Fanfics Brasil - Capítulo 11: Solo Dios Lo Sabe/ Nani.

Fanfic: Solo Dios Lo Sabe/ Nani. | Tema: A Feia Mais Bela


Capítulo: Capítulo 11:

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Minha mãe permanecia na mesma posição após o termino da minha fala. Ela ficou com uma expressão mais calma agora ao me observar. Aquele jeito de antes estava começando a me assustar. Ela levantou da sua cadeira que estava em minha frente e deu a volta na mesa para se sentar ao meu lado. Eu observei todos esses movimentos com o olhar e completamente aflitos por não saber o que ela estava pensando ou o que iria fazer. Ela virou seu corpo pro meu ao sentar-se na cadeira e automaticamente fiz o mesmo, ficando assim de frente pra ela, com as nossas pernas praticamente encostadas. Então ela segurou as minhas mãos bem firmes sem tirar os olhos dos meus.


Maria: Eu realmente agradeço por confiar em mim e me dizer o que está acontecendo, meu anjo. Eu acredito que não deve ter sido fácil pra você. – Realmente não foi fácil. Não está sendo fácil. Desde que vi o Jaime naquele shopping, nada mais foi fácil ou igual como era. Principalmente na minha vida de casada. Fiquei tranquila por ainda não ter tomado uma bronca da minha mãe. Ela continua: Porém, eu não quero que isso aconteça com você. Não quero que destrua sua vida assim.


Angélica: Mas eu não estou destruindo nada, eu só... – Ela me corta... Até tu, Brutus?


Maria: Deixa-me concluir, meu amor. – Ela sorri de um jeito que duvido que alguém negue alguma coisa para ela. Continuo com a minha concentração nela: Acredito que só eu sei o que você passou com o Jaime e pelo Jaime. Ele é um ser incrível. Maravilhoso. Mas nós duas sabemos que ele tem seus defeitos e por diversas vezes você criticava isso pra mim. Aqui. Exatamente nessa cozinha e nessas cadeiras. – Isso me fez sorrir ao lembrar das vezes que ensaiava com a minha mãe cenas da novela, principalmente as da cozinha, e nossos ensaios acabavam com conversas amorosas sobre o Jaime até tarde: Agora Otto é excepcional. Acredito que não tenha defeitos. Eu pelo menos nunca vi você reclamar de alguma coisa que Otto fez ou disse que não gostou. Com exceção dessas semanas que te vi mais agressiva sobre ele. Mas agora, com você me dizendo o real motivo dessa agressão... – Dessa vez eu que corto. É.


Angélica: Espera, mãe. O Jaime não tem nada a ver com isso! O Otto já estava estranho comigo antes mesmo de vê-lo. Ele já chegava cansado e estressado do trabalho, sem conversar direito comigo, sem me dizer o que estava acontecendo para deixá-lo daquele jeito. – Minha mãe leva sua mão até meu rosto e ali acaricia bem devagar uma das minhas bochechas com a palma das mãos. Sorri, me olhando.


Maria: Você deveria ver os seus olhos quando menciona o nome do Otto e quando menciona o nome do Jaime. Você não precisa me dizer mais nada. As coisas já estão claras para mim, minha filha. – Que? Meu olhos... Que? Eu não fiz nada com os meus olhos. Antes que eu pudesse discordar, ela continua: Só não quero que perca tempo na sua vida. – Agora eu realmente fiquei confusa. Perai.


Angélica: Você não ta querendo dizer que eu namore e tenha algo com o Jaime novamente, não é? – Ela apenas abre um sorriso em resposta enquanto tira sua mão do meu rosto e a leva de encontro com a outra que ainda segurava as minhas mãos: Mãe! Como você mesmo disse... Eu sei muito bem como ele é. Sei até demais pra ser sincera. E tem o Otto. Ele é meu marido, eu nem deveria estar pensando nessa hipótese. E na verdade, nem você! – Tiro uma das minhas mãos do meio das mãos da minha mãe e a levo até o meu rosto onde pressiono brevemente alguns dedos em minha testa.


Maria: Eu não estou dizendo para trair o Otto. Eu estou dizendo que não perca tempo. Se não é isso que você quer, se não é ele quem te faz feliz, seja sincera. Tanto com eles como com você mesmo. Apenas tome direções certas pra sua vida. – Tiro minha mão do meu rosto e agora a deixo por cima de uma das mãos da minha mãe, a acariciando.


