Fanfics Brasil - Capítulo 19: Solo Dios Lo Sabe/ Nani.

Fanfic: Solo Dios Lo Sabe/ Nani. | Tema: A Feia Mais Bela


Capítulo: Capítulo 19:

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Estou pronta e na sala de televisão com a minha mãe. Hoje a noite estava fresca e por isso optei por uma saia alta na cintura e longa azul marinho. Vestia uma blusa branca que ficava por dentro da saia e nos pés uma Anabela cor nude relativamente alta pra tentar disfarçar meu tamanho. Estava completamente básica. Até na maquiagem. Não sabia onde Jaime iria me levar, mas suspeitava que seria no nosso restaurante de sempre. Conversava com a minha mãe quando somos interrompidas com um dos interfones. Saio em direção à cozinha e lá atendo, confirmando a espera do Jaime e autorizando sua entrada pelo portão principal dos carros. Volto pra sala e me despeço.


Angélica: Ele está aí, mãe. Beijos. – Parada na entrada da sala, mando um beijo no ar pra minha mãe com a mão, olhando-a assistir a televisão.


Maria: Vá, minha menina... Se divirta. E saiba que estou feliz por ter decido ir. – Ela vira seu rosto pra mim sorrindo ao escutar a minha voz e manda um beijo de volta ao terminar. Sorrio.


Viro meu corpo e passo pelo final do corredor, sala de jantar até chegar na sala principal onde paro na frente do espelho de entrada para dar aquela ultima olhada. Arrumo meus cabelos que estão soltos sobre os ombros. Sorrio mais uma vez... Como eu to sorrindo hoje, nossa! Enfim. Saio da casa fechando a porta atrás de mim e, logo sou surpreendida com o carro do Jaime já parado no pé da escada e ele em pé do lado de fora, encostado na sua porta fechada. Ele sorri a me ver. Sorri. Sorri. Ele sorri enquanto eu estou descendo as escadas. Penso no tanto que tenho que me concentrar para não cair ali. Até desvio meu olhar do dele enquanto levo as minhas mãos na altura das minhas coxas para puxar o tecido da saia para cima, para não correr o risco de me enroscar com ela. 


Ele da alguns passos e já estava em minha frente quanto termino de descer as escadas. Agora solto o tecido da minha saia e posso olha-lo. Vestia uma calça jeans escura e uma camisa social por dentro da calça também escura com as mangas dobradas até a altura do cotovelo e os botões do colarinho desabotoados. Os pés calçavam um sapato também social...Eu sou suspeita para falar, mas quando ele se veste desse jeito, nem social e nem largado demais, é pra me matar mesmo. Acabo sorrindo mais do que o normal quando nossos olhos se cruzam ao pensar dessa forma. Ele leva uma das suas mãos na altura do meu rosto e coloco um pouco do meu cabelo pra trás da orelha, me matando de uma vez.


Jaime: Está maravilhosa como sempre! – Ele mantinha fixo seu olhar no meu e o seu sorriso abria mais conforme dizia suas palavras... Melhor eu saber lidar com esse sorriso e esse olhar sobre mim a noite toda, se não vou parecer uma idiota sorrindo boba o tempo todo.


Angélica: Acho que a gente já se conhece o suficiente pra ter essas formalidades, Jaime. –Sorrio envergonhada enquanto decido me afastar do corpo dele. Isso foi praticamente um corte. É. Não quis ficar ali tão próxima dele sabendo que depois de ontem é perigoso essa aproximação. Também quero deixar claro pra ele com essa atitude, que ontem foi apenas uma exceção. Que não podemos tornar isso frequente. Passo por ele e caminho em direção ao outro lado do carro, dando a volta por trás do mesmo. Percebo que Jaime acompanhava meus movimentos com o olhar, de um jeito um pouco perplexo. Mas ele sorri e da mesma forma, caminha para o carro.


