Fanfic: Solo Dios Lo Sabe/ Nani. | Tema: A Feia Mais Bela

Estava sentada na mesa do Juan Soler, o Aldo da novela. Já tinha comido na minha mesa, conversado com todos por lá e agora fui explorar o resto do salão. Encontrar amigos que não via e que até agora não tinha consigo encontrar. Estava sentada do lado de Juan e a gente conversava sobre os caminhos que nossas vidas nos levaram. Na mesa dele também estavam sua mulher e alguns amigos. Troquei breves palavras com eles e decidi me levantar para ir ao banheiro. Saio dali determinada em direção ao banheiro, mas sempre era parada pelo caminho por alguém. Entre o palco que foi montado e a entrada e saída da cozinha, tinha um corredor que nos levava aos banheiros ao fundo. Entrei no banheiro feminino e estranhei estar vazio. Geralmente banheiro de mulher era sempre lotado. Talvez pelo fato de ter vários espalhados por todo o salão e esse ser um pouco mais afastado.

Ao entrar, dava de cara com a pia relativamente cumprida com um espelho que a acompanha. Este espelho começa na pia e termina perto do teto. A pia é de mármore preto, da mesma cor e material é a cabine do banheiro. Tinha apenas quatro dessas cabines. Era um banheiro pequeno, mas bem arrumado, limpo e cheiroso. A mesma musica que estava tocando lá fora no salão, tocava ali dentro, só que bem mais baixo. Estava apertada então andei rapidamente já puxando o meu vestido pra cima e empurrando com o braço a primeira cabine. Fiz o meu xixi cantarolando a música que tocava.

Saio da cabine e caminho até a pia. Lavo minhas mãos e seco ao esticar o braço e puxar o papel toalha. Jogo fora o papel no lixo e em seguida paro em frente ao espelho, arrumando meus seios na frente do espelho seguido dos meus cabelos sobre os ombros. Escuto a porta abrir atrás de mim e quando decido olhar, faço uma cara surpresa virando rapidamente meu corpo, deixando-o encostado pela bunda na pia. Jaime entra e fecha a porta atrás do seu corpo. Ele estava me olhando bem profundo nos olhos e isso estava começando a me assustar. Fiquei realmente tensa. Não tava conseguindo decifrar o que tava acontecendo. Senti a minha boca secar.

Angélica: Jaime... Ta tudo bem? O que aconteceu? O que ta fazendo aqui? – Antes que pudesse continuar com as minhas perguntas, ele se aproxima decidido do meu corpo. Coloca uma das suas mãos em minha cintura e a segura firme com a ponta dos dedos enquanto seu corpo pressiona o meu contra a pia. Sua mão livre vai diretamente na altura do meu rosto e dali desliza seus dedos até a minha nuca, enfiando-os por baixo do meu cabelo até segurá-la também com a ponta dos dedos. Ele puxa um pouco o meu rosto e assim sou obrigada a incliná-lo da forma que ele queria. Agora ele olhava fixamente meus olhos.

Tava com medo do meu coração continuar batendo forte desse jeito e ter um treco no meio do banheiro, nos braços do Jaime. Estava completamente sem ação e fiquei mais ainda ao sentir o toque dos seus lábios nos meus quando os aproximou mais. Ele ligeiramente abaixou sua cabeça para encaixar melhor nossos lábios e assim introduzir a sua língua dentro da minha boca. Eu fechei meus olhos e meu mundo parou completamente. Esqueci de tudo. Não sabia nem mais onde eu estava. Apenas sabia que estava com Jaime. Com as suas mãos me segurando desse jeito e o seu perfume me entorpecendo. Eu correspondo o seu beijo quando levo a minha língua de encontro com a sua e assim sinto o gostinho do seu beijo dentro da minha boca. Isso me faz soltar um suspiro baixinho entre o beijo a cada troca de lado dos nossos rostos pela saudade que sentia de me sentir assim.

Me acostumando com as sensações do meu corpo, levo os meus braços na altura do seu pescoço e ali os entrelaço, ficando completamente entregue ao seu beijo. Ele ainda segurava a minha nuca e algumas vezes entrava com seus dedos pelos meus cabelos, os segurando firme, acompanhando os movimentos da minha cabeça com a sua mão. A sua mão da minha cintura já tinha escorregado pra minha costa onde alisava e apertava, deixando mais ainda nossos corpos juntos. Eu sentia a sua vontade crescer cada vez mais no nosso beijo e isso me fez cair na real e perceber que estávamos no meio do banheiro. Em um evento cheio de fotógrafos e amigos que a qualquer momento poderiam entrar. Com esse pensamento escorrego as minhas mãos pro seu peitoral e com as palmas forço aquela região enquanto solto nossos lábios. Ele resmunga por ter feito isso, mas aos poucos abre os olhos, como eu. Ficamos nos olhando assim, bem de perto, com as nossas respirações se misturando por alguns instantes. Ele então decide falar em um tom baixo.

Jaime: Agora acredita no que eu te disse sobre sentir a sua falta? – Ele fixou seu olhar em meus lábios conforme depositava alguns selinhos ali enquanto trouxe suas mãos pra lateral do meu pescoço, acariciando as minhas bochechas com os polegares em ambos os lados.