Angélica: Você sabe o que aconteceu. Eu não quero que aconteça de novo! Na verdade, tenho medo que aconteça de novo.  – Desvio meu olhar por alguns instantes do da minha mãe e ao voltar a mira-la, percebo que ela estava triste por este meu comentário.


Maria: Ele não te traiu, Angélica! – Ah, não. Esse assunto assim, sem preparar o meu psicológico não. Agora eu realmente fico brava. Não quero falar disso. Já falei muitas vezes pra não tocarmos nesse assunto mais. Nunca da certo falarmos sobre isso. Ela poderia ter dito com outras palavras, mas assim, ainda me machuca. Mesmo passado tantos anos, isso foi algo que me marcou e me machucou muito na época. Tiro as minhas mãos das dela e decido levantar da cadeira. Ela apenas acompanha meus movimentos com o olhar.


Angélica: A gente realmente não precisa tocar nesse assunto... Vou ajudar a Ana com o almoço. – Determinada saio de perto da minha mãe, atravessando a cozinha e parando ao lado da Ana que estava no fogo. Claro que Ana escutou toda a conversa, mas ela sempre escutava nossas conversas. Por muitas vezes me ajudou. Finjo que estou concentrada no que Ana está me dizendo sobre o que ela ta preparando e percebo a minha mãe sair da cozinha... Droga. Eu não viajei isso tudo pra chegar aqui e ainda ficar assim com ela... Entorto um pouco a minha boca com desaprovação do que tinha feito, mas volto a minha concentração pra Ana e acabo realmente ajudando a terminar o almoço. Eu gosto de cozinhar. Então foi fácil e rápido pro almoço ficar pronto.


Com a conversa logo cedo com a minha mãe, não reparei no tempo que tinha passado. Já estávamos nós duas sentadas novamente comendo. Incrível como eu como aqui na casa dela. Enfim. Não tocamos mais no assunto do Jaime durante todo o almoço. Ela não estava brava comigo ou chateada. Conversamos normalmente falando sobre tudo e todos. Acho que ela estava mais ansiosa que eu pra homenagem de hoje a noite. Ela me contava com entusiasmo a roupa que iria vestir que combinava com o detalhe do sapato e não sei mais o que. Depois do almoço ela saiu da mesa dizendo que ligaria para um dos produtores para saber como funcionaria na porta. Se teria que parar para entrevista ou foto. Se entrávamos pela frente ou pelos fundos. Esses tipos de detalhes.


Ajudei a Ana tirar a mesa, conversamos sobre algumas coisas mais pessoais sobre a sua casa, esposo e filha, mas depois acabei saindo da cozinha para voltar ao meu quarto. Queria tentar dormir um pouco ou pelo menos descansar. Entro pela porta do meu quarto e a deixo aberta. Caminho até a minha bolsa e decido tirar o meu celular de lá... É. Realmente sem bateria... Desisto de tentar ligá-lo desse jeito e começo a procurar o meu carregador dentro da bolsa. Procuro. Procuro. E procuro mais uma vez. Mudo meu foco e procuro dentro da minha mala. Procuro. Procuro. E procuro mais uma vez... Puta que o pariu, Angélica! Como você esquece o seu carregador do celular? Rapidamente pensei em pegar o da minha mãe até lembrar que o dela é modelo diferente. Dou uma breve batidinha na minha testa com a palma da mão e caiu largada na cama de barriga pra cima, ficando com o olhar fixo no teto... E isso que eu conferi a minha bolsa antes de sair de casa, imagina se não tivesse conferido. Deus! Levo um susto quando a minha mãe entra no quarto falando comigo.


Maria: Filha querida, você... –Ela para ao me ver deitada daquela forma na cama e ri baixo: Ta tudo bem aí? – Se aproxima mais da minha cama. Após o susto, sento e a olho, sorrindo.


Angélica: Tá, mãe. O problema que esqueci o carregador do meu celular... Preciso ligar para o Otto. Me empresta o seu? – Fiz um biquinho enquanto esticava a minha mão em direção ao seu corpo, com a palma bem aberta na expectativa dela por o seu celular ali. E ela o faz. Rindo do meu jeito.


Maria: Você realmente não muda. – Assim ela sai do meu quarto. Rindo da minha cara. Essa é a minha mãe. Uma hora é “meu anjo” depois está rindo da minha cara... Forço um pouco os meus olhos a olhando sair fazendo uma careta com a boca, rindo em seguida. Decido discar para o Otto em seguida.