Entramos e sentamos no carro. Ele logo passa o seu cinto atravessando seu corpo e eu faço o mesmo com o meu. Não sei o que ta acontecendo, mas ultimamente, quando ficamos sozinhos assim e em um lugar praticamente fechado, fica um clima meio tenso no ar. Eu acredito que sejam nossas consciências. Eu sorrio olhando pra frente, através do vidro, pro jardim inicial da casa. Ele deve ter percebido meu riso sem motivo por perguntar.


Jaime: O que foi? – Ele vira seu rosto pra mim, me olhando, enquanto estica seu braço pra já ir ligando o carro e sair bem devagar dali até o portão que abria lentamente.


Angélica: Nada demais... Mas, sou só eu que acho que as coisas estão diferentes? – Viro meu rosto pra ele e nesse momento ele já não estava com o olhar sobre mim. Confesso que me da mais tranquilidade quando ele não me olha. Assim fico mais concentrada, sem chance de cair nos seus encantos.


Jaime: Não! Claro que não. Eu também sei e sinto que as coisas estão diferentes. E é essa a intenção... – Ele deixa essa frase um pouco subliminar e rapidamente da uma olhada pra mim, tirando seus olhos da rua. Seu olhar estava sereno e tranquilo. Acredito que ele realmente estava falando a verdade. Logo, me tira dos meus pensamentos ao continuar: Mas, conversaremos sobre tudo isso mais tarde.


Ele volta sua atenção pra rua e eu faço o mesmo. Observo o caminho que estamos fazendo. Depois do que ele falou, ficamos em silencio por alguns instantes. Ele até chegou a ligar o radio para descontrair o ambiente. Quando fomos nos aproximando do centro da cidade, começamos a comentar sobre algumas coisas que víamos pelo caminho. Muitas das coisas que comentávamos nos levaram para a época da novela. Querendo ou não, foi naquela época em que ficamos mais próximos. Não só no sentido físico, mas principalmente no sentindo da amizade. Nos víamos praticamente 24h. Ainda mais quando namoramos. Toda essa viagem esta sendo nostálgica. Fui muito inocente em pensar que nada disso mexeria comigo. Mas, está mexendo. E muito.


Não demora muito pra eu conhecer o caminho que ele estava fazendo ao pegar uma das saídas da cidade. Realmente iria me levar para o nosso restaurante. Digo “nosso” como forma de dizer. Por ser um pouco distante e discreto, sempre íamos lá depois das gravações ou em algum tempinho livre. Somos conhecidos e temos total confiança em todos que trabalham ali. Tanto é que nunca foi dito nada sobre mim e Jaime da boca deles. E eles já tiveram oportunidade de ver várias cenas nossas.  Jaime nunca foi de dirigir devagar e por isso não demoramos muito para chegar. Ele tem que sair da pista que estávamos para pegar uma estradinha sem saída que no final, da diretamente no cercado principal do restaurante. Ali somos parados por um dos seguranças que confirmam a nossa reserva. Como sempre, o Jaime cumprimenta o segurança com um aperto de mão e ele logo abaixa o seu tronco pra baixo para me cumprimentar de longe.  Dou um tchauzinho sorrindo. Eles conversam rapidamente e em seguida Jaime dirige passando pelo cercado.


Entramos no estacionamento principal. Ele é de terra pisada com pedras. As rodas fazem aqueles barulhos de estralo passando por cima delas. No final desse estacionamento, está o restaurante que é um casarão antigo. É um sobrado de tijolo a vista e janelas grandes de madeira que ficam abertas e encostadas na parede pelo lado de fora. As lâmpadas são daquele estilo bem antigas, amareladas, que deixam todo o conjunto do restaurante em um tom rústico. Jaime continua seu percurso, dirigindo agora pra sua esquerda até chegar a outro cercado e novamente ser parado por um segurança. Como sempre, ele o cumprimenta com um aperto de mão e eu respondo na minha vez com um tchauzinho sorrindo. Passando por ali, chegamos a um estacionamento agora asfaltado que da acesso as laterais do restaurante. Não tendo a necessidade de entrar pela frente. Sim. Sempre buscamos discrição. Não é a toa que nunca fomos fotografados aqui.


