esses dois tinha que ficar juntos msm.. Mais infelizmente o destino nao quis assim.. Mas ainda bem que existe as fanfics pra poder unir esses dois lindos que eu amo de paixao... A angelica falando "foca Angelica, foca" foi muito engracado kkkkk coitado do oto ficou boiando e nao entendendo nada.. Essas riquezas de detalhes nani na fic e realmente fantastico sabe? Desde uma toalha na cabeca ate um cursar de pernas... Adoro fanfic assim bem escritas que faz com que o leitor se sinta na estoria... Imaginando a cena descrita. Nani porque vc nao coloca parentezes onde tem os nomes dos personagens? E que quando to lendo eu fico confundindo o nome junto com a estoria kkkkkkk desde o cap um eu to meio confusa juntando os dois kkkkkkk ah me tira uma duvida... O oto trabalha com oque? E impresario? Indo pro proximo cap.


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