Otto: Alo? – Senti uma duvida na sua voz. Ele não tem marcado o numero da minha mãe?


Angélica: Otto? Sou eu. Angélica. Você não tem marcado o numero da minha mãe? – Pergunto curiosa.


Otto: Ei... Oi, meu amor. Tenho sim, mas não prestei atenção antes de atender. Estava dormindo! – Ao ouvir isso, rapidamente viro meu rosto para olhar o relógio em cima do criado mudo... Dormindo? Mas já estava tarde no México para ele estar dormindo. Será que andou dormindo tarde novamente? Quer saber. Não vou perguntar. Realmente não me interessa. Vou dar o espaço que ele quer.


Angélica: Ah... Desculpa. Eu não imaginei que estaria dormindo a essa hora! Mas, desculpa por ontem. Cheguei cansada e na hora que vi a minha cama... Nossa, capotei. – Sorri ao lembrar da felicidade que foi chegar no meu quarto. Nessa hora vejo a minha mãe passar pelo corredor e ir pro seu quarto.


Otto: Tudo bem, meu amor. Eu liguei pra sua mãe. Me deixou preocupado! Porque está ligando do celular dela? – Sabe, parando pra pensar um pouco. Eu nunca tive uma conversa tão distante com o Otto. É claro que não estou falando no sentido literal da palavra distancia, mas sim, dessa frieza de tratamentos um com o outro. E o pior disso, é que não estou me sentindo mal. Não estou sentindo necessidade de ser simpática. Mesmo sendo o meu marido. No fundo, eu sabia que não era voz dele que queria ouvir. Acho que essa era o meu real problema.


Angélica: Esqueci o carregador. E isso que conferi a minha bolsa antes de sair. Mas sabe como eu sou... – Deixo a frase subentendida e escuto um breve riso do outro lado da linha. Eu esboço um sorriso porque também não sou de pedra. Não demorou muito e nosso telefonema terminou. Ele contou brevemente o que fez de ontem para hoje e acabou me contando que foi dormir tarde ontem novamente. Na minha vez, contei o que fiz até aquele momento: comer e fofocar. Ele terminou dizendo que estava com saudades e eu... Me senti na obrigação de dizer o mesmo. Eu sei que é horrível,mas não quero deixá-lo aflito ou preocupado com o nosso casamento lá enquanto eu estou aqui. Depois resolvemos sobre isso.


Com esse pensamento, decido entregar o celular da minha mãe. Saio da minha cama e caminho em direção do seu quarto. A porta estava aberta e então fui entrando. Da mesma forma que o meu, a cama de casal dela é centralizada. A sua janela é o dobro da minha e também da acesso ao quintal dos fundos. As cortinas são bem escuras que contrastam com o tapete claro que ela tem no pé da cama. Em cima desse tapete, tem duas poltronas pequenas que ficam posicionadas pra uma televisão suspensa. No meio desse tapete tem uma mesinha de centro que ela sempre deixa por cima os livros que está lendo. Ao lado da porta de entrada, já tem a porta que da acesso ao banheiro e ao lado a porta do seu closet. Minha mãe estava em uma das poltronas lendo um dos seus livros, mas logo para ao me ver entrando pela porta. Sorrio para ela que retribui o sorriso.


Angélica: Está aqui seu celular. Obrigada, mãe! – Me aproximo e então sento de frente pra ela, na outra poltrona deixando o seu celular em cima da mesinha de centro.


Maria: De nada, meu amor. Pode usa-lo quando quiser. Acredito que vai precisar bastante dele enquanto estiver aqui esses dias. – Ela abaixa suas mãos que seguravam o livro e a deixa apoiada sobre suas pernas. Não tiro meus olhos dela.


Angélica: Não estou falando obrigada só pelo celular, mas também por ter me escutado hoje mais cedo. Realmente precisava falar sobre isso com alguém e não via a hora de chegar aqui para isso acontecer. Da mesma forma, quero te pedir desculpa por ter falado daquela forma com você. – Ela sorri toda meiga, me fazendo abrir um sorriso maior em meus lábios.