Esse estacionamento é bem menor e logo Jaime acha uma vaga onde estaciona seu carro. Ele tira seu cinto e eu o acompanho. Não quero nada formal, ele ainda é antes de tudo meu amigo, por isso abro a porta sem deixar que ele venha até ela para abri-la. Ele não diz nada, mas ao me olhar do lado de fora do carro, faz uma cara feia que logo é substituída por um riso baixo. Eu não ligo. Fecho a porta do carro e já caminho em direção à entrada lateral do restaurante. Escuto ele travar o carro após fechar sua porta e me acompanhar, com o seu corpo logo atrás do meu. Ao chegar próximo da entrada lateral, vejo uma das funcionárias que sempre esteve por ali. Sorrio para ela e acabamos nos abraçando, conversando brevemente.


Não sei. Mas, to começando a me arrepender de ter vindo aqui. Tudo me lembra da época que estávamos namorando. Depois de termos terminado ficamos um tempo sem se falar direito, falávamos o necessário. Mas, conforme as coisas foram voltando ao normal, viemos poucas vezes para cá. Ou seja, se ela está nos vendo aqui de novo, lhe da todo o direito de achar que estamos namorando novamente. Só que não estamos. Pelo ao contrário, estamos casados. Isso já me fez seguir o caminho da nossa mesa com uma expressão pesada no rosto. Logo após a entrada lateral, tem o inicio de uma escada que leva para o andar de cima. Quem entra por ali não tem contato nenhum com o piso inferior do restaurante. Um funcionário do restaurante nos guia para uma das nossas mesas favoritas. Pra chegar até ela, ao terminar de subir escada, temos que passar por todo o salão que por dentro, as paredes também são de tijolos a vista e lustres pequenos que caem do teto pendurados em um fio fino, com as lâmpadas amarelas. Por toda a extensão desse piso de cima, tem mesas de diversos tamanhos e para diversas quantidades de pessoas. Todas as mesas são de madeira escura que acompanha suas cadeiras na mesma cor com um estofado bege no encosto e no assento.


Caminhamos até a parte dos fundos do restaurante que dava para uma sacada extensa que em suas extremidades tinha um para peito também de madeira, mas do mesmo tom das janelas. Sentamos ali, em uma das mesas de duas pessoas que ficava de frente para essa sacada. Sempre gostamos da vista que se tinha dali, de uma boa parte da cidade lá longe com as luzes pequenas brilhando na escuridão da noite. Com a ajuda do funcionário puxando a minha cadeira, sentei de frente para o Jaime com a varanda do meu lado direito e do esquerdo dele. O funcionário nos deixou escolhendo nossos pratos e com saudade do que eu sempre comia, resolvi pedir o mesmo para o garçom que veio logo em seguida. Jaime pediu o prato dele junto com um vinho que gostamos. Sorrimos em agradecimento para o garçom ao sair de perto da nossa mesa.


Cruzamos nossos olhares e sem ter o que dizer, demos risada. Estava uma situação muito estranha. Como eu nunca fiz isso com ninguém, de sair com outra pessoa enquanto estou com alguém, eu não sabia muito bem como lidar com isso tudo. Não sabia o que falar. Não sabia o que fazer. Mas, era o Jaime que estava na minha frente. Não era alguém que acabara de conhecer. Tinha que parar com essa frescura.Ele é antes de tudo meu amigo. Me ajeito na cadeira quando começo.


Angélica: Sério, eu não sei qual é o nosso problema. – Falo isso apoiando meus cotovelos sobre a mesa. Por cima da mesa só tinha os nossos pratos e talheres junto com uma taça daquelas de água. Ele encosta seu corpo no encosto da cadeira e desde que sentamos, não para de sorrir para mim. Socorro.


Jaime: Eu to com medo de conversar com você. De verdade. Só to levando corte teu. – Ei. Eu to dando corte? Como assim? Eu que sou completamente cortada por tudo e por todos nessa vida. Isso me faz ficar surpresa. Continuo olhando-o e sorrindo também.