Angélica: Você ta louco! Não pode entrar no banheiro assim só pro seu orgulho não ficar ferido por eu não acreditar em você. – Forço novamente as minhas mãos em seu peitoral e parece que quanto mais eu fazia isso, mais ele prendia o meu corpo contra a pia só com a sua cintura. Será que ele não entende a merda que ta fazendo? Isso tava começando a me deixar nervosa. Não só de raiva, mas de medo de acontecer alguma coisa. Ele continua falando em um tom baixo, mas agora me olhava nos olhos.

Jaime: Não é só por causa do meu orgulho, Angélica... Eu quero que acredite em mim! Eu não tava aguentando mais ficar longe de você, sem poder te tocar, te olhar assim, te escutar, te beijar, desde o momento que coloquei meus olhos em você naquele shopping. – Ele estava com uma expressão sofrida em seu rosto e isso por alguns instantes me fez realmente acreditar nele. Mas, sempre quando isso acontece, nada acaba bem. Não duvido que ele vai chegar na casa dele e vai dizer as mesmas palavras para Heidi... Heidi. Otto. Porra! Agora consigo me separar dele colocando toda a minha força em meus braços e empurrando seu corpo.

Angélica: Sabe, se você não tem respeito pelas suas companheiras, eu tenho pelo meu companheiro! – Decido me afastar dele, passando pelo seu corpo e parando em frente de uma das cabines do banheiro, com o meu corpo de frente pro dele. Tento ficar o mais longe possível dele enquanto escuto sua voz retrucando e ele permanece de frente pra pia, mas agora com o corpo na mesma direção do meu e de frente pra mim.

Jaime: Eu quero falar sobre isso com você, mas não aqui e não agora. Almoça comigo amanhã? – Que? Sério que ele tava me perguntando isso? Ele fica me olhando com um olhar todo caído. Eu percebo que estava fazendo de propósito e acabo rindo. Não consigo segurar. Ele ri também e aproveita pra se aproximar mais de mim, bem lentamente. Leva sua mão na altura da minha orelha e ali coloca um pouco dos meu cabelos pra trás da orelha sem deixar de olhar em meus olhos, esperando minha resposta.

Angélica: Que? É sério isso? Você deve estar de brincadeira... Como quer que eu saia pra almoçar com você? Primeiro de tudo, sem chance de deixar a minha mãe sozinha. Se eu vim pra essa viagem, pode ter certeza que boa parte dos meus motivos foi por causa dela. Quero ficar com ela. Sinto a falta dela por morar longe de mim. E em segundo, estamos no México! Não é como em LA que podemos sair com mais liberdade. Não dá, Jaime. E não adianta apelar pra essas suas caras. – Ele então coloca suas mãos em meus ombros e as desliza dali até a lateral dos meus braços onde os alisa com as palmas ora dando breves apertadas, se aproximando mais de mim. Novamente não nos encostamos, mas o seu corpo estava perto o suficiente para sentir o seu calor. Tenho que erguer o meu rosto para olha-lo nos olhos.

Jaime: Eu convido ela para o almoço também a hora que sair daqui, não se preocupe. – Ele sorri de canto e aperta mais firme suas mãos em meus braços, fazendo com que dessa forma meu corpo encoste no dele agora. Fico novamente entorpecida com essa aproximação. Sem saber o que fazer ou como lidar. Ele ta aqui. Na minha frente de novo, como já aconteceu diversas vezes no passado. Mas agora as coisas estão diferentes. Eu estou diferente. Não posso deixar que ele me controle assim. Por isso dou um passo pra trás, mas ele logo aperta meus braços com mais força e volta a inclinar o seu rosto em direção ao meu. Antes que eu pudesse reclamar, sua língua já estava dentro da minha boca, iniciando outro beijo.

Agora ele desceu suas mãos pra minha cintura e com as pontas dos dedos a segurou firme, não deixando meu corpo se separar do dele. Fico com o meu corpo encaixado no dele enquanto uma mão apoia sobre o seu ombro e a outra na lateral do seu pescoço. Seguro aquela região ficando com o meu polegar apoiado sobre a sua bochecha e assim acompanho os movimentos do seu rosto. Faço um breve carinho em sua bochecha com o polegar e agora eu que escutava o seu suspiro entre o beijo. Dessa vez eu me entreguei. Realmente. Não tava mais importando com a situação caso alguém entrasse. Mas as coisas estavam ficando preocupante quando senti o volume no meio das suas pernas aumentar e pressionar a região do ventre da minha barriga. Eu acabo soltando um breve riso descendo as minhas mãos pros seus ombros e as deixando apoiadas ali e da mesma forma escuto o seu riso. Nós sabíamos o que estava acontecendo. Paro o beijo dessa vez com selinhos que deposito em seus lábios e fico admirando-os.

Jaime: Melhor eu sair de perto de você. Sério! Na primeira oportunidade, eu falo com a sua mãe. – Ele continua sorrindo. Sorrindo. Sorrindo. Sorrindo... Foca, Angélica. Ele afrouxa suas mãos da minha cintura e aos poucos vamos nos afastando. Continua olhando fixamente em meus olhos quando volta a depositar um selinho mais demorado agora e diz baixinho: Te quiero! – Fixo meu olhar no dele que em seguida acompanha seus movimentos ao soltar o meu corpo, se vira e caminha pra fora do banheiro abrindo a porta e fechando em seguida.