Maria: Eu também te devo desculpa por ter tocado nesse assunto que tanto te machuca, meu amor. E você mais do que ninguém sabe que pode contar comigo pra tudo. Me falar sobre o que quiser! – Como ela é linda. Me deu uma vontade imensa de abraça-la. Levanto da poltrona e dou alguns passos até parar em frente do seu corpo. Me abaixo um pouco e sento bem devagar no seu colo, sem soltar completamente o meu peso. Passo um braço por trás do seu pescoço e assim a abraço toda esquisita. Ela ri e eu rio mais ainda com isso. Imaginando a cara de alguém que entrasse exatamente agora e visse essa cena.



Ana: Ei, dona Angélica, a senhora vai querer... – Paula para com uma cara assustada após passar pela porta. E eu e a minha mãe rimos muito. Acredito que ela estava pensando e imaginando a mesma cena que eu pra rir assim. Ana logo cai no riso com a gente. Foi assim que passamos essa tarde. Rindo. Felizes e bem abraçadas. Bem grudadas. Eu amo a minha mãe com todas as minhas forças e sei que ela só diz o que diz para o meu bem. Prometi pra mim mesma que pensarei sobre suas palavras. Ela sempre soube me dizer as coisas certas quando eu precisava, não seria agora que ela erraria sobre isso. Além de tudo, hoje era um dia para comemorações. E essa hora estava chegando.




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Autor(a): nani.

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 14



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  • martaduarte Postado em 07/06/2015 - 09:38:28

    Li e Reli sua fic 04 vezes... linda. Parabéns, perfeita..? Acho que merece uma continuação. Como estaria a vida deles pós matrimonio, filha, carreira?? PENSA COM CARINHO

  • flavia1909 Postado em 29/10/2014 - 21:37:39

    to viciada*..... ;)

  • flavia1909 Postado em 29/10/2014 - 21:37:10

    nani por favor nao para de escrever nao......posta mais capitulos pra gente....to viciado nessa fanfic....e nao deixa a angie ficar brava com o jaime nao pelo amor de Deus...e faz a heide se fuder hehehehe...brigadoooo

  • angelicamil Postado em 17/10/2014 - 18:29:09

    e ai kd vc madame esqueceu da gente hem ? queremos mais por favor nao nos deixe

  • yaramoura Postado em 22/09/2014 - 00:06:13

    Uaaaal amei esse capítulo. Plis não demore tanto a postar nani bjus

  • angelicamil Postado em 07/09/2014 - 22:23:38

    gente essa fic é luxo , nota 1000 nao perco uma quero sempre mais parabéns

  • iza2500 Postado em 11/08/2014 - 20:06:17

    amando essa fic, tão lindo esses dois. tomara que se resolvam logo. postaaaaaa mais!!!!!!!!!

  • liluni_cham Postado em 11/08/2014 - 20:03:22

    ( capitulo 4 ) Ai minha nossa... O Jaime mandando mensagem no cel da angie.. E a coitada da esta com o emocional tao a for da pele q acho que nao vai demorar muito pra ela cair de amores de novo pelo Jaime... Isso e, se esse amor nunca morreu de verdade. Indo para o proximo capitulo

  • iza2500 Postado em 11/08/2014 - 00:58:11

    Que romantico eles na torre, postaaaa maos!!!!!!

  • liluni_cham Postado em 10/08/2014 - 20:46:06

    A riqueza de detalhe na estoria esta fabulosa nani.. Eu to tao concentrada na estoria que nao resisto e vou ler e comentar tudo... Eu sou uma apaixonada por fanfics... E quando se trata da feia mais bela entao eu adoro.. E com personagem original do Jaime e da angie ficou bem melhor... Eu sou uma valecamil assumida... E que se dani os outros.. Esses dois tinha que ficar juntos msm.. Mais infelizmente o destino nao quis assim.. Mas ainda bem que existe as fanfics pra poder unir esses dois lindos que eu amo de paixao... A angelica falando "foca Angelica, foca" foi muito engracado kkkkk coitado do oto ficou boiando e nao entendendo nada.. Essas riquezas de detalhes nani na fic e realmente fantastico sabe? Desde uma toalha na cabeca ate um cursar de pernas... Adoro fanfic assim bem escritas que faz com que o leitor se sinta na estoria... Imaginando a cena descrita. Nani porque vc nao coloca parentezes onde tem os nomes dos personagens? E que quando to lendo eu fico confundindo o nome junto com a estoria kkkkkkk desde o cap um eu to meio confusa juntando os dois kkkkkkk ah me tira uma duvida... O oto trabalha com oque? E impresario? Indo pro proximo cap.


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