Angélica: Como assim? Eu não te dei nenhum corte.  Eu até... – Sou interrompida pelo toque do seu celular. Até os celulares me cortam. Incrível. Eu acompanho seus movimentos com o olhar ao tirar de um dos seus bolsos da calça o seu celular. Ele o segura com uma das mãos e olha pra tela e olha pra mim. Olha para tela de novo e pra mim. Estranho seu olhar preocupado, mas logo entendo o porquê. Reviro meus olhos e inclino o meu corpo para trás, encostando na cadeira. Era ela. Era Heidi ligando para ele. 




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Autor(a): nani.

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Eu não aguento ficar olhando pra essa cena. Sou obrigada a virar meu rosto pra sacada e juntar as minhas mãos, cruzando meus dedos onde apoio meu queixo. Fico com o olhar perdido pros pontos de luz que saem da cidade e que conseguia enxergar dali. Não estava brava. Aliás, não tenho porque estar brava. É normal a mulher ligar para o s ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 14



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  • martaduarte Postado em 07/06/2015 - 09:38:28

    Li e Reli sua fic 04 vezes... linda. Parabéns, perfeita..? Acho que merece uma continuação. Como estaria a vida deles pós matrimonio, filha, carreira?? PENSA COM CARINHO

  • flavia1909 Postado em 29/10/2014 - 21:37:39

    to viciada*..... ;)

  • flavia1909 Postado em 29/10/2014 - 21:37:10

    nani por favor nao para de escrever nao......posta mais capitulos pra gente....to viciado nessa fanfic....e nao deixa a angie ficar brava com o jaime nao pelo amor de Deus...e faz a heide se fuder hehehehe...brigadoooo

  • angelicamil Postado em 17/10/2014 - 18:29:09

    e ai kd vc madame esqueceu da gente hem ? queremos mais por favor nao nos deixe

  • yaramoura Postado em 22/09/2014 - 00:06:13

    Uaaaal amei esse capítulo. Plis não demore tanto a postar nani bjus

  • angelicamil Postado em 07/09/2014 - 22:23:38

    gente essa fic é luxo , nota 1000 nao perco uma quero sempre mais parabéns

  • iza2500 Postado em 11/08/2014 - 20:06:17

    amando essa fic, tão lindo esses dois. tomara que se resolvam logo. postaaaaaa mais!!!!!!!!!

  • liluni_cham Postado em 11/08/2014 - 20:03:22

    ( capitulo 4 ) Ai minha nossa... O Jaime mandando mensagem no cel da angie.. E a coitada da esta com o emocional tao a for da pele q acho que nao vai demorar muito pra ela cair de amores de novo pelo Jaime... Isso e, se esse amor nunca morreu de verdade. Indo para o proximo capitulo

  • iza2500 Postado em 11/08/2014 - 00:58:11

    Que romantico eles na torre, postaaaa maos!!!!!!

  • liluni_cham Postado em 10/08/2014 - 20:46:06

    A riqueza de detalhe na estoria esta fabulosa nani.. Eu to tao concentrada na estoria que nao resisto e vou ler e comentar tudo... Eu sou uma apaixonada por fanfics... E quando se trata da feia mais bela entao eu adoro.. E com personagem original do Jaime e da angie ficou bem melhor... Eu sou uma valecamil assumida... E que se dani os outros.. Esses dois tinha que ficar juntos msm.. Mais infelizmente o destino nao quis assim.. Mas ainda bem que existe as fanfics pra poder unir esses dois lindos que eu amo de paixao... A angelica falando "foca Angelica, foca" foi muito engracado kkkkk coitado do oto ficou boiando e nao entendendo nada.. Essas riquezas de detalhes nani na fic e realmente fantastico sabe? Desde uma toalha na cabeca ate um cursar de pernas... Adoro fanfic assim bem escritas que faz com que o leitor se sinta na estoria... Imaginando a cena descrita. Nani porque vc nao coloca parentezes onde tem os nomes dos personagens? E que quando to lendo eu fico confundindo o nome junto com a estoria kkkkkkk desde o cap um eu to meio confusa juntando os dois kkkkkkk ah me tira uma duvida... O oto trabalha com oque? E impresario? Indo pro proximo cap.


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